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11: Passeio & Acordo.

Os braços fortes de Lucas me seguram, retiro a sua mão de cima da minha cintura e escorreguei para fora da cama. Saio do quarto e observo o sol nascendo no fim do pomar, clareando as macieiras em várias tonalidades de vermelho.

Sigo para a cozinha e comecei a procurar algumas coisas para fazer um bolo formigueiro e panquecas. Separo os ingredientes na bancada de granito e começo a preparar o café matinal para a família Calvin.

Quando coloco o bolo no forno, observo o meu reflexo no micro-ondas e reparo que estou vestindo o meu baby doll e não o vestido. Eu não sei como fui para a cama ontem à noite, só me lembro do Samuel espantar o lobo com tiros.

- Parece que alguém acordou animada - Nora aparece na cozinha, servindo um pouco do café recém-coado - Se recuperou do susto?

- Estou melhor - comecei a misturar a massa de panqueca.

- Meu neto disse que você está passando por momentos difíceis.

Revirei os meus olhos e comecei a preparar as panquecas. Nora se sentou na banqueta e me encarou com o semblante neutro.

- Quantas vezes você fez aborto? - sua pergunta me pega de surpresa.

- Como você sabe? - minha voz saiu quase inaudível.

- Ontem a noite quando o Lucas e o Samuel saíram para procurar os cachorros, eu fiquei olhando você. Do jeito que o meu neto pediu. No meio de várias palavras que falou, eu entendi quando você disse que não queria ter que abortar.

- Quando eu tinha dezesseis anos, meu namorado me usava para o alívio sexual dos amigos deles. E quando descobri estar grávida, Michael me obrigou a abortar. Quando eu estava no meu quarto aborto, o meu psicológico está derrotado e minha saúde instável - limpei a minha lágrima antes de cair na massa - Quando eu fiz o meu sexto foi o mais doloroso - fecho os meus olhos me lembrando daquele dia triste.

- Pai, o que você está fazendo aqui.

- Eu que te pergunto, minha bella dama?

As lágrimas queimam os meus olhos, meu pai se aproximou de mim e me abraçou com força. Suas mãos acariciam as minhas costas e ele canta Surrender no meu ouvido, enquanto balança nossos corpos para frente e para trás.

- Pai, eu não queria ter que abortar.

- Bella dama, essa é uma decisão que só você pode tomar - ele me apertou mais em seu peito - Mais sempre estarei aqui para te ajudar.

- Senhorita Stones, me acompanhe.

- Você quer que eu vá com você? - seu polegar faz movimentos circulares na minha bochecha.

- Sim, por favor.

Michael entrou pela porta e meu pai o encarou, o moreno tentou sair pela porta dupla, mas meu pai o segurou pela gola da camisa. Meu pai não fez nada com ele, apenas pegou o celular e ligou para alguém.

- Eu preciso de uma viatura para clínica de aborto.

Michel estremeceu e engoliu em seco. Meu pai o prendeu na parede de vidro e ameaçou dar um soco em seu rosto, o garoto se virou o rosto.

- Agora você que será o brinquedinho na cadeia.

Sirenas secaram em toda a clínica e três policiais entraram pelas portas duplas, meu pai se afastou de Michael e veio em minha direção.

- Vamos minha bella dama. 

- Já conhece os procedimentos, pode se deitar.

Eu conhecia os procedimentos, mas isso não tornava menos doloroso o que eu sentia. É como se uma parte de mim, estivesse sendo arrancada e um vazio enorme me puxasse para dentro.

- Abra a boca - Carter colocou o comprimido na minha boca.

- Eu estou aqui filha.

Lágrimas escorrem pelo meu rosto, assim que sinto Carter começar a inserir a cânula de plástico dentro de mim. Mantenho imóvel quando o meu corpo é tomado por um grande desconforto, meu pai aperta a minha mão e deixa as suas lágrimas escorrerem.

- Me desculpe, pai. 

- Meu amor, você não tem culpa. Aquele desgraçado vai pagar por tudo que você fez com você, minha bella dama.

O meu útero foi consumido por uma dor quando o embrião começou a ser puxado. Minhas lágrimas não paravam, ver o meu pai aqui ao meu lado, me faz sentir culpada pela sua dor.

- Você sabe que não é culpada pela dor do seu pai!

