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1 - Uma surpresa no armário

Nunca fui muito fã de todos os eventos que a escola promove para conseguir pegar mais dinheiro dos alunos. Eu nem queria estar nessa escola particular, para começo de conversa. Queria mesmo era estar na escola militar mais renomada da minha cidade e tenho certeza de que tenho capacidade intelectual suficiente para passar na prova de admissão. Minha mãe, contudo, é superprotetora demais para deixar que eu estude numa escola a quase 100 quilômetros de distância, ainda mais que o colégio é em horário integral e eu teria que morar próximo de lá. Minha mãe me mandou esquecer na mesma hora qualquer chance que eu achava que teria de estudar lá e me colocou aqui, nessa escola esnobe, só porque sua melhor amiga, a tia Deise — que conheço desde que me entendo por gente e amo —, tem um filho da minha idade que estuda aqui. E eu com certeza não fiquei nada feliz em estudar com o Gabriel, esse pentelho implica comigo desde que aprendemos a andar!

Já estamos no mês de maio desse ano e ainda me sinto como um peixe fora d'água. Gabriel é bem popular entre os mauricinhos, que torcem para que ele chame de amigo ou brother; e, claro, as patricinhas, que fazem fila para terem uma chance com ele.

Não posso ser injusta e não dizer que ele realmente tentou me apresentar para todos os seus amigos e "amigas", mas os garotos só queriam saber de gastar os hormônios que a adolescência traz e parece que não sirvo para satisfazer seus desejos carnais — graças a Deus! As garotas, no entanto, deixaram bem claro que não me encaixo no seu grupinho de Barbies, o que me deixou muito contente, devo confessar.

Não sou do tipo que usaria rosa todos os dias combinados, comeria só salada ou riria de qualquer piada sem graça que algum garoto contasse só para chamar sua atenção enquanto pisco desesperadamente os meus cílios abarrotados de rímel. Sou mais do tipo que gosta do meu cabelo preto demais para uma cor natural e o rosto sem maquiagem alguma. E, sério, quem coloca salto alto para vir estudar? Realmente não consigo entender essas garotas.

A escola em si já é um grande martírio. Vir todos os dias e ficar cercada por esses tons rosados e avermelhados ferem minha retina. As paredes são pintadas de um rosa-chá horroroso. Os armários e afins, em sua maioria são vermelhos ou algo nessa paleta. O uniforme já é vermelho e me sinto sendo torturada todos os dias em que acordo para vir estudar. Minha mãe deve me odiar, essa é a única explicação.

Caminho até meu armário e encontro a única menina que tenho amizade, e isso porque já nos conhecíamos antes de eu vir pra cá. Jasmim, que de delicada só tem o nome, tem seu próprio estilo e, o que mais gosto nela, é seu cabelo todo roxo, que por acaso é a minha cor preferida. Violeta, para ser mais exata.

— Oi, Sarah! Preparada para mais uma aula entediante de Educação Física? — Minnie, como é chamada por mim, pergunta-me escorada em seu armário ao lado do meu.

— Minha empolgação é tanta que está saindo até pelos meus poros! — entro na brincadeira e ela ri com vontade. Nosso maior elo de amizade é justamente ela achar graça do meu humor negro.

— Está sabendo da festa do dia dos namorados?

É exatamente esse evento em questão no qual estava pensando que sobre estar cansada, pois só serve para as Barbies vestirem seus melhores vestidos e exibirem um par perfeito que seja condizente com seu status social.

— Estou, sim. Você viu o preço do convite? Um absurdo! — reclamo e tento ignorar o vermelho do meu armário

— Revoltante! Mais um evento para enriquecer a escola e enaltecer a cultura dos riquinhos privilegiados — Jasmim joga seu cabelo cacheado para trás e faz sua melhor cara de deboche. E é exatamente por pensar de formas tão parecidas que somos excelentes amigas.

— Só não se esqueça de que também somos ricas — brinco com ela.

Realmente, o dinheiro nunca foi um problema na minha família, só que meus pais sempre estiveram mais preocupados em manter a reputação da família Almeida intacta e jamais aceitaram que eu nunca seria como a Gabrielly, minha irmã perfeita e uma verdadeira princesa quando se trata de bons modos.

— Mas não somos afetadas — Minnie pisca para mim e ri.

Ela é da família Lopes, os grandes donos da maior rede de joalherias do país. Minnie também carrega o fardo de ser a ovelha negra da família.

Ainda segurando meus livros com uma mão, começo a abrir meu armário, porém, fico paralisada quando ouço as palavras — que com certeza não entendi direito — saírem da boca da minha melhor — e única — amiga.

— Estou pensando em ir à festa — ela diz e quase deixo os meus livros caírem no chão.

— Você está brincando, não é?

— Não. Estou realmente pensando em ir. Ouvi dizer que vai ser uma festa à fantasia para casais e quero ir de Alerquina. Victor adorou a ideia de ir de Coringa — minha amiga sorri largamente. Se existe uma coisa que a deixa exatamente igual a qualquer outra adolescente de 17 anos é seu namorado, que por acaso é meu amigo também, ele é filho de um dos sócios do meu pai, da família Magalhães.

Minnie é completamente apaixonada por ele desde os seus 10 anos de idade e, pelo que sei, eles começaram a namorar no ano passado quando ela se revoltou de vez e Victor disse que não havia nada mais atraente do que uma garota decidida e que sabe o que quer. Principalmente quando se trava de enfrentar nossos pais.

— Você deveria ir — ela acrescenta quando vê que eu não falo nada.

— O quê? Eu? — Dessa vez gargalho de verdade. — Você sabe muito bem que odeio essas coisas, e ao menos tenho um par.

— Victor disse que o Gabriel está sem par. Vocês são amigos, não são? — Minnie arqueia as sobrancelhas para mim e apenas rio ainda mais.

— Minnie, você sabe muito bem que Gabriel Castro é apenas o filho da amiga da minha mãe, que por acaso gosto muito. Dela, não dele. Ele é filho do outro sócio do meu pai e apenas isso. Nós não somos realmente amigos.

— Ele diz que vocês são amigos, você só não quer ser amiga dele porque ele é popular e você é preconceituosa.

— Eu não sou preconceituosa! — digo com raiva.

— É, sim. Você diz que fica defendendo as classes que não são defendidas, mas tem preconceito com a própria classe a qual pertence. Dinheiro e status são sinônimos de repulsa pra você.

— Você tem dinheiro e status e é minha melhor amiga.

— Porque não sou popular e vivo a vida como quero.

— Victor também é popular. É o melhor amigo do Gabirel. E eu sou amiga dele! — continuo a argumentar.

— Porque ele é namorado da sua melhor amiga! — Ela tem razão, pelo menos nesse ponto, mas nunca daria o braço a torcer.

Não sou preconceituosa, só não suporto a ideia elitista de que é necessário ter dinheiro e poder para sempre conseguir o que quer. Isso não é preconceito, é revolta.

Para evitar uma grande discussão, volto ao trabalho de abrir o armário e dessa vez o concluo, no entanto, assim que abro a porta, algo me surpreende de verdade.

— O que é isso? — Jasmim pergunta assim que vê minha expressão de espanto.

Na verdade, eu também quero muito saber o que significa isso...

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