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⩩﹕៹࣪ 𝟭𝟱 - 𝗧𝗮𝗿𝗲𝗳𝗮𝘀: 𝗖𝗼𝗻𝘃𝗲𝗿𝘀𝗮 𝗲 𝗥𝗲𝘂𝗻𝗶ã𝗼

𝐍a sala, Jisung estava a sós com Minho. O cômodo é enorme e, novamente, minimalista com toques ousados de ouro em abundância por toda parte. Os amigos de Lee saíram para fazer algo que Han não sabia, mas que também não dava tanta importância quanto ter em mãos a escolha de revelar seu passado para o Know.

ㅡ Pode começar, Jisung, e eu quero a verdade ㅡ Pediu o Lee, que se encontrava no canto do sofá com o cotovelo apoiado sobre o braço do estofado, enquanto seu outro braço estava esticando sobre o encostador ㅡ Eu não tenho o dia todo, Han.

O moreno ponderou alguns segundos, estático e com o olhar preso a lareira apagada da sala. Han se encontrava do outro lado do sofá, mas estava trêmulo por dividir o mesmo ambiente com Minho fora do quarto. Jisung estava envergonhado por estar sozinho com Lee, mas mais ainda preocupado em como começaria a contar sobre sua família.

Era complicado falar sobre seu passado quando pouco sabia sobre ele. Jisung passou por muitas coisas das quais fizeram ele esquecer de toda a sua infância. Sem contar nos remédios pesados que teve que tomar durante anos por conta de algo que ele não se lembra, mas que seus pais diziam ser necessários por conta do seu passado traumático.

Han podia não ser o mais expert em assuntos com envolvimento a máfia, mas estava bem óbvio que quanto mais mentisse e deixasse de contar coisas, mais sofreria maus bocados, além de que Minho parece ser um homem bem conhecido e bastante exaltado, sendo assim, de uma forma ou outra, Jisung falando a verdade ou não, Lee ficaria sabendo por outras bocas tudo que Han poderia dizer por livre e espontânea vontade.

Estava sobre as mãos trêmulas suas duas opções. Recorreu a qual ele não sofreria, dizer a verdade.

ㅡ Eu não sei como começar porque minhas lembranças são rasas. Se você me perguntar o que aconteceu antes dos meus sete anos de idade eu não vou saber dizer, eu meio que me esqueci de tudo ㅡ Iniciou, com as mãos sobre a perna agitada e o rosto baixo. Minho franziu o cenho, desentendido do porquê Jisung simplesmente esqueceu-se de tudo sobre seu passado ㅡ Eu tomava alguns remédios, e eles eram fortes... Então por conta deles não tenho nada antes disso.

Lee anotou em sua mente que precisava procurar sobre esses tais remédios que o Han tomava, talvez eles fizessem parte de algo que se encaixasse na história, porque até então não havia sentido algum Jisung tomá-los...

ㅡ Meus pais me disseram que me adotaram quando eu estava para fazer cinco anos. Eles comentaram uma vez que foram eles que salvaram minha vida, mas não entendi muito e também não fiz questão de me aprofundar nesse assunto. Então criei uma teoria para que eu me sentisse menos curioso em relação ao início de tudo ㅡ Olhou para Minho, que já estava o olhando. Lee prestava atenção em si como nunca havia prestado, ele parecia estar mesmo empenhado em saber.

Mas o Han rapidamente desviou o olhar e juntou os lábios quase secos, as lembranças fortes da última noite vieram rapidamente, deixando Jisung envergonhado sobre coisas que havia feito e que com certeza nunca deveria fazer novamente.

ㅡ E qual a sua teoria? ㅡ Indagou, com o olhar ainda firme no moreno, que entreabriu os lábios tentando processar alguma fala, mas logo os fechou novamente. Minho teve que coçar a garganta em um tom alto e desconfortável para que Jisung voltasse a falar.

