Capítulo 43
- Mandou todos para casa? - Vincent pergunta.
- Sim. - Confirmo com a cabeça.
- Ótimo. - Ele sorri com malícia. - Quero ficar sozinho com a minha namorada.
Meu tio e meus primos queriam que eu fosse ficar com eles, mas não quero sair do lado do Vincent, mesmo sabendo que estamos correndo o risco do Alonso aparecer aqui.
Tem dois policiais em frente à porta do quarto, então não acho que ele seria louco de tentar entrar no quarto, mas vindo dele posso esperar qualquer coisa.
Não falei para o Vincent que ele escapou, porque não quero deixá-lo ainda mais preocupado.
- Como Justin está?
- Ele ficou muito assustado, mas graças a Deus ele se tranquilizou quando o médico disse que você não corria risco de vida.
- Fico aliviado.
Justin ficou um tempo com o pai enquanto ele dormia, então pedi para Jared e Milla cuidarem dele, já que ele ainda é muito pequeno para ficar o dia todo no hospital.
Vincent acordou faz pouco tempo, então nem tive a chance de lhe perguntar como ele está se sentindo.
- Você está bem? - Pergunto para Vincent.
- Sinto só um pouco de dor, mas estou ótimo. - Ele fala.
- Tem certeza?
- Sim. - Ele pega minha mão. - Então pare de se preocupar.
Coloco minha cabeça no seu peito, fecho os olhos e suspiro alto.
- Nunca mais me dê um susto desse. - Peço.
- Pare de pensar nisso Lisa. - Ele passa a mão por meus cabelos.
- Como se isso fosse possível.
- Eu estou bem, então pare de pensar no que aconteceu.
Me levanto e o encaro com seriedade, e falo:
- Jamais se coloque em perigo por minha causa novamente.
- Lisa...
- Graças a Deus não foi nada grave, mas poderia ter sido. - O corto.
- Não me peça para não protegê-la porque nunca serei capaz de atender o seu pedido.
Entendo o lado do Vincent, e com toda certeza eu faria o mesmo se o visse em perigo, mas não quero perder alguém que amo apenas para ficar em segurança.
Perder alguém importante já é extremamente difícil, e fica tudo ainda pior se essa pessoa acabar se machucando por sua causa.
- Se algo acontecesse com você acha que eu me sentiria como? - Pergunto. - Se você morresse por minha causa eu jamais seria capaz de me perdoar.
- Pare de ser teimosa Lisa. - Ele segura meu rosto entre as mãos.
- Fiquei com tanto medo de te perder. - Meus olhos se enchem de lágrimas.
- Não chore por favor. - Vincent me puxa para um abraço.
- Achei que não teria a chance de dizer que te amo.
- O que você acabou de dizer? - Ele se distância e me encara com os olhos arregalados.
- Que eu te amo?
Vincent segura meu rosto entre as mãos novamente e me beija rapidamente.
- Repete por favor. - Ele exibe um lindo sorriso.
- Eu te amo senhor Keller.
- Talvez tenha válido a pena ser esfaqueado. - Ele fala enquanto ri.
- Por que está dizendo isso?
- Porque você me disse que me ama.
- Não brinque com coisa séria Vincent. - Lhe dou um tapa no braço.
- Ai. - Ele faz uma careta.
- Doeu?
- Sim. - Ele faz uma carinha de cachorro sem dono.
- Me perdoe. - Peço. - Mas se dizer algo como isso novamente eu lhe darei um murro ao invés de um tapa.
Ele levanta as mãos em sinal de rendição, em seguida bate na cama e pede:
- Sente-se ao meu lado.
- Se a enfermeira ver vai brigar comido. - Digo.
- Não me importo. - Ele sorri abertamente. - Quero que minha namorada sente ao meu lado.
- Ok. - Digo apenas.
Pelo jeito a enfermeira do Vincent não gostou de mim nem um pouco. Ela mal responde minhas perguntas, e me olha com desdém, e nem ao menos tenta disfarçar.
- Acho que ela se apaixonou por mim. - Ele ri alto.
- Também estou achando isso. - Falo. - Deve estar morrendo de inveja de mim.
- Por quê?
- Porque eu sou a namorada incrível do seu paciente preferido. - Sorrio convencida.
- Até que ela é bonita.
Lhe dou um olhar mortal, e tento me levantar da cama em seguida, mas Vincent me segura.
- Pare de ser ciumenta. - Ele sorri. - Eu só tenho olhos para você.
- Seu médico também é bem bonito. - Cruzo os braços.
O sorriso no seu rosto some no mesmo instante e da lugar a carranca.
- Sem graça.
- Por que eu sou sem graça? - Pergunto.
- Não posso nem brincar...
- Você tem o direito de achar alguma mulher bonita. - O corto. - Como eu também posso achar um homem...
Vincent me cala com um rápido beijo, em seguida fala:
- Não quero que ache outro homem bonito além de mim.
- É meio difícil. - Estalo a língua. - Mas você é o único que eu amo e quero que fique ao meu lado.
- Nunca vou me cansar disso. - Ele coloca a cabeça no meu ombro.
- Do quê?
- De ouvi-lá dizer que me ama.
- Bobo. - Lhe dou um beijo no topo da cabeça.
Vincent pega minha mão, leva aos lábios e a beija demoradamente.
- Você tem certeza que me ama Lisa? - Ele pergunta.
- Agora eu tenho.
- Não está apenas se sentindo culpada? Por isso está confundido os sentimentos?
