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Ele faz tudo isso só porque as pessoas estão olhando.

Sou mesmo uma trouxa em pensar que ele estava daquela forma porque também sentiu um clima acontecer. Mas era tudo encenação.

Depois que Paolo entra, acompanhado de Bernard que acabou de chegar na Mansão, fico murcha como uma flor no outono. O conto de fadas que eu estava imaginando na minha cabeça se desfaz e a realidade volta à tona.

A aula não dura muito depois disso, mas parece uma eternidade pra mim. Ao final, Paolo diz que nós temos jeito para a dança e vai embora. Aproveito a deixa e volto ao meu quarto, nem ao menos falo com Coringa ou sequer me despeço de Bernard. Temo que a chateação seja notável no meu rosto e eles percebam.

[...]

A noite de terça-feira se arrasta preguiçosamente até ser o outro dia. Não paro de pensar que, para o Coringa, tudo ainda se trata somente de um contrato, de manter as aparências. Será que apenas eu estou sentindo algo diferente entre nós? Isso é tudo fruto da minha cabeça? Resolvo abandonar esses pensamentos.

De acordo com a agenda, hoje terei dois compromissos do casamento com Coringa: pela manhã, vou para a prova de doces e o do bolo de casamento e a tarde, vou experimentar o meu vestido que, a propósito, nem sei qual é, porque o babaca do Coringa inventou essa besteira de "fazer surpresa". Se ele escolheu um vestido feio, não vou usar. Ele não vai me obrigar! Se quer manter isso apenas como relações de negócio, então beleza! Vou trata-lo na mesma moeda.

Termino de colocar meus brincos de argola a tempo de ouvir alguém bater na minha porta. Rosalynd veio avisar sobre o motorista, que já me aguarda. Coringa não vai comigo, vamos nos encontrar na confeitaria mesmo, já que ele saiu muito cedo afim de resolver uns negócios.

– Ok, Rosy, já estou indo. – Digo a ela com um sorriso.

Pego minha bolsa e me dirijo às escadas até o hall de entrada da Mansão. O motorista abre a porta do carro e eu entro.

A viagem para a confeitaria não demora muito. A parte que me anima desse compromisso pela manhã é que eu irei provas muitos doces; vou amar isso! Pelo menos uma parte boa desse contrato de merda tenho que ter, certo?

O motorista abre a porta para mim e eu saio. Na portaria não preciso nem me identificar, a recepcionista já vai me chamando de "senhora Paviole" e dizendo que irá me levar à sala de provas dos doces. Acompanho-a, observando cada pedaço desse prédio no estilo toscana. Fico fascinada por tudo, é como se eu estivesse em um reino medieval e mágico.

– Por aqui. – Ela indica uma porta.

Passo pelo portal que dá para uma grande varanda de ponta a ponta do prédio e enxergo duas pessoas em uma mesa no final dela. De longe, penso ser o meu noivo com outra pessoa que não conheço, talvez a dona desse lugar. Mas, ao me aproximar, noto que é Crusher sentado ali, com uma mulher de cabelos ruivos na altura dos ombros. Ela tem uma beleza de dar inveja. Minha chegada interrompe a conversa dos dois.

– Muito prazer! Me chamo Lara Silva. – A mulher que acompanha meu cunhado me cumprimenta – Sou a chef responsável por todo o bufê do seu casamento.

Aperto a sua mão, encantada com ela. A sua beleza de uma forma que parece ter vindo direto de uma revista, sem nenhum defeito ou qualquer resquício de falhas.

– Muito prazer, sou Bárbara Passos, mas pode me chamar de Babi.

– Ah, tudo bem. – Seus olhos sorriem – Pode ficar à vontade, Babi.

Ela indica a cadeira ao seu lado e eu me acomodo. Ao passo que Lara desvia sua atenção para o tablet, aproveito a breve oportunidade para cumprimentar Crusher, que está do outro lado da mesa, e perguntar sobre o paradeiro de Coringa.

– Aconteceu um imprevisto e ele mandou eu vim te ajudar. – Explica Crusher, após cumprimentar-me.

– Ah.

Eu não quero demostrar minha frustação, mas é quase impossível. É assim que o Coringa quer manter esse contrato? Me tratando com descaso? Felizmente, antes que meu coração se desvie para tolices, Lara retoma a conversa.

– Bom, Babi, antes de trazer os doces para você provar, que tal me dizer quais são seus gostos favoritos? – Ela gesticula os braços enquanto o seu cabelo ruivo balança conforme o vento.

– Ah, eu gosto de tudo um pouco, menos do doce "olho-de-sogra", porque tem ameixa. – Eu digo, já me sentindo mais confortável.

– Sério? – Lara diz, divertida – Você é a primeira pessoa que eu conheço que não gosta de olho-de-sogra.

– Então você faz esse doce?

– Claro que sim, Babi! Pelo meu jeito de falar dá pra perceber que sou brasileira. E a maioria dos meus clientes são brasileiros também, o que me fez investir na produção de muitos doces típicos do nosso país. Você já deve imaginar qual é o mais pedido...

– Brigadeiro! – Nós falamos juntas e rimos.

– Ok então! Vou trazer alguns doces que eu acho que combinam com o seu paladar para vocês escolherem. – Diz Lara e se retira da mesa.

Enquanto ela entra na porta mais próxima, Crusher e eu conversamos. Hoje ele está usando uma roupa mais casual, uma camisa gola-polo com calça jeans e, para deixar o look mais excêntrico, está calçando um sapato que não costumo vê-lo usar muito.

– E então, você estava aonde quando Coringa te mandou vir aqui? Em um encontro, por acaso? – Brinco com Crusher, que me olha imediatamente.

