Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

5 - Noite "Cazamiga".


Status: Animada!

Horário: O melhor de todos a noite!

Vestuário: Jeans, uma blusinha preta, decotada com tiras grossas nas costas e alças finas, ou seja, vestida para matar (nem que seja de rir).

Cabelo: Solto e tentando controlar o volume.

Local: No bar cazamiga, aí sim!

Era sexta à noite, estávamos eu, Taty e Débora na mesa de um barzinho que tinha perto da faculdade onde Débora e Taty estudavam, os cursos eram diferentes, enquanto Débora estava na administração, Taty cursava pedagogia.

O aniversário de Alice foi uma grande porcaria (como o esperado), porque eu fui obrigada a ir? Minha família ficou o tempo todo com aquele tipo de comentário infeliz "cadê o namorado?". Eu nunca entendi essa obsessão por namorados, se você tem namorado muito cedo, eles reclamam, se você não o tem, eles reclamam do mesmo jeito, é possível entender?

Sempre tive sentimentos controversos a esse respeito, parte de mim queria muito um namorado, e a outra parte estava bem assim, quero dizer, vamos aos prós e contras:

Prós => Presentes em datas como, aniversários, dia dos namorados e natal. Sem contar o contato físico, beijos, caricias e abraços. Exibir para as amigas e fazer inveja para as solteiras.

Contras => Falta de liberdade, homens costumam ser problemáticos, são lentos e meio burros, é simplesmente um absurdo eles não entenderem aquele nosso "não" que na verdade quer dizer "sim".

Talvez os prós sejam bem mais atrativos, mas outra coisa que mexe com meu psicológico, é "apresentar a família", sério não tem nada mais bizarro e incomum que a minha família, minha mãe louca por economia, meu pai faz o tipo "militar", ele apavora namorados (é sério, eu já vi isso acontecer com Alice) e minha avó... Bom ela é uma pessoa, peculiar, digamos assim. Apresentar para família foi o único motivo que sempre me assustou o suficiente para não me importar com minha solteirice.

Ainda me arrepios com as histórias de quando Alice levou o primeiro namorado em casa (eu era uma criança, obviamente já que minha irmã era bem precoce, ela tinha doze anos), meu pai passou "o senhor dos sermões" no rapaz. Por esse motivo o assunto "namorado", me causa arrepios.

Olhei ao redor, nenhum dos homens nas mesas me interessava. Fazia três meses que eu estava na escola nova e graças a Renato e Ricardo, já me sentia completamente adaptada. Wagner insistia em me irritar por qualquer coisa, acho que aquele meu amor platônico por ele se tornou birra, pelo menos não me sinto tão nervosa mais perto dele, consigo manter uma conversa amigável e discutir com ele numa boa, porém, mesmo não querendo eu ainda ficava pensando nele, quando ele jogava basquete sem camiseta era algo do outro mundo!

Não que ele tivesse o físico de um Vin Diesel (coitado, está bem longe disso), mas ele tinha braços bem maiores que a média de garotos magrelos da minha escola, nem gordo ou magro, também não definido, mas bom... Bem bom para os olhos.

— Eu quero conhecer ele – falou Taty me tirando de meus devaneios sobre Wagner sem camisa, ela encheu sua caneca de cerveja e completou a minha.

— Ele quem? – perguntei desinteressada pegando minha caneca e bebericando.

— O Wagner, quem mais? – Taty riu, Débora apenas nos observava.

— Posso saber qual o motivo desse interesse repentino? – questionei.

— Repentino? – ela me olhou incrédula - Isso é piada? Você só fala dele a meses Sá – virou sua caneca, dando grandes goladas.

— Que absurdo, até parece! – exclamei, senti minhas bochechas esquentarem.

— Isso, porque a Taty não viu como você fala dele em casa para mim – contribuiu Débora, rindo.

O que é isso? Motim? Débora sua Judas!

— Quero ver se ele é tão lindo assim – Taty cruzou os braços e me olhou com um sorrisinho. Virei o rosto para o lado.

— Ele é... Bonito, sabe como é, nada de mais – dei de ombros tentando parecer casual - Mas é só um bom amigo. E tem mais, eu falo dele porque ele é irritante, desagradável, babaca e várias outras coisas, bem ruins – ao terminar de falar, bebi todo o conteúdo da minha caneca, percebi que não foi boa ideia, pois senti minha visão meio turva, a velha sensação do álcool agindo.

