Capítulo 6.
Oooie, gente! Não vou demorar hj pq eu tenho que sair e tô atrasada, mas vim trazer esse humilde capítulo para a alegria de vocês!
Então, podem ir ler!
Bjs 💖💖💖
Confesso que eu não estava com muita paciência quando voltei para casa, então só fui tomar um banho e caí na cama abraçada com Ruffles. Talvez, eu tenha chegado a ouvir Sam me chamar, mas eu estava tão cansada que nem tinha certeza absoluta disso.
Se fosse o caso, ele que esperasse para o dia seguinte.
E é claro que foi o caso. Porém, eu não esperava acordar às quatro e meia da manhã. Isso não era a definição exata de dia seguinte para mim.
Um despertador tocou incessantemente enquanto eu tentava forçar a voltar a dormir, mas assim que Sam começou a assobiar enquanto descias as escadas com empolgação, eu percebi que não ia conseguir voltar a dormir.
Consegui sair de debaixo de Ruffles e levantei da cama, andando até a porta e enfiando um casaco. Saí do quarto a tempo de ver Sam abrindo a porta do Hall de entrada, enquanto eu descia as escadas.
-Vai onde essa hora da noite, Samuel?
Ele estremeceu de susto e soltou a porta, batendo ela com um pouco de força.
-Achei que estava dormindo. - Ele ergueu um par de tênis de corrida e sorriu. - Vou correr. Quer ir junto?
Franzi a testa e neguei.
-Eu não constumo me movimentar antes do Sol nascer.
Sam encostou na porta, com os braços cruzados e um sorriso irritante de lado.
-Se esse for o problema, Nat, posso esperar o Sol nascer para ir correr.
Revirei os olhos e puxei o casaco mais para mim. Sentei na escada.
-Não, obrigada. Prefiro não me movimentar com você, em nenhum sentido.
-Eu conheço um sentido que você ia amar se movimentar comigo. - Encarei ele mortalmente, o que o fez alargar o sorriso imbecil. - Sabe, eu não gosto de me gabar...
-É, imagina se você ia fazer isso, não é, Wilson?
Ele continuou como se eu não tivesse o interrompido.
-Mas ninguém nunca reclamou. E até quiseram de novo, na maioria.
Esfreguei meu rosto, bufando.
-Você é nojento! Eu já falei isso?
Acabei levando um pequeno susto quando ouvi ele santar do meu lado. Me arrastei mais para o corrimão, determinando uma distância segura. Ele bufou alto.
-Uma mil vezes. Só esse ano. Enfim... Já que não vai correr comigo, eu tenho que te contar uma coisa. Fica aqui. Eu já volto.
Claro que eu não obedeci. Assim que Samuel subiu as escadas, levantei e fui para a cozinha. Peguei dois pães e coloquei na torradeira, enquanto separava a manteiga e colocava a cafeteira para funcionar.
As torradas ficaram prontas e o café, então, andei até a mesa, passando manteiga e colocando açúcar na minha xícara. Provei. O café estava perfeito!
-Excesso de cafeína deixa de mau-humor. - Sam apareceu por trás de mim e contornou a mesa. - Agora eu sei qual o seu problema.
Revirei os olhos e respirei fundo.
-Eu não sei qual o seu. São tantos... - Ironizei.
Samuel ignorou e abriu um laptop, enfiando um pendrive nele. Ativou o modo Dark, que era um programa criado pela Shield para acessarmos vários canais sem sermos reconhecidos, quase como uma deepWeb, e virou o aparelho para mim.
-Quando fui ao banheiro ontem, eu me "perdi" também e entrei no escritório. O computador dele estava ligado...
Franzi a testa e me inclinei para a frente.
-Quando eu fui, estava desligado.
Sam sorriu e acenou.
-Sim. Só que acontece que eu entrei porque eu vi um homem saindo apressado do escritório e não era o Edward. Ele desligou correndo a tela, mas não desligou o PC. Ou seja, quando eu liguei a tela, ainda estava com a mensagem "Upload concluído".
Meu queixo caiu.
-Você sabe quem era o homem?
-Vi ele na festa, mas não sei quem é. - Sam passou a mão pelos cabelos e reclinou para trás, suspirando. -Porém, sei reconhecer se eu o ver.
Olhei para o computador, repassando os 138 projetos que continham alí.
-Você acha que esse homem estava pegando isso.
Ele assentiu e explicou que só voltou a tela. Os arquivos já estavam expostos. E se alguém tinha interesse naquilo, então ele achou melhor deixar o pen drive fazendo download, ao mesmo tempo que ele ia ao banheiro.
-Perguntei para a Elena também. As câmeras que tem na casa costumam apenas mostrar ao vivo, mas não guardam a gravação. Alguma coisa sobre ocupar muito gasto monetário ou algo assim.
-Pode ser uma forma de não provar o que acontece por lá. - Analisei.
