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Eu choro abraçada ao GS, inconsciente e hospitalizado, pelo que parece horas, mas na verdade são apenas alguns minutos.

Mesmo em meio as lágrimas e aos pensamentos negativos, eu percebo que preciso ser forte, porque ninguém, nem GS, nem meus pais ou a tia Gorete, vão tomar essa decisão. Todos estamos abalados. E é por isso que preciso me controlar, tenho de resolver essa situação e estancar esse ferimento que foi aberto em nossa família. Sempre fui conhecida por ter uma solução para tudo com facilidade. Não vai ser diferente agora.

Tenho apenas dezoito anos e pouca experiência para lidar com problemas dessa magnitude, porém, a bomba estourou nas minhas mãos, e foi eu quem "cortei o fio errado".

Respiro fundo. A primeira coisa que tenho de fazer é explicar a situação para os adultos, pois eles estão totalmente em choque por saber que nós, a horas atrás, estávamos bem, apenas se divertindo com alguns amigos, mas de repente, GS aparece espancado e quase morto.

Os meus pais estão aqui no hospital e a tia Gorete também. Ela teve que tomar soro, pois quando soube de tudo, desmaiou. A fraqueza ainda lhe assola. Já minha mãe está abatida, porém consciente, sentada a muito tempo na sala de espera olhando para o nada e fungando vez ou outra. O único que está sério é meu pai; não esboça reação nenhum, mas isso significa que ele está abalado.

Mesmo vendo-os assim, eu preciso contar a verdade. Aproveito que a enfermeira irá fazer alguns curativos em meu primo e converso eles. Meus pais estão sentados lado a lado, de mãos dadas, e tia Gorete toma soro em uma maca próxima a eles, no corredor do quarto de GS.

– Oi, pessoal. – Digo, me acomodando ao lado da minha mãe.

Eles respondem com sussurros.

– Eu acho que vocês querem explicações. – Continuo.

– Sim. – Meu pai fala por todos.

– O GS está assim porque...

Os três me olham com expectativa. Não posso fazer isso com eles. Com certeza eles não sabem que o GS está envolvido com o traficante do morro, podem até desconfiar, mas não tem certeza, porque se soubessem, nós não estaríamos mais morando aqui, papai teria dado um jeito. E isso me deixa receosa. Além disso, apenas de saber que o GS foi espancado, tia Gorete quase teve um ataque cardíaco, imagina se ela souber que o dono do morro quer matar o filho dela. Decerto, ela morreria.

Não posso condenar minha família a uma vida de medo e desconfiança. Por onde eles forem, vão pensar que estão sendo seguidos ou que alguém está tentando mata-los. Não, não posso fazer isso! Eu consigo segurar essa barra sozinha. Vou dar um jeito e tudo vai se resolver sem nem eles souberem. Sou capaz de fazer isso.

– Invadiram nossa casa e tentaram roubar as coisas, GS revidou e os bandidos bateram nele. – Minto.

– Levaram alguma coisa? – Os olhos da minha mãe estão enormes.

– Não, eu chamei a polícia a tempo. – Menti de novo.

– E onde os policiais estão? Você já fez o boletim? – Meu pai pergunta.

Engulo em seco. Obviamente nem o número deles eu disquei no celular, mal consegui que uma SAMU viesse buscar GS. Além disso, eu não tinha coragem de chamar a polícia depois da ameaça de PH. Ele poderia pensar que eu o dedurei.

– Fiz sim, ainda lá em casa. – Respondo, olhando minhas mãos trêmulas.

– Ainda bem que não fizeram nada de pior com o GS. – Tia Gorete diz, fungando.

Eu concordo e pouco depois os deixo a sós. Não quero mentir, mas eu não tenho outra escolha. Ou eu protejo a mim, ou protejo a eles.

[...]

Estou no refeitório do hospital, tenho fome e preciso me alimentar. Muita coisa pesada ainda vem pela frente. Pego uma caneta com uma enfermeira e uso o guardanapo para anotar algumas coisas. Eu preciso externalizar todos os meus pensamentos se não acabo surtando.

Listo alguns passos que preciso para solucionar o problema. O primeiro, seria contar a verdade aos meus pais e a minha tia. Não tive muito sucesso nisso, mas tenho fé – preciso ter – de que o segundo vou conseguir concluir.

Eu preciso arrumar o dinheiro para pagar as dívidas, esse é o meu próximo passo.

Peço para minha mãe ficar cuidando de GS em meu lugar. Ele está tão machucado que perdeu a consciência e os médicos disseram que vai ficar desacordado por uns dois dias. Pelo menos aqui é seguro o bastante para não me preocupar com outro ataque repentino de PH enquanto eu não estou. No entanto, preciso correr contra o tempo se eu quiser manter meu primo assim. PH me deu três dias para eu conseguir a grana dele, caso contrário, ele o matará.

Minha primeira tentativa é a Thaiga. Eu sei que GS é muito mais que um ficante para ela; eu vi a forma como os dois se olhavam e se portavam na presença um do outro. Além disso, Thaiga é a irmã do PH e pode ser um canal para mim. Posso implorar de joelhos a ela, pedindo que converse com seu irmão para diminuir o valor e me dar um prazo a mais ou, quem sabe, perdoar a dívida por considera-la, já que é o cara que ela gosta.

Espero que Thaiga me ajude. Se isso não der certo, bom, talvez eu tenha de tomar medidas mais desesperadas.

Pego a minha bolsa, com nada mais que meu celular e uma escova com pasta de dentes, e saio do hospital, indo direto à casa de Thaiga. O único benefício que aquela maldita festa me trouxe, foi saber onde fica a casa da minha possível "salvadora". Ao chegar, noto que a sua casa é muito maior do que eu imaginava, vista agora pela luz do dia. Além disso, percebo que fica quase no topo do morro. Há alguns seguranças guardando a porta.

Com toda certeza, eu preciso passar por eles para que eu consiga falar com Thaiga. Bom, eu não tenho a menor noção do que fazer ou falar. Se eles são irmãos mesmo, talvez moram na mesma casa. Então, como se faz para entrar na casa do Dono do Morro? Sem muitas opções, faço a primeira coisa que me vem a cabeça.

– Moço, por favor me deixa falar com a Thaiga! – Eu imploro para um segurança grande e tatuado, com uma arma maior que eu na mão. Ele pode muito bem destruir um navio com isso.

Ele nem se move, pelo contrário, finge que sou só uma mosca falando no ouvido dele. Eu imploro de novo.

– Cai fora, vagabunda. – Ele diz, me dando um empurrão.

Perco o equilíbrio e caio no chão. O que eu faço? O que eu faço? Fico estática por um tempo, como se eu tivesse sido jogada na sarjeta. Não importa o que eu diga, esses homens não acreditarão em mim e tampouco me deixarão entrar.

Resolvo descer a rua. Não vou desistir fácil. Nenhuma casa de traficante é páreo para mim. Pesco meu celular da bolsa. Ligações, isso sim pode me ajudar. Ligo para Mih. Tenho o número dela, pois peguei com a Voltan. Ela só não me passou o da Thaiga porque aparentemente ela não tem celular.

– Alô, Mih? – Pergunto quando ela atende.

Eu. – Ela responde.

– A Thaiga tá com você?

Mih demora um pouco para responder. Ouço um gemido do outro lado da linha.

– Mih? – Volto a perguntar.

Que saco Babi, tô no meio de um lance legal aqui. – Mih fala, impaciente – A Thaiga tá comigo sim.

– Posso falar com ela?

Ouço um barulho como se alguém estivesse mexendo em panos e então ouço a voz da Thaiga:

Que é Babi? – Ela diz, séria.

– Thaiga? Graças a Deus. – Esfrego minha testa, nervosa – Thaiga, você sabe o que o PH fez com o GS, né? Ele espancou meu primo e está me ameaçando dizendo que se eu não pagar em três dias o dinheiro, vai matar o GS, VOCÊ PRECISA ME AJUDAR!!!

Sem perceber, começo a derramar lágrimas. Estou desesperada. Eu preciso que a Thaiga diga sim, caso contrário, o que eu farei? Não, não posso pensar isso, com certeza a minha amiga, que gosta do meu primo irá me ajudar. Ela não pode fazer isso com a gente.

Babi... – Ela diz meu nome e depois suspira – Eu não posso fazer nada.

– O QUÊ? – Grito – Eu pensei que... Eu pensei que... Você gostava do GS.

