Do susto ao alivio
POV Christian
Observava estático o corpo inerte de meu irmão no chão.
Por quê mais uma vez comigo?
Recuperando meu estado de lucidez, saco o celular do bolso e disco pra emergência. Aos berros, peço uma ambulância e passo as devidas informações.
Chegaremos em 15 minutos.
Sem dúvida alguma, será o tempo de espera mais angustiante da minha vida.
Como havia me afastado pra fazer a ligação, volto lentamente pro quarto e encontro Ana debruçada parcialmente sob o corpo de Paul.
__ O que está fazendo Ana? __ Questiono tocando de leve seus ombros.
Ela se endireita e me olha brevemente.
__ Uma oração. __ Se limita a responder e fecha os olhos.
Fico apenas observando, sem conseguir tomar uma atitude que seja digna do momento.
Meu irmão está morrendo!
É isso que martela a todo vapor em minha mente.
Passa-se algum tempo e minha pequena levanta. Ela não me olha, apenas me abraça apertado.
__ Tudo vai ficar bem. __ Afirma com a voz abafada em meu peito.
Suas palavras me trazem um conforto instantâneo e me permito me agarrar ao sentido delas.
Seja bondoso comigo Deus, pelo menos uma vez.
°°°
__ Pelo amor Christian, senta aqui. __ Pede Ana apontando pra uma das cadeiras ao seu lado.
Estamos na sala de espera do Hospital.
__ Não consigo esperar sentado. __ Respondo com voz entrecortada.
Faz duas horas que Paul deu entrada na emergência, e o mesmo tempo em que estamos aqui sem notícias.
__ Que diferença vai conseguir fazer ai rodando feito galinha doida?! __ Levanta e me abraça por trás.
Suspiro.
__ Não consigo lidar com essa situação. __ Solto na mais extrema sinceridade.
Ela beija minhas costas e faz carinho ali.
__ Estou com você, a todo momento.
Sorrio fraco e me dou por vencido indo abancar-me.
__ Dr. Grey. __ Me levanto rapidamente e encaro o médico.
__ E então José, como ele está? __ Pergunto já notando minhas mãos soarem frio.
Ele respira fundo.
__ Foi por muito pouco Christian. Mais um pouco e ele teria conseguido alcançar o que almejava. __ Suspiro aliviado com suas palavras.
__ Obrigada por se disponibilizar nessa emergência no seu dia de folga. __ Agradeço e ele põe uma mão em meu ombro sorrindo.
__ Salvar vidas é mais importante que qualquer coisa Grey. __ Me lança uma piscadela e se vira pra Ana.
__ Acho que você é o anjo que ele tanto chama. Ana?! __ Interroga ele me deixando intrigado.
Noto que ela fica sem graça e apenas confirma.
__ Meu irmão chamando minha namorada, sério isso?! __ Murmuro apenas pra mim, mas parece que foi audível tanto pro Dr. Rodrigues quanto pra Ana, que me rapidamente me olham.
José apenas da de ombros e sai rindo. Ana se levanta e me estende a mão.
__ Vamos lá descobrir juntos o que meu cunhado quer afinal.
Caminhamos de mãos dadas pelo corredor, e logo paramos na porta do quarto onde esta meu irmão.
Abro a porta e olho rapidamente pro lado de dentro, dando espaço pra que Ana entre e eu faça o mesmo em seguida.
Paul nos observa enquanto nos aproximamos com um largo sorriso no rosto.
__ Faço muito gosto do casal que vocês formam, gostaria de deixar claro isso. Já que as feições de Christian entregam que ele quer meu pescoço por algum motivo. __ Comenta em tom brincalhão e apenas reviro os olhos.
__ Então diga por que me chamou?! __ Ana pergunta enquanto chega mais perto da cama.
Meu irmão então pega as mãos dela e aperta com as suas.
__ Queria te agradecer por salvar minha vida. Aliás, por resgatar a mim e a meu irmão. __ Gratifica meu irmão com os olhos transbordando de lágrimas não derramadas.
__ Ela te contou, não é?! __ Perguntou ela me deixando sem entender mais nada.
__ Sim, meu anjinho loiro me contou muito sobre vocês.
Ok, ja chega de ficar no escuro.
__ Do que estão falando? __ Pergunto levemente irritado.
__ Ela é um anjo. __ Revela meu irmão.
__ Disso eu já sei. __ Olho Ana de relance e ela esta rindo. Possivelmente lembrando do pequeno escândalo que fiz aquele dia da revelação em meu quarto.
" __ Deixe de coisa Ana, não é algo com que deva se brincar esse tipo de assunto. __ Levanto irritado e começo a andar em círculos.
Noto passos se aproximarem e suspiro.
__ Você sente e sabe lá no fundo que é verdade. Apenas mantém a banca de incrédulo. __ Comenta ela me fazendo girar rapidamente nos calcanhares.
__ Anjos na terra não são vistos como coisas boas. __ Me limito a dizer.
Ela acolhe meu rosto entre as mãos.
__ Mas eu sou e não me pergunte como consegui essa façanha. "
__ Então, sabe também que sua cunhada igualmente é uma como ela?! __ Pergunta me fazendo encará-lo por um curto tempo.
__ Não, disso eu ainda não tinha sido informado.
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