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Capítulo 5 - Breathing All Day

Mesmo que você navegue através dos sete mares, a solidão em seu coração não se esconderá nas ilhas de perto ou de longe, ou em qualquer lugar remoto em meio ás aguas, seria preciso milhares de pequenas reconstruções em suas lembranças. Um sopro de esperança pode parecer uma solução para suas mágoas, mas seria essa a melhor solução? Quão longe você poderia ir para realizar os desejos do seu coração?

O calor escaldante e abafado daquele domingo era premissa de que mais tarde a chuva cairia, Miguel observava pela janela de seu apartamento um passarinho que fazia ninho em sua sacada. Não fazia muito tempo que havia recebido uma ligação de Bruno, que havia lhe informado de que seu pai o esperava para almoçarem juntos. Um leve tremor lhe percorreu, estaria junto de Carlos Roberto e Bruno, talvez até tenha que se encontrar com Shin-hye, mãe de Bruno e atual esposa de seu pai, também conhecida como madrasta.

Algumas horas mais tarde, já no jardim da mansão de seu pai, Miguel abriu a enorme porta de carvalho, o cheiro da madeira ainda era o mesmo de tantos anos atrás, se fechasse os olhos seria capaz de reviver todas as lembranças felizes que tinha daquele lugar. Ao entrar, notou que o antigo piano de sua mãe ainda estava no mesmo lugar, a única mudança no ambiente era que as fotos de antes já não era mais as mesmas. Onde antes havia uma foto de Miguel com o bastão de Baseball agora havia uma foto de Bruno em uma bicicleta, o quadro de frésias fora substituído por uma enorme moldura contendo um retrato de Shin-hye. Aquela casa já não mais lhe pertencia.

– Miguel? – A voz de Shin-hye era cheia de carinho pelo enteado.

– Oi, Shin-hye. – Respondeu virando-se em direção a sua madrasta.

– Quanto tempo, meu querido. Venha, sente-se e me conte como está. Seu pai já vai descer. Soube que veio cuidar de alguns negócios para Ji-hyun.

– Sim, minha mãe não pode vir. Ela está com a agenda lotada e por isso vim em seu lugar, assim posso me atualizar de tudo o que se passa aqui.

– Entendo, sua mãe sempre foi muito perspicaz. Sempre teve tudo o que quis.

– Exatamente, ela sempre soube lutar pelo que valia a pena. – Miguel também sabia retribuir a falsidade de Shin-hye.

– Pretende ficar por muito tempo?

– Não sei exatamente, mas tenho muito o que resolver por aqui.

Passos vieram da escada, Carlos descia degrau por degrau com a ajuda de uma bengala, ele envelhecera bastante desde a última vez em que Miguel o vira. Um sorriso brotou em seus lábios ao ver Miguel, um sorrido do qual o pobre rapaz mal se lembrava, sorriso este que não fora visto no encontro anterior entre pai e filho. Contudo, o sorriso foi tão breve que Miguel se perguntou se de fato seu pai havia sorrido, já que logo seu semblante voltou a ser a carranca de sempre.

– Então você realmente veio, rapaz. Vejo que já não é o menino chorão de antes. – Carlos colocou a bengala na lateral de sua poltrona e passou os olhos dos pés á cabeça de seu filho. – Impressionante como se parece com sua mãe, até na maneira de erguer a sobrancelha. – O comentário faz Shin-hye se remexer no sofá.

– Tenho muito da aparência de minha mãe, mas muitos me dizem que sou tão teimoso quando o senhor, appa. – Ele fez de propósito ao chamar Carlos de appa, pai em coreano, assim como fazia em sua infância.

Percebendo que as coisas poderiam sair de seu controle, Shin-hye anunciou que o almoço já poderia ser servido.

– Vamos, antes que tudo esfrie. Bruno já vai descer. – Disse ela, frisando que Bruno estaria presente no almoço.

Carlos, o chefe da família sentou à cabeceira da mesa, Shin-hye à esquerda e Miguel ia se sentar do outro lado de seu pai, mas foi induzido a se sentar á uma cadeira de distância, logo percebeu que do lado direito de seu pai se sentaria Bruno, que logo se juntou ao demais.

– Já se acomodou ou ainda está a procura de um apartamento? – indagou Bruno fingindo interesse.

– Já sim, estou no apartamento do terraço do tio Augustus. – Respondeu antes de colocar um pedaço de peixe em seu prato. – Lá é um bairro muito peculiar, posso até afirmar ser muito pacato.

– Eu sei, estou sempre por lá. É um lugar com algumas peculiaridades muito interessantes. – Bruno viu na noite anterior, quando Miguel saiu do Literachá, ele havia ido ao local para perturbar Alice, mas foi surpreendido com Miguel saindo do lugar de forma exasperada. Perguntou-se por qual razão ele estava lá, já que naquele horário o local já estava praticamente fechado.

Miguel permaneceu em silêncio, seu pai não parava de olhar para ele e Bruno, e por alguns minutos só era possível ouvir o tilintar dos talheres nos pratos, quando finalmente Carlos pigarreou e resolveu esclarecer o que significava aquele almoço, enquanto Shin-hye permanecia carrancuda.

– Bruno e Miguel, como sabem, não vou durar para sempre e a empresa precisa de alguém que possa assumi-la ao meu lado. Você, Bruno, já tem 15% das ações e Miguel 5%. Darei a um de vocês a oportunidade de possuírem mais 20% do que já tem. – Bruno se sente superior por ter mais ações que seu irmão. Miguel se irrita com tal informação, mas não deixa transparecer.

– É sempre um prazer servi-lo, pai. – Bruno é ligeiro em responder.

–Você, Bruno, sempre esteve ao meu lado, sabe como lidar com os funcionários e com os outros acionistas. – Carlos continua com a explicação. – Já você, Miguel, tem a experiência de conhecer o mercado estrangeiro e pode agregar muito conhecimento aos nossos empreendimentos. Por isso, aquele que conseguir tornar possível a construção do galpão, será o dono dos 20% de ações que irei disponibilizar.

Miguel sabia muito bem o que isso significava, ele teria de fazer o mesmo que Bruno havia feito há alguns dias com Alice. Ele teria que convencer os proprietários a venderem seus terrenos, inclusive Alice.

– E se eu recusar? – Indagou Miguel, fazendo Bruno derrubar o suco que estava em sua mão.

– Ora, você é livre pra fazer o que bem entender. – Carlos respondeu.

– Talvez seja melhor que recuse a proposta, Miguel. Seria uma grande dor cabeça pra você que acabou de chegar aqui. – Bruno aproveitou a deixa.

– Calma, não precisa dar sua resposta agora. Ambos terão um mês para resolverem a situação, desistir ou prosseguir, isso dependerá de vocês, mas não quero resposta agora.

Shin-hye, jogou o guardanapo na mesa e saiu irritada. Um trovão estalou no céu, a chuva que Miguel previu naquela manhã iria cair a qualquer momento.

Appa, eu...

– Como eu disse, não quero resposta agora. Terminemos o almoço com calma.

Carlos prosseguiu com seu almoço como se nada tivesse acontecido, Bruno e Miguel ficaram se encarando por um tempo.

De alguma forma, uma guerra estava sendo estabelecida ali, uma guerra silenciosa. Bruno, Miguel e Alice, três pessoas com ambições diferentes ligadas pelo mesmo destino. Apenas uma decisão será capaz de mudar a histórias de todos e Miguel sabe o quão longe isso pode levar cada um dos envolvidos.

Eis que a chuva caiu...


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