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3 - Depois ainda perguntam "Como poderia piorar"?

Status: Sonolenta.

Horário: Mais cedo do que eu gostaria, muito longe do meio dia para meu péssimo humor!

Vestuário: A primeira peça que veio a mão, jeans, camiseta do uniforme horrível que a escola te obriga a usar, tênis preto porque eu morro de preguiça de limpar os brancos.

Cabelo: Preso como sempre (porque ele é bandido e vive "armado").

Local: Indo para o meu inferno pessoal... Ops, quero dizer escola.

Aquela manhã eu caminhei de forma sonolenta e mal-humorada para o ponto de ônibus e esperei, quando passou o que me levaria até um ponto próximo da escola nova, eu entrei e espremi em direção ao fundo.

Olhei pelo vidro do ônibus, o dia estava cinzento o que combinava perfeitamente com meu humor. Estava chuviscando, não era o dia mais quente do ano e de longe o mais frio. Sabe o problema da chuva? Ela tem o poder de deixar meu cabelo ainda mais alto, agora mesmo eu me concentrei no reflexo do vidro e tentei freneticamente arrumar os fios que estavam para cima, me deixando com aquele aspecto de "leãozinho".

Após uma batalha incessante contra os fios arrepiados eu finalmente arrumei o cabelo, em contra proposta eu quase perdi o ponto onde deveria descer, eu me levantei assustada e saí empurrando as pessoas enquanto pedia licença, nesse momento você me pergunta "Porque você pediu licença se ia empurrar?", eu lhe respondo, primeiro as pessoas mesmo você pedindo licença tem o péssimo habito que não se moverem, segundo que não posso dizer "Se manda seu imbecil", seria muito mais grosseiro, porem bem que eu gostaria de falar algo assim.

O motorista ficou impaciente enquanto eu tentava chegar a porta de saída e o cobrador me olhava entediado, quando finalmente desci um pingo gelado caiu na minha nuca e eu estremeci xingando. Olhei para cima eu estava na mira de uma goteira do telhado do ponto de ônibus. Ótimo! Perfeito! Teria como deixar esse dia mais "feliz?", pensei ironicamente, puxei o capuz de minha blusa cobrindo minha cabeça e joguei minha mochila nas costas.

Caminhei em direção a escola, andei olhando ao meu redor, era bem diferente estudar longe do bairro onde eu morava, agora eu estudava próximo ao centro da cidade. As pessoas eram diferentes a maior parte delas não prestava atenção ao seu redor, elas andavam apressadamente falando em seus celulares ou mandando mensagens de texto.

Era tão cool mandar mensagens de texto, pena que eu não tinha esse divertimento, minha mãe me deu o celular usado da Débora, estava riscado e velho, nem tinha tantos recursos, ele servia como telefone do tipo "pai de santo", porque só recebe chamadas, já que nunca colocam crédito nele, apenas quando é extremamente preciso, daí enquanto todos falam de tudo que os novos celulares fazem, costumo esconder o meu ou dizer "Nem gosto dessas coisas", parece mais "cool" de se falar.

Sempre que eu lia os livros do Harry Potter não podia deixar de me identificar com o Rony, mas a diferença entre nós é que a família enorme a minha é menor. Sempre simpatizei muito com ele.

Parei na frente da escola e suspirei, lá vamos nós para mais um ano letivo, mais um ano Sarah, apenas mais um ano e então você será jogada na roda gigante do mundo corporativo, onde você poderá se dar bem, ter a sorte de arrumar um bom emprego, ou se ferrar bastante e ter um emprego de merda, ganhar pouco e não ter vida.

Esse ano eu já começava a enfrentar a pressão do "O que fazer?", quando se tem dezessete anos, eles acham que você precisa decidir sua vida em questão de minutos, surgem as perguntas "Qual curso você vai escolher na faculdade?", "Qual profissão seguir?". Era muito para uma adolescente, eu mal sabia a minha cor preferida, como saberia o que eu queria para o resto da minha vida?

