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Capítulo 5

  — Acorda, bela adormecida! — Joguei um par de roupas limpas para Gus, que ainda estava estirado na cama de Mr. Skipp. Ele deu um pulo de susto quando as roupas acertaram seu rosto e arregalou os olhos, com a típica expressão de "aonde estou e o que estou fazendo aqui? — Levanta, vamos nos atrasar.
— Saulo? Que lugar é este?
— O quarto do Mr. Skipp. Agradeça a ele por ter aceitado dormir no quarto de hóspedes; faz tanto tempo que não temos hóspedes que aquele quarto cheira a mofo.
Gus soltou um suspiro de alívio, aonde é que ele imaginou que estava?
— Como vim parar aqui? — Ele se levantou; claramente desnorteado, tropeçou no balde ao lado da cama; fechei os olhos pra não ver a mixórdia, eu tinha certeza que aquele balde há vinte minutos atrás não estava vazio. Abri os olhos e ufa... Sábio Mr. Skipp.
— Não lembra de nada mesmo?
— Deveria?  
— A não ser que tenha sofrido uma lavagem cerebral e... Sim, é claro que deveria!
Gus se sentou na cama e apertou as têmporas. Devia estar tentando lembrar ou com enxaqueca mesmo; talvez os dois.
— Vou facilitar. Resumindo, saímos e fomos à uma balada que nem me lembro o nome, lá você ficou com duas garotas ao mesmo tempo e queria trazê-las pra casa, mas é claro que eu não deixei, ainda suspeito que uma delas era transsexual...
Não consegui terminar, cai em gargalhada com a expressão apavorada de Gus. Ele estava mesmo acreditando.
— Idiota — disse, aborrecido.
— Desculpe, não podia perder essa oportunidade — eu disse, ainda rindo até perder o fôlego.
Assim que me recompus e recuperei o ar, comecei novamente. 
— Agora é serio. Você misturou champanhe com sashimi, passou mal a noite toda, minha mãe ofereceu um remédio e em consequência ficou com tanto sono que dormiu ai mesmo.
Ele olhou pra mim, com as sobrancelhas juntas. Parecia muito confuso.
— Sério?
— Não. Mas é isso que vai dizer à sua namorada.
Ele revirou os olhos, ainda mais aborrecido, porém sua expressão tornou-se surpresa de repente, como quando minha mãe lembrava do peru no forno, depois de passar muito tempo.
— Minha namorada... Aurora! — Ele se levantou abruptamente.
— Ah, que bom que ao menos se lembra dela. Eu estaria com sérios problemas se não lembrasse... 
— Ela foi pra casa? Eu fui buscá-la?
Não pude conter o riso.
— Calma. Não está no filme "Se beber, não case". Só bebemos um pouco, conversamos com as garotas, e você apagou. Nada demais.
— Nada demais? Eu ter apagado e deixado minha namorada me esperando já é demais!
— Eu fui buscá-la e a levei pra casa. De nada.
Ele revirou os olhos, aborrecido. Apalpava os bolsos da calça.
— Aonde está a chave do meu carro? — Começou a revirar os lençóis da cama.  
— Não vai ao cursinho?
— Preciso falar com Aurora. 
— É pra isso que existem celulares.
— Não. Preciso falar pessoalmente; pedir desculpas. — Ele continuava procurando pela chave nos lençóis. — Achei.
— A voz feminina que ela ouviu no fundo, quando te ligou... Diga que era uma prima minha de doze anos.
Ele parou, pensativo e um pouco assustado.
— Quem era?
— Carla... Mas, não aconteceu nada! — tratei de falar rápido, antes que surtasse.
A expressão de Gus revelava um pouco de espanto. Era engraçado o modo como ele passou a sentir medo de Carla; como se ela pudesse fazer algo a qualquer momento pra estragar o namoro dele com Aurora. Eu sempre disse à ele que cão que late não morde; se ela quisesse fazer algo, faria em silêncio. Aurora sabia pouco sobre Carla, até por que a dita cuja nunca mais deu as caras depois de Gus dar um basta em suas cenas teatrais. Tudo que Aurora sabia era que Gus namorou por alguns meses uma louca e o fato dele ter sido perdidamente apaixonado por ela.
— Me explique isso direito.
— Ela está mais de boa, Gus. Não avançou o sinal vermelho. Tudo que fizemos foi conversar e ouvir a história de como você quase se borrou em cima de um cavalo que disparou.
Eu ria, mas ele não parecia achar graça, continuava sério.
— Conversamos mais tarde sobre isso— disse e saiu.

