Capítulo 9
André
Ele estava confuso não sabia se corria daqueles grandes olhos cor de avelã ou se encarava, algo lhe deixava em alerta com relação a Ana Carla.
Era um homem maduro em seus sentimentos, sabia quando sentia atração por uma mulher, e tinha que admitir, que Ana Carla o atraía com um imã atraí o metal para si. Porém, havia algo mais, e esse algo André simplesmente não conseguia identificar.
Sim, ele sempre foi evangélico, no entanto nunca dos mais devotos, sempre deu suas escapadas. Por que afinal, Deus se compadece dos corações quebrantados que em verdadeira confissão de fe arrependiam - se.
Tá certo se arrependeu mais voltou a cometer os mesmos erros, bom a carne é fraca, OK!
No momento em que viu aquela bela morena de curvas generosas, sua carne praticamente gritou. Como dizem hoje em dia,... Plus size? Esse era o nome bonitos que davam para as gordinhas. Seja qual for o nome dado André gostava do fato de Ana Carla ser gordinha ou plus size, tanto faz.
Além disso, ela tinha um bom humor contagiante. Falava com ele como se fossem conhecidos desde sempre. Sua forma leve de falar trazia uma leveza ao coração de André como ele não sentia há tempos.
Isso é loucura!
Vê lá como tudo isso não faz nenhum sentido! Leveza? Depois de tudo o que você fez?
Você sempre vai ter uma divida à pagar... Não adianta mudar de lugar, pois ela sempre vai te perseguir!...
- Ei, tudo bem? - Ana Carla estava de pé ao seu lado da mesa com a mão em seu braço, ele não percebeu, que enquanto pensava tudo aquilo tinha uma expressão de dor no rosto.
Andre sacudiu a cabeça positivamente para ela.
Mais antes que ele pudesse dizer algo um menino veio correndo pelo corredor. Era uma copia dela, muito parecido mesmo. Eles arrumavam a mesa para o almoço.
- Mãe... Mãe... O Betinho pode vir aqui almoçar? Por favor, por favor... - o menino implorava a Ana Carla.
- O que eu disse a você? - respondeu com a pergunta sem olha para o filho. - Alem do que você não disse oi para o Andre.
- Ha, mãe. Desculpa. Oi, eu sou Pedro. - o menino não podia evitar o desanimo.
Andre sorriu.
- oi Pedro, tudo bom?
- Não, mãe ta chateada comigo.
- Então você esta com problemas.
O menino concordou. Mais logo seu rosto se iluminou.
- Você é o Andre, irmão do meu tio Estevão?
- É, sou.
- Você também é policial? - agora seus olhos brilhavam.
- Érh, sim... Sou. - meio incomodado com a pergunta.
- Legal! Poxa vida, Betinho vai morre de inveja de mim.
Andre franziu a testa curioso.
- É mesmo, e por que?
- Por que, meu tio policial esta na minha casa e ele não vai ver você. - o sorriso de satisfação do menino era evidente.
- E, por acaso inveja é bom, Pedro? - Andre quis saber.
- Não, minha mãe sempre diz que inveja é muito ruim.
- Então não você devia querer que deu amigo sentisse algo assim.
- Mais minha não deixa ele vir aqui. - O menino estava pensativo.
- Certo, mas tenho certeza que seu castigo não vão ser para sempre.
- Ei você assiste um filme comigo? - Pedro perguntou mudando de assunto.
Ana Carla que estava tirando do armário copos grandes e floridos para por na mesa e resolveu entrar na conversa.
- Acho que Andre deve querer descansar depois do almoço.
- Não, tudo bem. Que filme?
- Gigante de Aço.
- Maneiro.
- Posso mãe?
E, mais uma vez os grandes olhos lacrimejantes, e para surpresa dela, Andre também a olhava com o mesmo olhar.
Por fim Ana Carla sorriu para os dois.
- Claro.
- Isso! - os dois disseram juntos animados.
Ana Carla revirou os olhos sorrindo.
