Em busca
E vamos ao primeiro cap ^^
⦁ Na numerologia, o 303 pode significar crescimento, otimismo, felicidade, confiança no próximo, novos começos, liberdade e muitas outras coisas positivas. Ele também indica para você se aventurar em algo novo, te incentiva a tentar, e muito mais.
Tenham uma boa leitura ❤❤
OBS: decidi fazer algo diferente do meu usual nessa shortfic, vocês vão ver que as quebras de tempo dentro do capítulo não estarão indicadas somente por um "símbolo", também vai haver uma postagem dos meninos em suas redes sociais sobre aquele momento (vão entender melhor durante a leitura hehehe)
~♥~
postagem de @parkjimi ás 15:20
❤ 🗨 ➡
Liked by HoseokJung, Seokjinie and 107 others
@parkjimi Estamos saindo agora para visitar mais uma casa em potencial, nos desejem sorte 🍀
(~x~x~)
Quando se tratava de Park Jimin e Kim Taehyung, era fácil ouvir seus amigos dizendo que os dois pareciam ter nascido um para o outro, eram o queijo e a goiabada, a tampa da panela, a azeitona da empadinha, o ovo da marmita, o yin com seu yang, ou qualquer uma dessas outras comparações clichês destinadas para almas gêmeas.
Mas a verdade é que Jimin mesmo nunca acreditou nessas coisas de destino, e detestava essa história de "metades da laranja", porque ele sabia que nasceu completo, e se alguma coisa estava faltando, não seria um namorado que resolveria isso por ele, Jimin sabia buscar pelas coisas com suas próprias perninhas, e quando se tratava de romance, ele procurava por pessoas que o transbordassem, viessem para acrescentar positivamente em sua vida, aperfeiçoar o que já era incrível por si só.
Já Taehyung sempre foi mais romântico e sonhador, acreditava em almas gêmeas desde pequeno, porém seu conceito de "pessoa feita para ele" passava bem longe das características de Jimin, porque Taehyung achava que sua alma gêmea seria alguém muito parecido com ele, em gostos e personalidade, mas quando se viu apaixonado por alguém tão diferente de si, percebeu que era besteira ficar procurando por alguém idêntico a ele, o oposto lhe atraia bem mais.
Taehyung dizia que Jimin era seu antônimo, pois, eram contrários em tantas coisas, como por exemplo: o Kim amava o dia, o Park era apaixonado pela noite, Tae gostava de chuva, e Ji preferia o tempo ensolarado, Taehyung não bebia café, Jimin era completamente viciado, o mais novo não suportava perfumes doces, e o mais velho sempre usava uma colônia de baunilha, e se pudesse, Taehyung só andaria descalço, enquanto Jimin tinha uma coleção de sapatos e passava o dia inteiro usando meias... Enfim, polos opostos, mas completamente atraídos um pelo outro.
Eles não se entendiam no começo, suas diferenças se chocavam e seus egos não se batiam, tinham as briguinhas mais bobas por pura birra, tanto que até hoje era piada entre os amigos a discussão por causa de um bolinho que os dois tiveram em pleno o refeitório da faculdade, e como eram orgulhosos demais, nenhum lado cedia na hora de pedir desculpa.
Mas em algum momento, a maturidade precisou falar mais alto, Taehyung detestava ser contrariado e Jimin tinha dificuldade em admitir que estava errado, porém eles se gostavam, e não teriam como manter uma relação sem equilíbrio e respeito, por isso eles soltaram as armas, se desfizeram de suas armaduras e derrubaram seus muros, conversando sinceramente e sem deixar se levar pelo orgulho.
Foi o papo mais honesto que tiveram, e isso os levou ao relacionamento invejável que possuem hoje, quase sete anos depois daquela conversa difícil, mas que fluiu positivamente, Jimin tinha dificuldade para falar sobre sentimentos antigamente, e Taehyung nunca havia mostrado seus pensamentos de uma forma tão desnuda, o diálogo salvou sua relação e os fez entender melhor um ao outro.
E o fez enxergar que no final eles também eram sinônimos, queria o mesmo naquele relacionamento, seus sentimentos eram completamente recíprocos, Jimin enfim sentia que havia encontrado alguém que vinha somente para somar, e Taehyung, numa visão mais devaneadora, dizia que o universo tinha sim lhe mandado a pessoa perfeita para si.
