Capítulo 2
- Você não pode jogar tudo para o ar e viajar assim Emma. - Diz mamãe.
- É claro que posso. - Digo. - Esse foi o desejo da vovó.
- Meu bem são seis meses. - Mamãe me olha preocupada.
- Mãe passa rápido. - Sorrio para ela. - Quando a senhora perceber já voltei para casa.
Minha mãe senta em minha cama e fica me observando fazer as malas.
- O que deu em sua vó para querer isso? - Pergunta.
- Eu não sei. - Digo. - Mas como Paolo me disse. Ela sempre tinha um propósito por trás de tudo que fazia.
- Vou sentir sua falta. - Mamãe faz cara de choro.
Me sento ao seu lado e seguro firme sua mão.
- Também irei sentir a sua. - Sorrio fraco. - Mas podemos nos falar todos os dias se a senhora quiser.
- Pois eu vou querer. - Resmunga.
- Tudo bem. - Beijo seu rosto.
Me levanto e continuo a fazer as malas.
Tenho certeza que minhas roupas não são muito apropriadas para fazenda. Então terei que comprar algo assim que chegar ao Texas.
Meu trabalho exige que use roupas de grifes e caras. Coisas que não me chamam atenção nem um pouco. Prefiro algo confortável e baratinho.
- Emma? - Me chama Jane entrando em meu quarto.
- Oi Jane. - Digo.
- Kevin está aqui. - Diz fazendo uma careta. - Não quis deixar ele entrar, mas ele me empurrou e entrou mesmo assim.
Ao ouvir o nome daquele traidor meu sangue ferve. Se achei que não poderia sentir mais raiva estava enganada. Sento um ódio mortal quando Kevin invade meu quarto com um sorriso galanteador nos lábios.
- O que pensa que está fazendo aqui? - Pergunto irritada.
- Eu vim te ver amor. - Diz tentando me abraçar.
- Nem pense em tocar em mim! - Digo ríspida.
Kavin para no mesmo instante e começa a olhar para minhas malas sobre a cama.
- Para onde você vai? - Pergunta curioso.
- Não é da sua conta. - Resmungo. - Agora saia do meu quarto.
- Você vai embora? - Insiste em me irritar.
Fecho os olhos e conto até dez, pois a qualquer momento eu pulo no pescoço de Kevin e o esgano.
- Vai embora da minha casa Kevin. - Digo com a voz ameaçadoramente baixa. - Te avisei que não queria te ver.
- Amor foi tudo um mal entendido. - Menti na maior cara de pau.
- Não quero saber. - Digo. - Só quero que vá embora.
Kevin caminha até mim e me abraça e beija meus lábios.
- Nós nos amamos. - Diz sorrindo com malícia.
Lhe dou uma joelhada no meio das pernas, limpo meus lábios com brusquidão pois sinto nojo de seu toque.
- Eu te odeio! - Grito. - Nunca mais coloque suas mãos em mim novamente.
- Está louca Emma? - Pergunta com a voz fina.
Gargalho alto e o encaro com raiva.
- Você que é louco em aparecer em minha casa! - Digo. - Se pensa que acredito em seu joguinho está muito enganado!
Mamãe caminha até mim e segura meu braço.
- É melhor você ir embora. - Diz mamãe a Kevin.
- Teresa não pode me expulsar asism. - Diz Kevin.
- Não estou te expulsando. - Diz calmamante. - Só estou pedindo que vá embora. Você não é mais bem vindo em nossa casa.
- Mas...
- Vá embora antes que eu arranque suas bolas! - Digo exasperada.
Kevin arregala os olhos enquanto me encara. Nos dá as costas e começa a caminhar mancando para fora de meu quarto.
- Está tudo bem? - Jane pergunta preocupada. - Eu não quis deixá-lo entrar.
- Eu sei Jane. - Sorrio fraco.
Me sento na beirada da cama e me jogo para trás, sobre minhas roupas.
- Mãe se Kavin vir aqui novamente enquanto estou fora não diga onde estou. - Digo.
- Tudo bem meu bem. - Diz. - Agora volte a arrumar suas coisas antes que perca o vôo.
Me obrigo a me levantar e continuar com minha tarefa.
Eu pensei que amava Kevin, mas tudo que aconteceu serviu para me mostrar que nunca o amei de verdade. Ainda bem que percebi isso antes de me casar. Burrada que não pretendo cometer nunca mais, pois todos homens são iguais.
🌳
- Tem certeza meu bem? - Pergunta mamãe. - Não irá se arrepender de largar tudo?
- Tenho certeza mãe. - Digo. - Agora sobre me arrepender ainda descobrirei.
- Me dê notícias. - Diz me abraçando. - Não esqueça sua velha mãe.
- Nunca. - A abraço forte. - Eu te amo.
- Eu também te amo querida. - Diz enxugando as lágrimas.
Caminho até Jane e a envolvo em um abraço.
- Cuide da mamãe para mim. - Peço.
- É claro meu bem. - Beija meu rosto.
Abro a porta do carro e me sento em meu lugar. Fecho a porta e coloco o cinto.
- Para o aeroporto por favor. - Digo ao motorista.
- Se cuidem. - Digo antes que o taxista parta. - Eu amo vocês. - Mando beijo para as duas.
Mamãe e Jane me dão adeus, enquanto o taxista começa a acelerar lentamente.
Encosto minha cabeça no vidro e suspiro alto.
Só espero não me arrepender de minha escolha.
🌳
- Achei que não viria mais. - Diz Paolo.
- Desde quando não cumpro com minha palavra? - Finjo estar brava.
Paolo sorri e pisca para mim.
- Sente-se aqui. - Diz.
- Obrigada. - Agradeço.
Me sento ao lado de Paolo e coloco minha bolsa sobre meu colo.
- Está nervosa? - Pergunta.
- Mais ou menos. - Assumo. - É uma mudança e tanto.
- Você tem razão. - Concorda comigo.
- Estou deixando meu trabalho, e minha mãe para trás. - Suspiro frustrada.
- E seu noivo?
- Não quero falar sobre isso. - Resmungo.
Ficamos em silêncio por um tempo, apenas observando o vai e vem das pessoas.
- O que sua mãe achou sobre sua mudança? - Pergunta Paolo.
- Ela não ficou muito feliz. - Digo. - Mas acabou aceitando.
- Teresa irá sentir sua falta. - Diz.
- E eu a dela. - Sorrio fraco. - Cuide dela e Jane para mim. - Peço.
- É claro. - Diz Paolo abrindo um sorriso de orelha a orelha.
- Mudando de assunto. - Digo. - Me conte um pouco sobre a fazenda.
Paulo exibe outro sorriso e diz:
- Maria é responsável pela casa, e Ryan é o capataz da fazenda. - Me olha com malícia, mas não sei o porque. - Ryan era apenas um cuidador de cavalos, mas sua vó viu o potencial dele e o colocou como o capataz.
- Bem a cara dela. - Reviro os olhos.
- Ryan é um bom homem. - Diz Paolo. - Rejeitou de todas as maneiras a proposta de sua vó.
- Vovó sabia fazer as pessoas concordarem com tudo que ela queria. - Murmuro baixinho.
Meus olhos de enchem de lágrimas ao me lembrar dela. A amava profundamente.
Sinto sua falta todos os dias. Seu sorriso contagiante, seu jeito feliz e amaroso com todos ao seu redor.
Mas como nem tudo são flores ela me deixou.
- Esse Ryan trabalha há quanto tempo para a vovó? - Pergunto.
- Há dez anos. - Diz.
- Tudo isso? - Arregalo os olhos.
- Amélia sabia que Ryan é um homem honesto. - Paolo dá de ombros.
Esse tal de Ryan já deve ser um homem de meia idade, pois já tem alguns anos que trabalha na fazenda.
Sou tirada de meus devaneios com Paolo se levantando e pegando sua mala.
- Pronta? - Pergunta sorrindo.
- Espero que sim. - Digo.
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Bom dia meninas.
Tudo bem com vocês?
Emma terá uma surpresa e tanto quando se deparar com o "homem de meia idade". 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂
Até amanhã com o próximo capítulo. ❤😗
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