Capítulo 36
Já faz uma semana que Ryan foi embora sem ao menos se despedir de mim. Isso me fez me sentir ainda menos importante na vida dele.
Eu queria que ele estivesse lutado por mim, tentado me fazer mudar de idéia, mas ele simplesmente foi embora sem ao menos dizer adeus.
Isso só me mostra que não sou tão importante para ele, apenas alguém para se divertir e mais nada.
Tenho que assumir que fiquei bem para baixo depois da sua volta para o Texas, mas me levantei e escolhi não me abalar por mais um relanciomento fracassado.
Óbvio que foi muito mais fácil com Kevin, já que não o amava. Com Ryan é totalmente diferente, o amo profundamente, mas apesar de ama-lo, não vou ficar chorando por um homem que não merece minhas lágrimas.
- Já decidiu o que vai fazer? - Jane pergunta.
- Vou voltar para o rancho. - Falo. - Só preciso de mais um tempinho para me acostumar com o fim.
Nunca fui de fugir de qualquer coisa, não será agora que vou começar. Posso ter terminado o namoro com Ryan, mas ainda assim continuarei morando no rancho.
Não vou mudar de opinião porque nosso relacionamento não deu certo. Vou morar no rancho e nada vai mudar isso.
Posso conviver com Ryan amigavelmente, e acho que ele também pode fazer o mesmo comigo.
- Quanto tempo pretende ficar aqui em Nova York? - Jane pergunta.
- Até você terminar o contrato com minha mãe. - Falo. - Depois nós duas vamos para o Texas.
Mamãe não ficou muito animada com a mudança de Jane, mas acabou aceitando porque não tinha outra opção.
Jane insiste em trabalhar os dois meses que faltam no seu contrato, para poder ir embora comigo. Mamãe a liberou dos seus serviços, mas ela insiste em terminar os dois meses que faltam.
Se tem uma pessoa tão cabeça dura quanto eu, esse alguém se chama Jane. Ela sempre gostou de tudo perfeitamente em ordem, sem nada fora do lugar.
- Quem vai cuidar do rancho? - Ela pergunta. - Enquanto você está fora.
- Carlos e Ryan. - Falo. - Já avisei para Carlos que não vou voltar por agora.
Carlos não gostou muita da tarefa que lhe dei, mas acabou aceitando. Ele acha que é muita responsabilidade para um simples vaqueiro. Discordo disso, ele é bom no que faz, e com toda certeza ajudará Ryan em tudo que precisar, e fará um bom trabalho como sempre.
- É para esse Carlos que você pretende construir a casa? - Jane pergunta.
- Sim. - Digo animada.
Decidi dar uma casa de presente para Carlos e Maria, por tantos anos prestando serviços para minha vó.
Além de tudo, pelo que percebi, sua residência não está em bom estado.
Achei uma forma de usar o dinheiro da vovó em algo bom.
Fico receosa de Carlos não aceitar por ser muito orgulhoso, mas pretendo faze-lo mudar de idéia se for necessário.
- Só estou com medo que ele não aceite. - Digo.
- Você o fará mudar de idéia. - Jane diz rindo. - Sempre consegue o que quer.
- Nem sempre. - Sorrio fraco.
O que mais desejei em toda minha vida não consegui, o amor do homem que amo.
- Nada de tristeza. - Jane joga um guardanapo em mim.
- Você tem razão. - Digo. - Nada de tristeza.
Voltando ao assunto da casa, também estou pensando na possibilidade de mandar fazer uma para Max também. Ele será mais fácil convencer, mas mesmo assim será um desafio para mim.
Quero fazer do rancho uma pequena vila, para as pessoas que trabalham para mim. Pretendo iniciar meu projeto com a casa de Carlos e Max.
- Você ouviu algo? - Pergunto.
- Parece que tocaram a campainha. - Jane fala.
Me levanto e caminho para fora da cozinha, rumo a porta de entrada da casa.
Levo um susto enorme quando abro a porta, mas um sorriso feliz se forma nos meus lábios logo em seguida.
- Vai ficar me encarando ou vai me dar um abraço?
- Não acredito! - Me jogo em cima de Jack.
- Também senti sua falta baixinha. - Ele me abraça com carinho.
- Mas como...