Mas vamos voltar um pouco no tempo, quando esses dois pombinhos se conheceram:
Era o primeiro semestre de Jimin no curso de artes cênicas, e ele estava uma pilha de nervos, tendo que dividir o espaço entre as aulas noturnas e o trabalho durante o dia, não sobrava muito tempo nem para respirar, quem dirá ter um descanso merecido, e Jimin também estava se descuidado, não se orgulha disso hoje em dia, mas naquela época chegava até a pular refeições para sobrar tempo para terminar trabalhos ou pesquisas.
Claro que em algum momento seu corpo cobrou por aquele descaso, e Jimin se viu tendo uma queda de pressão no meio do pátio da universidade. Não chegou a desmaiar, mas foi por pouco, tanto que acabou sendo acudido por um desconhecido, o mesmo lhe ofereceu uma garrafinha d'água e o levou até a enfermaria do campus, onde a médica presente avisou que Jimin precisava se alimentar melhor.
O desconhecido esperou na porta da enfermaria até que Jimin fosse atendido, e ao escutar que o motivo do quase desmaio havia sido falta de alimento, resolveu oferecer uma refeição no restaurante em frente a universidade quando viu o Park saindo pela porta. Jimin negou várias vezes, completamente sem graça e não querendo abusar da boa vontade do desconhecido, mas no final acabou aceitando, convencido de que o rapaz gentil só queria lhe ajudar.
Taehyung era o nome desse desconhecido até então, estudava para se tornar veterinário e também estava em seu primeiro ano, assim como Jimin. A segunda coincidência entre eles era que faziam aula de dança na mesma academia, nos finais de semana somente, porém com tantos alunos naquela classe, nunca haviam reparado um no outro.
Mas isso mudou nos sábados seguintes, ficavam lado a lado durante as coreografias, enquanto na faculdade, viviam colados sempre que possível, se tornaram amigos muito rápido, e mesmo com suas briguinhas bobas e as discordâncias corriqueiras, viram que estavam se apaixonando.
O primeiro beijo veio quase seis meses depois que haviam se conhecido, e outros beijos chegaram depois desse, porém demoraram um tempo para oficializar um namoro, não tinham certeza se era uma boa ideia na época, se achavam tão diferentes um do outro que chegaram a pensar que entrar num relacionamento sério seria perda de tempo, pois logo separariam... Leigo engano.
O começo foi difícil, como já foi citado antes, realmente foram imaturos demais no auge dos seus dezoito anos, porém o tempo passou, o relacionamento se fortaleceu e os antigos desentendimentos agora pareciam bobos demais até para ficar lembrando, mas hoje, com vinte e cinco anos cada um, ainda mantinham uma coisa dos meninos do começo, aquele o olhar brilhante e o sorriso apaixonado ao encararem um para o outro.
Ainda não sentiam a necessidade de noivar, mesmo que esse assunto já tenha aparecido em uma ou outra conversa, onde nada foi decidido, porém viviam uma relação de maridos desde o terceiro ano de namoro, quando Taehyung de repente convidou Jimin para morar com ele, enquanto tomavam banho na república onde o Park morava.
Não que esse convite inesperado tenha causado surpresa, afinal, Taehyung era mesmo o mais espontâneo do casal, tinha pedido Jimin em casamento do terceiro mês de namoro por exemplo, causando risos do Park até perceber que o Kim estava falando sério. Ele negou o pedido, alegando ser cedo demais, mas não foi como outros pedidos impulsivos e engraçados de Taehyung não tenham vindo depois.
Eles eram assim, Taehyung era o impulsivo, agia mais com o coração do que com a razão, chegava a ser imprudente, enquanto Jimin pensava demais, às vezes exageradamente, quase de forma paranoica, tendo muita dificuldade para tomar decisões. E nisso os dois se ajudavam, Taehyung tentava fazer o namorado relaxar, não pensar tanto e tentar viver o momento, enquanto Jimin segurava o Kim para que não fosse tão precipitado, pois sempre há consequências quando se age irresponsavelmente.
Mas talvez, exatamente por um ser impulsivo e o outro pensar demais que deixou as coisas mais complicadas ainda quando decidiram que comprariam uma casa juntos, agora que haviam completado sete anos de relacionamento. Os dois simplesmente não conseguiam se decidir, eram muitas opções, e eles indecisos demais diante de tantas casas.
