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9 - Minha nossa senhora da bicicletinha!


Status: Assustada, apreensiva, com fome, curiosa talvez.

Horário: De tarde

Vestuário: Moletom puído e mini blusa/roupa de ficar em casa.

Cabelo: Preso sempre.

Local: Em casa, com o Wagner... Oi?

Me sentei olhando desgostosa para o meu almoço, aquele miojo que parecia mais com uma grande pasta do que um macarrão delicioso. Com visão periférica, vislumbrei que Wagner continuava em pé olhando em minha direção.

1 - Ele poderia rir internamente devido a minha roupa de ficar em casa, acoplada com meu almoço bizarro.

2 - Ele me olhava, porque me queria...

Esse segundo pensamento parecia realmente absurdo, vou acreditar na opção 1.

— Pode sentar, quero dizer as cadeiras não irão quebrar, nem tem pulgas ou algo do tipo, apesar da minha cachorra fanfarrona – indiquei o assento à minha frente.

— Não é isso, apenas estou bem em pé – o olhei, havia a sombra de um riso em seus lábios. Definitivamente estava rindo as minhas custas. Oh vida cruel!

— Que seja – dei de ombros, como se eu não me importasse –, Vai falar o que o traz aqui ou prefere fazer cena? – perguntei de forma direta.

Ele vem a minha casa, me faz eu comer um miojo horrível, encontra-me em vestes de ficar em casa e ainda quer que eu tenha paciência? Eu estou tendo um "faniquito" aqui de curiosidade. Não é possível que tenha vindo até aqui apenas para me gozar, certo?

— Relaxa, almoça em paz, esse "negocio" que você vai comer, pode ficar pior se esfriar – ele cruzou os braços.

— Esse negócio, é uma miojo que ficou assim por sua culpa – acusei.

— Não me culpe por esquecer no fogo.

Resmunguei um "mi, mi, mi", ele riu.

Dei uma garfada em meu triste almoço, o negócio era imaginar que estava comendo algo delicioso. Evitei olhar diretamente para Wagner enquanto comia, com meu olhar periférico percebi que ele estava mexendo em seu celular, o que me deixou mais relaxada, não é legal comer com alguém te encarando.

Quando terminei de comer, me levantei coloquei meu prato na pia, depois a louça e eu teríamos uma conversa séria, agora isso teria que esperar, eu tinha assuntos mais importantes a tratar.

— Então...? – me virei em sua direção, olhando-o séria.

Ele levantou os olhos do celular e sorriu, guardando-o no bolso de sua bermuda. Ah, esse olhar... Demoníaco (se me permite dizer), como esse ser inumanamente lindo pode me olhar assim sem que eu tenha uma mini ataque cardíaco?

Meu coração estava em uma frequência altíssima, minha respiração pesada, minha nossa senhora da bicicletinha, me salva aqui!

— Então, gostaria de falar sobre ontem – ele fez uma pequena pausa, me mantive em silêncio – Sabe? Sobre o beijo, o que você acha que foi aquilo?

Sério que ele está me perguntando isso? O que ele tem na cabeça? Vento?

Senti minhas bochechas esquentarem, me sentia indignada. Quem conversa sobre um beijo? Nos filmes os beijos acontecem, em alguns casos o beijo evolui para o status de "relacionamento" e em outros casos apenas nunca mais se veem ou falam sobre isso.

As pessoas nos filmes falam sobre uma transa, uma gravidez acidental, não sobre beijos. Não quero falar sobre o beijo com ele, esse assunto é quase como falar de sexo com os pais, constrangedor (ou pelo menos com os meus é).

Devo ter levado mais tempo que o normal pensando sobre o assunto, ele estava me olhando com expectativa, ou me considerando uma retardada. Suspirei, resoluta, não poderia fugir disso, então respondi.

— Não sei, se preferir pode dizer que eu bebi demais e "ops aconteceu" – brinquei, tentando parecer desinteressada. Ele caminhou em minha direção, senti certa falta de ar, proximidade... Perigo, perigo!

— Mas eu não quero, que seja apenas um "ops aconteceu" – parou muito próximo, o suficiente para escutar o samba que meu coração estava dançando freneticamente, será que ele conseguia escutar? Colocou suas mãos ao redor da minha cintura, arrepiei, a mão dele estava bem mais quente que a minha cintura que estava sem roupa para protege-la.

Então me puxou para ele, tocando meus lábios com os seus, enlacei seu pescoço com minhas mãos entregando-me completamente a esse momento.

Poxa, se em algum momento suspeitei que o beijo não poderia melhorar, me enganei, porque esse era muito melhor que o anterior, agora mais real.

Mesmo temendo que eu acordaria em minha cama a qualquer minuto e descobriria que esse momento não passara de um sonho, tipo minha mãe me acordando com um "Pegadinha do Malandro", ou algo assim.

Minha mãe não me acordou com esse bordão, mas a campainha tocou, isso bastou para me assustar e tirar-me de meu doce beijo.

Nós nos afastamos, olhei em seus olhos, me sentia assustada, ele deu um sorrisinho, que eu conhecia bem, era o sorriso cafajeste dele. Corri para a sala sem lhe dizer nada, fui atender o portão (praguejando mentalmente).

Tantos dias para parentes ou sabe-se lá quem aparecer, precisava ser agora? Precisava melar minha pegação?

— Ricardo? – perguntei surpresa, ele estava parado no portão sorridente – Que surpresa...

Seu estraga prazeres, pensei.

— Vamos jogar? – perguntou Ricardo indicando sua mochila nas costas — Trouxe meu vídeo game – caminhei até o portão e abri para ele.

— Parece interessante – comentei, tentando parecer normal – Chamaram o Fer?

Puta merda, eu podia estar me agarrando com o gostoso do Wagner, mas agora tenho que fazer sala para... Ah, meu deus, se meus pais me pegarem em casa sozinha com eles serei sepultada.

— Não ninguém chama o Renato, sabe o por quê? Porque esses dois, são dois boiolinhas malditos do inferno – Renato apareceu na minha frente, antes que eu fechasse o portão, fazendo-me dar um pulinho de susto.

— Como soube? – ele entrou sem esperar meu convite, fechei o portão e o olhei.

- Pergunta interessante Sarah, eu estava na janela do quarto da minha mãe, bem entediado por sinal, foi quando vi o Wagner vir nessa direção, achei suspeito e então fui até o portão e fiquei olhando, quando o Rick saiu de dentro da casa com a mochila nas costas, presumi que seria o vídeo game ou algo divertido, assim corri para participar – relatou Renato.

— Renato, você estava nos stalkeando? – Wagner apareceu na porta, perguntando com a sobrancelha erguida.

— Eu? Sempre! – respondeu Renato, descaradamente – Se eu não fizer isso acabarei perdendo toda a diversão.

Rimos dele e entramos em casa.

— Cadê todo mundo, Sá? – perguntou Rick, indo instalar o vídeo game na minha TV.

— Saíram – dei de ombros, Ricardo virou-se bruscamente, olhando de mim para Wagner. Não parecia nada satisfeito.

— Vamos matar uns zumbis hoje – gritou Renato animado estalando os dedos.

— Eu já volto – anunciei, pegando o telefone sem fio e saindo da sala.

Liguei imediatamente para a Débora, esperei ela atender.

"Alô?"- ela atendeu.

— Débora, tem como voltar para casa? – perguntei baixinho.

"Eu estou fazendo trabalho" – respondeu entediada.

— Eu sei, acontece que a galera toda baixou aqui em casa, do nada e se a mãe chegar... Bom, se me encontrar com três garotos aqui, ela vai arrancar meu couro e fazer uma bolsa com ele.

"Nossa, ela vai pensar que você irá se tornar uma estrela de filmes pornô" – riu Débora.

— Ainda sou muito jovem para virar uma bolsa, vem logo vai, a mãe é meio sem noção, não duvido nada que ela pense besteiras – implorei.

"Ok, vou continuar fazendo meu trabalho aí em casa" – informou.

— Obrigada Deby, você arrasa!

"Eu sei, até já" – falou antes de desligar o telefone.

Voltei à sala e Renato estava sentando no sofá de três lugares, feliz jogando sozinho, enquanto Wagner e Ricardo estavam conversando seriamente em um canto, ao me ver eles se entre olharam, Ricardo, sorriu para mim.

Me sentei no sofá de dois lugares, tentei prestar atenção no jogo e nas gracinhas do Renato, mas não conseguia realmente me concentrar, o que diabos eles falavam tão seriamente?

Wagner sentou ao meu lado, fingi que nada estava acontecendo, como sua presença não me abalasse, será que eu estava sendo convincente?

O que eu e Wagner tínhamos afinal? Nós dos beijamos duas vezes, estamos ficando? Ou foi apenas curtição?

Devo admitir que eu curti bastante e se for apenas curtição... Não sei se me importaria de curtir de novo...

Ricardo sentou-se ao meu outro lado no braço do sofá, lançando olhares sérios... Ótimo! Agora o Ricardo está agindo de forma estranha, primeiro a conversa e agora isso? O que diabos está acontecendo? Pelo menos o Renato além de parecer normal parece que não percebeu que os dois estão estranhos. Ricardo sentou

— Morre Zumbi do inferno! – gritou Renato feliz e então olhou em nossa direção – O que tem esse sofá? Não querem ficar perto de mim é? Eu tomei banho, eu sou limpinho – reclamou Renato.

— Não sei, acho que o Ricardo quer ficar perto do Wag – brinquei, me levantando, caminhei até o outro sofá e sentei ao lado do Renato – Minha vez?

— Vai matando aí – Renato me entregou o controle.

Ele se jogou no meio dos dois e os abraçou.

— Pronto! Tem Renato para os dois – Renato gargalhou.

— Não quero seu abraço – Wagner riu.

— E daí? Desde quando me importo?

Wagner levantou-se e voltou a sentar ao meu lado, meu coração voltou a sambar em meu peito, fingi que estava prestando atenção no jogo, ele me puxou para os seus braços.

— Eu só quero o abraço dela – ele falou me envolvendo em seus braços.

Deixei o controle cair no chão de surpresa, minha respiração voltou a ficar pesada, Renato gritou.

— Nãooo! Porra Sarah! Além de derrubar o controle agora fomos mordidos por zumbis e perdemos o jogo – reclamou Renato, ele pegou o controle e assumiu o jogo.

— Então, Wagner, está carente? – perguntou Ricardo com sarcasmo.

Ok, essa era uma resposta que eu morreria para escutar, porem antes que pudesse reagir, Débora entrou seguida de Taty.

— Trouxemos salgadinho para animar essa festa – anunciou Taty.

— Oba! Eu acabei de almoçar, mas sempre tem espaço para um salgadinho – declarou Renato feliz.

Me desvencilhei dos braços do Wagner, levantei juntando-me a minha irmã e Taty, que discretamente estava perguntando "O que diabos está rolando aqui?", obvio que haviam me visto nos braços do Wagner e até eu que sou mais boba ia querer entender essa "zoeira".

Na verdade eu mesma não sabia bem o que havia entre eu e ele, se estava dando mole para mim ou isso era algum tipo de brincadeira de mal gosto, podia afirmar apenas que aconteceram dois beijos e essa pequena demonstração de afeto (que na minha humilde opinião parecia bem promissora).

Não tive oportunidade de falar a sós nem com minhas amigas, muito menos com o Wagner, estivemos ocupados em conversas divertidas, sobre amenidades, o que tornou o restante do dia bem divertido.

Se eu pensava que o Ricardo estava agindo estranho comigo, bom, parece que ele melhorou depois que conheceu a Taty, pois engatou animada conversa com ela. Se por um acaso de destino ele se sentiu atraído por mim (o que é bem pouco provável), me esqueceu realmente rápido (esse não dorme no ponto), pena que a Taty jamais o levaria a sério, eu a conhecia bem, no máximo ia manter o iludido garoto no "banho maria".

Débora acabou não mexendo em seu trabalho, pelo contrário passou o tempo todo jogando com Renato, Wagner ainda fazia questão de ficar ao meu lado e tocar em meu braço sempre que possível (me fazendo sempre arrepiar).

Meus pais chegaram, minha mãe foi direto cumprimentar o Renato, ela o adorava, talvez porque eles tinham uns pensamentos bem similares, quanto a economias. Aproximadamente uns dez minutos depois da chegada dos meus pais, os meninos resolveram que era hora de ir embora.

Abrimos o portão para que eles fossem, me despedi do Renato e do Ricardo, mas na hora da despedida com Wagner, ele me puxou para os seus braços, beijando-me nos lábios, sem se importar que estávamos diante de todos nossos amigos.

Minha cabeça estava rodando, era bom demais para ser verdade, estava mesmo acontecendo?

Quem se importa? É como dizem, quando está no inferno, abraça o capeta, porém não basta apenas abraçar, você precisa dançar salsa com ele. Envolvi seu pescoço com meus braços, retribuindo o beijo com vigor. Fazer o que, se era tão bom beijar ele?

Nos separamos depois de um pigarro de algum dos nossos amigos, me senti um pouco envergonhada.

— Não tivemos muito tempo para conversar a sós – murmurou – Amanhã, faremos isso – beijou minha testa.

— Ok! – sussurrei tolamente, estava me sentindo nas nuvens, como se tivesse sob efeito de algum tipo de droga, não que eu saiba a sensação, mas sempre imaginei que fosse isso, algo meio "entorpecida".

Ele virou-se para ir embora, Renato correu para juntar-se a ele, enquanto Ricardo virou-se em direção oposta, indo para a sua casa com olhar carrancudo.

Levei os dedos aos meus lábios, ainda com uma sensação de dormência, era como se eles sentissem saudades da boca do Wagner.

Taty e Debora me empurraram para dentro, mas eu ainda me sentia em estado de feliz "entorpecencia".

Quando entramos, meu pai havia assumido o computador da casa, para jogar paciência, enquanto minha mãe assistia fofocas na TV.

— O que vamos jantar? – perguntou minha mãe, preguiçosamente deitada no sofá.

— Já faremos um macarrão – anunciou Débora, enquanto me empurrava para o corredor em direção as escadas com Taty.

— Seu pai não gosta de macarrão – lembrou minha mãe, ela falava alto para que escutássemos da escada, já que continuava jogada no sofé.

— Não, Denise, está tudo bem. Comerei isso mesmo, qualquer coisa está bom – escutei a voz do meu pai, vinda do andar de baixo.

Me empurraram para dentro do quarto da Débora, me olhando cheias de curiosidade.

— Conta tudo, não nos esconda nada! – intimou Taty, se jogando na cama da Débora.

— Contar o que? Estou tão surpresa, quanto vocês – resmunguei.

Bem que queria entender esse surto do Wagner, mas parece que quanto mais eu tento entende-lo, mais frustrada me torno.

— Como assim? Ele apenas te beijou do nada? – perguntou Débora.

— Bom, não foi bem do nada, ele agiu estranho a tarde toda – contei.

Fui assolada pela lembrança de todas as vezes que ele não se importou quando nossos braços se tocaram, como se fosse proposital aquele toque, os olhares que trocamos essa tarde, aqueles que faziam meu coração quase saltar pela boca.

—Reparei nisso, ele parecia... Atencioso, ficou te olhando o tempo todo – refletiu Taty.

— Ele murmurou algo para você depois do beijo, o que ele disse? – sondou Débora.

— Nada demais, apenas que iremos conversar amanhã – suspirei.

— Minha nossinha, Taty sabe o que isso significa? – Débora parecia animadíssima, Taty sorriu para ela.

— Simmm – Taty deu gritinhos e se agitou animada – Sarah, já para o banho e lava essa porcaria que você chama de cabelo, vamos dar um jeito em tudo.

— Ei! Mais respeito com o meu cabelo, é o único que eu tenho – brinquei, fingindo de ofendida.

— Apenas vá! – mandou Débora –Vou lá fazer o jantar, enquanto a Taty dará um jeito no seu cabelo.

— Lutarei bravamente – zombou Taty, lhe dei um tapa de brincadeira no braço – Ai sua vadia! Vai logo lavar, esse "mutufo" – Taty me bateu com uma almofada, deixei o quarto rindo.

Caminhei para o banheiro, elas sempre me alegravam de uma forma incrível. "Mutufo" era algo do vocabulário próprio de Taty e Débora, não existe a palavra, mas elas usam para referir-se a cabelo zoado.

Enquanto a água quente caía sobre mim, percebi que meu coração disparava apenas de pensar em tudo que aconteceu entre Wagner e eu, agora que ele estava na casa dele, tudo parecia tão... Irreal, apenas fruto da minha imaginação muito fértil.

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