Capítulo 25
- Camy?
- Hum? - Resmungo.
- Acorde. - Frank me sacode.
- Já estou acordada.
Ergo os braços enquanto me espreguiço, e logo em seguida me levanto e me sento na cama.
- Que horas são? - Pergunto.
- Já é de noite.
- Por que não me acordou?
Acabei adormecendo enquanto Frank arrumava a banheira para eu tomar banho, mas tenho que assumir que estou me sentindo tão bem depois de dormir por algumas horas.
Acho que alguém está reformando o apartamento ao lado do meu, e o barulho não está me deixando dormir direito.
- Você estava dormindo tão gostoso, que fiquei com dó de te acordar. - Frank sorri de canto.
- Mesmo assim deveria ter me chamado. - Falo.
Ele se levanta da beirada da cama, pega minha mão e me ajuda a me levantar também.
- Você está cheirando comida. - Minha boca saliva.
- Estou preparando o jantar, então vá tomar um banho, já está quase pronto.
- Tem certeza que é uma boa ideia comermos a sua comida? - Começo a rir.
- Andei praticamente, agora estou cozinhando muito bem.
- Fico aliviada. - Assumo.
- Você vai se surpreender minha senhora.
Ele começa a caminhar em direção ao banheiro, e assim que nos aproximamos dele Frank abre à porta.
- Suas roupas estão no meu closet.
- Ok. - Digo apenas.
- Não demore.
Frank beija meu rosto e quando sai do banheiro eu fecho à porta.
Tiro minhas roupas e jogo no cesto de roupas sujas, em seguida caminho em direção ao chuveiro e abro a torneira.
Fecho os olhos para aproveitar a água quente relaxando meus músculos doloridos, mas do nada minha barriga ronca alto, então começo a banhar rapidamente para poder provar a comida do Frank, e então descobrir se ele realmente melhorou na cozinha ou está blefando.
Eu realmente espero que sim, pois não quero ser surpreendida negativamente, ou terei que cozinhar para nós.
Assim que termino o banho pego uma toalha e me seco, saio do banheiro e caminho em direção ao seu closet. O cheiro do Frank está espalhado por todo lugar, mas eu me concentro em achar minhas roupas.
Fiquei supresa quando ele disse que havia guardado meu pertences. Achei que ele teria jogado fora, mas para minha surpresa Frank guardou tudo.
Tudo o que eu tinha dele no meu apartamento eu lhe devolvi porque não queria nada que me lembrasse Frank, mas ele continuou guardando meus pertences mesmo nós não estando mais juntos.
Procuro por alguma lingerie nas suas gavetas perfeitamente arrumadas, e assim que as encontro me visto rapidamente.
Pego um shortinho jeans e me visto, mas para meu desespero o botão não fecha.
- Droga. - Resmungo.
Para minha infelicidade não tem nenhum vestido, apenas shortinhos e calças jeans, então não vai adiantar de nada tentar vesti-los porque nenhum vai servir.
As calças do Frank cabem duas de mim dentro, por isso também seria perda de tempo vesti-las, então continuo com shorts mesmo que não esteja abotoado.
Pego uma das camisetas do Frank e me visto para poder disfarçar o botão aberto, e saio do closet e vou rumo ao banheiro novamente.
Jogo a toalha no cesto de roupas sujas, e me olho no espelho enquanto arrumo meus cabelos em um coque bagunçado.
Depois de pronta saio do banheiro e caminho em direção à porta, e assim que me aproximo dela a abro e saio do quarto a fechando logo em seguida.
Enquanto caminho sinto o cheiro de comida, e quanto mais me aproximo da cozinha, mais o cheiro fica forte e minha boca saliva.
- O que aconteceu aqui? - Questiono horrorizada.
Frank e Henry se assustam quando escutam a minha voz, e no mesmo instante Frank esconde algo atrás da costas.
- O jantar ainda não está pronto, poderia aguardar na sala? - Frank pergunta com um sorriso largo nos lábios.
Olho em volta ainda sem acreditar no que estou vendo, e mais do que nunca tenho certeza que Frank não nasceu para ser um cozinheiro.
A mesa e a pia estão lotados de louças sujas, têm vários alimentos caídos no chão. Eu não sei o que está mais sujo, se é o avental do Frank ou a sua cozinha que está um verdadeiro campo de guerra.
- Você não vai sair? - Henry pergunta.
- Eu deveria ajudar a arrumar essa bagunça.
- Não! - Frank e Henry gritam ao mesmo tempo.
- Posso saber o por quê? - Questiono.
- Você não pode trabalhar hoje. - Frank diz.
Os dois se entreolham, em seguida olham para mim. Estão escondendo algo e nem sabem como disfarçar.
- Era melhor ter me deixado dormir por mais um tempo. - Falo.
