Sonho ou Realidade?
Viro de um lado a outro da cama sem conseguir dormir.
Quanto mais os dias passam, mais sinto falta e saudade de Ana. Como explicar isso?
Vencido pela insónia levanto, e vou até a janela de meu quarto. Já é tarde, e não há fluxo de pessoas lá fora.
Onde você se meteu que não voltou mais hein?
Suspiro e fecho os olhos, no mesmo momento em que uma brisa fria e aconchegante chega.
Sinto uma calmaria, inexplicável. E, de um jeito estranho e sem explicação, é como se todos os problemas e aflições evaporassem nesse momento.
__ Acho que nós precisamos conversar.
Abro os olhos assustado e viro lentamente na direção da voz.
E lá esta ela, sentada na cama me olhando fixamente.
Um pequeno sorriso se forma em meu rosto.
__ Pensei que nunca mais fosse te ver! __ Exclamo enquanto me aproximo.
__ E não iria, se fosse somente da minha vontade. Mas, existem coisas maiores que sempre me trazem de volta até você. __ Suas feições nesse momento não me dão pistas do que ela esta sentindo.
Ana se ergue e caminha na minha direção.
Estou num tipo de transe, tentando entender se tudo isso não passa de uma alucinação minha.
__ Está pronto pra uma história?
Apenas acinto, já que o resto do meu corpo não responde devidamente.
Ela pega em minha mão com sua palma fria, mas acolhedora e me arrasta até o canto do quarto. Nos sentamos um de frente pro outro, tendo minha varanda como fundo.
Ana suspira e baixa o olhar.
__ Não estou aqui por eventualidade do destino. Nada nessa vida é acaso, na verdade.
Consigo notar um sorriso fraco se formar e sumir de seu rosto rapidamente. E ela continua.
__ Partilhamos de algo em comum. __ Neste momento ela levanta o rosto e me olha. Iris azuis me observam e deixam transparecer muita, muita dor.
Me inclino um pouco e toco uma de suas mãos.
__ Não precisa falar nada, se isso te machuca. __ Ana apenas me observa e prossigo.
__ Mas, uma pessoa sábia uma vez me disse, que conversar ajuda a superar.
Ela balança a cabeça deliberadamente e sorri sem mostrar os dentes.
__ Ambos perdemos nossas bases muito cedo. Contudo, diferente de você, não fui forte o suficiente pra enfrentar tudo sozinha.
Ela solta uma golfada de ar.
__ Acho que não estamos conversando aqui sobre a mesma Ana. Já que a que eu conheço, apesar de pouco, não se parece em nada com a que você descreve agora.
Ela me olha como se eu tivesse duas cabeças e chifres. Mas logo suas feições se suavizam e seu olha brilha.
__ Você nunca ficou curioso em saber, por exemplo, de onde eu vim ou até mesmo meu sobrenome? __ Questiona ela quase que num sussuro.
__ A curiosidade me corrói desde o dia que pus meus olhos em você. Porém, decidi respeitar seu tempo.
Ela faz carinho na minha mão e faz menção de levantar-se.
Caminha até o final da varanda e me olha por cima do ombro.
__ Eu sou um anjo Christian.
✨✨✨
Reta final já!😘
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro