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Capítulo 4 - It's Definitely You


Era noite de sábado, Alice se preparava para dar início ao modo Pub Literachá, colocava algumas mesas reservas na calçada, onde muito em breve estaria abarrotado de clientes sedentos por uma boa cerveja gelada. O modo pub era o serviço mais lucrativo do Literachá, já que sua comissão com as vendas de livros não era lá tão boa, e a venda dos chás também não ajudavam muito, esses dois serviços pagavam apenas as contas do local. Já o lucro com as vendas das cervejas era destinado ao banco, e com esse dinheiro pretendia fazer uma viagem ao exterior, seu sonho desde a infância.

Cansada, sentou–se em uma das cadeiras da calçada onde colocou a cabeça sobre a mesa, fechou os olhos e permaneceu assim por alguns instantes, refletindo sobre a cansativa semana que teve. Por um instante, ouviu que alguém caminhava em sua direção e antes mesmo que abrisse os olhos, foi surpreendida por uma voz masculina.

– Hei, moça, posso sentar aqui também?

Alice reconheceu a voz imediatamente.

– Claro que sim, acha mesmo que vou negar uma mesa para um freguês?

Miguel que passou o dia inteiro arrumando o apartamento, puxou uma cadeira e sentou–se ao lado de Alice, que sorria gentilmente.

– Você não parece muito bem. – Dissera ela, ao notar como ele parecia cansado.

– Realmente, sinto que meus ossos estão desmanchando de cansaço. – Ele aperta os próprios braços, como se estivesse conferindo que estavam todos no lugar certo.

–Trabalhou muito hoje? – Ela quis saber

Yes, estava arrumando minha mudança no meu apartamento.

– Ahh, mudança é algo tão cansativo. Por isso não tenho nenhuma pretensão de me mudar da andar de cima da livraria.

– Então creio que seremos vizinhos. – Disse ele, sorrindo ao notar o sorrido de Alice.

– Jura? Vai morar aqui no bairro? – Ela até tentou disfarçar, mas era nítido que ficara animada com a notícia.

– Eu juro, me mudei para o apartamento que fica no terraço de uma imobiliária aqui pertinho.

– Não vai me dizer que é na imobiliária do sr. Augustos? – Miguel assentiu com um balanço de cabeça. – Que legal, eu o conheço desde que era criança, ele era muito amigo da minha mãe.

– O mundo é mesmo pequeno, não acha? Agora que tal me servir uma cerveja bem gelada. – Naquele momento, com todo o cansaço, Miguel ansiava por sentir o liquido gelado escorrendo pela garganta.

Por algumas horas, Miguel se dedicou a experimentar as cervejas artesanais, enquanto Alice corria de um lado para o outro atendendo as mesas. Era notável que ela amava aquele trabalho todo, mesmo que o local não estivesse totalmente lotado, havia várias rodinhas de amigos conversando, alguns com cervejas e outros com os chás gelados.

– Eu realmente acho que te conheço de algum lugar. – Finalmente ela disse, quando parou ao lado dele com uma grande jarra de líquido com âmbar.

– Uhm. Eu morei apenas cinco anos no Brasil, Alice. Depois fiquei um longo tempo intercalando entre Estados Unidos e Coreia do Sul, onde mora o meu avô materno. – Disse, antes de tomar o ultimo gole da cerveja em seu copo.

– Por isso, que às vezes você diz algumas palavras em inglês, não é? – Curiosidade definia Alice no momento.

– Exatamente, falo algumas palavras em inglês de forma inconsciente. Coreano nem sempre, mas em inglês tem ocorrido muito.

– Uau, você e tão interessante Miguel. Eu também gostaria de ser poliglota, assim como você, mas no momento sou apenas "glota".

– Que diabos é "glota"? – Questionou curioso.

– Ah, é só uma palavra pra rimar com idiota. – Disse ela, fazendo com que ambos tivessem uma crise de riso.

– Você se acha idiota? – Ele quis saber.

– Não é como se eu estivesse em sã consciência. Tenho um negócio que não vai muito bem e me recuso a fazer a venda. Logo, tenho certeza que juízo eu não tenho, não é?

Ela então percebe que sua mão pairava sobre o ombro de Miguel, seu coração acelerou e ela engoliu em seco, quando percebeu o sorriso maroto no rosto dele.

– Bem, essa falta de juízo, me fez conhecer um "quase estrangeiro" bem interessante. – Disse, se arrependendo no mesmo momento.

– Eu acho que os vapores de cerveja estão te afetando, definitivamente. – Ambos riram da situação.