- Estou me sentindo culpada, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. - Falo. - Eu realmente me dei conta que te amo.
- Eu confio em você.
- Obrigada. - Agradeço.
No momento em que percebi que talvez o perderia para sempre, tive a certeza que o amava. Fiquei com tanto medo de não poder dizer a ele como eu realmente me sentia, mas graças a Deus tive a chance de enfim lhe dizer que o amo.
Estou me sentindo culpada pelo que aconteceu, mas me conheço bem o suficiente para saber que não estou confundido amor com pena.
Nunca tive a oportunidade de saber o que é o amor entre um homem e uma mulher, mas agora descobri, e tenho que assumir que estou tão feliz por enfim ter deixado o medo de lado, e ter me arriscado.
Nunca saberei o que nos reserva o futuro, mas para mim tudo o que importa é o agora. Estarei ao lado do homem que amo, e pretendo fazê-lo feliz e ser feliz no processo, e ter uma família para cuidar e amar.
Olhando para o passado, percebo que talvez eu não tenha demorado demais para abrir meu coração, apenas fiz isso na hora certa, e com o homem certo.
- No que está pensando? - Vincent pergunta.
- No quanto eu sou uma mulher de sorte.
- Por que diz isso?
- Tenho um bom emprego, uma família e amigos que amo, e para deixar tudo ainda melhor, agora tenho você e Justin. - Falo. - Estava me acostumando a ficar sozinha, e comecei a achar que talvez esse fosse meu destino, mas de repente meu chefe rabugento invade meu coração, e me proporciona tudo o que achei que não teria.
- Eu te prometo que jamais irá se sentir sozinha novamente. - Vincent pega minha mão e aperta de leve.
- Obrigada. - Agradeço. - Muito obrigada por tudo.
- Se realmente está agradecida, me dá um beijo.
- Dou quantos você quiser. - Sorrio abertamente.
Vincent se vira para mim e faz um biquinho ridículo, mas ao invés de beijá-lo começo a rir.
- Por que está rindo?
- Não faça esse biquinho.
- Esse? - Ele pergunta fazendo o biquinho novamente.
Lhe dou um rápido beijo nos lábios, e quando vou me distanciar Vincent me puxa para junto de si e me beija novamente.
- O que pensam que estão fazendo?
Me distancio do Vincent rapidamente, mas no mesmo instante me arrependo de ter feito isso.
- Quer mesmo que eu responda a essa pergunta? - Reviro os olhos. - Tenho certeza que você viu o que estávamos fazendo.
- Não pode se sentar na cama do paciente. - A megera fala.
- Quem disse isso? - Pergunto.
- São as regras do hospital. - Ela diz toda orgulhosa de si.
- Regras são feitas para serem quebradas minha querida. - Pisco para ela.
Ela me fulmina com o olhar, enquanto bufa frustrada. Sou muito boa com quem me trata bem, mas não sou obrigada a ser educada com essa mulher chata, que se acha a dona do hospital e do meu namorado.
- Vou fazer seu curativo senhor Keller. - Ela sorri toda oferecida para o Vincent.
- Ok. - Ele diz apenas.
- Isso amor. - Sorrio com malícia para ele. - Cuide da sua ferida para que você melhore logo, e assim podermos ir para nossa lua de mel.
Vincent segura o riso e eu faço o mesmo. A megera está vermelha de raiva, e parece que vai me matar a qualquer momento. Talvez eu esteja sendo imatura, mas tenho que assumir que estou amando provocá-la.
- Não vejo a hora de isso acontecer. - Ele pisca para mim.
Ela começa fazer o novo curativo no Vincent toda carrancuda, e nem se parece a mulher toda sorrindo que caminhou até ele alguns segundos atrás.
- Ai. - Ele faz uma careta.
- Desculpe. - Ela pede toda fingida.
Provavelmente percebeu que não vai conseguir nada com ele, e agora está mostrando as garras.
- Pronto. - Ela fala depois de um tempo.
- Obrigada por cuidar tão bem do meu namorado. - Lhe ofereço um sorriso forçado.
Ela me olha do pé a cabeça com desdém, em seguida se vira e começa a caminhar em direção a porta sem dizer mais nada.
- Que mulher mais grossa. - Falo alto para ela escutar. - Esse hospital precisa escolher melhor os seus empregados.
Ao sair do quarto ela bate a porta com toda força que acabo me assustando.
- Essa mulher é louca.
- E você ainda tem coragem de provocá-la? - Vincent ri.
De repente me assusto, e corro até Vincent e me sento ao seu lado quando escuto um barulho que parece ser de um tiro do lado de fora do quarto.
- O que será que aconteceu? - Ele pergunta preocupado.
- Vou ir ver. - Falo.
- Não vá Lisa. - Ele segura minha mão.
- Vai ficar tudo bem. - Solto a sua mão.
Caminho até a porta do quarto, levo a mão a maçaneta enquanto crio coragem de abri-la.
- Lisa?
- Eu já volto. - Forço um sorriso. - Não se preocupe.
Começo abrir a porta lentamente, e quando ela está aberta o suficiente para eu ver do lado de fora do quarto, vejo que tem um médico deitado no chão todo ensanguentado.
Um dos policias se abaixa ao seu lado e tira a máscara do seu rosto, e no mesmo instante levo um susto enorme.
- Alonso?
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Bom dia meninas
Tudo bem com vocês?
Desde já desejo um bom final de semana a todos com as bênçãos de Deus 🙏
Até segunda feira com o próximo capítulo ❤
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