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Capítulo 35

Frio

Agarro meus braços sentindo o vento forte se chocar ao meu corpo

Ser uma vampira agora me cairia super bem

Eu nem sabia exatamente aonde eu estava, mas sabia que era algum lugar próxima aonde a Scarlett está, Heitor me trouxe aqui quando estava me ensinando a abrir portais, segundo ele, os dois brincavam aqui quando eram crianças, adoravam a neve desse lado

A neve chega até o meio da minha canela, e se a Scarlett não me matar, essa neve vai, continuo a caminhar, impondo força nas minhas pernas

Era um plano idiota, e suicida, porém a única forma de manter minha família lá, e a Scarlett aqui, claro que ela vai quebrar meu pescoço igual a de uma galinha, vai usar algum feitiço em mim, vai mostrar o qual forte é, porém, não me arrependo da ideia, e não vou voltar atr ..

Grito quando algo se joga sobre mim, e acerto ele com magia, porém o ser rebate, me deixando presa, a uma espécie de bolha, tento desfazer, mas cruzo os braços quando vejo de quem se trata

- Me rastreou?_ergo uma sobrancelha quando ele desfaz o feitiço

- Você tem que ser mais a tenta_Heitor me entrega minha pulseira

- Contou para alguém?_o abraço

- Não, assim que pisei meus belos pés de volta, escutei todos comentando sobre o seu sumiço

- E como o gênio que é, logo deduziu que eu tinha vindo atrás da Scarlett?_questiono sutilmente analisando a floresta atrás dele

Eu poderia usar de magia para mantê-lo preso lá dentro, ou usar feitiço para fazê-lo desmaiar, ou abrir algum port...

- Estou vendo as engrenagens funcionando sobre a sua cabeça, e não Rebekah, desça vem você não vai se livrar de mim

- Sabia que é perigoso?_talvez acertar o lado esquerdo dele com aquela tora de madeira ali no chão não vá trazer nenhum grave prejuízo

- Eu sei, e você? Sabe? Para ter vindo sozinha!_ou simplesmente enterra-ló a baixo dessa neve

- Olha, você não disse que o problema da psicopata é comigo? Então pronto_lhe dou as costas, mas me agacho, e o ergo do chão, com uma grande chama roxa envolta ao seu corpo, quando ele tenta me acertar com magia

- Eu te ensinei bem_ele sorrir

- Ensinou, e pelo pouco que já me conhece, imagino que saiba que se for necessário, eu arranco os seus dois braços, mas você não vai me impedir_olho uma marca no meu braço, e reviro os olhos, eu já estava me acostumando a não tê-las mais

- Eu sei_seus olhos escurecem quando uma grande rajada de vento e neve me acerta em cheio, me arremessando longe

Ala que desgraça

Quando isso tudo acabar, não terei mais uma coluna, isso é fato

Finco minhas unhas de ódio, na neve, e quando Heitor se aproxima, lhe dou uma rasteira, o derrubando, e agarro seu pescoço, e me aproximou mais do seu rosto, ele tenta desviar seus olhos dos meus, mas eu seguro sua cabeça, resitando um feitiço que o apaga

Caiu ao seu lado

- Foi mal aí irmãozinho, mas eu não vou deixar mesmo aquela sebosa por as mãos em você_abro um portal, e o arrasto para dentro, era o quarto em que ele está ficando no palácio, o jogo dentro, e fecho o portal

Foco Rebekah

[...]

- Inspira, respira, vamos lá, você é forte garota_repito várias vezes antes de entrar na água extremamente fria_INFERNO DE VIDA_grito enquanto tento controlar minha respiração

Existe uma ponte, mas eu teria que andar muito para encontrá-la, e tenho sorte do rio não ser fundo, já que eu não sei nadar

Meus ossos estavam congelando, era provável que eu conseguisse fazer tudo isso, se precisar me molhar e a demais, com magia, porém é complicado quando eu simplesmente esqueci de tudo o que o Heitor me ensinou

O medo some com seus pensamentos

Me assusto quando algo agarra a minha perna, tento controlar minha respiração, isso com certeza é uma alucinação produzida pelo medo que estou sentindo

Porém tenho total certeza que é real quando sou puxada, água entra dentro do meu nariz, me deixando desesperada, e abro os olhos, vendo algo parecido a um peixe, lagarto seja lá o que demônio que aquilo fosse, ele passa rápido por mim, e algo de sua pele arranha minha barriga

Mais água no meu nariz, e quando me sinto perdendo a consciência, uma luz roxa na minha mão, me faz recobrar os sentidos

Talvez meus poderes só funcione quando estou em risco de morte

Quando o bicho tenta se aproximar, ergo minha mão, o acertando em cheio, a água some junto com o bicho, e eu caio no buraco cego

- Antes de eu conseguir chegar, já vou estar morta_ofegante, passo a mão pelos cabelos levantando, e justamente quem eu queria encontrar, aparece_demorou em?

