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Olho pela milésima vez o relógio.
Babi saiu hoje pela manhã em um dos carros do Coringa e até agora não voltou. Troquei minha posição com outro cara do hall de entrada apenas para poder vê-la chegar. Infelizmente, não pude ir com ela, pois segundo o chefe dos seguranças, não é a minha vez de acompanha-la, mas aposto que isso só foi mais uma ordem do Coringa para me deixar longe. Nos últimos dias, quase não acompanho a Babi.
O engraçado é que nunca questionei essa palhaçada de disfarce, para ser sincero, nem cheguei a dirigir uma palavra ao Coringa; sempre resolvo as coisas com Crusher. Mas me parece que o noivo da minha prima sabe, ou pelo menos pressente, que tenho planos de ir embora, de tirá-la desse lugar horrível e de suas mãos nojentas, e por isso, ele está como um cachorro louco agarrado ao osso.
Cada dia que passa, o casamento se aproxima e minha prima vai ficando mais angustiada. Alguma coisa tem lhe feito perder a sanidade, eu só não sei o que pode ser. Agora mais do que nunca preciso voltar com a Babi para o Brasil, só preciso de uma oportunidade em que todos estarão distraídos para termos vantagem na fuga.
Pego meu celular para ligar mais uma vez para o meu contato aqui na Itália. Esse telefone foi dado pelo chefe de segurança, para o caso de eu precisar, mas embora seja deles, não tenho medo de usá-lo para planejar nossa fuga, afinal, se fosse grampeado, eu já teria sido jogado na sarjeta.
No entanto, antes que eu possa clicar em "ligar", as portas de entrada da Mansão são abertas e minha prima entra apressada.
– Bab... – Começo a dizer, preocupado, mas lembro que há outros seguranças por perto e preciso manter o disfarce – Senhorita Bárbara, precisa que eu a acompanhe até seu quarto?
Minha prima para e me olha. Ela está agitada e parecendo fugir de alguma coisa. Olho rapidamente para trás, certificando-me de que lá fora não há perigo eminente nem alguém seguindo-a, mas só vejo um carro amarelo, possivelmente um táxi, indo embora.
– Não precisa, estou bem. – Babi responde, exasperada.
– Tem certeza?
Ela não me responde nada, apenas segue caminhando para a escada que leva ao primeiro andar. Pouco me importando se vou ser disciplinado mais tarde por sair do meu posto, sigo-a a passos apressados. Já no corredor, longe dos olhares de outras pessoas, ela diz:
– GS, eu disse que não quero companhia, estou bem sozinha.
– Não está não! – Retruco – Aconteceu alguma coisa, me diz o que foi.
Alcanço seu pulso e a faço parar. A pressa se transforma em desespero, a Babi demonstra com o olhar uma urgência misteriosa. Vejo um vislumbre de choro passar pela sua face e ela engole em seco.
– Eu só estou com saudades de casa. – Ela diz, mas eu não acredito muito – Sinto falta dos meus pais, da tia Gorete... das meninas, principalmente da Voltan. Se ela estivesse aqui agora eu teria com quem desabafar.
– Você tem a mim.
– Não, GS, é diferente. Você não entenderia.
Babi consegue se desvencilhar das minhas mãos e caminha rápido em direção ao seu quarto. Tento pedir que ela pare, mas é em vão. Eu poderia dizer a Babi que ainda mantenho contato com a Voltan e que elas podem se falar, mas ela fecha a porta na minha cara antes disso.
Minha prima não precisa dizer, entendi tudo. Ela está me poupando da verdade, mas mal sabe que tenho a completa certeza de que sou o motivo da sua infelicidade.
[...]
*********
Então galera, eu tô achando que esse livros vai ter tipo uns 65 a 70 capítulos jkkkkkk porque depois do casamento ainda vai rolar umas duas ou três coisas importantes na história.
Só espero que eu não alongue demais a história kkkkkk mas acho que não há esse risco. Nos próximos capítulos vai retratar o casamenro deles e aí nós vamos chegar no ponto clímax (o final) da história 😏 eu só espero que vocês não me odeiam quando chegarmos nessa parte 😅
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