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Capítulo Quatro


"A felicidade está

aqui,

e como um relâmpago,

de repente

já não está

mais."

-Charlie Barkley

Sinto duas mãos em meus ombros me balançando de forma indelicada. Abro meus olhos lentamente me acostumando com a claridade do dia. Olho ao redor me sentindo confusa, deitada em uma cama que não é a minha, um quarto que não é o meu, mas que também não me são tão estranhos assim.

Então me dou conta de que estou na casa de Adrian, mais precisamente no quarto de hospedes. Olho para minhas roupas que ainda são as mesmas do dia anterior e me lembro de ter pegado no sono ainda no sofá da sala de visitas, imagino que alguém me trouxe para cima e me colocou na cama.

-Você precisa acordar e ir para casa. - Me lembro que não estou sozinha e observo meu tio John me encarar com um olhar estranho. Não sou capaz de decifrar seus olhos, não que um dia eu já tenha conseguido, mas dessa vez é diferente. Ele me parece culpado e com raiva ao mesmo tempo?

- Bom dia, tio. - Digo com uma voz rouca me sentando e esfregando meus olhos de sono, faço um coque em meu cabelo tentando colocar os fios no lugar, quase impossível quando acordo, mas sempre vale a pena tentar.

- Bom dia, você precisa ir para casa. - Sua é suave e controla, mas sou capaz de sentir certa firmeza, como se ele estivesse se controlando. Fico ainda mais confusa. Deve ser coisa da minha cabeça, provavelmente ele não quer deixar minha mãe preocupada.

MINHA MÃE!

Deus, como pude me esquecer dela. Me levanto em um pulo, olho ao redor procurando minha bolsa e a encontro em cima do criado mudo ao lado da cama. Caminho em direção da porta e quando estou pronta para abri-la, Adrian entra no quarto, dou um pequeno pulo para trás. Ele estaca na entrada.

- Pai? - Ele olha de mim para tio John, mas balança a cabeça decidindo ignorar. - Esquece. - E concentra seu olhar apenas em mim, olhos brilhando em preocupação. - Você está melhor? Nós vamos tomar café agora, vim chamar você.

-Eu estou bem. - Digo isso, mas nesse momento da minha vida não tenho tanta certeza se estou bem ou se as coisas vão ficar bem em breve. Tenho criado o habito de dizer essas palavras apenas para tranquilizar aqueles ao meu redor, eles não entenderiam que esse tipo de dor não se vai do dia para noite e também não poderiam acabar com ela.

- Obrigada pela oferta e por...- Me senti tão envergonhada de repente, o que era muito estranho. Eu nunca tinha me sentido assim com aquelas pessoas, ele eram minha família também, cresci correndo pelos corredores dessa casa, mas algo naquela situação me fazia acreditar que eu deveria agradecer. - bem, por tudo, mas tenho que ir para casa. Minha mãe deve estar preocupada.

- Não se preocupe com isso, minha mãe ligou para ela ontem depois que colocamos você na cama e percebemos que não ia acordar tão cedo. - Ele diz de forma descontraída e até com uma pitada de riso em sua voz.

-Certo, me desculpe por isso. - Me sinto na obrigação de dizer isso, por que mesmo que eu os conheça desde sempre, eles não tinham nenhuma obrigação de me acolher de tal maneira. - Eu não queria incomodar.

- Não se desculpe por isso, nós estaremos sempre aqui por você. - Tinha tanta verdade em sua voz que aquilo assombrou o que existia de mais profundo em mim, meu coração deu um pulo no peito e acho que perdi uma batida quando ele segurou minha mão e me puxou para um abraço.

As lágrimas do dia anterior estavam de volta, presas na borda, prestes a cair em um abismo sem fim, mas eu segurei cada uma delas. Não poderia chorar sempre que ele estivesse perto de mim e dissesse o que eu precisava ouvir ou me tornaria em um bebé chorão.

Mas ainda assim aquele abraço foi tudo e nada. Me fez perceber tudo o que eu realmente sentia por ele e não me surpreendeu em nada saber disso. Acho que eu já sabia a certo tempo, mas nunca fui corajosa o suficiente para admitir que isso ia muito além da amizade ou do fato de termos crescido juntos, o que eu sentia por ele era amor.

Amor romântico.

Apertei meus braços ao redor de seu corpo e encaixei meu rosto na curva do seu pescoço, sentindo seu cheiro matinal, uma mistura de menta e tangerina. Suas mãos me acomodaram de tal forma que eu desejei viver ali pelo resto da minha vida. Eu queria dizer, colocar para fora tudo o que eu tinha plena certeza agora, mas a parte covarde em mim não deixou.

Ela agarrou bem firme em mim e não me permitiu dar se quer um passo à frente. Ela gritou no meu rosto todas as minhas inseguranças e me escravizou de maneira que não pude dizer uma palavra. Eu fui submissa, abaixei a cabeça e aceitei que a opção mais segura para não sentir mais dor era o silêncio.

O que me restou foi aquele abraço e eu me segurei nele como um pecador se agarra ao perdão.

A sensação de estar sendo observada veio de repente, um incômodo crescendo dentro de mim, tirando todo o gosto delicado de segundos atrás. Quebrei meu abraço com Adrian e olhei ao redor encontrando os olhos de John LeBlanc, que havia sido esquecido no quarto, sobre nós.

- Vamos? - Ele disse com a mão estendida em direção a porta, sua voz controlada, sua postura gentil, mas foi seu olhar que me fez ficar paralisada. Seu olhar não possuía mais nenhuma culpa, só existia raiva ali. Raiva que queimava em vermelho ardente e perfurava através de mim.


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