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Capítulo 6 - Once Again

A chuva cai sem piedade sobre o para-brisa de Miguel, que dirigia de volta para seu apartamento com os pensamentos na conversa com seu pai. Ele não tinha qualquer interesse nas ações da empresa, mas sentia a fúria do desejo de se vingar de Bruno e mostrar a ele quem era o verdadeiro herdeiro da família. Mas como faria isso sem tirar de Alice o seu bem mais precioso? Não havia outra solução, talvez ele devesse mostrar a ela que com o dinheiro da venda poderia abrir um outro negócio, ou até mesmo mudar a livraria de endereço.

De longe reconheceu a silhueta de Alice na chuva, sentada em frente à livraria, suas pernas estavam encolhidas e seus braços envolviam seus joelhos. Rapidamente, ele estaciona e pega o guarda-chuva no porta luvas e vai até ela.

Alice sentia frio, tentava em vão abraçar suas pernas. Quando Miguel estendeu o guarda-chuva em sua direção, foi como ser protegida por um anjo. Ele sorriu se sentindo envergonhado com o que aconteceu na ultima vez que se encontraram. Ela também sorriu, só que de felicidade por ele ter voltado.

– Acho que você não tem mais idade pra ficar tomando banho de chuva, ou estou enganado? – Ele zomba de Alice, que faz uma carranca engraçada.

– A porta não quer destrancar. - Ela resmunga dando uma pancada na porta. – Porcaria de vida! – Grita olhando para o céu.

Miguel pega a chave da mão dela e tenta abrir a fechadura. Vendo que estava emperrada, deu o guarda-chuva para Alice segurar e tentou novamente, desta vez sacudindo a porta como se estivesse colocando a chave na posição correta. "Click". Ele sorri satisfeito com o resultado.

– Não acredito! – Exclamou ela, se levantando e empurrando a grande porta de ferro fundido. Alice deu passos largos e entrou, não antes de pegar a mão de Miguel e levá-lo junto para dentro da livraria.

– Não passe perto dos livros. - Ela o advertiu, já que ambos estavam encharcados e a água escorria pelo chão. Miguel se afastou das estantes e seguiu-a.

Contornaram toda lateral do lugar, subindo uma íngreme e estreita escada de madeira. Por um instante o cheiro dos livros mesclados com o aroma daquela madeira trouxe a Miguel a sensação de conforto. Talvez por estar na presença de Alice, ele pensou.

– Vou pegar uma toalha pra você se secar. – Ela pretendia retribuir a gentileza de ter destrancado a porta. Seria errado deixá-lo todo molhado.

– Tudo bem. – Disse ele, reparando no corredor que estava apinhado de livros velhos.

Adentrou em uma minúscula sala com um sofá de tom verde desbotado. Se Miguel se virasse para a direita, notaria a existência de um corredor com fotos nas paredes. Mas ele virou na direção oposta, onde ficava o banheiro pra onde Alice o carregou.

– Espera aqui só um instante. – Ela saiu em passos largos.

Ele ficou parado por um instante aguardando seu retorno. Ela voltou com uma toalha branca com cheiro de recém-lavada. Miguel estendeu as mãos para pegá-la, mas para sua surpresa, Alice se aproximou e enxugou seu rosto com delicadeza, sorriu quando notou que ele fechou os olhos.

– Não precisa fazer isso. – Diz, quando ela começa a secar os seus cabelos. Ele tenta pegar a toalha sobre a cabeça, mas acaba encontrando as mãos dela.

– Não seja bobo. – Ela diz, em meio a um sorriso e continua secando o cabelo dele.

– Alice. – A voz saiu quase como um suspiro. Ele segurou as mãos dela e as abaixou, deixando a toalha cair. Ele a encarou e ela não desviou o olhar. – Me desculpe pelo que fiz aquele dia.

Miguel desceu os olhos para os lábios dela, beijá-la parecia ser tão certo, eles estavam próximos o bastante para sentir a respiração um do outro, o calor irradiava dos dois. Ele deu um passo pra frente e, ainda segurando as mãos dela, trouxe-a para junto do corpo envolvendo-a com uma mão pela cintura e com a outro segurou a nuca dela no exato momento em que seus lábios se tocaram. A doçura do mais puro mel não era nada comparada ao sabor daquele beijo, ele queria sorver o calor de Alice, que respondia aos incentivos da língua dele explorando o céu de sua boca.

Foram tirados do torpor do momento quando o celular da Alice começou a tocar, ela se afastou envergonhada.

