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4 - Pão, mortadela e suco de saquinho sabor limão.

Se minha vida pudesse ter um título, seria "Mancadas do destino".

A aula foi bem desinteressante, mas eu tomei nota quase até da quantidade de bocejos do professor. Era hora do intervalo e eu me senti apreensiva, eu não tinha para onde ir, ou com quem ficar. Por um momento pensei em ficar na sala sozinha.

— Ei Sarah, chega aí – chamou Renato, me convidando para ficar com ele e seu amigo bonitão.

Obvio que eu aceitaria, só se eu fosse muito trouxa para não aceitar. Sorri, correndo para alcançar seu pequeno grupo.

— Obrigada, estou meio deslocada, sabe como é – comentei, escutei Wagner rir.

— Ei nós vamos jogar vídeo game na minha casa depois da aula, quer ir? – perguntou Renato, eu nunca havia sido convidada para algo assim, fiquei surpresa.

— Parece legal – respondi -, mas vão jogar o que? – Renato era uma pessoa divertida fácil de lidar, eu evitava olhar para o Wagner, ele me deixava muito desconfortável.

Toda vez que olhava para ele meu coração parecia prestes a sair dançando axé por aí, e Deus me livre ele fazer isso, que coisa!

Por sorte, ele parecia bem mais interessado em olhar ao redor.

— Eu tenho vários jogos, deixo você escolher um – disse Renato, animado.

— Nossa, verdade? Estou acostumada com aventuras – comentei.

— Nah! Aventuras não são boas para jogar em grupo, podemos fazer miséria no GTA.

— GTA? Aquele de atropelar as pessoas, assaltar e todas essas coisas? – indaguei animada.

— Você é algum tipo de psicopata? – brincou Renato.

— Não! Claro que não – me apressei a dizer.

— Era brincadeira! Mario muito loco – ele sorriu.

— Fato! Adoro esse, e modéstia parte eu sou muito boa em Mario Kart – estava me sentindo um pouco cheia de mim.

— Bem presunçosa, a garota nova – comentou Wagner, eu corei.

— Vamos lá pra casa e você escolhe um jogo – agitou Renato.

— Preciso pedir para a minha mãe – já estava me sentindo infeliz.

— Pede lá rapidão, sei que vai ser legal, terá refrigerante, pão com mortadela e diversão – falou Renato, eu gargalhei.

— Pão com mortadela, Ren, sério? – perguntou Wagner atônito.

— O que? Vai dizer que não gosta de uma mortadela? – a pergunta de Renato me fez vagar, acho que ele se daria muito bem com a minha mãe.

Wagner deu um sorrisinho malicioso.

— Só se estiver inteira! – brincou Wagner.

— Quer saber? Deixa para lá, Sarah, hoje o Wag será meu, vem cá seu delícia – Renato aproximou-se de Wagner, eu parei de rir e os olhei erguendo uma sobrancelha.

— Vocês são gays? – puxa, o sapo jogava no mesmo time que eu? Não que isso mudasse alguma coisa. Os dois me olharam gargalhando.

— Nosso caso é algo que você não entenderia – respondeu Wagner rindo.

— Se foder Wagner, ela vai acreditar nessa merda – disse Renato saindo de perto dele, Wagner se dobrou rindo.

— Não somos gays Sarah – respondeu Wagner, ao recuperar-se.

— Bom, eu não sou, mas o Wagner...- Renato e ele gargalharam, não estava entendendo mais nada.

— Opa! A Babi está acenando para mim, já volto – Wagner saiu correndo na direção da loira, deixando-me sozinha com o Renato.

— Ei me passa seu contato – pediu Renato e eu corei, meu celular era quase da era jurássica!

— Eu não tenho nada muito moderno, sabe? – ele ficou me olhando como um bobo, acho que ele não entendeu, eu suspirei e mostrei a ele meu celular.

— Affe! Já pensou em trocar de celular?

— Sim, mas falta a verba e eu não ligo muito para essas coisas – dei de ombros.

Passamos o restante do intervalo conversando, era impressionante a quantidade de merda que ele conseguia falar. Esse intervalo me mostrou que era muito mais divertido ter amigos homens do que eu pensei, pelo menos com minhas amigas (ou as que eu pensava que eram minhas amigas), nunca tivemos interesses em comum.

Quanto a Wagner... Bem ele também gostava de quase tudo que eu gostava, mas ele era um sonho distante, ele estava mais interessado na loira alta do que em mim, mediana e sem graça demais para seu bom gosto.

O sinal tocou e voltamos para nossas aulas, fiz o meu máximo para me concentrar nas aulas, mesmo sendo difícil, era o que eu precisava fazer.

No fim das aulas (finalmente), saí da sala e Renato veio correndo em minha direção.

— Já ligou? Pediu? Podemos ir? – ele perguntou impaciente.

— Adivinha só, Ren? O Rick vai aparecer lá depois – anunciou Wagner juntando-se a nós, olhando para seu celular.

Eu gostaria de entender o que o Wagner tinha com a tal "Babi", aliás o apelido "Babi" me soava engraçado, porque a minha tia, tinha uma cachorra que se chamava babi, mas hoje em dia as pessoas colocam nome de pessoas em seus animais, minha vizinha tem um cachorro que se chama "Bernardo", nada contra o apelido, é apenas um fato verídico, o que posso fazer se os nomes como "rex" e "fifi" não são mais os preferidos?

— Vamos, Sarah, vai ser legal – Renato cutucou meu braço.

Eu detestava ser cutucada ou tocada, sempre considerei essas coisas intimas demais e dava a entender coisas erradas. De forma alguma eu queria que Renato pensasse que eu queria algo com ele, ele era um bom amigo e ponto final.

— Muita calma nessa hora – me afastei um pouco e saquei meu "jurassic fone".

— Nossa, você roubou seu celular de algum museu? – perguntou Wagner, olhei feio para ele o que o fez rir.

Me afastei deles e fiz a ligação que por tanto tempo temi (dramaticamente falando, afinal foram apenas algumas horas de apreensão), liguei em casa. Minha mãe atendeu com uma voz de quem acabou de acordar.

— Mãe? Nossa que bom que atendeu – falei, ela fez um resmungo – Então, eu fiz uns amigos, e eles me chamaram para ir na casa deles, vamos fazer um trabalho – menti.

Era apenas uma mentirinha de nada, não estava indo beber ou me drogar.

"OK, esteja em casa por volta das sete" – ela respondeu.

— Beleza, sem problemas! Até mais tarde – desliguei o celular, me sentindo feliz.

Eu menti, e sei que vou para o inferno por isso, mas se eu falasse que eu iria com uns amigos jogar vídeo game, ela viria me dizer "não, você tem que lavar a louça", ou então "Você tem que estudar", mesmo que eu jamais fosse fazer isso em casa.

Poderia dizer também que eu nem os conhecia, que era perigoso, e todo esse blábláblá minha mãe era aquele tipo de mulher que gostava de assistir aqueles programas sensacionalistas de tragédias e dizer que estava vendo "o repórter", então tudo para ela eu seria morta ou pior. Mas era só jogar vídeo game não estava indo para uma orgia.

Corri até onde Wagner estava com Renato, parei diante deles ofegante (porque eu simplesmente odeio esporte e sou o ser mais sedentário da face da terra), eles me olharam.

— Então? – quis saber Renato.

— Tudo certo – fiz um "joinha" para ele.

— Beleza, bora então – animou-se Renato.

— Vão indo, vou dar tchau para a Babi – disse Wagner sorridente, ele saiu em direção aquela lambisgoia e eu saí com o Renato.

— Então Ren, qual é a do Wagner e essa Babi? – perguntei tentando não parecer interessada.

— Sei lá! Por que? Está no time que acha ele um gato? – questionou Renato, enquanto andávamos, eu corei.

— Quê? Claro que não! Ele é um babaca isso sim, sabe o que ele fez hoje? – precisava distraí-lo, jamais dar o braço a torcer de que eu me interessava pelo Wagner.

— Sou um babaca, é?

Sabe aquelas cenas de filmes, que a personagem principal está falando mal de alguém e esse alguém aparece bem ás suas costas, achando tudo "divino"? Estava acontecendo comigo agora!

A voz de Wagner vinha ás minhas costas. Podia ser pior? Queria que o mundo acabasse agora e a terra me engolisse, ou então ser um avestruz e esconder a cara no chão. Ambas pareciam boas opções.

— Você derrubou minhas coisas no chão e disse "Foi mal", em outras palavras, um babaca – dei de ombros, lá se foram minhas chances que antes já não estavam ali, agora eram impossíveis.

Já podia imaginar, agora Renato ficaria do lado do amigo, eu iria para casa triste e sem contatos, amanhã seria completamente isolada e infeliz. Para meu espanto, Renato reagiu completamente diferente do que imaginei.

— Wagner, seu animal! Seu babaca! Seu traste! Se mata – agitou Renato, rindo.

— O que você queria? Que eu abaixasse e pegasse para você? – perguntou Wagner, atônito.

— Quem derrubou? Eu ou você? – o enfrentei, percebi que já o considerava em um nível de amizade aceitável para enfrenta-lo em uma discussão, até porque a teimosia sempre ganha a timidez, no meu caso.

— Wagner seu merda, nem para pegar as coisas da menina, seu porcaria! – continuou instigando Renato.

— Eram as suas coisas ou as minhas? – retrucou Wagner.

— Quem derrubou? – voltei a perguntar.

— Viu Wagner? Seu ogro! – disse Renato.

— Eu não a vi, esbarrei em você – defendeu-se.

— Não presta atenção por onde anda? Quer dizer que não deve atravessa a rua, porque o risco de ser atropelado é muito grande – havia acidez em minha voz.

— TOMA! – falou Renato e nessa hora eu e Wagner nos irritamos.

— Chega Renato! – gritamos para Renato ao mesmo tempo, nós três começamos a rir.

Caminhamos até o ponto de ônibus, Wagner e eu, não estávamos mais falando sobre o incidente, descobri que eles moravam na mesma rua que eu, assim eu poderia ter companhia para ir e voltar todos os dias, também descobri que eles e o outro amigo deles o "Rick" como eles o chamavam, gostavam muito de basquete, Renato estava jogando em um time semiprofissional, Wagner jogava apenas por esporte mesmo.

— Gosta de basquete? – perguntou Renato animadamente.

— Não, na verdade eu não gosto de esportes, eu não nasci para eles, sou péssima que qualquer esporte que envolva uma bola – comentei e eles riram.

— Vamos ensinar você a jogar basquete – anunciou Renato.

— Não sei se será uma boa ideia – muito além do meu sedentarismo, eu detestava jogos com bolas.

Aliás detestar é uma palavra muito fraca, eu tinha trauma! Já havia levado muitas boladas na cara, agora eu tinha fugia das bolas como o diabo foge da cruz. Motivo esse que me fazia ser sempre a última escolhida do time, exatamente a peça que os colegas não têm como escapar.

— Relaxa Sarah, será legal – Wagner sorriu para mim, não respondi, seu sorriso me dava coisa!

Meu silêncio deu espaço para eles discutirem sobre um jogo que estavam jogando.

Quando chegamos na casa do Renato, fiquei feliz que a casa dele era parecida com a minha no quesito caos. Renato tinha um irmão mais novo, o qual ele gostava de pentelhar. A mãe de Renato era muito gentil, ela nos serviu suco de saquinho sabor limão.

Então fomos ao supermercado para comprar algo para comer (que foi realmente pão e mortadela, ele não estava brincando quando disse isso), Renato me lembrava minha mãe com sua mania de "é barato, é bom", Wagner era do tipo fresco, isso os fazia discutir, eu me mantive neutra e sempre que perguntavam minha opinião, me mantinha no "tanto faz".

Voltamos para casa e eles começaram a maratona de jogos, eu estava assistindo Renato e Wagner se matarem em um jogo de luta, quando chegou o tal "Rick".

— Senta aí – disse Renato para o novo convidado, sem tirar os olhos da tela.

— Oi, eu não te conheço – me cumprimentou Rick.

— Apresenta a chatinha aí, Renato, seu bundão – falou Wagner.

— Apresenta você seu ogro! – respondeu Renato.

— Quanta inutilidade, eu mesma me apresento! – apertei a mão de Rick – Me chamo Sarah, sou nova na escola de vocês e fui convidada para comer pão com mortadela e jogar vídeo game com vocês – anunciei alegremente.

— Bem a cara do Renato, convidar uma menina para algo assim – Rick rolou os olhos – Sou Ricardo.

Ele era alto, mas não tão alto quanto o Renato, tinha cabelos e olhos escuros. Ele definitivamente não era bonito como o Wagner, mas poderia enquadrá-lo no quesito "bonitinho", quem sabe?

— Ela gosta, seu animal – disse Renato dando um golpe fatal em Wagner – Ganhei! Ah moleque! Chupa otário! Eu ganhei seu trouxa! – gritou fazendo uma dança de vitória.

Eu ri, Ricardo sentou ao meu lado e começou a me bombardar com perguntas igual ao Renato, logo Wagner era o único jogando, eu parecia algum tipo de novidade no grupo deles, eles pareciam mais interessados em saber sobre mim do que jogar.

Chegou minha vez de jogar, perdi miseravelmente de todos eles no jogo de luta, mas no jogo de corrida pelo menos não fui humilhada, para minha defesa, eu não tinha a mesma versão de vídeo game deles, então não estava habituada ao controle.

O bom, é que quando perdi do Renato ele não ficou me xingando como fez com os outros, ele apenas me olhou rindo. Era incrível como eles faziam com que eu me sentisse em casa, eu nunca pensei que faria amigos como eles.

O tempo com eles passou realmente rápido, quando fui embora, Ricardo (que morava duas casas depois da minha) caminhou pela rua comigo.

Ele me deixava irritava as vezes, ele era aquele tipo de garoto que gosta de ficar tocando no seu braço, e eu não gostava disso, quando cheguei em casa ele foi para a dele.

Débora não estava em casa, mas eu havia notado que existia um carro em frente a nossa casa.

Alice estava em casa.

Quando entrei em casa, ela estava conversando com minha mãe e o marido deitado no sofá vendo TV, entediado. Em alguns dias Alice faria aniversário, ela estava completando vinte e sete anos, e estava aqui para avisar da festa que ela faria no sábado. Festa essa que eu realmente não queria participar.

Eu os cumprimentei rapidamente e subi direto para o meu quarto, eu pretendia tomar um banho, estudar um pouco (quem sabe?), jantar e depois dormir, afinal amanhã ainda seria um longo dia.

*****♥*****

Nota: Sarah nos mata de rir rs.

Sobre as postagens, a história em si está pronta, mas eu estou arrumando algumas coisas e dando uma revisada (muito da safada), sempre que eu tiver algo pronto, postarei! Prometo!

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