- Esperava por mim?_ Scarlett sorrir se aproximando, ele tinha o rosto de um anjo, com espírito de demônio, era surreal

- É óbvio né Butterfly? Ou você achou que eu ia caminhar por dentro de todo esse matagal?_aponto para a floresta ao lado do rio

- Esperta_ela assenti se aproximando_e o Heitor? Podia jurar que tinha sentido a magia dele_ela olha ao redor

- A menos que ele seja invisível, como você pode ver, ele não está aqui_abro os braços apontando para os lados

- Pois bem, espero que não tenha sido tão ingênua a ponto de ter vindo aqui sozinha, achando que pode comigo, ou foi?_ela sorrir e eu me viro, agarrando o homem gorducho pelo pescoço

- Senhor Peter, quanto tempo_sorri cínica_virou cobra agora? Anda rastejando sorrateiro_o jogo aos pés da Scarlett

- Você tá forte_A mulher ruiva me analisa

- Eu não estou, eu sou, tem diferença_pisco

Sou uma porra

Senhor Peter levanta, e eu o paro, encarando seus pés agora fincados ao chão graças a mim

- Desculpe senhor Peter, mas o senhor não é de confiança_cruzo os braços, e desvio quando uma chama azul quase me acerta_ai Scarlett, cuidado_debocho vendo seu rosto tomado de ódio

- Pare com isso garota, acha que por controlar seus poderes, pode comigo!?_ela se aproxima elegantemente sobre seus saltos nude

- Isso é você que está dizendo irmãzinha_paro no ar a chama agora negra que ela joga em mim, e devolvo a ela_acho que isso é seu_ela desvia e meus braços são agarrados por um vampiro

- Rebekah, você é tudo que eu precisava_ele se aproxima tocando minha bochecha, e eu mordo o seu dedo, com força_SUA LOUCA, ME SOLTA

Só a solto quando sinto um gosto ruim de sangue na boca, e a chuto com as pernas, pegando apoio no vampiro atrás de mim, e me viro, estralando meus dedos quando uma lâmina invisível passa pelo pescoço do vampiro

Ergo Scarlett pelos cabelos, e quando vou usar meu feitiço nela, ela me dá uma cotovelada no estômago, e soco meus rosto, sinto o sangue no meu nariz, o que me faz grunhir de dor, sinto o chão tremer, e olho para frente, vendo os olhos de Scarlett totalmente verdes, e não era nada de bonitos

- Você não deveria ter me afrontado sua pirralha_ela tenta me acertar por diversas vezes com feitiço, e eu a bloqueio, mas acabo vacilando, e ela me acerta em cheio, meu corpo voa, caindo dentro da floresta, e um toco de alguma planta mal cortada, finca na minha mão, me fazendo gritar

Inferno, mil vezes inferno!

- Cansada?_Scarlett parece aqueles espíritos de filme de terror que não sentem nada

- O que você acha butterfly?_ergo uma sobrancelha, e ela me ergui pelo lado do cabelo, me puxando, enquanto arranho seus braços

Que mulher forte, meu Deus

Ela para a beira de um penhasco, e eu olho para baixo, me agarrando ao seu braço, porque se eu cair, ela cai também

A visão daqui me permite ver que vai ser uma morte bem "bagunçada"

- Talvez eu tenha me cansado, talvez eu não esteja mais disposta a conquistar nada, talvez eu não queira mais matar o Heitor_sua voz é bizarra_talvez eu não queira mais o bracelete, talvez eu só queira matar você_ela me ergui pelo pescoço, deixando meu corpo pendido sobre o maldito penhasco frio

- Joga ué_digo com dificuldade beliscando seu braço

Que infantilidade

- Rebekah_meu nome sai entre dentes, e eu dou um sorriso cínico, encarando o chão aonde ela pisa, seus pés são agarrados por raízes fortes, e ela me solta para poder usar suas mãos, e eu me agarro a beira para não cair

Essa foi por pouco

Forço meus braços, levantando, e agarro Scarlett pelos cabelos, e soco sua cara, fazendo seu corpo pender para trás, e cair no penhasco

Não olho, não é o que eu queria

- Mas se tinha que ser assim, vai se..

Minha frase confortante é interrompida por um grito masculino, e eu praguejo mentalmente

- Que saco, você não podia ter ficado lá?_me viro de braços cruzados para Heitor

- Você é um satanás, como pode fazer aquilo?_seu rosto está vermelho de raiva e eu sorri com isso, mas grito quando meu pé é agarrado_Rebekah!_Heitor segura minhas mãos, enquanto uma força me puxa para baixo

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