(...)

Mais uma vez acordo de manhã com aquela sensação importuna de desconforto e ansiedade. Seria mais um dia de vestibular.
Levantei-me, tomei um banho rápido, dei um beijo na testa de minha mãe enquanto ela me desejava boa sorte.
Chegando lá, procurei minha sala e acomodei-me em minha mesa. Como de praxe, recebemos a prova e o gabarito.
Eu estava lá de corpo e alma; acreditava que estava tão perto como jamais estive. Era a terceira vez que eu estava prestando vestibular para Unicamp; ainda assim não era qual eu mais desejava.
Cheguei sim a quase desistir. Entrei numa pira, pensando: "A quem estou querendo enganar? Eu não quero isso. Esse não sou eu. Não sirvo pra ser médico."
Algumas pessoas ainda questionam o porquê de tanta dedicação à medicina. Acontece que eu nunca me senti preparado pra revelar o verdadeiro motivo por estar ali, tentando mais uma vez; talvez nunca o revelasse. E não, esse motivo não era o meu pai, por mais que fosse o que todos concluíssem. Deixei que pensassem.
Pra mim não basta apenas ser aprovado, tenho que estar preparado. Tudo o que fiz neste ano foi estudar; talvez até mais do que deveria. Vez ou outra tirei o dia pra diversão, e ainda tinha que escutar sermão de Dr. Paulo, dizendo que desta maneira eu jamais seria um médico como ele; meu pai tinha a incrível capacidade de me desmotivar.
Mas estava bem claro pra mim; eu não queria estar em guerra com meu pai, eu estava em guerra comigo mesmo, me enfrentando todos os dias, até me dar conta de que somente eu seria o responsável por ser reprovado, mais ninguém.
Passei a fazer um cursinho especial e intensivo, um curso específico para medicina. Alguns dias da semana, entrava às 8:00 e saia às 22:00. Para pessoas normais, isso é bem difícil, mas para pessoas como eu, é um pesadelo. Nunca consegui ficar parado estudando por tanto tempo; tive que abrir mão de muitas coisas, inclusive das noitadas. Os estudos consumiam toda a minha energia e disposição psicológica.
O ano estava chegando ao fim, e eu não podia estar mais fatigado. Tenho que dizer, Gus me ajudou muito. Era seu primeiro ano de cursinho, mas ele era muito bom em matérias que eu era péssimo.  Além do que, ele era bem mais controlado emocionalmente do que eu. Quase entrei numa crise de pânico em meu último ano, Gus foi quem me ajudou a reparar os danos e continuar. É claro que ainda não estou 100%, aliás, ainda acho que preciso de mais equilíbrio emocional, afinal, é algo que conta muito.

Aurora

— Você acredita que Saulo queria que o Gus mentisse pra mim, Bia?
 Eu ainda não me conformava com isso. Saulo mentia tão bem e sem culpa que talvez até acreditasse em sua própria mentira.
Enquanto minha amiga e companheira de trabalho limpava a cafeteira, eu preparava um Capuccino em outra, ao lado.
— Esquece isso, amiga. Vindo de Saulo isso já era de se esperar, e já fazem três dias. Gustavo te contou a verdade, é isso o que importa.
— Tenho medo da amizade entre eles. E o pior é que não posso fazer nada em relação a isso.
— Pode sim. — Ela sorriu de canto.
Coloquei a caneca de lado e me virei para encará-la.
— Não me venha de novo com esse papo.
— Mas é isso, Aurora. Se você quer que Saulo pare de atrapalhar o seu namoro, precisa criar um vínculo com ele. É aquela história; se você não pode contra seu inimigo, alie-se à ele. — Ela sorriu, satisfeita com seu argumento.
— Eu já tentei! E não consigo! Você sabe melhor do que ninguém o que penso dele, Bia. Ele é arrogante, egocêntrico, prepotente...
— Mesquinho e irritante — ela continuou meu discurso como se estivesse ditando um texto pronto, depois riu. — Eu sei, amiga, eu sei. Mas tenta de novo, tem que existir algo de bom naquele poço de defeitos.
— Se existiu algo de bom naquele garoto, já morreu afogado em seus defeitos.
Bia riu, mas o que eu estava mesmo era preocupada. O que ela dizia parecia ser a única alternativa, já que Gus não abria mão da amizade, e eu não teria coragem de pedir isso à ele, seria crueldade.
Voltei aos meus afazeres, pensando nos argumentos de Bia. Quais eram as chances de dar certo? Lembro-me de ter tentado conversar com Saulo, mas foi logo no começo de meu namoro com Gus; lembro-me também de ter o achado um babaca; que por sinal, continuo com o mesmo pensamento.
Eu não queria deixar chegar o dia em que Gus me pedisse isso.
Era tão errado continuar com essa implicância, confesso que às vezes eu me achava infantil, tanto quanto ele.
Aliás, eu não precisava ser amiga de Saulo. Precisava apenas de uma boa convivência.

Saulo

Era noite, eu havia acabado de terminar o vestibular mais temido: Fuvest!
Desta vez, fui com pensamento totalmente diferente dos outros anos; não fui na obrigação de gabaritar as questões que era meu forte, isso me fez errar a maioria delas. Me senti um idiota, por que fiz todas provas e simulados com sangue nos olhos. Esse excesso de vontade de passar, me atrapalhou, e muito. Desta vez não fui "pilhado", como nos anos anteriores. Agora eu só precisava me embriagar e esperar o resultado.
Ao estacionar em frente de casa, meu celular toca em meu bolso.
— Fala, Gus.
— Ei, aonde vai passar o Natal?
— Hum... Não sei. Em casa, talvez.
— Seus pais não vão viajar?
— Sim... — Olhei em meu relógio, já era 19:00. — Inclusive, já devem estar saindo. Mas sabe como é, não sou fã dessa data.
— Fala sério, vem passar com a gente. Meus irmãos vão vir, alguns primos, vai ser legal.
Legal. Eu quase ri. Não queria estragar a imagem que Gus tinha do natal, mas aquilo não parecia legal pra mim.
— Hum... Não sei... Sua namorada me odeia, e você fez o favor de me desmentir.
Ele riu do outro lado da linha.
— Seria eu mentindo ou você. Uma mentira a menos ou a mais pra você não faz diferença, né parceiro.
— Eu estava te ajudando!
— Ok, Sau. Não vamos entrar de novo nesse assunto. Ela não está mais com raiva, passou. Até disse que eu poderia te convidar.
— Hum... Então agora precisa pedir permissão à ela?
— Não. Ela simplesmente me disse isso sem eu dizer nada.
Franzi o cenho.
— Estranho... — pensei alto.
— Cara, preciso desligar. Estou sozinho em casa, tentando fazer uma comida e a panela está pegando fogo! Depois te ligo!
Gus desligou.
Olhei para o celular numa careta; não entendi ao certo o que ele quis dizer com "panela pegando fogo", mas dei de ombros.
O Natal seria dali três dias.
Por que Aurora iria querer que eu fosse estragar um dia que era pra ser feliz entre os dois? Por que, é claro, era isso o que ela pensava; que eu estragava tudo.
Por vingança, talvez? Era só o que eu conseguia imaginar. Ela ainda estava com raiva, e queria tornar o meu Natal, pior do que já era. Gus sempre atraiu garotas diabólicas, nada me espantaria se Aurora fosse mais uma delas.
Não estava afim de passar o Natal com os primos de Gus, ainda preferia estar em algum bar com um copo de whisky na mão, e terminar a noite com alguma garota que também odiava o dia. Isso era o Natal pra mim, eu só tornava o feriado de algumas garotas... melhor.
Mas se era isso o que Aurora queria, se vingar. Seria interessante vê-la tentando. Eu iria pagar pra ver.

Oii, pessoal! :D
E ai, gostaram?
Deixem uma estrelinha e não se esqueçam de comental! :*

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