ㅡ Eu provavelmente estava nas ruas e eles me encontraram. Meus pais eram policiais na época, hoje em dia são aposentados. Pra mim é bem clichê que eles pensassem que eu era importante por eles terem me resgatado, então penso que meu lindo rostinho foi quem fez eles se apaixonarem por mim ㅡ Abriu um sorrisinho curto, tentando não pesar o clima, mas Lee nem ao menos esboçou reação, então Han escondeu o sorriso, intimidado pela própria estupidez ㅡ Bom... É isso o que eu acho, depois-

ㅡ Você disse que seus pais eram policiais? ㅡ Perguntou. Era como se uma luz tivesse surgido em sua mente. E se, de alguma forma, os pais adotivos do Han estivessem envolvidos no caso do falecimento da família Han?

ㅡ Sim, sim! Pela casa existem milhares de fotos deles de quando eram mais jovens, além de certificados e medalhas ㅡ Contou, se lembrando das fotografias em que eles estavam juntos e em boa parte delas Jisung estava junto ㅡ Bom, depois que fui adotado, passei por alguns tratamentos... Que não vem ao caso agora. Daí em diante minha vida é normal até hoje... Ou até um tempo atrás ㅡ Balbuciou o final.

Minho não precisava de nenhuma explicação sobre a adolescente de Jisung, muito menos sobre a vida adulta, Lee já sabia de tudo. O tatuado esperava mesmo que Jisung estivesse sendo verdadeiro diante de tudo aquilo, porque aquela simples conversa poderia explicar muitas coisas.

O dia em que os pais de sangue de Jisung faleceram, foi exatamente no dia 14 do 09 de 2003, coincidentemente no mesmo dia que o Han fez seu aniversário de quatro anos. No relatório real da morte de Vincent, foi relatado que ele e esposa morreram, e o filho não estava junto a eles, mas pelo que se diz na autópsia presente ainda no relatório, Hilary e Vincent faleceram logo pela manhã. Então não faz sentido que Jisung estivesse nas ruas e não naquela casa, ele tinha que estar lá.

Minho tinha seus bons dez anos de idade e ele lembrava muito bem da cena deprimente que estava na casa dos Han's naquele dia. Na época, Lee não fazia ideia que estava se envolvendo em um assunto extremamente perigoso, apenas achou que seu pai havia o levado para uma missão simples, visto que era seu primeiro dia no ramo físico da máfia.

Mas agora fazia sentido... Se recordava do sangue pela casa, da mulher morta na escada - que provavelmente era a tal Hilary - e de seu pai com a arma na cabeça do senhor ajoelhado.

O Lee começava a conectar tudo, a relembrar tudo... Quando teve medo demais para ver seu pai atirar no homem e então desviou-se dele para olhar por toda a sala; pacotes de brinquedo estavam pelo chão, assim como dois ursinho próximos a lareira. A lembrança dos olhos vagando lentamente pela mesma surgiu, desencadeando uma visão apagada de sua memória. Naquela lareira, através de um pequeno buraquinho, Lee via olhos castanhos e chorosos.

ㅡ É isso, eu acho que não tenho mais o que falar, você já deve saber de tudo ㅡ Jisung finalizou, interrompendo o pensamento de Minho. Han parecia estar falando por minutos e minutos, mas Lee nem se tocou.

Know paralisou olhando para Jisung, olhando para os olhos de Jisung, novamente aqueles olhos castanhos cintilantes com as orbes mais chamativas que Lee já havia prendido os olhos. Um olhar nostálgico... Era como se...

ㅡ A gente tem que ir logo ㅡ Se levantou olhando para o relógio no pulso, querendo evitar pensamentos intrusivos. Minho queria ficar a sós para resolver sozinho a teoria que havia montado em sua mente. Queria ter certeza de que as peças que ele juntou, agora finalmente iriam se encaixar no quebra-cabeça.

Mas, antes de tudo, tinha que seguir o cronograma de sua rotina do dia.

ㅡ A gente...? ㅡ Jisung se levantou também, perguntando mais para si mesmo do que para o tatuado. Suas mãos coçavam e soavam com a ansiedade assutadora que o dominou com aquela simples frase.

ㅡ Você precisa ir comigo até a casa de seus pais, eu tenho algo para resolver na minha empresa e não pretendo fazer duas viagens ㅡ Caminhou para fora da casa, logo sendo seguido por Jisung, que não sabia muito bem como agir, mas a certeza única era que tinha que obedecer, independente do que o outro falasse.

Sua liberdade era mais importante do que rebeldia. Preferia estar ali, livre, sob ordem e comando, do que preso em um quarto sem saber quando poderá sair de novo.

Han havia acabado de revelar sua história, tinha medo que o Lee usasse isso contra si, mas ele ao menos parecia se importar com a "trágica vida de Han Jisung". Também, como um ser frio como aquele poderia se importar?

Os pensamentos foram afastados da mente de Jisung, que suspirou fundo imaginando um longo caminho pela frente.

[...]

Ao chegarem na empresa, olhares incomuns foram direcionados à Jisung. Era novidade para todos os funcionários que naquela manhã o chefe surgisse fora do horário e com uma nova presença - dia após dia viam Lee Know chegar pontualmente no horário e, principalmente, desacompanhado. Era algo novo até mesmo para os veteranos da empresa. O chefe estava acompanhado de um jovem bonito e bem vestido, sem contar que Know estava a alguns fartos minutos atrasado. Aquilo já era o suficiente para a fofoca rolar solta pela empresa e os cochichos serem quase impossíveis de não serem ouvidos.

ㅡ Chegue mais perto, eu não quero que você se perca por aí e me cause mais falatório ㅡ Minho olhou sério para Han e com a voz grossa desferiu palavras culposas. A culpa não era de Han, mas ele fazia parte de um um terço de todos os problemas.

Lee tinha consciência de que poderia deixar Jisung lá em sua casa e depois pedir para que Bang o buscasse. Isso evitaria burburinhos e desordem, porém Minho pouco se importou com essa opção, apenas querendo trazer Jisung à si com uma desculpa esfarrapada de "uma viagem só".

Jisung concordou com silêncio e ficou ao lado do mais alto. Não próximos como na noite do casarão, mas perto o suficiente para que Han pudesse novamente sentir a fragrância que tanto o deixava embriagado.

Quando Minho parou em frente ao elevador, qualquer outro funcionário que fosse entrar, liberou espaço para o chefe e deixou de subir de elevador para ter que pegar rumo pela escada. Os mesmos que não podiam estar nem mesmo no mesmo lugar que Know ficaram em choque, totalmente abismados quando Jisung entrou junto com o outro. Isso era totalmente proibido! Ou Minho ia sozinho ou Minho ia sozinho, essas eram as únicas opções. Ninguém entrava no mesmo elevador que Lee, era altamente errado.

No último andar, Lee voltou a caminhar, deixando o Han meio bobo para trás. Ele olhava admirado para tudo, para as pessoas, para o funcionamento, para a decoração... Era lindo. Totalmente fotografável. Lembrar de fotografias o fez lembrar de sua vida. De seu trabalho, seu amigo, seus pais. Jisung realmente se preocupava, até porque sumiu do nada e não era possível que ninguém tivesse se preocupado com ele. Alguém ao menos estava procurando por ele?

ㅡ Jisung ㅡ Chamou Minho, franzindo o cenho ao notar Han paralisado ㅡ Han Jisung! ㅡ Ergueu o tom de voz, Jisung piscou assustado e então olhou para Minho, engolindo a seco e baixando os ombros ㅡ O que deu em você, idiota?

ㅡ N-Nada... ㅡ Suspirou. Sua respiração trêmula fez Lee cruzar os braços e voltar a se aproximar de Jisung, visto que enquanto seguia seu caminho o mais novo tinha simplesmente parado.

ㅡ Então o que está fazendo parado? Anda logo! ㅡ Mandou, empurrando Han pelo ombro, o fazendo seguir em sua frente. Jisung, temendo olhar para trás e encontrar o absurdo olhar tenebroso de Lee Know, fez sem reclamar ㅡ E anda rápido.

Buchichos circularam. Aquela era outra regra que Jisung descumprira. Andar na frente do chefe era proibido! O certo era andar atrás dele e ao lado esquerdo, e agora quem estava fazendo o papel de serviçal era Minho.

Han continuaria andando reto, sem saber para onde ir se Know não tivesse tocado suavemente sua cintura, o impedindo de continuar andando sem rumo. Jisung se arrepiou com o toque e de canto dos olhos viu Lee abrir uma porta tão simples como as outras. Minho entrou no lugar e o bochechudo fez igual.

Jisung virou-se para fechar a porta e encontrou pessoas olhando de todas as direções possíveis. Han não tinha certeza se deveria fechar a porta pois a sala com 24 cadeiras e uma mesa extensa parecia vazia demais com apenas dois homens sentados mais a frente.

Know percebeu a falta da presença de Han e virou-se para a entrada. As pessoas rapidamente voltaram aos seus afazeres como se nada tivesse acontecido, como se não fossem bisbilhoteiros doidos por fofoca.

Jisung encostou a mão no trinco no mesmo instante que Minho, isso fez com que a mão quente de Han desse um choque na de Minho, fazendo ambos se afastarem. Lee encarou Jisung com o mais puro ódio e saiu de perto. Han fechou a porta e seguiu o seu sequestrador até a ponta da mesa.

Minho mordeu o lábio e rapidamente o soltou, franzindo as sobrancelhas. Um dos seus companheiros de negócios estava sentado onde não deveria, então encontrava-se pensando em como o mandaria sair dali de forma educada.

Signore Brodósqui, potresti alzarti in modo che il mio ospite speciale possa sedersi accanto a me?¹ ㅡ Indagou Minho em italiano e o homem de barba grossa e pelagem esbranquiçada rapidamente fez o que lhe foi pedido; levantou-se e se sentou em outra cadeira.

Lee puxou a cadeira que anteriormente o barbudo estava e fez com que Han se sentasse ali. Ainda atrás de Jisung, Minho abaixou o tronco e aproximou rosto ao de Han, deixando a boca praticamente colada a orelha do menor e sussurrou:

ㅡ Não diga uma palavra, Jisung, ou essa sala será o próximo lugar do qual você não vai sair tão cedo...

Han prendeu a respiração. O tom de Minho era severo e sério, mas com uma pitada intensa de perversão. Jisung fechou os olhos com força, querendo apagar a possibilidade de que Lee suspeitasse do que fez na noite passada. Claro que ele iria saber, as empregadas daquela casa, nessa altura, já estavam lavando os lençóis cobertos de porra.

Dali em diante Han não poderia falar nem se quisesse, de repente o italiano virou turco e Jisung não entendia mais nada. A reunião durou cerca de uma hora até que Minho se levantasse, estendesse a mão aos demais ali presentes e então chamasse por seu nome.

Han sentia a bunda quadrada de tanto tempo sentado naquela maldita cadeira, sua língua parecia dormente por ter ficado minutos incontáveis de boca fechada e voz era algo que ele jurava lhe faltar.

ㅡ Você foi um bom garoto, Jisung ㅡ Minho segurou o maxilar de Han, dando um tapinha leve na bochecha gorda e rosada. Não havia mais ninguém na sala, apenas Lee e Jisung.

O olhar intenso que Minho lançava parecia querer mais do que apenas aquilo, mas Han mal notou, estava com medo de se afastar daquele toque e receber mais do que aquilo. Porém, por outro lado, não sabia se realmente queria afastar aquela mão de si.

⩩﹕៹࣪ Vocabulário Italiano para o Português:

¹ Signore Brodósqui, potresti alzarti in modo che il mio ospite speciale possa sedersi accanto a me? - Senhor Brodósqui, poderia se levantar para que meu convidado especial se sentasse ao meu lado?

⩩﹕៹࣪ Eu deixo vocês me darem um socão porque eu demorei pra postar 😞. Mas eu postei né? Amaram?

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