Capítulo 3
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Escritório... Na verdade era apenas o velho quarto das crianças reformado. Uma mesa de sinuca em um canto, uma televisão em outro canto com uma poltrona no meio do quarto e um cadeira. Era chamado de escritório, devido a uma pequena escrivaninha, literalmente abandonada em um dos cantos. E apesar de todos acharem um exagero, ninguém confrontava tio Oto. Ele era um homem alto e imponente, mesmo com já avançada idade, ainda tinha os cabelos muito negros naturais. Já dentro do "escritório," os dois se sentaram de frente um para o outro.
- Muito bem. - seu Oto começou lentamente. - Tenho uma notícia para lhe dar meu filho, preste atenção, e não me interrompa. Certo?
Andre faz que sim com a cabeça. Sempre admirou o tio, por não ser um homem de rodeios.
- Em um mês o comparsa responsável pelo assalto, que causou a morte do Estevão, vai sair em liberdade condicional. - Parou de falar dando ao rapaz chance para absorver a informação. - Parece que, ele tem residencia fixa e não tem antecedentes criminais. O que fara dele, um homem livre, em pouco tempo.
André permanecia inexpressivo. Sua respiração era normal, embora tivesse as mãos agarradas aos joelhos. Passaram tantos tempo ali em silêncio, remoendo o absurdo da dita justiça, que seu Oto achou, que o rapaz tinha virado pedra. Por fim, respirou fundo e olhou o tio.
- Como o senhor e a tia estão? - sua voz era um sussurro. O velho deu de ombros.
- Não tem jeito, filho. A justiça do homem, sempre deixa a desejar. Então, nos apoiamos em nosso Deus. Nós estamos... Bem. Mais estamos preocupados, com você.
- Sei no que esta pensando... Tio.
- Você é cristão, sempre foi desde pequeno, sei que esta triste... Talvez magoado... Mas não deixe, que isso te afaste de Deus. - suas palavras eram de puro afeto.
O que fez Andre querer chorar e gritar, no entanto, acima de tudo o que sentiu foi ódio. O gosto de sangue passou por sua boca.
Ele tem que pagar! Matou um homem de família, um homem de Deus. Seus filhos, cresceram sem o pai amoroso. Dentro de um mês ele estará solto, livre para cometer seus crimes. Ele vai abraçar seus familiares e amigos, e dirá falsamente: "eu amo vocês?" Sem dúvidas, aquele maldito irá morrer. Não permitirei, que passe si quer um dia em liberdade!
- Não quero falar sobre Deus. - isso foi seco.
- Ele não é culpado das escolhas que os homens fazem.
- Certo, então por que não guardou a vida de Estevão? Ele era um servo Dele, sempre com respostas e atitudes em Cristo. - as palavras cheias de mágoa foram despejadas, sem medo de julgamentos.
- Estevão era de fato tudo isso e muito mais, mas tudo o que fazia, era por amor. Crendo nas promessas de Jesus.
- Ele morreu. E Deus não fez nada para salva - lo.
- Como sabe? Se morremos em Cristo, com Ele seremos vivificados, na eternidade.
Diante da resposta puramente bíblica, Andre cerrou os dentes impaciente. E por respeito a idade do seu tio Oto, tentou se controlar. Não tinha mais nenhuma paciência, para as coisas de Deus. Após um breve silêncio, tio Oto falou.
- Meu querido, já passei por isso que você esta sentindo. Lembra da minha avó? Pois é, ela sofreu muito com a perda de sua casa numa enxurrada, sem casa e sem futuro aparente. Eu novo na fé, gritava que Deus era injusto. Passou - se alguns meses, ela voltou a morar comigo e minha mãe. Foi ai que passei a ser um verdadeiro neto. Ela morou conosco por quase dez anos, morreu dormindo, numa noite de chuva. Acredito, que estava em paz, pois não temia que a casa desabasse em sua cabeça.
- Tio... É diferente...
- Deus não brinca com nossas vidas, nós humanos somos quem brincamos de deuses.
- Hum...
- Por favor, Andre não brinque de ser Deus. - a voz de seu tio estava cheia de emoção chamando a atenção de Andre.
- Certo, tio controle se. - Ficaram abraçados por um longo tempo.
Despediram se meia hora depois. André sabia o que fazer. Deus não fizera a sua parte como deveria, logo ele mesmo resolveria, na bala.
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Tio Oto e D. Alda
De joelhos a beira da cama ambos, oravam em silêncio. Sofriam juntos uma grande perda, mais uma de muitas. Aos trinta e três anos de casados, Deus os ensinou a se apoiarem um no outro, e os dois juntos se apoiavam em Deus. Nesse momento exato pediam que o Senhor sustentasse seu menino, Andre. O momento de angústia não era bom para um menino confuso ficar sozinho, maquimanando coisas ruins, que só o afastariam de Deus.
Acabada a oração, foram dormir com a fé renovada no amor de Deus.
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Uma semana depois, uma carta.
Querida filha Alda, graça e paz do Senhor Jesus. Sabes que sou velho, não tenho como escrever - lhe uma carta mais longa com muitos detalhes. Também não quero ficar escravo do celular, por causa da internet. Minha neta diz que é coisa de velho chato. E Deus sabe, que sou chato mesmo. Espero que vocês estejam bem, continuo em oração. Aqui tudo está tranquilo, Anika e Pedro mandam um beijo. Ainda preciso de um bom marceneiro para consertar o telhado e fazer alguns reparos na casa. Mas, aqui nenhum deles me passa confiança. Estou com saudades. Amo vocês. Fé em Jesus Cristo, amém.
Vovô, Tonico...
Eu espero que vocês estejam gostando da história.
Eu estou amando escrever ela. Ei comentem...
Bjs
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