Capítulo 41
Oi gente tudo certin?
To de roupa nova e tudo por causa da @ Kamile343.
Querem uma capa linda assim? Vai no perfil dela. Tem cada uma mais linda que a outra, tenho certeza que ela vai te fazer uma com muito carinho. Beijin nas crianças! 😘😘😘
Ana Carla estava sentada à mesa, em frente ao seu marido furioso, este tentava controlar seu temperamento; enquanto ela, se fazia de desentendida. Fato era, que André acreditava, que sua esposa inspirava mais cuidado, do que ela gostaria de entender.
- Sério isso? Eu não fiz nada de mais, só fui trabalhar.
- A estrada é cheia de buracos, o clima está quente e você trabalha sob pressão constante. Não me diga, que isso é ambiente para uma grávida com saúde frágil? - Ela abriu a boca para responder, porém achou melhor não fazê - lo, por causa do olhar tenso marido.
- Amor... Eu estou ótima. Seis meses e nenhum alarme. Ao contrário da gestação do Pedro que foi uma turbulência, agora é diferente. Sob todos os aspectos.
- Você tem que se cuidar. O risco de eclâmpsia na gestação é eminente, mesmo que se sinta bem.
- Não vai acontecer. - Ana Carla recostou - se na cadeira como uma criança teimosa.
- Você é impossível! Sabe que eu te amo? O que eu faria sem você Ana? E o Pedro?- André tinha o olhar fixo nela, evidentemente nervoso, levantando - se para levar sua canela de chá para a pia. Enquanto a esfregava com a esponja e sabão, com uma força desproporcional a necessária, sentiu a pequena mão quente dela, deslizar por seus ombros, afagar os cabelos castanhos, até culminar num abraço quente. Gesto que sempre fazia, quando nos momentos de caos entre os dois.
- Vai dar tudo certo... Sabe, você é o lado suave dessa dupla, por favor, não podemos trocar agora. Eu não tenho condições de ser racional, neste momento... - Como não obteve resposta dele, Ana Carla ficou em silêncio. - É serio, André eu estou bem. Sem enjôos, sem sonolência, sem estresse...
Como se concordasse com a mãe, o bebê chutou com força acertando bem no meio das costas do pai, fazendo - o virar - se ao seu encontro de Ana Carla, Acariciando seu ventre distendido. Seus olhos de mel cheio de preocupação, se prenderam aos olhos de avelã dela, que se achavam, transbordando de ternura.
- Existe uma força em você, que eu não sou capaz de ligar, a mulher gestante de agora. - Disse, afagando - a na face gentil.
- Você precisa confiar em Deus, e em mim, quando digo que me sinto ótima. Pode fazer isso? - Parecia uma simples pergunta. - Eu vou continuar com minha rotina. O médico não me negou este capricho, amor por favor. Eu prometo que paro ao sinal de qualquer problema.
André alargou a extensão do carinho até o pescoço, acariciando os cabelos negros, antes de beija - lá.
- Eu não posso proibi - lá de fazer o que gosta. Mas, não posso deixar de me sentir incomodado.
- Nao vou ultrapassar meus limites. Prometo.
- Eu tenho meus espiões, e se você não cumprir com sua palavra, eles a denunciaram. - Ele falava sério, fazendo referência a sua amiga Beatriz.
- Não é justo! Beatriz deveria estar ao meu lado. - Ana Carla protestou, fazendo um biquinho infantil.
- Todos nós estamos do seu lado, a senhora, que é muito teimosa.
- Não sou teimosa, vocês é que não enxergam o meu ponto de vista. - Dito isto saiu dos braços dele, com pretexto de ligar o computador, para continuar o trabalho em casa. Com tudo, foi impedida pelas mãos dele sobre o notebook rosa.
- Chega de trabalho por hoje, Madama.
- Mas...
- Nossa regra lembra? Nada de trabalho em casa, hum? - Essa regra foi criada por Ana Carla nos primeiros meses se casados, depois que seu marido chegara exausto de uma ocorrência que o castigou uma noite inteira sem dormir. Ela o fez visando o bem estar do marido, e não uma armadilha. Suspirou resignada.
- Você é um trapaceiro.
- Só porque te amo? Vem hora da soneca.
Mesmo contrariada ela riu, para depois ficar mais tranquila. Deixou - se levar para o quarto do casal, onde foi acomodada debaixo dos lençóis limpos floridos. Largou as reclamações, pois sabia que todos a amavam. Então, deixou - se nas mãos do esposo dedicado.
- Quem vai pegar o Pedro na escola? - Perguntou aconchegada ao travesseiro macio, observando André fechar as cortinas. O horário de verão fazia o sol ferver até o fim das tardes, e mesmo às três horas, o tempo ainda parecia não querer trégua.
- Eu vou pegá - lo, compro algumas frutas e volto muito rápido. - Pôs o celular de Ana Carla no móvel na cabeceira da cama. - Apenas emergências. OK?
Contemplando - o profundamente nos olhos, ela sorriu suavemente para ele, recebendo um beijo terno em troca.
Não era por mau, que Ana Carla agia de forma independente, era apenas seu instinto desenvolvido, à duras penas, para criar o filho Pedro. Seu instinto a deixava em constante alerta, ela acordava as cinco da manhã e se deitava às dez horas ou mais, dependia dos compromissos. Mas, agora André estava ao seu lado, pedindo que confiasse nele, que acreditasse que ele estaria ao seu lado quando precisasse. Reconhecia, seu prazer em ser cuidada por ele, porém sentia também um certo pânico em sua alma por se colocar à dependência de outro alguém.
Deitada na cama ela pensou, em como era solitário o quarto sem seu marido. O homem alto de passos preguiçosos preenchia cada canto, seus olhos pareciam captar coisas imperceptíveis à outrem. Não foi por acaso que seu superior na capital do Rio de Janeiro ligava de mês a mês, sondando suas escolhas, querendo promovê - lo à corregedoria da PM. André sempre o descartava, dizia - se feliz com sua família.
E Ana Carla, suspirava aliviada. Talvez em seu íntimo cuidasse que, ele um dia partisse, deixando - a infeliz e magoada. Afinal, todos podem mudar de idéia um dia!
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