- Não estava nos meus planos deixar você se aproximar da cozinha. - Frank sorri de canto.
Continuo olhando em volta sem acreditar na bagunça que os dois fizeram, e quando dou um passo para frente piso em algo.
- O que é isso?
Me abaixo e pego uma sacola, e quando me levanto Henry a toma da minha mão, mas era tarde demais.
- Vocês pediram comida? - Pergunto segurando o riso.
- Claro que não. - Henry nega com a cabeça.
- Tem certeza? Acho que Frank pediu comida do meu restaurante preferido.
- Não adianta tentar esconder mais camarada. - Frank suspira alto. - Ela já descobriu.
- Sinto muito, acabei me esquecendo da sacola. - Henry diz desanimado.
Ao vê-los tão cabisbaixo começo a me sentir culpado por ter acabado com a surpresa dos dois, mas é tarde demais para voltar no tempo.
- Frank e eu tentamos cozinhar para você, mas não é tão fácil quanto parece. - Henry fala. - Nos tutoriais são tão simples, mas quando fomos colocar em prática não deu muito certo.
- Você não estava praticando Frank? - O provoco.
- Sim, mas não adiantou de nada. - Ele responde.
Me aproximo dele e envolvo meus braços em volta da sua cintura e o puxo para mais perto.
- Você vai se sujar toda.
- Terei que tomar outro banho depois que organismos essa cozinha. - Sorrio de canto.
- Eu faço isso sozinho.
- Não seja bobo. - Reviro os olhos. - Eu irei ajudar.
- Mas...
- Está decidido Frank. - O corto. - Fez essa bagunça tentando cozinhar para mim, e mesmo que não tenha dado certo nada mais justo que ajudá-lo a organizar tudo.
- Tem certeza? - Ele pergunta.
- Tenho sim. - Confirmo com a cabeça.
Frank beija minha testa, e em seguida me abraça com força.
- Quando quiser aprender a cozinhar peça a minha ajuda. - Digo. - Não sou uma profissional, mas até que eu me saio bem na cozinha.
- Tudo bem. - Ele sorri largo.
- Não fique triste por não ter conseguido fazer nada. - Lhe dou um beijo na bochecha. - Não deu muito certo a tentativa, mas o que vale foi a intenção.
Me distancio do Frank e me aproximo do Henry, e lhe dou um beijo no topo de sua cabeça enquanto o abraço.
- Seu pai é um péssimo cozinheiro. - Cochicho para ele. - Espero que não puxe ele nesse aspecto.
- Eu ouvi isso. - Frank fala.
- Ouviu o quê? - Finjo inocência.
- Pelo que pude perceber hoje, infelizmente eu puxei ele nesse aspecto. - Henry cochicha também.
- Espero que meu filho puxe a mim então. - Sorrio abertamente.
Olho em volta com desânimo, e não faço ideia de por onde começar a arrumar a cozinha.
Dou uma olhada nas panelas na pia e se antes eu estava surpresa, agora estou em choque.
- Como conseguiu estragar todas essas panelas? - Olho para Frank de olhos arregalados.
- Não me pergunte, porque nem eu sei o que eu fiz.
Tem panelas que terão que ser jogadas fora, porque nunca conseguiremos limpá-las.
- Obrigarda por ter tentado por mim, mas nunca mais tente cozinhar sozinho. - Gargalho alto. - Ou terá que comprar utensílios novos todas as vezes que tentar fazer algo.
- Como cozinheiro sou um médico perfeito. - Frank também começa a rir.
- Pode ter certeza que sim. - Faço sinal de positivo com o dedo.
Pelo jeito parece que ficaremos boa parte da noite limpando a cozinha, e apesar de ser um trabalho que eu odeio fazer, só de estar perto do Frank e do Henry não parece ser algo tão monótono ou cansativo.
A compainha dos dois me deixa animada, e só de pensar que futuramente estaremos todos juntos, fico ainda mais feliz.
Talvez seja melhor eu aceitar me casar com Frank, e então nossa família estará reunida o mais depressa possível. Eu quero continuar a viver esses momentos, pois agora eu tenho ainda mais certeza que a minha felicidade está ao lado do homem que eu amo.
- Por que está sorrindo? - Frank questiona.
- Estou pensando.
- Pensando no quê? - Ele se aproxima de mim.
- Na família que iremos construir juntos.
- Nós já somos uma família. - Frank fala.
- Sim, mas ainda precisamos oficializar algo.
Frank arregala os olhos, em seguida dá um passo para trás e novamente outro passo em minha direção.
- É o que estou pensando? - Ele pergunta. - É um sinal?
Envolvo meus braços em volta do seu pescoço e o puxo para mais perto de mim, lhe dou um rápido beijo nos lábios e falo:
- A resposta para aquela pergunta é sim.
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