Eu gosto, mas não posso ir contra a vontade do meu irmão. Infelizmente, você vai ter que arrumar a grana, sinto muito. Eu até te emprestaria, mas eu não tenho tanto assim e o PH me mataria se soubesse que eu te ajudei.

Estou surpresa com tudo que ouvi. Eu não acredito no que a Thaiga está fazendo. Ela prefere pensar somente em si mesma ao invés de ajudar quem ela gosta? Eu nunca colocaria a minha vida na frente de quem eu amo, sempre estarei disposta a salvá-los. Por que, Thaiga? Por quê?

Sento no meio-fio e começo a soluçar de dor. Meu choro é tamanho que me falta fôlego. A verdade é que Thaiga era meu único plano. Não há um plano B ou C. O que se passava pela minha cabeça ao imaginar que ela me ajudaria? Talvez o medo que Thaiga tenha do PH seja maior que qualquer coisa, afinal. Não posso insistir que ela resolva os meus problemas sendo que os seus podem ser maiores que os meus.

– Me desculpa, Babi... – Ouço Thaiga dizer e só aí me lembro que eu ainda estou em ligação.

– Tá tudo bem, não tem problema. – Digo, fungando.

Boa sorte pra vocês. Eu sei que você vai conseguir.

E então ela desliga.

Fico quase meia hora sentada na calçada, olhando o nada perdido no chão. Talvez quem passa, pensa que sou louca. Talvez eu esteja ficando mesmo.

O que eu ainda posso fazer é pedir dinheiro emprestado. Começo pelos amigos, ainda estou evitando falar com o resto da família. Ligo para Mob e Voltan. Ficamos mais de duas horas conversando, mas eles não tem dinheiro suficiente para me dar. Mob só tem dez mil reais e Voltan, cinco mil. Isso está muito longe de duzentos mil reais. Eu bem que poderia pedir empréstimo ao banco, mas eu acabei de completar dezoito anos e não tenho nenhuma carta de crédito com eles.

Eu estou perdida!

Começo a olhar na agenda do meu celular pessoas que podem me ajudar emprestando dinheiro. Encontro duas ou três, tento ligar mas só uma delas me atende, minha tia por parte de mãe. No fim, o que eu temia acaba acontecendo, ela começa a fazer um monte de perguntas. Por não querer falar nada, acabo desistindo.

Não vou conseguir esse dinheiro a tempo e não vou conseguir que a Thaiga peça ao PH para perdoar a dívida. Eu não sei mais o que fazer. Olho mais uma vez a agenda do meu celular, em uma tentativa em vão de me animar com uma ideia e é então que algo brilha diante dos meus olhos.

ALMOFADINHA DO HOSPITAL. Foi assim que eu salvei o contato de Coringa. Aquele cara é muito rico e se eu pedir um favor e oferecer algo em troca? Aparentemente, duzentos mil reais não farão tanta falta assim para ele, na verdade, se eu tiver julgado certo, essa quantidade é mínima se comparado ao que ele tem. Então há a possibilidade de me dizer um sim, não é? Eu posso fazer uma espécie de "empréstimo bancário" e pagá-lo por meio de parcelas, até mesmo com juros. Sendo assim eu consigo quitar a dívida; o dinheiro completo eu não tenho, mas se for para dividi-lo em vários meses eu consigo.

Não, não e não! Não posso fazer isso. Eu nem o conheço! E se ele nem ao menos der ouvido para o que eu estou falando? Ou pior, o que pode acontecer se alguém souber da verdade? Eu poderia entrar em apuros maiores.

No entanto, a inconsequência fala mais alto. Começo a pensar que a vida do meu primo vale o risco e que eu sou capaz de tudo por ele. Clico no contato.

Bárbara, você não vai fazer isso! Arranje outro jeito! Minha mente grita para mim. Mas eu não posso. Estou desesperada e sou capaz de fazer qualquer coisa, até mesmo me sujeitar ao que aquele almofadinha quiser. Preciso e vou proteger minha família!

Escolho a opção "ligar" e ouço uma voz não tão familiar atender do outro lado. Agora não tem mais como voltar.

[...]

É Babi, agora tu te enrolou... KKKKK Gostaram do capítulo de hoje?

Beijinhos e até o próximo capítulo! (Saí hoje a noite galera, fica ligado)

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