Que coisa mais chata, o que vai mudar se ele é ou não bonito? Se eu me sinto uma gelatina perto dele ou não? Francamente, não é como se isso mudasse algo e ele se interessasse por mim.

— Lindo e gostoso está na lista também? Não vi você citar – brincou Taty. Ela tinha cabelos louros, olhos verdes, ela era bem bonita.

— Pelo que sei ele é o mais afastado dos seus amigos, não custaria nada dar uns "pegas" nele – disse Débora rindo.

— Ele não está interessado em mim – eu resmunguei servindo-me de mais cerveja. Eu não gostava de beber cerveja, eu gostava mesmo de bebidas doces, destilados, drinks, mas isso tudo era muito caro, então eu tinha que beber o que estava à mão.

— Hm, ele não está... E quanto a você? – indagou Débora inocentemente, pisquei algumas vezes e não respondi.

— Depois que ele te ver em sua versão "vestida para matar", aposto que mudará de opinião– brincou Taty.

— Vestida para matar? Ora, não seja boba, só se for de rir – acrescentei auto depreciativamente.

— Não fale assim, você é linda Sá – disse Débora séria.

— Linda? Talvez depois de uma transfusão de alma, e veja bem que será para o corpo de uma atriz famosa – rolei os olhos e elas gargalharam, bebi mais um pouco.

— Não seja ridícula, eu ainda quero conhecer o tal "Waglicia", eu proponho um brinde –Taty ergueu sua caneca, Débora encheu na dela e ergueu também.

— Brinde a que? – perguntei completando a minha.

— Ao seu amigo gostosinho, que a saúde esteja sempre com ele – ela riu dando ênfase no saúde, nós brindamos dando um grande gole.

— Você é muito boba, Taty – comentei rindo.

— Já sei! Jogo da verdade – gritou Taty batendo na mesa, nem reparei se alguém olhou para nós.

— Oh, não! – exclamei rindo.

— Ah, sim! – retrucou Débora dando um grande gole.

— Xô mal humor, Sarah, você pegaria o Wagner? – perguntou Taty.

— Bom, eu acho que não pensaria duas vezes – respondi rindo.

— Aí que fofo! Sagner? – brincou Débora.

— Que merda é essa? – questionei.

— O nome dos filhos, Sagner e Wanah – respondeu Taty engasgando de rir, rolei os olhos.

— Ele nem gosta de mim – dei de ombros.

— Impossível não gostar! Sabe o que faremos? Vamos convidar ele para uma balada – sugeriu Taty animada.

— Não estou afim de ver ele ficar com outras na minha frente, já basta na escola – me sentia deprimida sempre que ele pegava a Babi ou qualquer outra, o bom é que nos últimos dois meses ele não tem feito isso, pelo menos não na minha frente.

— Se ele ficar, chuto o saco dele – afirmou Débora, não pude deixar de quase engasgar com a gargalhada de soltei.

— Mas agora mudando de assunto... Senhor! O que é isso? Esse lugar está infestado de "pébas" – comentou Taty.

Péba, eu não sei bem de onde surgiu, não sei nem se em algum lugar essa palavra existe, mas para Taty significava que só tinha homem feio ao nosso redor.

— Verdade, vamos pagar a conta e voltar para casa, para ver homem feio eu fico no bairro mesmo – reclamou Débora.

— Vou ao banheiro – anunciei, me levantei, esvaziei minha caneca e caminhei em direção ao banheiro.

Fui ao banheiro e quando fui lavar as mãos me olhei no espelho, o lápis de olho estava ok. Não costumava usar mais do que isso porque eu tinha alergia a maquiagem e as antialérgicas são caras, logo, não possuo, embora nunca tenha me incomodado de verdade com isso.

Saí do banheiro e Débora estava sozinha, me aproximei dela e ela rolou os olhos para mim.

— Onde está a Taty? – perguntei.

— Ela está alí, beijando o rapaz que antes ela disse que era um "péba" – Débora deu de ombros.

— Que coisa, não? – nós duas rimos.

Taty não era uma pessoa muito seletiva, para ela caiu na rede é peixe, Débora era ainda mais seletiva.

— Então quando você vai fazer trabalho com seu amigo Wagner? – ela perguntou tentando parecer casual, bufei.

— Não sei Deby, que obsessão – reclamei, fazendo-a rir.

Esperamos a Taty terminar de beijar o novo "peguete", para voltarmos juntas para casa, pegamos um ônibus, Taty não morava no mesmo bairro que nós então quando descemos ela acenou alegremente para nós e continuou seu caminho.

— Como se sente? – perguntou Débora.