– Eu estava jogando golf com uns amigos. – Ele responde, entediado.

– Ah, agora tá explicado esse sapato. – Digo, rindo.

– O que tem meus sapatos? Eles são lindos!

– Anhãm, super lindos.

Levo o meu cunhado a rir ao passo que Lara retorna à varanda trazendo uma bandeja com duas unidades de cada tipo de docinho. Acho que deve ter uns cinquenta doces aqui ou mais!

– Uau, eu vou provar tudo isso? – Pergunto, surpresa.

– E tem mais ainda ali dentro! Esses são só os docinhos enrolados. – Lara diz, rindo do meu entusiasmo.

Crusher e eu ficamos mais de duas horas provando todo tipo de doce, dos quais nunca imaginei que existiam. No fim, é decidido que na festa haverá brigadeiros de chocolate com coco, casadinhos de creme, mini-tortinhas de morango e cream cheese, entre muitos outros doces gourmets e claro, doces normais do Brasil, como brigadeiro de colher, beijinho e mini-bombas de doce de leite.

A parte da escolha do bolo é mais técnica. Lara traz fatias simples, mas que contém os recheios que ela faz, para nós escolhermos. O recheio mais aprovado por mim e Crusher é o de chantilly com morango. Depois disso, ela pega seu iPad para fazer o design do bolo de acordo com o meu desejo. O esboço do bolo ficou mais bonito que qualquer outro item do casamento.

[...]

Passadas algumas horas na confeitaria de Lara, eu e o meu cunhado resolvemos almoçar em algum restaurante no centro da cidade, afinal, logo terei de ir fazer a prova do vestido e não compensa voltar para casa ainda.

Eu, sendo trouxa como sou, ainda fico na expectativa de que Coringa virá almoçar conosco, mas ele não aparece, como sempre. Em meus pensamentos revoltosos, noto que ele realmente conseguiu enganar a todos, inclusive a mim, com o papo de que está super animado para organizar o casamento e que isso realmente importa.

Algum tempo depois, Crusher e eu ainda estamos no restaurante, só para matar o tempo até chegar a hora de irmos para o estúdio de vestidos de noivas.

– Está na hora noivinha, vamos? – Crusher comenta, olhando seu relógio de pulso.

Nós vamos no seu carro conversível super chique e veloz. Em poucos minutos, ele me deixa no estúdio e vai embora. Pelo visto os irmãos Pavioles estão dispensando minha presença na cara dura hoje. Se bem que o coitado do Crusher nem merecia sair de seu lazer para cumprir ordens do irmão insensível que tem. Pelo visto, o Coringa acha que tudo e todos devem rodar ao seu entorno, como se ele fosse o centro do nosso universo.

Frustrada, entro no estúdio. Mas, sou surpreendida com meu querido – nem tanto – noivo sentado em uma das poltronas brancas da recepção.

– Oi. – Cumprimento ranzinza, porém surpresa.

– Boa tarde, mio amore. – Coringa me cumprimenta.

Ele levanta e faz menção de me dar um selinho, mas me esquivo e o seu beijo acaba acertando minha bochecha. Coringa percebe e eu noto bem no meio da sua testa uma ruga de interrogação. Dou de ombros e sento na poltrona ao seu lado. Logo uma moça vem nos chamar. Ela nos leva até uma sala toda branca, com grandes janelas que dão para uma vista panorâmica de um bosque, talvez plantando artificialmente, no meio da cidade. Na sala há um único sofá de linho branco, estilo imperial, que dá de frente para uma plataforma redonda onde provavelmente eu devo ficar quando o estilista estiver analisando as medidas. Atrás da plataforma há um provador enorme, com paredes envelopadas por um papel de parede branco com detalhes em flores douradas.

A moça que nos chamou diz que meu vestido está no provador e eu sigo para lá. Vejo Coringa se sentar no sofá. Me sinto nervosa. Uma parte de mim está odiando o Coringa mais do que tudo e a outra, nutri a cada instante, sentimentos por ele. Eu preciso me controlar, eu preciso me controlar! Agora, mais do que não quebrar o contrato, se trata de não entregar meu coração para alguém que nunca vai sentir sequer uma fagulha de paixão por mim.

Entro no provador, quase chorando, e começo a tirar minhas roupas. Identifico um vestido pendurado ao lado de um grande espelho e me maravilho. O vestido que o Coringa escolheu é estilo sereia, com detalhes em renda branca por todo o corpete e um devote em V que desce até a altura do umbigo, não tem alças, o que deixa ele ainda mais elegante e único. É um vestido tão lindo e ousado que nem combina comigo, eu somente vou tirar toda a beleza da peça. Não sei como o Coringa ousou escolher algo tão esplêndido assim, talvez está só tentando me mostrar que eu não sou tão bonita assim quanto penso.

Pego o vestido porque é o jeito, afinal, nunca vou saber se não usar. Mas sei que vou ter que pedir para trocarem o modelo; nem de longe eu estaria aos pés dele.

Tiro meu sutiã, afinal o estilo do vestido é tomara-que-caia. Passo o vestido pelas minhas pernas sentindo o tecido macio na minha pele e por fim fecho o zíper que ficava um pouco acima da curvatura da minha cintura.

– Terminou de se trocar? – Ouço Coringa perguntar lá de fora.

– Sim, eu já estou saindo. – Digo alto para que ele possa ouvir, nervosa.

O engraçado é que muita gente diz que se o noivo ver a noiva com o vestido antes do casamento, dá má sorte. Solto um risinho. Eu acho que Coringa e eu somos a exceção. Não tem como ficar pior do que já está.

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