– Desculpe. – ela saiu envergonhada e foi atender a ligação. Miguel permaneceu parado sem saber o que fazer. Colocou os dedos nos lábios, era incrível as sensações que Alice causava em seu corpo, ele sentia sua pele arder, seu corpo pedia por mais. Respirou fundo e se sentou uma cadeira na lateral da janela, de onde era possível ver a chuva caindo. Mesmo contra sua vontade, foi possível ouvir fragmentos do que ela falava ao telefone "Eu não tenho interesse... eu já te falei sobre isso... não, eu não quero ver você, Bruno..." A ouvir mencionar Bruno fez o sangue de Miguel ferver, ele fechou as mãos em punho na tentativa de segurar sua raiva. Alice logo reaparece na sala.

– Você parece irritada. – Miguel se levantou e foi em direção a ela.

– Ah, é só essa pressão pra vender a propriedade. – Ela dá de ombros e passa as mãos pelos cabelos.

– Não gosto de te ver assim. – A voz de Miguel é calma. – Topa jantar comigo hoje á noite? – Ele pega as mãos dela – Um jantar vai te ajudar a se distrair.

– Um jantar me parece ótimo. ­– Respondeu apertando um pouco mais as mãos dele.

– Te pego às oito. – Ele solta as mãos dela e caminha em direção a porta.

– Espere. – Ela sai por alguns minutos e retorna com o guarda-chuva. – Pra você não se molhar.

Ele assente e ela o leva até a porta que antes estava emperrada. A chuva havia diminuído, mas o tempo ainda estava carregado.

– Te vejo mais tarde. – Miguel abre o guarda-chuva e vai em direção ao carro.

Alice acena de longe. "Não vejo a hora" – pensou ela, ainda sentindo o corpo em êxtase pelo beijo.
                            ****
Já estava quase na hora de Miguel aparecer, Alice usava um vestido de renda azul que ia até quase o joelho e uma sandália preta de salto fino. O cabelo preso em coque com alguns fios soltos realçavam o pescoço esguio, os lábios exibindo o tom de batom rosa e olhos bem delineados. Havia muito tempo desde a última vez que tinha saído com alguém, as lembranças daquela noite não era das melhores. Balançou a cabeça afastando os pensamentos e ouviu quando a campainha tocou.

Miguel sorriu quando ela abriu a porta, sentiu o corpo se contrair ao notar quão linda ela estava.

– Você está linda, Alice.

– Digo o mesmo, você também está lindo. – Ambos sorriram e entraram no carro.

A noite estava agradável, a chuva havia passado e o tempo estava fresco. O restaurante era aconchegante e estava movimentado, Miguel e Alice se sentaram em uma mesa mais distante, onde era possível conversar em um tom de voz mais baixo.

– Mas porque você não vende o Literachá? Acredito que seria mais lucrativo e poderia recomeçar em um local de mais prestigio. – Miguel tinha passado parte da tarde pensando em como Alice teria melhores lucros se o Literachá funcionasse em outro local.

– Eu sei que os lucros seriam melhores. Como eu queria melhorar os lucros. Você nem imagina como é cansativo esse ritmo de turno duplo. – Ela toma um gole do vinho que Miguel acabara de servir.

– Por isso, acho que você tem que tomar coragem pra vender e recomeçar. Eu posso até te ajudar com o planejamento, Alice. Sou muito bom nesses assuntos e seria uma honra poder te ajudar.

– Miguel, o Literachá era o sonho da minha mãe. Eu prometi que ele sempre estaria ali, pronto para receber quem precisasse de conforto. Não posso simplesmente descumprir a minha promessa. – Alice sentiu os olhos se encherem de lágrimas. – Você tem que me entender, eu vou manter a promessa até o fim, já falei sobre isso com você.

– Sua mãe te fez prometer que nunca venderia? – ele foi sincero com sua pergunta.

– Não, ela não. Quer dizer, ela também, mas eu não quero mais falar sobre isso. É doloroso demais pra mim. – Ela enxuga uma lágrima que caí.

Sorry, não queria te deixar triste. Mas eu fico preocupado. – Ele arrasta a cadeira pra perto dela. – Se você precisar de qualquer coisa, até mesmo dinheiro, por favor, me deixe ajudar você.

– Não preciso do seu dinheiro, Miguel. Mas aceito seu ombro pra chorar. – Ela encosta a cabeça no ombro dele, que delicadamente afaga os cabelos dela.

– Não vou te deixar chorar, Alice. Você tem a minha palavra. – Ele se virou e puxou o queixo dela, seus lábios se tocaram e se perderam em um beijo.

Depois de uma tempestade, o tempo bom sempre retorna, trazendo sensações de arrepios por toda a pele, o corpo se adapta ao tempo suave e vem a bonança. É uma pena que ela não dura para sempre, as tempestades sempre retornam com terríveis tormentas.

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