Capítulo 10
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Ana Carla
Uma semana depois...
O dia amanheceu quente, insuportavelmente quente. Ana Carla acordara exausta, após a devocional, tomou banho se arrumou, chamou o filho e foi para a cozinha fazer o café. Lá fora André já começara a trabalhar na reforma da varanda. Ela olhou o relógio eram quase seis horas. Nossa que eficiente, pensou.
Terminou o café e levou uma caneca para André. Que lhe sorriu abertamente.
- Adivinhou, é? Bom dia.
- Bom dia. É cedo para começar, não?
- Perdi o sono, então levantei assim que ouvi passos pela casa.
- Pesadelos?
André deu de ombros.
- Desculpa. Não quero me meter na sua vida. - virou - se para sair, mas ele a segurou pelo braço causando uma onda de tremores em Ana Carla.
- Ei, tudo bem. - ele respirou fundo e a soltou. - Sim, alguns pesadelos outros pensamentos.
Ao terminar de falar a olhou profundamente deixando - a com as pernas moles, teria ido embora se acreditasse que não cairia de cara no chão.
- Você costuma orar? - Ana Carla conseguiu dizer a final.
- Não, há muito perdi o hábito.
- Certos hábitos saudáveis não devem ser abandonados.
Andre sorriu de sem geito.
- Não acho que ELE queira falar comigo.
Andre parecia desanimado, o que deixou ela triste, pois tinha convicção de que Deus sempre ouvia as orações dos aflitos. Por mais que nós não mereçamos o seu amor ELE sempre esta disposto a nos ouvir, segundo a sinceridade de cada um.
Olhando ele bem nos olhos, Ana Carla disse.
- Deus esta sempre disposto a nos ouvir, seja para chorar ou gritar, agradecer ou murmurar, questão toda é: sera que nos queremos falar com ELE? E se for sim resposta, será que nos queremos ouvir o que ELE tem a dizer?
Quando Ana Carla terminou de falar apenas sorriu ternamente.
- Bom dia, André.
- Bom dia, Ana Carla.
Não sabia como se comportar na presença de André, sentia - se uma tonta, como uma adolescente inexperiente. Seu coração parecia que ia parar a qualquer momento, sem falar naquele olhar.
Deus me ajude!
Seus olhos a olhavam fixamente como se quisesse...
Sacudiu a cabeça exasperada.
Fez uma pequena oração pedindo temperança. Às sete saiu de casa, deixou Pedro na escola, e o menino durante todo o caminho não parou de falar como tio Andre era legal.
Às sete e vinte já estava no seu pequeno escritório no terceiro andar da padaria. Esta por sua vez já estava a todo vapor. Sua amiga e gerente Beatriz a abria todas as manhãs, exceto quando Ana Carla dormia em casa, ou seja no terceiro andar da padaria.
O escritório ficava do outro lado do corredor, que servia para separar claramente uma coisa da outra. Terminou a casa sexto ano em que abriu a padaria. É bem verdade que faltava muitos detalhes, mas era o seu lar.
Naquele dia revisaria o estoque com o auxilio da gerente, sua amiga Bia.
Ela logo entrou com uma bandeja com uma garrafa de café e uma fornada de biscoitos sequilhos de limão, os favoritos de Ana Carla. Beatriz não é alta, na verdade é bem baixinha, magra e tem cabelos longos cor bordo. Sua personalidade é impactante e é do tipo faladeira, sem ser vulgar. As duas se conheciam desde criança e se falavam muitas vezes pelo olhar, o que era hilário para quem assistisse a cena.
- Hum mmm. Você não devia. - disse levantando os olhos da planilha do mês.
Beatriz pois as mãos nos quadris.
- Oras, chama a policia patroinha! - seu sorriso era insinuante.
- Como assim? - se fazendo de inocente.
- Ai, ai, se eu tivesse na casa do meu avo um policial bonito como o Andre, com certeza eu teria muitas ocorrências para ele resolver.
Beatriz pois a bandeja na mesa e se sentou na cadeira na frente da mesa da amiga.
- Aquele homem lindo esta na sua casa e você nem ao menos nota que o André esta a fim de você?
- Você é loca, ta vendo coisa onde não tem.
- Tem sim, tem que eu já percebi como o André te olha.
Ana Carla revirou os olhos e se levantou para descer ao segundo andar onde ficava o estoque.
- Ué, aonde vai? - disse Beatriz confusa a seguindo.
- Estou indo para o estoque e ignorando seus devaneios. - disse descendo a escada com uma prancheta e uma caneta nas mãos.
- Não pode fugir do assunto.
- Não posso fugir de você.
- Oh menina, vai dizer que não o notou?
Ana Carla sabia que a amiga não a deixaria em paz até que admitisse.
- Sim, o André é bonito.
- E...
- E mais nada. - ambas se olharam por um tempo. - E se você não for trabalhar vou demiti - la por justa causa.
- Você é má. - Disse com biquinho de magoada.
Ana Carla balançou os ombros como quem diz "to nem ai!" as duas riram e começaram a falar de trabalho.
No entanto, sentia algo sim entre ela e André que parecia latejar. Sua mãe também lhe disse o mesmo há uns dois dias, para o que ela se fez de surda, claro.
Alias, sua mãe dona Solange estava muito feliz com a presença de André. Quando chegou na primeira noite da igreja ele já estava dormindo, mas no dia seguinte o cercou com perguntas, que deixava óbvia a intenção do seu interrogatório.
- Você tem namorada, Andre?
-Não. - os olhos dela brilharam.
- Mas isso é muito triste um rapaz tão lindo, né Anika?
Ela se fez de distraída com o celular.
- Hum?
- Você tem filhos? - dona Sol voltou sua atenção para Andre de novo.
- Não, mas gosto de crianças.
Com essa resposta ele sorriu para a senhora inquisidora e piscou para ela charmoso.
O foi isso? Ana Carla sentiu o coração saltar no peito.
- Isso é bom, né Anika?
- Não sei é? - se fez de desentendida.
Os dois sorriram cúmplices.
- Você já pensou em se casar?
- O que...!? - Ana Carla quase engasgou com o café. - Mãe!
Os dois gargalhavam do seu embaraço. Mas Andre não respondeu a deixando curiosa. Intrigada pela aparente cumplicidade de sua mãe com André ela se levantou e foi trabalhar. Mas que coisa foi aquela?
O que importa?
Não queria dar margem para a imaginação. E assim não cairia em tentação.
Além do mais, Andre não parecia realmente interessado, não tiveram muito contato naquela primeira semana, e quando se falavam era algo muito vago.
Cogitando uma hipótese, se Ana Carla estivesse aberta para um relacionamento, seria com alguém que confessasse a mesma fé que ela, e não que ficasse em cima do muro. Ouvira muitas histórias que Estevão lhe contara sobre as "artimanhas" do irmão. Não definitivamente se houvesse interesse da parte dele, bom seria apenas por sexo, e isso para Ana Carla estava fora de cogitação. Pois assumira um compromisso com Cristo, e seria fiel até o fim.
********************
Foi um dia agitado, organizando todo o estoque e na reunião de lideres depois do expediente da padaria, na igreja. Pois é, o comércio fecha cedo numa cidade do interior. Graças a Deus!
No fim de semana seguinte a igreja faria um passeio a Cachoeira da Pitanga, queriam fazer churrasco e acampar por três dias, pois seria feriado. Aproveitando assim o clima quente para fortalecer os laços afetivos entre os irmãos.
Como Ana Carla era uma das lideres da EBD tinha que ajudar nos detalhes. Fariam gincanas, brincadeiras e caminhadas até um dos pontos altos para o por do sol. Chegou a casa do avo exausta com os pés latejando de tanto andar. Tirou os sapatos na porta, suspirou e se jogou no sofá. Só queria descansar im pouco antes que a mãe chegasse com Pedro.
Não soube dizer quanto tempo dormiu mas já estava escuro la fora. Ouviu sua mãe na cozinha.
- Por que não me acordou, amor?
Sem resposta, uma tampa caiu no chão.
- Você é tão desastrada! Deixa, eu vou te ajudar.
Mas quando entrou na cozinha gelou do pé até os fios de cabelo.
- Você não é minha mãe. - Ana Carla disse sorrindo.
- Pois é, ainda bem que não sou. - Andre sorriu daquele geito encantador que a fazia esquecer de respirar.
- Hum... Ta cheiroso. - ela disse levantando o nariz e farejando o ar.
- Obrigado. E olha que eu nem tive tempo pra tomar banho.
Ana Carla se aproximou dele dando um tapa no seu braço.
- Você não. O que você esta fazendo?
- Aí. Estrogonofe de carne.
- Hum, mas ai não vai dar pra todos.
- É, seu avô foi jantar na casa da sua tia Suzana, sua mãe ligou disse que decidiu ir pra casa e bom...
- Não esperava mais ninguém para o jantar? Espera aí, por que ela não me ligou?
Andre deu de ombros. Porém, antes que ele pudesse dizer algo, Ana Carla foi à sala buscar o celular na bolsa. Descarregado.
Sem jeito voltou para a cozinha.
- Então eu já vou.
Andre deu lhe de novo o sorriso matador.
- Fica comigo.
- O que?
- Não... comigo, mas... Fica para jantar, me faz companhia. - ele tropeçou nas palavras, como um adolescente, o que fez Ana Carla ter que controlar uma crise de risos. Ela respirou fundo.
- Sim.
Os dois terminaram o jantar.
E levaram os pratos para comerem na mesa do lado de fora na varanda nos fundos.
- O que está achando da cidade? - Ana Carla quis saber.
- Eu gosto daqui.
- Deve ser chato pra você que veio da cidade grande.
- Não, eu gosto do silêncio e das pessoas amistosas.
- E fofoqueiras.
Andre deu de ombros.
- Não me importo. - tomou o suco de maracujá. - Posso fazer uma pergunta?
Ela levantou as sombrancelhas curiosa e ficou esperando.
- Certo, hum... E o pai do Pedro onde ele esta?
- Na cidade Rio de Janeiro. - não havia raiva na voz dela. - Ele não quis assumir a paternidade então sou só eu.
- Canalha. - André tinha uma carranca e uma sombra no olhar. - Desculpa por tocar no assunto.
- Pode perguntar o que quiser, se eu não ficar a vontade para responder vou dizer. - Ana Carla sorriu sincera.
Ficaram em silêncio por alguns minutos. Foi Ana Carla quem o rompeu.
- Você e meu avo se deram muito bem.
Os olhos de André se iluminaram ao se lembrar do idoso amigo.
- É eu gosto dele. Me faz trabalhar no ritmo pesado que meu pai tinha.
- O velho seu Nico é rígido no trabalho, mas é um doce de pessoa. Basta conviver com ele pouco tempo para se apaixonar.
Apaixonar...
A palavra ficou ecoando nos ouvidos de ambos. Já tinham terminado a refeição, então Ana Carla se dispôs a lavar os pratos já que ele fez o jantar sozinho. Deixou o rapaz a observando com um meio sorriso.
Minutos depois ela voltou com o celular já carregado.
- Eu tenho que ir.
- Eu levo você. - disse já de pé ao seu lado.
- Tô de carro, lembra?
E nervosa. Há muito tempo não sentia o coração palpitar daquele geito, isso a deixava incapaz de manter o foco.
- Então levo você até o carro. - retrucou o homem pacientemente.
O que podia dizer? Concordou com um simples aceno de cabeça. Foi pelo corredor seguida pelo monumento, a fim de pegar a bolsa na sala. Queria sim ir embora, por que se incomodava com o fato de se sentir íntima de André antes mesmo que ele a tocasse, e desejava que esse toque acontecesse. Não queria sair do caminho, se entregou uma vez a luxúria, e hoje quem mais sofre as consequências é seu amado filho Pedro.
Entrando no carro se preparou para sair, porém André ainda estava abaixado na janela, deixando - a inebriada com seu perfume.
- Vá com cuidado. - ele disse sorrindo.
- Estou acostumada com esse trajeto a noite.
- Me liga quando chegar pra me deixar tranqüilo.
- Eu não tenho seu número.
- Tem uma caneta? - ela pegou uma no porta luvas e entregou em silêncio. - Me dá a mão.
Ana Carla obedeceu arrepiada pelo toque da mão quente. Andre anotou o numero no punho, lentamente.
- Assim não apaga. - explicou.
Ela não conseguia falar e sorriu agitada.
Ja ia dar a partida quando se lembrou de algo.
- O que foi? - André franziu a testa confuso.
- Érh... Eu estava pensando.
- Sim... - ele abaixou - se ao lado do carro de novo.
- Você tem trabalhado tanto e não foi ver nenhuma das cachoeiras da cidade.
- É verdade só conheço o casa de materiais de construção e a serralheria. - falou rindo das lembranças com o seu Tonico.
- Ja que é assim, nesse fim de semana faremos um passeio para a cachoeira da Pitanga e vamos acampar la por três dias, se você quiser ir me avisa pra guardar lugar pra você.
- É um passeio da igreja? - quis saber.
- Sim.
Andre ficou pensativo por um bom tempo, mas por respondeu.
- Não acha que vai parecer estranha a minha presença no meio de vocês?
- Não, somos um grupo simples e acolhedor, você vai gostar. Façamos o seguinte: me de a resposta na quinta feira. O grupo vai sair na sexta às seis, pois é feriado voltamos no domingo à tarde.
- Tudo bem. - para surpresa dela Andre se esticou pela janela e lhe deu um beijo no rosto. - Boa noite.
- Boa... Noite. - ligou o carro e saiu tentando deixar as sensações do beijo para trás.
Dez minutos depois chegando em casa, Ana Carla foi para o quarto do filho Pedro que dormia tranqüilo. Lindo, meu amor. Pensou, beijando o filho. Sua mãe dormia profundamente. O relógio marcava nove horas.
Tomou banho e ao deitar na cama de lençóis azuis, sorriu lembrado de Andre. Sem perceber tocou o rosto no lugar onde ele colou os lábios quentes.
Fechou os olhos e orou.
Deus estou com medo do que sinto e não quero me iludir, pois logo André volta para o Rio. Dai como vai ser? Também tem o Pedro, não quero que meu pequeno seja magoado. Deus me dê discernimento para fazer as escolhas certas.
Em nome de Jesus.
Amém.
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Espero que vocês tenham gostado.
😘💋Bejo pro cês...💋😚
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