Dinheiro não era um problema, haviam juntado uma boa grana desde o começo da faculdade e também tiveram uma ajudinha de seus pais, podiam arcar com as despesas de uma casa nova, e qualquer coisa que surgisse, conseguiriam cobrir com seus salários, afinal, Jimin trabalhava como professor de balé numa escola de dança no centro da cidade, já Taehyung era assistente de veterinário numa boa clínica daquela região, não eram ricos, mas tinham uma vida estável.
Porém mesmo tendo o dinheiro para dar entrada numa residência, o que lhes faltava era a casa certa, haviam visitado várias, porém nenhuma parecia se encaixar em todos os requisitos que o casal desejava, estavam até ficando cansados de ver tantas residências vazias e com cheiro de casa abandonada, talvez precisassem de ajuda com isso, e seu amigo Hoseok parecia saber como ajudar.
(~x~x~)
postagem de @parkjimi ás 17:35
❤ 🗨 ➡
Liked by HoseokJung, TaTae and 64 others
@parkjimi Acho que vocês não nos desejaram sorte o suficiente 🧐, mas tudo bem
Pelos menos o HoseokJung veio nos buscar aqui. Obrigado pela carona, Hobi ❤
(~x~x~)
— Eu não pensei que encontrar uma casa seria assim tão complicado. — Taehyung comentou, enquanto se jogava no espaço livre no sofá onde seu amigo Hoseok estava sentado.
— Mas você não gostou da casa, amor? — Jimin indagou, sentando-se na poltrona ao lado do sofá onde os outros dois rapazes estavam.
— Até gostei, mas você não gostou. — O Kim respondeu, ao mesmo tempo que deitava sua cabeça sobre as coxas do amigo Hoseok, segurando a mão do mesmo e a levando até seus cabelos, num pedido óbvio por um cafuné, o qual Hoseok começou a fazer de imediato, mesmo que estivesse mais concentrado no filme que passava na televisão naquele segundo.
— Eu não disse isso. — O Park argumentou, fazendo um biquinho. Mas ele sabia que nem precisava falar, suas expressões sempre o entregavam.
— Disse com o olhar. — Taehyung afirmou, sorrindo de lado, vendo o biquinho de Jimin aumentar, o que lhe dava muita vontade de dar algumas bitoquinhas naqueles lábios rechonchudos de seu namorado. — Eu vi a carinha de pintinho perdido que você fez quando viu o tamanho dos quartos, eram bem pequenos.
— Gostaria que ao menos o nosso quarto fosse espaçoso, ou que ao menos tivéssemos um quarto extra para eu montar uma salinha de ensaio. — Jimin disse, suspirando e afundando um pouco mais contra o estofado fofo da poltrona. — Como vou treinar as coreografias da minha turma num lugar minúsculo? Preciso de espaço!
— Hm, é verdade... — Taehyung murmurou, levando o dedo até o queixo, pensativo. — Se for preciso, a gente até procura um lugar com uma sala grande o suficiente para colocar até um palco só para você, amor.
— Se for assim, vou querer um pole-dance na minha sala de ensaio. — O Park expressou, mostrando um sorriso malicioso. — Acho que você pode imaginar para quê...
— Você está me deixando sonhar, Jiminie. — O Kim disse, mostrando uma expressão tão ladina quanto a de seu namorado.
— Ei, ei, pode parar de flertar na minha frente. — Hoseok interrompeu, abanando as mãos no ar para chamar atenção dos pombinhos. — Eu não quero ser vela.
— Não posso mais nem flertar com meu homem dentro da minha própria casa, veja só. — Jimin brincou, fingindo uma expressão revoltada.
— Vish, o drama... — Hoseok ironizou, levando a mão até a testa, escutando o Kim reclamar por ele ter parado o cafuné em seus cabelos, então retornou a acariciar as madeixas do amigo. — Mas por que foram visitar outra casa hoje? Vocês não tinham amado aquela casinha no bairro da mãe do Jimin?
— Sim, até notarmos o tanto de infiltração que havia nela, o teto estava a ponto de desabar nas nossas cabeças. — O Park respondeu. — Era uma casa bem velha, com o tanto de reformas que teríamos que fazer daria para comprar uma segunda casa e ainda construir uma piscina pra ela.