- Deixa eu entrar que te explico tudo. - Ele fala.
Dou espaço para Jack entrar em casa, e fecho a porta logo em seguida.
- Quanto tempo não nos víamos? - Pergunto. - Uns dois anos?
- Acho que sim. - Ele diz.
- A quanto tempo está em Nova York?
- Cheguei ontem. - Ele fala. - Só hoje fiquei sabendo do casamento da sua mãe.
- Você sumiu. - Lhe dou um murro no braço. - Nem ao menos me mandou mensagens.
Jack faz uma careta pelo murro que levou, logo em seguida me abraça de novo.
- Me perdoe baixinha. - Ele pede. - Não foi minha intenção perder o contato.
Jack e eu nos conhecemos na faculdade. Eu cursava moda e ele engenharia civil. Acabamos nos trombando no corredor da faculdade, e de lá para cá nos tornamos grandes amigos.
Depois de um noivado fracassado ele se mudou de Nova York. Continuamos mantendo contato durante um tempo, mas acabamos nos distanciando.
- Voltou de mudança? - Pergunto.
- Sim. - Ele diz animado. - Voltei para ficar.
Me sento no sofá, e Jack senta ao meu lado.
- Acho que voltou em uma boa hora. - Falo tendo uma idéia. - Já tem trabalho?
- Ainda não. - Ele fala.
- Então vou te contratar. - Falo. - Mas terá que se mudar para o Texas por um tempo.
- Nunca fui de fugir de trabalho. - Ele me empurra de leve com o ombro.
- Ótimo. - Digo animada.
Tenho a impressão que Jack apareceu em uma boa hora. Ter um amigo ao meu lado torna tudo ainda mais fácil.
- Mas por quê Texas? - Ele pergunta curioso.
- Estou morando lá. - Digo. - Voltei para Nova York apenas para o casamento da mamãe.
- Você morando no Texas? - Ele arregala os olhos.
- Uma longa história. - Falo.
- Por sorte estou com tempo. - Ele diz.
Jack continua bonito como sempre, para dizer a verdade acho que está ainda mais charmoso. Ele tem quase dois metros de altura, seus cabelos são lisos e castanhos escuro, e olhos verdes esmeralda. Sua barba está por fazer, o que o deixa ainda mais atraente.
- Quem é Emma? - Pergunta Jane.
Jack se levanta e a encara de longe.
- Jack? - Ela pergunta de olhos arregalados.
- Sou eu Jane. - Ele diz indo em direção a ela.
Jane ainda está em choque, mas quando Jack está perto dela, ela lhe dá um puxão de orelha.
- Ai Jane! - Ele reclama.
- Isso é para você aprender a nunca mais me deixar preocupada e sem notícias suas por tanto tempo! - Ela diz brava.
Logo em seguida ela o puxa para um abraço afetuoso, e sorri feliz.
- Senti sua falta meu bem. - Ela diz.
- Eu também senti a sua. - Jack beija seu rosto.
Jane praticamente adotou Jack como seu filho assim que o conheceu. Para dizer a verdade toda família gostou dele logo de cara. Jack sempre foi bom em conquistar as pessoas, e a minha família faz parte dessas pessoas.
- Chegou bem na hora do almoço. - Ela fala. - Venham antes que esfrie.
Me levanto e caminho em direção a eles. Jack passa a mão pela cintura da Jane e a minha, enquanto partimos rumo a cozinha.
- Senti tanto a falta de vocês. - Ele diz.
- Percebi. - Reviro os olhos. - Nem se dignou em me dar notícias.
- Não é hora de discussão. - Jane corta nós dois.
Puxo uma cadeira para mim e me sento. Jack se senta na minha frente, enquanto exibe um sorriso largo nos lábios.
Minha vontade é de socar a cara desse idiota por me deixar preocupada por tanto tempo, mas agora estou imensamente feliz com a sua volta.
Jane coloca um prato de comida na minha frente. Assim que o cheiro chega ao meu nariz, meu estômago se revira.
Me levanto correndo, e quase derrubo a cadeira. Corro em direção ao banheiro, e deixo para trás Jane e Jack preocupados.
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Bom dia meninas.
Tudo bem com vocês?
Jack, será um oponente para Ryan?
Até amanhã com o próximo capítulo. ❤😍❤
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