- Claro que sou. Ele estava se culpando por não me proteger de sofrer daquele jeito.

- Ele que falou isso para você? - ela partiu um pedaço do bolo.

- Não, mas consegui ver pelos seus olhos.

- Isa, meu amor - ela colocou a mão em cima da minha - Ele é seu pai, às vezes nós sentimos as dores dos nossos filhos e sim, nos sentimos culpados por não ter protegido melhor a pessoa que nós geramos. A dor da culpa é pequena, comparada à dor dos nossos filhos. Quando você for mãe irá entender.

- Não sei se vou poder ser mãe. O meu ginecologista me disse que as oportunidades de eu engravidar são mínimas e se acontecer, a gravidez será de risco.

- Eu te entendo, quando fiz o meu aborto, o médico disse que não poderia ter mais filhos - ela olhou para teto tentando conter as lágrimas - Agora eu, tive duas filhas lindas e três netos maravilhosos.

- O Lucas nunca me falou do irmão dele.

- Irmã. A Danielly era uma bela menina - ela acabou de beber o seu café - Me arrependo de ter ficado tão longe da minha filha e dos meus netos.

- O que aconteceu com ela? - deixei-me levar pela curiosidade.

- Não acho certo eu te falar, é melhor esperar o Lucas te contar.

- Bom dia, minhas duas mulheres lindas! - Lucas deu um beijo na bochecha da avó e veio até mim e deu um beijo suave nos meus lábios - Como está se sentindo, maçãzinha?

- Bem melhor!

- Que bom! Porque vamos andar de cavalo.

- Vou deixar vocês dois tomando o café da manhã e vou cuidar dos meus animais - Nora foi para fora do casarão.

- Eu vou trocar de roupa, já estou adequada para uma casa de família.

- Espere por mim, quero te mostrar uma coisa.

Ele comeu o resto das panquecas e se levantou, Lucas me segurou no colo e me carregou até o quarto. Seu corpo é quente e seus músculos rígidos, aproveito para acariciar discretamente a sua pele bronzeada, mas percebo que a minha missão de ser discreta não deu certa, quando ele me deu um sorriso malicioso.

- Está me acariciando? - Lucas me colocou em cima da cama e fechou a porta - Está na hora de você achar o fogo por completo.

- Você quer que eu tire a sua roupa? - meu rosto começou a esquentar.

- Eu disse para achar o fogo, não tirar a minha roupa! - um sorriso travesso se forma em seus lábios.

Lucas parou na minha frente e no cós da sua boxer, consigo ver a ponta da tatuagem. Deixei o meu dedo roçar pela sua pele e puxei lentamente às duas peças para baixo. A tatuagem vai se revelando e o fogo que eu pensava ser pequeno se revelou ser maior.

- Vem, vamos nos arrumar.

Ele se afastou do meu toque e pegou uma camisa pendurada no gancho atrás da porta. Levantei-me e me abaixei procurando alguma roupa para andar de cavalo, na minha bolsa.

- Você pode usar essa roupa se quiser.

Lucas abriu o armário de madeira de fundição e retirou de dentro, uma capa transparente que contém uma roupa de equitação. Ele abriu a capa e retirou a roupa de dentro, a pendurando no gancho atrás da porta.

 - Quer que eu me retire? 

- Não.

- Posso te ajudar? - ele se posiciona atrás de mim e suas mãos seguram o fino tecido de seda.

- Claro - minha respiração se acelerou.

- Ontem quando estava tirando o seu vestido, você me acusou de estar tentando assediar - ele retirou a minha blusa por cima da cabeça e segurou o cós do short.

- O que eu disse? - paro de olhar para a janela, evitando o olhar de Lucas.

- Você me implorou para não te tocar e me pediu para ficar longe de você - dei dois passos para a frente deixando a peça no chão.

- Essa é uma das minhas lembranças mais dolorosas - Lucas me ajudou a colocar a roupa de equitação.

- Quer falar sobre isso? - ele tirou a bermuda e vestiu uma calça de equitação.

- Pode ser, mas podemos falar em ar livre? Não quero desmaiar ou vomitar.

- Vem, meu vô já deve ter arrumado os cavalos.

Fomos para fora do casarão e seguimos pelo caminho cimentado. Os pavões comem as maçãs no chão, suas cores são exuberantes. Lucas me pegou no colo e eu soltei um grito alto, fazendo as aves gritarem.

- Você é como um pavão - o azul dos seus olhos brilham em uma tonalidade celeste - São aves belas, mas, ao mesmo tempo, frágeis.

Ele me colocou no chão assim que chegamos no estábulo, os cavalos vêm para perto da cerca de madeira. Lucas alisou os seus pelos pretos, os cinco cavalos eram de uma coloração escura, nos tons de preto.

- Vem aqui, ele precisa de conhecer.

Segui até a cerca de madeira e comecei a alisar os pelos macios do equino. Escuto o barulho de foto sendo tirada e olhei em direção a Lucas que está com a câmera do celular apontado em minha direção.

- Vamos, as éguas já estão prontas.

Segui o Lucas para dentro do estábulo e vejo dois animais lindos, sua pelagem são brancas como a neve, os olhos azuis como o mar no verão. Acariciei o pelo de uma das éguas e ela estica o focinho em minha direção.

- Ela gostou de você! - ele deu um pedaço de feno para às duas - A Star não costuma gostar das pessoas, mas você realizou o impossível.

- Você é uma boa menina, não é mesmo Star?

Ela ergueu o focinho e soprou as minhas blusas. Coloquei o meu pé no estribo e subi, Lucas me olhou admirado e logo subi no animal. As duas começaram a andar sozinhas, nós levando para fora do estábulo e entrando no meio do pomar.

- Então? - ele pegou uma maçã e começou a comer - Quer falar sobre o assunto?

- Seja mais específico. Minha vida é lotada de traumas.

- Uma pergunta e uma resposta? - ele me fita por alguns instantes, até eu assentir - Quem te encostou sem a sua permissão? 

- Meu namorado do primeiro ano, ele levava diversos amigos dele para transar comigo e eu não podia dizer nada - Star abaixa a cabeça e pega uma maçã caída no chão - Quando você viu eu me ferindo, você dizer ser ruim ficar na cadeira de um hospital, sem ter notícia.

- Você quer saber quem era? - ele pegou uma maçã e deu para o seu animal.

- Sim.

- Danielly era uma garota muito linda, seus cabelos loiros viviam ondulados e o sorriso sempre iluminava todos a sua volta, mas quando a nossa mãe morreu, ela entrou em uma depressão profunda e crises de ansiedade. Minha irmã sempre foi ótima em esconder as suas dores - ele enxugou as lágrimas - Em um dia depois que voltei da aula, encontrei ela desmaiada no chão do banheiro e uma poça de sangue se formava em volta seu corpo. Em seus braços tinham diversos cortes e marcas de unhas, mas o que a fez falecer foi os dez cortes profundos nos seus pulsos, coxa, barriga e seios. 

- Não precisa falar mais, você já falou mais do que a regra do jogo pede.

- Está tudo bem. - Ele ergueu o olhar para o lindo campo aberto no final do pomar - Quando chegamos no hospital, ela não tinha mais sangue suficiente e por nosso sangue ser um tipo raro. Conseguimos apenas algumas bolsa, mas não foi suficiente para deixá-la viva - Ele fotografou a égua e voltou a olhar para mim - Mas sei que ela está em lugar bem melhor que a vida aqui na terra.

Paramos no lindo e verde campo, as pequenas folhas do capim se movimentam tranquilamente com a brisa quente do vento. Lucas desce da égua e a deixa solta pelo gramado, desci também e segui ele em meio ao capim-verde.

-  Para aonde vamos? - pulo nas costas de Lucas, que segura as minhas coxas com força para eu não cair.

- Um lugar onde você possa esquecer do mundo, pelo menos por uma hora.

- Mas com você? - seus músculos ficaram tensos.

- Se quiser posso te deixar lá e voltar depois.

- Gosto de ficar perto de você, mesmo - me calei, impedindo que ele soubesse das minhas paranoias.

- Te faço sentir algo? Por exemplo, lembrar de alguém que te fez mal?

- Tenho problemas com homens em geral. O meu irmão e o meu pai são os únicos homens que não tenho problema com os seus toques - ele apertou a minha coxa e uma energia percorreu todo o meu corpo.

- Então por que me deixou te encostar?

- Você é mais forte que eu, então não tinha como fugir do seu toque - coloquei a cabeça no seu ombro - Mas alguns dos seus toques são confortantes.

- Se eu te pedir para me dar uma oportunidade, você me daria essa chance?

Lucas me colocou no chão, em meio às diversas flores-do-campo. Seus olhos azuis cintilavam delicadamente, mostrando os pequenos fragmentos de esverdeado na sua íris. Uma angústia tomou conta do meu ser, não queria que ele sofresse, mas eu não queria sofrer.

- Lucas! - o brilho foi sumindo lentamente da sua íris azulada - Todos os babacas me feriram de diversas formas que não consigo descrever. 

- Isabelle, simplesmente fale que não. Sou adulto e vou entender.

- Não é isso, eu só não quero me apegar a ninguém, quero viver pelo menos uma vez na vida - ele mantém a sua atenção em mim, me fazendo arrepender amargamente por olhar em seus olhos -  Estou me sentindo a pior pessoa do mundo.

- Ei? Você não é. Isso é um direito seu de escolher com quem ficar, não se sinta assim.

- Você é tão bom para mim e eu só faço você sofrer.

- É mentira - seus lábios selaram com os meus por alguns segundos - Você me trouxe paz em meio a uma tempestade e fez sentir coisas que são difíceis de se explicar.

Entrelaçando os seus dedos aos meus, ele me guiou entre as pequenas e delicadas flores. Seus cabelos parecem ser mais claros com o brilho do sol, cada músculo da sua perna força o tecido da roupa de equitação.

- Chegamos ao meu refúgio particular. 

Parei ao seu lado, me maravilhando da bela vista. A água da lagoa é transparente e reflete os raios do sol. Ao fundo tem alguns pinheiros de grande porte e palmeiras em volta do lago. O capim-verde dá um contraste em meio às pequenas flores brancas. Pássaros cantando em meio às folhas verdes do capim.

- Aqui é tão lindo e quieto.

- Vem, vamos se sentar no balanço.

Olho para o balanço de assento único, em meio a dois coqueiros. Lucas se sentou na madeira lisa e me deu um sorriso tímido.

- Você pode se sentar no meu colo, prometo tentar não ficar duro.

- Promete tentar? - ergui uma sobrancelha.

- Não posso prometer não ficar duro, porque o meu pau tem vida própria.

Sentei no seu colo e Lucas laçou a minha cintura com os braços, a brisa gelada vindo do grande laço, fazia leves queimaduras na minha pele pálida. 

- O que você tem mais medo em um relacionamento? - ele fica surpreso com a minha pergunta.

- Traição. Saber que não fui o suficiente para uma pessoa e que ela teve que procurar por outra. Faz-me sentir como se eu fosse um papel de bala.

- Papel de bala? - um sorriso se formou em seus lábios.

- Sim. As pessoas retiram a bala do papel e depois o jogam em qualquer lugar, sem se importar com ele.

- Por que você pensa que eu não te trairia? - meus dedos brincam com as pequenas flores da videira entrelaçada nas correntes do balanço.

- Eu não acho. Apenas confio em você, mas não posso dizer que não serei corno - seu tom de voz é brincalhão.

- Eu nunca te trairia, nunca trairia ninguém. Já passei por isso e não gostei da sensação - suas mão passeiam tranquilamente pela minha coxa.

- Quer ser a minha dama de prata? - seus olhos se iluminaram novamente pelo aquele brilho que deixa o azul mais cintilante.

- O que seria uma dama de prata? Tenho que vestir um vestido prateado e sair com  você?

- Não, você não precisa vestir um vestido prateado - sua mão apertou a minha coxa com força, me arrancando um gemido.

- Então o que seria isso?

- A dama e o cavalheiro de prata. É um acordo realizado entre duas pessoas, que consiste em um namoro noturno - mantenho a atenção em seus lábios rosados - O casal durante a noite usa uma aliança de prata, que simboliza o laço entre os dois, mas durante o dia, os dois estariam livres para ficar com quem eles quiserem.

- Você quer dizer que a luz do dia seremos solteiros e durante a noite seremos namorados? - apontei o dedo em minha direção e depois em direção a ele - Seremos namorados.

- Tipo isso. Nosso relacionamento será sem ciúmes, sem compromisso, sem monogamia e sem se apegar.

- O que ganharíamos com isso?

- Poderei te ter por perto e você poderá curtir a sua vida de solteira.

- Suponho que posso fazer isso.

- Sei que pode.

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