— E a gente combinou que não queremos ter que fazer reformas, queremos um lugar pronto para morar. — Taehyung acrescentou.
— Mas você bem que gostou daquele apartamento que tinha que trocar o encanamento e o piso, ficou me enchendo o saco falando que o lugar era perfeito, e que gastaríamos menos se a gente mesmo fizesse os reparos. — Jimin retrucou, semicerrando o olhar.
— Eu até pensei que seria uma boa ideia, mas me dei conta que não somos os Irmãos a Obra, a gente mal sabe pregar um prego, imagina trocar um piso... — Taehyung falou, rindo soprado.
— Tinha aquele apê à venda do meu prédio, lembram? — Hoseok perguntou e o casal assentiu em seguida. — Vocês foram lá ver?
— Eles não permitem animais de estimação, a menos que seja um peixinho. — Taehyung respondeu, afinal, os dois tinham mais um membro na família, o pequeno Yeontan, o Spitz Alemão adotado pelo casal há cerca de quatro anos.
— Até vimos um outro apê num condomínio vizinho que tinha uma varanda grande e permitiam animais. — Jimin completou. — Mas dava pra chamar aquele lugar de "apertamento", os cômodos eram minúsculos, mal caberia todos os móveis que a gente tem.
— A geladeira teria que ficar na sala, pra você ter uma ideia do quão pequeno era. — O Kim também acrescentou, revirando os olhos. — E eu não quero comprar apartamento também, quero um quintalzinho pro Tannie poder correr.
— E para minhas plantinhas tomarem sol também, a varanda daqui não cabe tudo direito, fica tudo amontoado. — Jimin levantou mais um ponto, pois como bom pai de planta, precisava pensar no espaço certinho para cada um dos seus vasos, e no apê que moravam hoje, as plantas não estavam disponibilizadas da melhor maneira por falta de espaço.
— E aquela casa amarela que tinha um preço bom? — Hoseok relembrou, o casal realmente tinha visitado muitos imóveis naquele ano.
— Ficava de frente pra uma escola, não quero acordar todo dia às sete da manhã com o barulho da criançada, dos ônibus escolares e do sinal gritante de troca de aulas. — Jimin explicou, dando de ombros.
— Mas se um dia vocês tiverem filhos, a escola estará bem em frente. — Hoseok argumentou, porém o casal não levou como uma opção válida.
— Já temos o Yeontan como filho, por enquanto está de bom tamanho. — Jimin respondeu logo após. — Se não sabe o quanto a gente gasta de veterinário e pet-shop, imagina criando uma criança também... Vish, ter filhos ainda é um plano muito distante.
— Mas o Tae bem que fala que quer uma família grande, então se prepare para os dez filhos que vão vir, Jimin. — Jung brincou, sabendo que Taehyung já havia falado várias vezes sobre sua vontade de ter uma família gigantesca.
— Ele diz que quer muitos filhos porque não sabe a dor do parto. — Jimin apontou, cruzando os braços em frente ao peito.
— Ué, você é um homem cis, também não vai saber a dor de um parto. — Hoseok retrucou, rindo soprado.
— Mesmo assim, alguém teve que parir e sentir as dores, não é não? — O Park respondeu, dando de ombros. — Meu argumento ainda é válido.
— De qualquer forma, não pretendemos ter filhos agora, e mesmo que quiséssemos, não escolheríamos uma casa em frente a uma escola. — Taehyung fechou o assunto.
— E aquela casa perto do trabalho do Tae? — Hoseok lembrou de mais uma. — Vocês ficaram super animados com ela.
— Dois andares, muito boa, mas muito cara. — Taehyung foi direto. — E ainda fica perto de uma avenida, cada caminhão que passava estremecia as janelas.
— Então aposto que não gostaram daquela casa esquisita na rua do Jin, certo? — Hoseok perguntou, se referindo a grande casa vizinha da residência do seu amigo Seokjin, que estava vazia há anos.
— Dizem que é mal assombrada, eu fico receoso com essas coisas. — Jimin expressou, elevando suas pernas para cima da poltrona e abraçando seus joelhos.
— Isso é besteira, só dizem isso porque a casa está abandonada faz tempo. — O Jung expressou, revirando os olhos.
— Mas falaram que ela foi construída em cima de um antigo cemitério, não quero acabar me tornando a família desavisada dos filmes de terror não. — Jimin disse, sendo levado pelas lendas em volta da casa estranha.