— Bem, já passou quase toda a bebedeira – respondi.

— Perfeito, assim passamos despercebidas pela mãe.

Caminhamos pela rua, Débora estava se queixando do chefe dela no serviço e eu dei uma olhada para a casa do Wagner, era uma casa bonita no começo da rua, grande e estava iluminada.

— Ele mora aqui? – quis saber, mas sua pergunta foi alta demais pro meu gosto.

— Fala baixo, saco! – resmunguei, ela apenas riu.

— Quase vizinho nosso – comentou assentindo com a cabeça despreocupadamente.

— Você não perde nada, em?

— Faz parte do meu trabalho como irmã mais velha – deu de ombros.

— Irmã mala! – bufei.

Chegamos em casa e minha mãe estava jogando paciência no computador, enquanto meu pai estava vendo um filme velho na TV ("Máquina mortífera" sei lá qual número, sele adora esse série).

Eles nos cumprimentaram e nós passamos para os nossos quartos, me despedi da minha irmã quando terminamos de subir as escadas e fui direto para o meu quarto. Assim que entrei joguei meu celular na cama e fui tirar essa roupa desconfortável. Liguei o rádio enquanto vestia o pijama, me larguei na cama e peguei meu celular para desligar o despertador, eu não estava disposta a acordar cedo em pleno sábado.

Haviam mensagens na caixa de entrada, eu fui ver se eram da operadora cobrando que eu colocasse mais créditos. Para a minha surpresa não eram mensagens da operadora e sim mensagem dos meus amigos, achei estranho Wagner também ter me enviado mensagem. Lógico que eu abri primeiro as dele.

"Se você tivesse tecnologia suficiente estaria no grupo e poderíamos saber se você vai amanhã? Minha casa às duas da tarde! Ass – Wagner"

Nossa que decepção, mas o que eu esperava? Alguma mensagem romântica? Fazer o que na casa dele?

Abri a mensagem do Renato.

"Vamos jogar na casa do puto do Wagner? Vamos? Vamos? Vamos? Vai? Beleza eu vou aí te buscar de qualquer forma kkkk bjunda Renato"

Eu não pude deixar de rir o Renato era muito engraçado, abri a mensagem do Ricardo.

"Oi Sá! Vamos amanhã na casa do Wag? Vamos jogar e falar merda (afinal você conhece o Renato), espero que você possa ir. P.S: almoce primeiro, porque o Wagner é um bundão e nunca tem o que comer lá, beijos Rick"

Olhei o meu saldo e eu tinha o suficiente para uma mensagem apenas, eu escolhi um deles e respondi.

"Pode ser, eu apareço aí, avise os outros, por favor. Eu estou com poucos créditos" respondi e enviei. Senti meu coração acelerado, eu escolhi responder para o Wagner, claro que seria ele! Quando meu celular vibrou eu quase dei pulinhos.

"Vou avisar ;) até amanhã! Bjo" – ele respondeu e eu fiquei igual uma boba olhando a mensagem. Me senti nervosa, o que eu ia vestir? Eu não poderia ousar demais no look, afinal teria o Renato e o Ricardo também, eu não queria chamar a atenção deles, eu queria...

Ah, se ferrar Sarah deixa de ser imbecil! – ralhei comigo mesma - O Wagner te acha uma amiga legal, vista algo confortável e pronto.

Me deitei para dormir, simples assim. Por que tanta produção? Não faria qualquer diferença, certo? Certo!

Eu fiquei me revirando na cama até pegar no sono, sabe aquela sensação de ansiedade quando você fará algo importante? Então era assim que me sentia, mas nem é algo importante, apenas durma!

Quando finalmente peguei no sono dormi profundamente e acordei com um berro da minha mãe.

— SARAH, DÉBORA, ESTÁ NA HORA, ACORDEM! – gritou, apenas me virei na cama.

Quando ela gritou pela terceira vez e ameaçou subir, resolvi levantar, minha mãe sabe ser persuasiva. Fui para o banheiro, escovei os dentes e me olhei no espelho, meu cabelo estava para cima, dei de ombros, esse era praticamente o estado normal dele, encontrei Débora na porta, ela ocupou o espaço assim que o deixei.

Voltei ao meu quarto, prendi meu cabelo, então me perguntei "o que eu devo vestir?".

Algo para ficar em casa ou devo ficar pronta para sair?