Alice foi chamada para atender a mesa ao lado, deixando Miguel solitário novamente. De longe ela o observava, sentado ao canto direito do local, a luz refletia eu seus cabelos negros, e para sua total perda de compostura, ele deu uma piscadinha, fazendo com que ela quase derrubasse cerveja em um freguês, que passou sem que ela percebesse. Por sorte, quase como em um movimento de gato, ela desviou–se e recuperou o equilíbrio. Quis se enfiar em um buraco ao notar que Miguel ria descontroladamente da situação.

Enquanto observava Alice correr de um lado para o outro, sem deixar o sorriso sair do rosto, Miguel percebeu que seria necessário um longo caminho para estar rodeados de amigos que sorrissem ao seu lado, assim como aqueles jovens ali presentes. Alice havia sido a única com quem tivera uma conversa que não fosse relacionada à venda de galpão, licitações, reclamações de clientes ou qualquer assunto deste tipo.

Aquela noite foi cansativa, mas Alice estava feliz, mesmo com o mico que pagou por causa da piscadela de Miguel. Deixou seu corpo escorregar sobre uma banqueta azul, era bom deixar o corpo descansar.

– Hey, dona glota. Que desanimo é esse? Miguel aproximou–se de Alice como um gato sorrateiro, se esgueirando sem que ela percebesse.

– É só o cansaço. – Ela boceja e se espreguiça, enquanto ele senta–se ao lado dela.

– Até que horas você atende aqui? O relógio de Miguel marcava 22:55, ela percebeu quando ele olhou para o pulso.

– Vou apenas esperar aquele casal ali sair– Apontou para uma mesa na lateral.– Depois, irei fechar tudo. – Sua voz parecia desanimada.

– Posso te ajudar? – Com o sorriso de Miguel, Alice não pode dizer não.

Ficaram em silêncio por alguns momentos, e quando finalmente o casal deixou o local, Miguel levantou–se, respirou fundo e disse:

– Então, vamos começar!

Cadeiras para serem juntadas, mesas para serem carregadas, chão para limpar, copos e jarras para serem lavados e dinheiro para contar. A parte mais pesada, como juntar e carregar mesas e cadeiras ficaram na responsabilidade de Miguel, Gabi, a funcionária cuidou da limpeza, enquanto Alice organizou o estoque de foi fazer o levantamento do caixa.

– Mais alguma coisa, Alice? – Questionou Gabriela, a funcionária.

– Não, Gabi. Por hoje é só, pode ir pra casa.

– Então até segunda, Lice.

– Até, Gabi.

Miguel guardava a última cadeira, quando percebeu que Alice estava sozinha no caixa. Hesitou em se aproximar, mas era inevitável, algo nele ansiava por estar perto dela. Passara toda aquela noite observando o formato de seus lábios, quis abraça–lá por alguns instantes, saber se seu beijo era doce e quente, senti–lá em seus braços.

– Vai ficar parado ai parecendo uma estátua, senhor "poliglota"? – Ela gritou, dando um aceno com uma das mãos. – Tem um chá quentinho aqui pra você.

Não dava para postergar a aproximação. Alice fez sinal para que ele se sentasse ao seu lado. E ele assentiu, sentando muito próximo, seus corpos se encostavam de maneira suave.

O cheiro de flores que emanava de Alice era quase palpável, fazendo o corpo de Miguel pedir por ela. Na tentativa de não cometer uma loucura, ele então tomou um gole do chá. – Canela! – Disse ele, ao sentir o marcante sabor da canela recém fervida por Alice.

– É bom, não é? – Questionou, virando para Miguel, que estava tão próximo que foi possível sentir o hálito de canela que ele exalou quando sussurrou:

– É perfeita!

Os olhos de Alice se prenderam aos de Miguel como imã. Sua respiração se intensificou e o coração bateu acelerado.

Miguel se aproximou mais um pouco, colocou a xícara sobre o balcão. Precisava beijar aquela mulher, todas as suas forças pediam por um beijo, apenas um bastaria, apenas um curaria suas feridas. Foi o sorriso dela que lhe trouxe um colorido diferente, mesmo com pouca convivência, tudo foi suficiente. Uma menina mulher, Alice. Era ela quem ele queria.

Alice fechou os olhos, esperando os lábios se tocarem. Ela se inclinou mais um pouco, mas tudo o que sentiu foi sua testa sendo tocada pelos lábios de Miguel.

– Me desculpe. – Ele sussurrou, levantando e saindo do local, deixando Alice paralisada, sem saber o que fazer.

Ele caminhou a passos largos, antes que sua razão parasse de funcionar e se entregasse a emoção daquele momento. Enquanto Alice continuava sem dizer qualquer palavra, apenas deixando–o partir.



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