— Eu te protegeria dos fantasmas, Chimie. — Taehyung afirmou, levando a mão até o peito como se fizesse uma promessa.
— Tae, você sabe muito bem que quando ouvimos qualquer barulho estranho dentro de casa a noite, quem vai olhar sou eu, você sempre se esconde debaixo do cobertor. — O Park entregou, fazendo Hoseok rir da cara chocada que Taehyung fez, mesmo sabendo que aquela era a mais pura verdade.
— Ok, nada de casa assombrada então. — Taehyung falou, elevando as mãos para cima num ato de rendimento ao argumento do parceiro.
— Af, estou cansado de tanto ver casas... — Jimin disse, afundando na poltrona mais uma vez, novamente com um biquinho chateado nos lábios. — A gente nunca vai encontrar o que queremos, estamos fadados, acho que vou desistir, Tae.
— Mas ainda é só o começo, gatinho. — Tae respondeu, se levantando do sofá e indo até a poltrona onde Jimin estava, sentando-se em seu colo e o abraçando, puxando a cabeça do namorado para seu peito.
— O negócio é que vocês são muito exigentes. — Hoseok apontou, assistindo Taehyung acariciar os cabelos de Jimin, enquanto o mesmo tinha os olhos fechados, ouvindo os batimentos cardíacos do Kim, por estar com o rosto colado em seu peito.
— Se a gente estivesse apenas alugando, eu não me importaria tanto com detalhes, mas a gente vai comprar. — Jimin falou, ainda sem sair da posição confortável em que estava. — Vamos gastar muita grana e colocar nosso nome neste imóvel, precisamos escolher com cautela pra não ter arrependimentos depois.
— Eu entendo, mas vocês estão se desgastando. — Jung continuou. — Por que não procuram por um corretor de imóveis?
— Um corretor? — Taehyung repetiu, elevando as sobrancelhas.
— Sim, vocês dizem pra ele tudo o que querem e o que não querem numa casa, qual o orçamento de vocês e suas condições, e ele vai fazer toda uma pesquisa, filtrar todas as casas à venda na nossa região e encontrar exatamente o que vocês querem. — Hoseok reforçou sua sugestão.
— Não sei não... — O Kim respondeu, ainda incerto.
— Corretores têm seus próprios contatos também, eles podem até encontrar uma casa que nem chegou a ser anunciada na imobiliária ainda, e vocês seriam os primeiros interessados nela. — Jung continuou.
— Ele tem razão, Tae. — Jimin expressou, afastando seu rosto do peito do namorado e o encarando. — A gente não tem tempo de ficar visitando tantas casas aleatórias, o corretor faria o trabalho de pesquisa pela gente e poderíamos combinar horários bons para visitar as casas com ele.
— Sim, e vocês estão encontrando tanta dificuldade porque não estão indo nos lugares certos, só vão atrás de qualquer placa de "a venda" que veem pelas ruas, mas o corretor vai saber apresentar aquelas que agradarão vocês. — Hoseok acrescentou, fazendo o casal pensar mais um pouco.
— Não sei, meu avô foi ludibriado por um corretor uma vez, comprou uma casa cheia de mofo sem saber, rolou processo e tudo, foi uma grande dor de cabeça. — Taehyung disse, ainda duvidando.
— Eu peço pro Yoongi falar com uns conhecidos dele, para recomendarem alguém de confiança para vocês.
Min Yoongi era um rolo de Hoseok há quase dois anos, eles saiam juntos, ficavam, mas nunca diziam ser mais do que amigos, talvez a dinâmica de amizade colorida funcionasse com eles, mas na opinião de Jimin, o Jung era apaixonado por Yoongi, porém tinha medo de admitir isso até para si mesmo e acabar estragando o lance sem envolvimento sentimental que eles mantinham.
— Parece uma boa ideia. — Jimin proferiu, já convencido. — Isso iria facilitar muito pra gente, amor, pensa bem.
— Tudo bem, mas vou precisar conversar com esse corretor antes de qualquer coisa. — O Kim afirmou, e Hoseok assentiu concordando. — Sou sensível para essas coisas, sempre noto quando alguém está sendo falso comigo.
— Beleza, vou falar com o Yoon então, depois ele manda uma mensagem pra vocês com os detalhes. — Jung disse por fim. — E quando vocês vão pedir comida, hein? Estou esperando há mais de uma hora.
— Eu peço. — Taehyung respondeu, se levantando do colo do namorado e indo atrás do seu celular. — Mas vamos rachar a conta.
— O quê? Mas eu sou convidado! — Hoseok exclamou, fingindo uma expressão surpresa.
— Você praticamente vive aqui dentro, Hobi. — Jimin disse, rindo em seguida.
— Injusto! — Jung exclamou, vendo Taehyung soltar um riso soprado também.
— Então você limpa as sujeiras que o Yeontan fez lá na varanda para cobrir a sua parte no jantar. — O Kim sugeriu, sorrindo de lado.
— Pega o meu cartão logo, vai! — Hoseok falou, enquanto buscava a carteira dentro do bolso da calça, causando o riso conjunto do casal.
Hoseok acabou não sendo cobrado pela comida que eles dividiram, como de praxe, e no final da noite, o amigo do casal ficou para dormir, algo que também era comum entre eles, talvez desde o primeiro apartamento que Taehyung e Jimin dividiram, sempre tiveram Hoseok fazendo visitas sempre que possível, eram um trio inseparável desde o início daquela amizade.
Jung Hoseok entrou na vida dos dois no segundo ano da faculdade, quando entrou em algumas aulas que Jimin fazia e começou a puxar papo com ele. Não demorou muito para que o Jung se juntasse a rodinha de amigos de Vmin — como o casal costumava ser apelidado pelos colegas — e essa amizade se estendeu até depois da formatura, tanto que foi o próprio Hoseok que indicou Jimin para a vaga de professor na escola que ele também deu aulas anos antes.
— Você está pensativo de novo. — Taehyung comentou deitado na cama do casal, observando Jimin parado em frente ao espelho preso na porta do seu guarda-roupa, com uma expressão avoada, de quem estava com a mente longe.
— Estou... — Jimin respondeu, encarando o espelho ainda, mas nem estava prestando atenção em seu reflexo, seus pensamentos borbulhavam.
Ambos já estavam se preparando para dormir, conforme a rotina deles, o Kim não fazia muitas coisas antes de dormir além de escovar os dentes e urinar, mas Jimin tinha toda a sua programação pré-sono, começando pela skincare e finalizando com alguns exercícios de alongamento, às vezes fazia um chá para si também, e precisava fazer tudo isso ou sentia que seu dia não tinha sido finalizado da melhor maneira.
Taehyung normalmente ficava na cama dos dois, lendo algum livro, e esperando pelo parceiro, eles tinham adquirido a mania de sempre irem dormir ao mesmo tempo, mesmo que isso significasse que Tae teria que esperar um pouquinho até que Jimin estivesse pronto para se deitar, mas isso nunca lhe incomodou de qualquer maneira.
— Será mesmo que a gente vai achar a casa dos sonhos ou isso é somente uma utopia ingênua nossa? — Jimin indagou, enquanto tirava sua calça de moletom, por ter costume de dormir somente de camiseta e box, o contrário de Taehyung, que dormia sem camisa e somente vestindo as calças.
— Claro que vamos achar. — Taehyung disse confiante, se levantando de cima do colchão e indo até seu namorado. — Tem alguma residência vaga em algum lugar que vai servir para a gente.
— Isso tudo é muito estressante, achava que encontrar uma casa seria fácil. — Jimin comentou, sentindo ser abraçado por trás pelo Kim, que fechou seus braços em volta da cintura do Park, apoiando o queixo no ombro do mesmo, e também encarando o reflexo no espelho dos dois. Eram uma junção perfeita aos seus olhos.
— Talvez eu possa te ajudar a desestressar um pouco, amor... — Disse Taehyung, num tom malicioso, enquanto começava a arrastar a pontinha de seu nariz contra o pescoço exposto de Jimin.
— Ah é? E como você vai fazer isso? — Jimin indagou interessado, sabendo muito bem qual era a resposta.
— Hm, não sei bem... — Taehyung brincou ainda naquele tom ladino, enquanto lentamente passava sua mão por baixo da camiseta do namorado, sobre a barriga e descendo novamente até a pélvis, o ouvindo suspirar com seu toque. — Como você quer que seja?