Porque são coisas completamente diferentes, como água e vinho, por exemplo para ficar em casa você escolhe os modelitos mais pitorescos do guarda-roupas, como aquela camiseta que é tão confortável que parece que você não está usando nada, porém tem mais furos que uma peneira, um short furado, ou se estiver frio aquele moletom que um dia (em um passado distante) teve uma cor, mas agora ele adquiriu um tom que você saberia distinguir, sem contar que para completar esse look você usa o bom e velho chinelo (no frio você usa aquela havaianas com meias, clássica!).

Já para sair a coisa muda completamente de figura, porque o look é elaborado, não pode ter furos na sua roupa. Aliás a roupa de sair que ficou velha e ganhou um furo, vira sua roupa de ficar em casa (na maior parte das vezes).

Abri a janela do meu quarto e olhei para fora, era um dia agradável, estava sol olhei no relógio, eram nove horas, então faria calor. Resolvi vestir um jeans mesmo assim, vesti uma camisetinha preta regata de alças grossas (preto porque se eu me sujar dá para remediar), o tênis e saí do meu quarto, desci as escadas e me dirigi para a cozinha, minha mãe me olhou.

— Vai sair? – ela perguntou com a sobrancelha erguida, lembra quando eu falei da roupa de ficar em casa? Minha mãe usava um modelo clássico, era um vestido enorme, feio e florido, com selo de "100% confortável".

— Vou, depois do almoço vou na casa dos meus amigos aqui da rua – falei como se não fosse grande coisa, me sentei à mesa, pegando o saco de pães.

— Nem pensar você tem que ajudar, vamos limpar a casa – anunciou brava.

— Mas... Vou fazer um trabalho de escola – menti tentando fazer cara de inocente.

— Ah! Então tudo bem – deu de ombros e voltou sua atenção para o fogão - Vai querer um ovo frito? – perguntou ela.

— Claro! – respondi, ela foi até a geladeira pegar mais ovos.

Ovo frito, mil formas de fazer e comer, um clássico da culinária pobre, um dos meus preferidos.

— Vai encontrar aquele seu amigo, o altão? – questionou minha mãe.

— O Renato, sim – respondi.

— Gosto desse rapaz – comentou e eu revirei os olhos, claro que ela gostava, eles tinham alguns pensamentos semelhantes em economia doméstica.

Resolvi não falar nada, Débora entrou na cozinha.

— Eu quero! – anunciou Débora referindo-se ao ovo – E o pai? – perguntou sentando de frente para mim.

— Ele foi na jogar bola – minha mãe deu de ombros.

— Bom dia a todas – disse minha avó entrando pela porta da cozinha.

— Bom dia vó – respondeu Débora, toda sorridente para a minha avó.

Quando nós nos mudamos, minha mãe comprou uma casa que tinha uma pequena casa nos fundos, onde minha avó morava.

— Nossa, vai sair? – perguntou minha avó me olhando, com aqueles olhos invejavelmente verdes. Minha avó tinha cabelos tingidos de loiro, era baixa, magra e tinha um olhar tão frio que era capaz de congelar o Nordeste (exageros à parte).

— Vou fazer trabalho com uns amigos – mantive minha mentira, Débora sorriu para mim.

— Trabalho, sei bem que trabalho é esse – comentou minha avó de forma maldosa.

Lembra que mencionei sua peculiaridade? Bem, vamos imaginar assim, sabe aquela visão da avó que é boazinha, faz doces para você, que é legal e etc?

Essa não é a minha avó, porque ela é uma senhora amarga e desagradável. Minhas antigas amigas falavam "você é má de falar assim da sua avó, ela é tão boazinha", quando eu dizia que minha avó era venenosa, mas isso porque elas não sabiam o que minha avó falava delas quando elas saiam da minha casa. Minha avó não tinha sangue nas veias e sim veneno.

— Mãe! – disse minha mãe.

— Se eu fosse você, ficava de olho nessa menina, se não ela vai ser uma perdida na vida. É como eu sempre digo "diga-me com quem andas, e eu te direi quem és" – citou minha avó com desdém, me olhando com aquele olhar afiado.

— Vamos ao shopping depois do almoço? Soube de algumas lojas novas que abriram, incluindo uma perfumaria fantástica! – Débora desviou o assunto rapidamente.

— Eu vi, eu gostaria de ir lá, adoro essas coisas – distraiu-se minha avó.

Minha mãe colocou nosso café da manhã à mesa e entrou na conversa, elas conversaram animadamente sobre a perfumaria nova, mas apenas quando minha mãe começou a falar mal dos familiares (que eu mal me lembrava deles) com a minha avó é que o assunto sobre mim realmente foi esquecido.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro