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22 de maio-Psicólogo

Eu nunca tive preconceito com psicólogo, mas também nunca achei que teria esse momento da minha vida em que eu quisesse tanto, TANTO, ir a um. 

Querer, não. Sentir uma enorme necessidade de ir, sim.

Chega uma fase da sua vida em que você percebe que talvez aquele problema X não seja exatamente culpa sua e que talvez sua parcela de culpa seja um pouco (ou muito) menor. No meu caso, percebi que eu não sofro porque eu quero ou porque é uma simples frescura minha. 

Notei que não adianta eu ficar eternamente jogando a poeira por debaixo de tapete achando que tá tudo bem quando, na verdade, o bicho que ferra com minha mente está apenas esperando um momento para me atacar a qualquer momento.

E nesses últimos dias, desde o início do mês de maio, eu passei a sentir uma enorme ansiedade que fazia 2 anos que eu não sentia. Achava até estranho eu estar a tanto tempo sem sentir aquilo, mas quando um gatilho me atacou, eu não sabia como reagir e BOOM, a ansiedade voltou.

Qual é a sensação?

Solidão.

Desespero.

Medo.

Angústia.

Tristeza.

Pavor.

Meu mundo imediatamente fica cinza quando sinto isso. Parece que nada do que eu fizer na vida vai cobrir essa dor. Ela me faz achar que vou senti-la para sempre, como um enorme karma.

Como já havia mencionado no capítulo anterior, costumo ter muitos pensamentos irracionais. Eles vem e não dão aviso prévio, e é assim que minha ansiedade surge também. É um medo enorme de uma coisa que não sei explicar, porque é irracional.

E você se pergunta: por que não procurou um psicólogo se sentia isso?

Simples: você passa a achar que a culpa é sua e que isso é uma frescura. É falta do que fazer. É falta do que pensar. E foi assim que fui tocando a vida com essa ansiedade fatal.

Fui escondendo debaixo do tapete. 

Mas é como dizem: não dá para tampar o sol com a peneira. Você não consegue simplesmente ignorar o que está sentindo porque isso vai se refletindo em como você transforma a sua vida e a minha...

Tá um cú, para não dizer pior.

Eu não queria admitir isso, mas eu tô perdida.

Tinha começado uma faculdade que não estava gostando. Saí dela e voltei a fase inicial. Não consigo estudar por causa que sinto essa ansiedade que me fode. Sei o que quero da vida, mas não sei como chegar ali...

Bem, e outras coisas ruins.

Mas o que passo agora é algo que todo jovem de 18 anos está sujeito a passar. A diferença é que a ansiedade se tornou um bloqueio para que eu consiga manter todos os meus projetos (tenho muitos) e só agora

AGORA

entendi que isso não é minha culpa. Se fosse algo dentro do meu controle, porque eu não consigo, depois de quase dez anos sentindo isso, controlar esse lado meu? Por mais que eu queira, eu não consigo.

Daí decidi marcar um psicólogo. 

Minha primeira sessão foi na quarta e eu contei tudo que dava para contar a ela. Todos os micro detalhes da minha vida e dos meus pensamentos. Eu estava chorando e foi muito desesperador porque eu não queria desperdiçar aquela sessão sem falar nada a ela.

Aquilo, no fim, foi um pedido de socorro.

Socorro, por favor, me ajude.

Eu quero viver o máximo da minha vida, mas eu não consigo então, por favor, me ajude.

Passei tanto tempo com isso que é difícil navegar por esses pensamentos que eu sempre quis colocar nos fundos dos lagos da minha vida. Ao tirar essa lama, eu vejo o quanto preciso resolver.

Então eu concluo: ir ao psicólogo é uma oportunidade para você analisar essa lama que carregamos (só que alguns são mais pesados mais e outros menos) e ver o quanto ela está suja e encardida porque é isso que acontece. Quando você deixa o problema em um canto, ela vai apodrecendo até feder tanto que você passa mal.

E é assim que estou tocando minha vida agora. Aos 18 anos, vejo o quanto de problema eu tenho e vou ao psicólogo porque vejo como minha sujeira "apodreceu" depois de tantos anos fingindo que não tinha problema algum.

É ruim porque aos 18 anos você só quer sair e ser louco da forma divertida. Você não vai querer estar em uma clínica relatando ao psicólogo todo o seu passado, mas é algo que, antes ou tarde iria acontecer. É inevitável. Com o tempo, você vai entrando no processo de cura que é longa, tem curvas para lá e para cá, mas ao menos você está vivendo dentro da realidade e abraçando as coisas sem aquele sufocamento de ter que esconder.


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