Então vem o "dever": "Você deve escolher um curso na faculdade" eles diziam, "Deve escolher seu futuro". Mas como posso escolher uma coisa que eu não tenho ideia? Não sei o que quero fazer, não sei que caminho seguir. Parece que eles passam nossas vidas procrastinando com as informações e no último ano eles te jogam na selva das escolhas com um "se vira" anotado em um bilhete de papel laranja fluorescente, para que você não esqueça que deve fazer a escolha que poderá mudar o resto da sua vida.

Olha que responsabilidade jogaram em minhas mãos, aliás nas mãos de todos da minha idade, sabe o que eu acho? Eu não sei nem isso, não sei o que pensar sobre isso.

Entrei na escola e fui até as enormes listas fixadas na parede procurar meu nome, mas parei. Existiam pelo menos uns vinte alunos mais altos que eu (e meio selvagens) procurando, Sarah você é uma garota civilizada, uma dama! Espere quando esse bando de idiotas sair daí.

Parei a certa distância esperando esvaziar o local para poder olhar como uma dama, uma pessoa civilizada. Foi quando eu quase caí, mas meu material caiu.

— PUTA QUE P... – estava prestes a soltar um senhor palavrão, quando olhei para o maldito que me empurrou.

— Opa! Foi mal – falou aquele lindo garoto.

Em toda sua gloriosa "altitude", olhos e cabelos castanhos, uns bíceps bem maiores que a média dos garotos magricelos comuns, lindo de morrer... Meu coração acelerou quando me dei conta de algo. Era aquele gato do supermercado! Eu tenho certeza, minha memória para guardar informações inúteis não falha.

Sabe a cena de cinema, que quando um garoto lindo derruba as suas coisas no chão ele abaixa e te ajuda? Então suas mãos se tocam e ocorre aquele momento mágico? Não aconteceu, esse imbecil ficou me olhando com cara de besta.

Eu mesma abaixei para pegar minhas coisas, enquanto ele caminhou em direção ao quadro como se estivesse tudo OK.

Sabe o palavrão que eu quase soltei? Ele definitivamente merecia! Devia ter xingado ele em alto e bom som, deveria ter arrancado a mochila dele das suas costas, jogado no chão e dançado em cima dela, mas eu não fiz. Eu jamais faria algo assim, mesmo brava eu não faria. Olhei feio para esse lindo imbecil, quando ele saiu do quadro em direção as salas de aula, tendo convulsões internas de nervosismo.

Empurrei dois garotos para procurar meu nome na lista, anotei os dados mentalmente e saí sem olhar para trás. Ele não merecia minha atenção, aliás ele não merecia se quer que eu ficasse nervosa perto dele, mas isso estava fora de cogitação, ele era bonito demais para eu simplesmente conseguir ignorar.

Entrei na sala de aula e caminhei para o fundo da sala, primeira atitude ousada, eu agora era parte da "turma do fundão", estava me sentindo rebelde. Já até conseguia imaginar, começaria a usar roupas todas pretas, pintaria meu cabelo (com papel crepom, lógico! Não tenho dinheiro para tinta de verdade), ia cromar a cara toda e todos iriam me temer, agora eu era "A rebelde".

Mas a vida real é bem menos legal que minha mente, então eu só me encolhi em minha cadeira rezando para que ninguém percebesse que eu estava ali, abri um caderno e comecei a desenhar alguma coisa.

Eu era praticamente uma artista! Gostava de desenhar garotas em estilo mangá, porque eu podia criar roupas fantásticas, loucas e não precisavam ser algo que eu usaria. Nas linhas de um desenho eu podia ser fashionista. Não que algum dia almejei essa carreira, nunca fui realmente criativa com roupas para tanto.

— Ei foi mal eu ter esbarrado em você – aquela voz fez até o ultimo pelo do meu corpo arrepiar. Ergui os olhos e senti minha bochecha esquentar, não sabia o que dizer, ele era um otário sem dúvida, mas era um belo otário.

Então travei, o que dizer?

"Seu belo imbecil, desculpa é o cacete! Vem aqui e me beija como tributo. Babaca!"

Obviamente optei por não dizer nada, havia uma bola na minha garganta, não conseguiria falar, então eu fechei o cenho e acenei com a cabeça, não estava em minha zona de conforto. Assim eu voltei ao meu desenho. Rezei internamente para ele não pensar que eu tinha algum tipo de retardo.