— Não preciso falar... — Jimin respondeu, sorrindo de lado, ainda sentindo os dedos do namorado dedilhando sua pele, indo de encontro com sua coxa e subindo de novo, ao mesmo tempo que alguns beijos mornos eram desferidos contra o pescoço do Park, que mais uma vez suspirava. — Você me conhece bem, já sabe muito bem como eu gosto.
— Sim, eu sei. — Taehyung expressou num sussurro, rente ao ouvido do namorado, fazendo um arrepio subir pelas costas de Jimin. — Acho que podemos começar assim então... — Continuou, enquanto levava seus dedos até o cós da boxer do Park e a puxava para baixo, se ajoelhando para retirar a cueca por completo, mas a camiseta longa que Jimin usava ainda o cobria até a altura das coxas.
— Safado, sabia que ia fazer isso. — Jimin expressou, rindo baixinho, olhando para baixo, vendo a cara de bobão que seu namorado fazia naquele segundo, o que não combinava nada com o tom erótico e provocativo de antes, mas Taehyung era um poço de dualidade.
— Você também me conhece bem, afinal. — O Kim respondeu, se colocando em pé novamente, posicionando-se no mesmo lugar de antes, colocando seus braços em volta do corpo bonito de seu homem.
Mas Jimin não estava mais com paciência para ficar somente nas provocações que sabia que continuariam, então virou-se de frente para Taehyung, lhe puxando para um beijo lento e gostoso, o qual foi correspondido imediatamente. Os lábios de ambos se moveram com pressa sobre o outro, ansiosos por mais contato, enquanto suas mãos, já com toques tão conhecidos, viajavam pelo corpo alheio, fazendo eles arfarem tanto pelas carícias, quanto pelo beijo sedento que trocavam.
Jimin não queria perder tempo, tratou logo de dar um impulso para entrelaçar suas pernas em volta do quadril de Taehyung, e mesmo que o movimento tenha sido repentino, o Park rapidamente foi pego e sustentando pelo namorado, que não demorou para caminhar até a cama com Jimin em seus braços. Logo unindo seus corpos quentes em cima daquele colchão que mais uma vez seria testemunha do amor e ousadia daqueles dois.
(~x~x~)
postagem de @Jungkook97 ás 17:42
❤ 🗨 ➡
Liked by KimJoonie, MinSuga and 59 others
@Jungkook97 🚶♂️💼🔑🏠
(~x~x~)
Há cerca de dois quilômetros de onde vivia o casal Jimin e Taehyung, podíamos encontrar uma das imobiliárias mais antigas da cidade, já conceituada no ramo e com uma história longa de clientes satisfeitos e bons funcionários, era onde o jovem Jeon Jungkook trabalhava há alguns anos, um corretor de vinte e cinco anos, mas já bem experiente em sua função, afinal, o mercado imobiliário era um negócio de família.
Eram dez da noite, então Jungkook já estava a caminho de casa, dirigindo pelas ruas silenciosas e pensando no dia corrido que teve, foram cerca de quatro clientes marcados para aquela data, precisou se planejar bem nos horários, para poder estar em cada endereço a tempo e poder mostrar cada casa com calma, algumas visitas demoraram mais do que outras, mas tudo acabou dando certo no final, porém não houve nenhum contrato assinado.
Jungkook não tinha nenhuma garantia de recebimento apenas por mostrar um imóvel para alguém, precisava fechar uma venda para que conseguisse tirar o seu salário dali, ou seja, havia meses em que ele realmente não conseguia nada, nenhum negócio era fechado e ele simplesmente não tinha o que fazer, o que restava era esperar o próximo mês e torcer pela vinda de clientes em potencial.
Pelo menos já estava um pouco mais familiarizado com os pontos baixos, mas o período como estagiário realmente lhe deixava bem nervoso, batia um certo desespero às vezes, quando via seus colegas mais velhos de empresa conseguindo vendas lucrativas, enquanto ele mal tinha conseguido alugar um apartamento para alguém, Jungkook achava que se não conseguisse fechar vendas, não seria efetivado na imobiliária, porém isso não aconteceu, já fazia dois anos que ele passou de estagiário para um funcionário da empresa oficialmente.
