Capítulo 12
- Alô? - Atendo a ligação.
- Esteja na minha casa em trinta minutos.
- O quê?
- Vou te mandar o endereço por mensagem.
- Alô? - Olho para a tela do celular.
O filho da mãe tem a cara de pau de desligar na minha cara depois de me jogar uma bomba dessas.
- O que ele queria? - Emi pergunta.
- Me mandou estar em sua casa em trinta minutos. - Digo incrédula.
- Oi? - Alice arregala os olhos.
- O que ele quer com você? - Milla olha no relógio sobre o pulso. - Já é tarde.
- Só pode ser louco. - Bufo com raiva.
- O que vai fazer? - Alice pergunta.
- Tenho que obedecê-lo. - Falo. - Não tenho outra alternativa.
O idiota não vai me deixar em paz nem no meu dia de folga? E o que ele quer comigo a essa hora?
- Desculpe meninas, mas preciso ir. - Digo me levantando.
- Está tudo bem. - Emília acena com a mão.
- Se ele quiser usufruir do seu corpo nos chame. - Alice faz uma cara de psicopata.
- Ele nem é doido de me chamar para a casa dele pensando nesse tipo de coisa. - Falo. - Eu mesmo o mato com minhas próprias mãos.
Meu celular vibra, então abro a mensagem para ver o endereço do meu chefe.
Corro até meu quarto e pego minha bolsa, calço um sapato qualquer e volto para a sala. Me despeço das garotas e vou em direção a porta de saída. Algum tempo depois estou em frente ao prédio e torço para que apareça um táxi o mais rápido possível.
Para meu alívio não demora nada e surge um taxista. Falo o endereço para ele e mais uma vez torço para que consiga chegar a tempo.
Continuo olhando inquieta para o relógio pois os trinta minutos que ele me deu estão quase acabando. O senhor Keller odeia atrasos, então seria mais um motivo para ele me infernizar.
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- Chegamos. - O moço fala.
Ele fala o valor da corrida então o pago e saio do carro o mais rápido possível.
- Boa noite. - Cumprimento um senhor.
- Boa noite querida. - Ele retribui o cumprimento.
- Estou aqui para ver o senhor Keller.
- Senhorita Clark?
- Sim. - Falo.
Ele abre o portão e libera minha passagem. Começo a correr, pois a casa é um pouco longe da rua.
Não tenho tempo para observar melhor em volta, e continuo correndo em direção a porta. Aperto o botão da campainha, e enquanto respiro ofegante, olho para o relógio novamente. Estou dez minutos atrasada, então me preparo para ouvir um sermão daqueles.
Escuto um leve movimento atrás da porta, e logo em seguida ela é aberta.
Ele me observava por um tempo, então limpo o suor da minha testa e arrumo meu cabelo que deva estar uma bagunça.
- Entre. - O senhor Keller diz.
Ele me dá espaço então adentro sua casa.
- Está atrasada. - Sua voz soa irritadiça atrás de mim.
- Desculpe. - Peço ainda meio ofegante.
Ele começa a andar então o sigo a uma distância segura. Ele sobe as escadarias, em seguida segue por um corredor e para em frente uma porta.
Engulo em seco e começo a ficar nervosa. Provavelmente é um quarto, então já fecho meus punhos pronta para matá-lo.
- Entre. - Ordena.
- Por quê? - Pergunto tensa.
- Entre senhorita Clark.
- Mas...
- Está nervosa? - Ele sorri de canto. - Acha que vou tentar seduzi-la?
- Eu...
- Provavelmente achou isso, visto o que está vestindo. - Ele me olha dos pés a cabeça.
Meus olhos se arregalam quando me lembro que estou vestindo meu pijama minúsculo.
- Merda. - Praguejo baixinho.
Como fui me esquecer disso? Fiquei com tanta pressa que acabei não me lembrando de vestir uma roupa, e o pior foi que nem as meninas lembraram de me avisar, ou fizeram de propósito.
- Desculpe. - Peço sem graça. - Eu esqueci.
Coloco a bolsa em frente as minhas pernas praticamente nuas, e abaixo a cabeça toda sem jeito.
- Realmente se esqueceu? - Ele pergunta.
- Sim. - Afirmo.
Vincent da um passo em minha direção e eu dou um passo para trás. Ele continua fazendo isso, até minhas costas se chocarem contra a parede.
- O... o... que está fazendo? - Pergunto.
- Estou testando algo. - Ele fala com a voz grave.
O senhor Keller coloca as mãos na parede, me deixando presa junto ao seu corpo.
- O senhor está muito perto. - Falo. - Poderia se afastar um pouquinho?
- Você fica ainda mais bonita de perto.
Sinto sua respiração quente contra minha pele enquanto ele continua me olhando.
- Senhor Keller poderia se afastar?
- Por que eu deveria? - Retruca com malícia.
- Não preciso responder, apenas quero que se afaste.
Eu deveria ter o empurrado e com toda certeza quero o chutar onde mais dói, mas estou me segurando o máximo que consigo para não fazer.
- Talvez seria interessante brincar um pouquinho com você.
- O quê?! - Grito alto.
O empurro, e quando me dou conta lhe dei um tapa no rosto. Não me arrependo nem um pouco do que acabei de fazer e faria novamente.
- Estou indo embora. - Lhe dou as costas e começo a caminhar em direção a escadaria.
Se esse idiota pensa que vou ficar aqui ouvindo suas merdas está muito enganado. Estou me mantendo em silêncio faz dias, mas não sou obrigada a passar por isso.
- Lisa. - Ele me chama.
Continuo andando sem olhar para trás, então sou surpreendida por ele ao segurar meu braço.
- Me solte. - Peço entre dentes.
- Lisa...
- Sou capaz de matá-lo se não me soltar.
Ele me observa por mais alguns segundos e então solta meu braço.
- Me desculpe. - Ele pede. - Passei dos limites, assumo que errei.
- Sim, errou feio. - Retruco. - Está pensando o quê? Sou sua secretária e não seu objeto de brincar um pouquinho.
Sorrio internamente ao ver as marcas dos meus dedos em seu rosto. Deveria ter batido mais forte, mas fui muito boazinha.
- Me perdoe. - Pede novamente.
Vejo que ele realmente está envergonhado pelo que fez, mas isso não é motivo algum para eu perdoá-lo tão facilmente.
Ele é rude, sem educação. Está sempre de cara fechada, e até mesmo pensei que ele não namoraria, mas estava enganada.
- Estou decepcionada com o senhor. - Assumo. - Me enganei ao pensar que era diferente.
- Não sei o que deu em mim. - Ele passa as mãos pelos cabelos.
Provavelmente achou que eu estava o dando liberdade por estar na sua casa de pijamas.
- Eu te perdoou, mas não vou me desculpar pelo tapa. - Dou de ombros.
- Não precisa. - Fala. - Eu mereci.
- Teve sorte por eu ter dado só um tapa. - Cruzo os braços.
Minha ameaça disfarçada não surge efeito nenhum, e ele acaba é rindo.
- Então sou um homem de sorte.
- Pode se dizer que sim.
Ele fica em silêncio novamente enquanto me observa. Fico toda sem graça quando ele me encara dessa forma interrogativa. Ele parece querer descobrir algo em mim, mas não sei o que é.
- Por que o senhor me pediu para vir até sua casa? - Pergunto.
- Bem... - Ele coça a nuca. - Não fique surpresa.
Como se isso fosse possível, já estou morrendo de curiosidade.
- Papai? - Um garoto o chama.
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Bom dia meninas
Tudo bem com vocês?
Como passou o fim de semana?
Até quarta feira com o próximo capítulo ❤
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