— Legal, você curte desenhos? – perguntou parecendo interessado, sentando-se ao meu lado esquerdo.

AIMEUDEUS! Ele sentou do meu lado? AIMEUDEUS!

— Gosto – meio rouca, pronto! Estava feito agora ele me consideraria maluca, infantil, boba e todas essas coisas que os garotos normalmente pensam.

— Legal! Eu gosto desse tipo de desenho, aliás quais desenhos você gosta? – ele questionou interessado e eu fiquei chocada.

— Gosto dos clássicos, existe uma lista realmente grande dos que gosto – respondi ainda chocada, me mandaram para uma dimensão de pessoas bonitas e certas? Gostei!

Essa era a minha chance, eu deveria começar uma conversa muito espiritual e animada sobre traços e mostrar como eu era descolada!

— Oi Wag – ronronou uma loira de olhos claros, ela falava obviamente com ele, porque ele se virou na mesma hora, esquecendo-se da minha humilde existência e sorriu.

Claro que ele iria sorrir, quem não iria sorrir? Loira, olhos claros, cabelos bonitos, pele bonita, magérrima, só não digo que parecia modelo de revista porque seria um grande exagero, essa lambisgoia não merecia tal exagero.

Eles começaram a conversar amenidades animadamente, então voltei a me encolher em meu canto e voltei a desenhar.

Não deveria me importar, quero dizer ela obviamente era mais bonita que eu e mais atirada, que garoto a deixaria para conversar com uma desconhecida com cabelo de "leãozinho"?

— Nossa de qual animê é esse personagem? – perguntou um garoto muito alto que sentou-se na minha frente e virou-se na cadeira para olhar meu desenho impressionado.

— Nenhum em especial, gosto de criar novos personagens com roupas diferentes, cabelos essas coisas – respondi, evitando olhar para o lado.

Era fácil falar com esse rapaz, ele não era bonito e não me intimidava, tinha cabelos escuros e meio compridos, usava um boné vermelho, sua pele era bem clara, ele era o típico adolescente magricelo e seu rosto tinha sérios problemas com acne.

Aliás acne era uma coisa que por sorte eu não sofria, sorte porque se eu tivesse problemas com acne eu estava completa e totalmente ferrada, jamais minha mãe iria liberar verba para um tratamento, pelo contrário, ela viria com alguma receita caseira medonha, tipo um boato que escutei ela comentar com uma vizinha "Se passar maionese no rosto com bicarbonato e chá verde, limpa a pele que é uma beleza". Não obrigada.

— Você é nova por aqui, não é? – questionou, eu escutei a loira rir histericamente.

— Sim, eu mudei de escola para esse novo ano letivo – respondi em tom professoral.

Estou até imaginando, ele estava pensando "Nossa que garota culta, com um linguajar tão rebuscado".

- Prazer, meu nome é Renato – estendeu sua mão enorme para mim, eu sorri. Era bom ter com quem conversar logo no primeiro dia.

— Sou, Sarah – retribuí o aperto de mão, me sentindo um pouco menos desconfortável.

— Esse banana do nosso lado é o Wagner – ele indicou o meu sapo. Obviamente o sapo, porque para príncipe ela estava muito longe.

— Ei, Wag cadê o Rick? – perguntou Renato para Wagner, que deu de ombros e voltou ao seu papo com a lambisgoia – Bom, parece que aquele vagabundo não virá hoje – concluiu Renato, mais para ele mesmo do que para mim.

Renato me bombardeou com todo tipo de pergunta, ele perguntou se eu gostava de vídeo games, que tipo de desenhos que eu gostava, minhas preferências musicais. Me fez um interrogatório completo, digno da CIA. Para a minha sorte ele gostava de quase as mesmas coisas que, me vi rindo baixinho das bobagens que ele dizia enquanto o professor escrevia na lousa.

Era aula de história, por incrível que pareça, o professor tinha o dom de tornar uma guerra sangrenta em terrível em algo monótono, como falar sobre o tempo. Renato me alertou que ele avaliava pelo caderno, organização e etc. O que me deixou preocupada, agora estava completamente ferrada nessa matéria, minha letra era medonha, eu poderia ser médica sem problemas, porque a letra horrível dos médicos eu já possuía.

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