Mas se tornar um corretor não era a primeira coisa na lista de profissões dos sonhos do rapaz de vinte e cinco anos, porém após se formar no ensino médio e tirar um ano sabático, acabou decidindo se aventurar em alguns cursos, queria estudar alguma coisa, mesmo que não tivesse certeza do que queria ainda, o que levou o seu pai a lhe indicar o curso técnico de Transações Imobiliárias, dizendo que pagaria por ele.
O senhor Jeon tinha uma imobiliária e desejava que seu filho trabalhasse consigo, algo que Jungkook dizia não querer, mas mesmo assim, aceitou a oferta do pai e acabou tomando gosto pela coisa.
Os horarios flexiveis realmente encheram os olhos do rapaz no começo, assim como as comissões altíssimas, mas toda aquela história de mercado imobiliária e vendas fez Jungkook pensar que acharia tudo isso maçante, mas depois de conhecer um pouquinho mais da profissão, viu que na verdade estava gostando bastante de aprender e ver sobre tudo aquilo.
Acabou descobrindo uma certa vocação para vendas também, um dom que ele nem fazia ideia que possuía, talvez tivesse puxado do seu pai. Porém o começo não foi fácil, precisou se dedicar muito e abaixar um pouco a bola para levar aquilo tudo a sério, Jungkook sem dúvidas era muito impaciente e indisciplinado quando começou, mas o tempo de experiência realmente fizeram a diferença.
Felizmente Jungkook sempre foi alguém muito organizado, até meio metódico às vezes, algo que com certeza o ajudava muito na profissão, organização de horários e agenda era essencial para poder atender os clientes bem, sem contar a lábia e a atenção presente em sua forma de falar e nos olhos gentis, que parecia sempre ganhar seus clientes, mesmo que não fechasse uma venda ou locação, Jungkook com certeza deixava uma boa impressão.
Mas hoje, ele ainda não trabalhava com seu pai, a sensação de ser o filho do chefe nunca lhe caiu bem, preferiu se arriscar num território desconhecido e sem regalias, ainda mais por estar apenas em começo de carreira, queria ganhar habilidade e vivência antes de adentrar a empresa da família, a qual ele sabia que um dia assumiria, e com certeza estava se preparando para isso.
— Ei, Jeon! — Jungkook escutou uma voz masculina lhe chamar assim que parou em frente a sua casa, se preparando para abrir o portão. — Você tem um minutinho?
— Sim... — Jeon respondeu, se virando para seu colega e vizinho, Min Yoongi. — O que foi, Yoon?
— O meu amigo Hoseok me pediu para indicar um corretor para um casal de amigos dele, pensei em falar contigo. — O mais velho respondeu, fazendo o mais novo franzir a testa.
— Hoseok é aquele seu amigo sorridente ou o altão que quebrou o banquinho da recepção? — Jungkook perguntou, não muito familiarizado com os nomes dos rapazes com que Yoongi andava.
— O sorridente. — Yoongi respondeu, sorrindo levemente ao citar essa característica de Hoseok.
— Ah sim, lembro bem... — Jungkook falou, pensando um pouco mais. — Mas esse não é o seu namorado?
— Somos só amigos mesmo. — Min afirmou, porém suas bochechas ganharam um tom avermelhado ao dizer tal coisa, algo que não passou despercebido por Jungkook.
— Oh, é que eu pensei que... — Jungkook pensou em falar o que pensava, mas vendo a expressão tímida do colega, preferiu deixar para lá, não queria o deixar desconfortável. — Bem, fala pro casal ligar lá na imobiliária, o meu chefe vai agendar com um dos corretores.
— É que esse casal é muito desconfiado com corretores, o Hoseok disse que vai ser mais fácil convencê-los se for alguém conhecido da gente. — Yoongi respondeu. — Eles também querem falar com o corretor antes para ter certeza se querem mesmo contratar ele.
— Que seria eu? — Jungkook indagou, apontando para si mesmo.
— Sim. — Yoongi disse, assentindo com a cabeça também.
— Tudo bem, me passa o número deles e vou ver como posso ajudá-los. — Jeon afirmou, afinal, às vezes fazia alguns trabalhos freelance.
— Obrigado, vou te mandar agora mesmo. — Yoongi disse, pegando o celular no bolso de sua jaqueta e procurando pelo número para enviar a Jungkook.
E esse foi o momento crucial na linha do tempo de Jimin, Taehyung e Jungkook que mudou tudo dali para frente.
~♥~
hihihi até o próximo 💙
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro