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Capítulo 4

Quando eu e minha mãe chegamos a Porto Alegre, meu pai já nos aguardava no aeroporto. De lá seguiríamos de carro por mais uns 350 Km até Itaiapina, cidadezinha no pé do Rio Grande do Sul, quase na fronteira com o Uruguai. Fazia muito frio lá. Ainda mais para mim, habituada ao clima quente e seco de Brasília.


Meu pai conhecia a cidade por causa do trabalho. Quando eu tinha 15 anos, ele precisou morar lá por seis meses. Sempre falava da tranquilidade que sentia naquele lugar e de como tudo parecia bem organizado. Ao cogitarmos a nossa retirada de Brasília, Itaiapina surgiu como lugar ideal.


Chegamos em um sábado e na segunda-feira as aulas já começariam em minha nova escola. A viagem até lá foi bem cansativa. Fizemos umas quatro paradas naqueles pontos de encontro de viajantes e caminhoneiros. E eu dormi durante quase todo o percurso.


Na última parada, em uma cidade chamada Rosário do Sul, já bem mais próximos de nosso destino, aproveitamos para almoçar. Sentia meus pais preocupados e tentando me animar. Falavam sobre como eu iria adorar a cidade e a vida nova. Mas confesso que tinha um pouco de medo do que viria pela frente. Na verdade nós três temíamos.


Estacionamos o carro e fomos andando até uma espécie de praça de alimentação. Comi um macarrão meio sem graça enquanto meu pai tentava puxar assunto:


- Vocês vão adorar a cidade. Hoje quando chegarmos levarei vocês para fazer um tour por Itaiapina! Ansiosa, filha?

- É, um pouquinho...

- Ih, Bianca... Que animação hein! - debochou minha mãe.

-É que eu tô meio com sono ainda, mãe. Mas tenho certeza de que vai ser legal - disse só para entrar no clima dos dois.


Levamos pouco mais de uma hora entre Rosário do Sul e Itaiapina. Minha nova cidade tinha um ar bem peculiar. Era tudo muito arborizado e as casas muito bonitinhas. Meu pai entrou em uma ruazinha de paralelepípedo e estacionou o carro em frente a uma casa verde de dois andares. O jardim era grande e tinha uma árvore enorme. Pensei em Alice e nosso sonho de ter tido uma casa na árvore...


Quando entramos, a casa nova já estava bem arrumada, o que me surpreendeu se tratando de meu pai. Meu quarto ficava no segundo andar, e senti que isso deixava minha mãe um pouco aflita. Mesmo que tentasse disfarçar, eu sabia que ela ainda não confiava plenamente em mim no que dizia respeito a me manter viva.


Dava para entender. Ela sofreu muito quando eu voltei ao hospital por uma overdose de calmantes, uma semana depois da morte de Alice. Naquela época, achei que o melhor jeito de tentar consertar as coisas era me juntar à Alice. A única coisa que consegui foi causar mais sofrimento e abalar a confiança de meus pais em mim.


Demorei umas duas horas para organizar o armário e decorar um pouco o meu quarto. Levei três malas grandes só de roupas, então o armário foi o que deu mais trabalho.


Ao lado de minha cama tinha uma janela e resolvi enfeitá-la um pouco. Levei alguns itens de decoração do quarto em Brasília e comprei algumas coisas no caminho também. No canto esquerdo da janela, coloquei um porta-retratos com uma foto do dia em que Alice me deu o cordão de quebra-cabeça , que não sai do meu pescoço.


E, antes que terminasse por completo minha arrumação, meu pai decidiu que era hora de conhecermos a cidade. Nosso passeio não demorou nem uma hora. O contraste era grande entre Itaiapina e Brasília. Tudo muito pequeno e muito perto.


Achei a praça principal bem bonitinha, tinha cara de novela de época. Paramos para conhecer minha escola nova. Era grande, mas menor que a de Brasília. Aproveitamos para lanchar num café bem charmosinho ali próximo.


Meu pai já queria saber quais eram nossas primeiras impressões. Minha mãe parecia bem animada e só reclamou do frio. Eu estranhei o sotaque das pessoas, todo mundo falava meio cantando. E, claro, todos não paravam de olhar para nós. Nunca gostei de ser o centro das atenções.


Voltando para casa, eu e minha mãe paramos para conhecer o salão de beleza da esquina da nossa quadra. A dona nos recebeu super bem. A mulher era tão simpática que eu até decidi dar uma mudada no cabelo... Continuei loira, mas clareei ainda mais o tom. Já que iríamos mudar, que mudasse tudo de uma vez então!

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