- Ai meu... Você parece até que tem oito anos também.
- Ei, mãe você também gosta desse filme, lembra? - Pedro apontou.
Ana Carla estreitou os olhos.
- Ha há! Bom, pelo menos eu sou uma crianças extrovertida e não retraída. - André comentou sorrindo malévolo.
- Como é? - ela pois a uma mão no coração fingindo estar ofendida. - Eu não sou retraída. Como pode ser uma coisa dessas? A pessoa mau me conhece, e sai falando besteira.
- Desculpe. - disse com deboche.
- Cínico!
Os dois estavam rindo, e nesse instante, ele cometeu o erro de olha - la nos olhos, sentindo o coração parar um segundo, para então, voltar a bater tão rápido, que sentiu que fosse ter uma parada cardíaca.
Foi ela, Ana Carla quem desviou o olhar. Andre balançou a cabeça e franziu a testa confuso com os sentimentos revirados.
Almoçaram e Andre se viu mais interessado do que imaginara com as histórias de seu Tonico. Um homem simples com muita sabedoria. Tudo atribuía a Deus e nada por mérito próprio.
Acabaram de almoçar. Serviram - se da tal torta de limão que Ana Carla trouxera para a sobre mesa. Realmente, ele não pode negar, o doce era uma delícia. A combinação perfeita entre o doce do açúcar e o azedo do limão. Estava decidido aquele seria, seu doce favorito, a partir daquele momento.
Arrumaram a cozinha e foram para a sala. Andre sentou no tapete e Pedro o seguiu animado. Ana Carla no sofá ao lado do vô, que logo dormiu.
Ele estava... Satisfeito por ter feito aquela viagem.
Olhou a morena sentada no sofá atenta ao filme e sorriu.
Sim, muito satisfeito...
***********************
André sentiu um frio quando entrou na casa. Era velha suja, cheia de ratos. O assoalho de madeira estava podre.
Pisou com cuidado e a madeira rangeu.
Aonde você pensa que vai...? Alguém gritou.
Quem? Quem esta ai?
Não houve resposta.
Queria ir embora mas primeiro tinha algo para pegar no quarto.
Olhou a escada decadente que ia para o segundo andar e mesmo que estivesse apavorado, sabia o que precisava fazer.
Subiu, os degraus correndo pois seu instinto lhe dizia para sair logo daquele lugar.
O vento soprava forte fazendo as portas dos quartos no longo corredor sujo baterem, a agonia tomou conta do seu coração. Tentava fazer andar rápido, mas as pernas não obedeciam.
Você não vai!...
André entrou no quarto e caiu. Tentou se levantar mas não pode alguém o segurava no chão. Pisava nas suas costas fazendo com que colasse o rosto no chão imundo.
Esse é o seu lugar... Nunca mais vai sair daqui!
Não podia ver quem falava, suava frio e se debatia. O ar... Não... Podia respirar! Revirou os olhos, pois a dor era horrível.
Você é meu...
Então, acordou!
Estava sufocando, as cenas ainda vivas na mente. Lágrimas? Sim chorava em pânico.
Suas maos tremiam.
Agarrou as cobertas e se encolheu na cama.
- Vai embora... Vai embora... Me deixa em paz! - falava como se ainda estivesse no pesadelo.
Quando conseguiu se acalmar olhou no relógio que marcava quase duas da manhã. Sabia que não dormiria mais. Ao lado do relógio estava sua bíblia, que só estava ali por que sua tia a colocou na bolsa escondida.
Olhou - a fixamente como se ela fosse um pit bull raivoso. Sentiu vontade de lê - la, porém ignorou o sentimento.
Deitou de novo para esperar o sol nascer.
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Oiiiiiii...!!
Como cês tão?😊
Gente to muito feliz.
Quando comecei essa pequena aventura era só uma distração. É, mais agora ficou sério.
To muito focada em acabar o que comecei!
Continuem comigo.
😘 Bejão estalado 😘
Deus abençoe a todos vocês.
Amém!
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