Sam concordou.
-Exato. Eu dei uma olhada, mas eu estava com muito sono e sou muito burro... - Ignorei a provocação e fingi que não ouvi. - E como você é muito mais esperta que eu, sabe? Inteligente, com um QI enorme...
Levantei os olhos e o encarei.
-Meu QI é grande, Samuel. E eu não tenho culpa! Entrei para a Faculdade com catorze anos. Desculpa se me dou o direito de me achar mais inteligente que algumas pessoas!
Ele riu. Eu ergui as sombrancelhas e Bufei. Tinha caído na provocação dele. Que ódio!
-Tudo bem. Eu sei reconhecer que você é mesmo incrível! Mas gostaria que você me desse uma chance também, tá? Quando a gente trabalha em equipe, somos melhores, não acha?
-Vou pensar no seu caso. - Comentei, puxando o Laptop para mim e o olhei de lado. - Você não ia correr, Samuel?
Sam levantou e passou por mim, sorrindo.
-Até daqui a pouco, Princesa! - Ele descabelou meu cabelo.
Dei um tapa no ar, já que ele tinha saído correndo da cozinha.
-Não me chama de Princesa, seu projeto de Pavão! - Reclamei.
Recebi uma batida de porta em resposta e tive que me controlar para não sair correndo atrás dele e o assassinar.
Fiquei tão concentrada nos arquivos, pegando um caderno e anotando tudo que achei importante, que literalmente, dei um grito agudo de susto quando ouvi:
-Você consegue entender sua própria letra?!
Levantei da cadeira e encarei Sam, rindo. Ele estava suado e ofegante, tendo Ruffles agarrado na cintura dele, recebendo carinho nas orelhas. Apenas um metro de distância nos separava.
-Você não ia correr?
-Eu fui correr. - Sam conseguiu fazer Ruffles largar a cintura dele e andou até a geladeira. - Isso já tem uma hora, Jones. O Sol já até nasceu.
Franzi a testa e olhei para a janela, me surpreendendo de ver um céu tão azul. Ruffles pulou em cima de mim e fiz um carinho no pelo negro dele, dando um beijo no alto da cabeça do meu cachorro. Recebi uma linguada de volta e enxuguei minha bochecha.
-Me lembra de nunca beijar a sua bochecha!
-Como se você fosse ter motivos para fazer isso! - Reclamei, voltando a sentar e acomodando Ruffles no meu colo.
Continuei escrevendo no caderno até que minha mão estivesse com câimbra e meus olhos pinicassem. Depois do que me pareceu mais uma hora de análise, onde eu já começava a fórmular algumas ideias, meu estômago roncou alto.
Ignorei e continuei esfregando meus olhos para a ardência passar.
-Ele é lobo?
Levei um pequeno susto e encarei Sam, que tinha sentado ao meu lado e puxado a cadeira para bem perto de mim.
Ele cheirava a shampoo, sabonete e algum perfume masculino agradável. Era nítido que ele tinha acabado de tomar banho, afinal, o cabelo ainda estava molhado e percebi algumas gotas espalhadas pela pele morena do pescoço, como se não tivesse se enxugado direito. Me concentrei em olhar para a tela do laptop.
Percebi o sorrisinho de lado dele. Talvez, eu tivesse olhado demais. Merda.
-O que disse?
Também reparei que ele puxou para a minha frente, um prato com um sanduíche e uma xícara de café quente.
-Come. E bebe logo o café, vai esfriar. - Sam parou de me olhar quando peguei o sanduíche. - Ele é lobo?
Vi que Sam apontou para Ruffles no canto da cozinha. Dei de ombros.
-Se descobrir, me avisa.
Sam rolou os olhos e bufou.
-Não vai dar uma trégua?
-Não.
-Ótimo.
-Que bom!
-Por quê você não gosta de mim?
Ignorei. Levantei e me afastei.
-Agradeço o sanduíche e o café. Deixa a louça aí que eu lavo. Vou só descansar um pouco.
Ignorei Sam e subi as escadas, analisando o caderno. Tinha alguma coisa que estava passando. Depois de reler pela milionésima vez, sentada na minha cama, achei o que me incomodava.
Projeto Reing.
Edward tinha superfaturado uma obra e o excesso de arrecadação tinham ido para esse projeto que não tinha descrição alguma. Mas eu sabia que já tinha ouvido esse nome antes.
Peguei meu celular e liguei para Natasha. Caiu em caixa postal direto. Depois, tentei achar Steve, já que onde um estava, o outro costumava estar também. Chamava de cair a ligação.
Teclei o número de Bucky e eu atendeu no quarto toque.
Talvez, eu tenha mentido sobre não ser próxima de Bucky. Ele era um ótimo amigo e parceiro de missão. Eu adorava trabalhar e conversar com ele. E, as vezes, conseguia fazer ele se abrir, mesmo que pouco para mim.
E eu sabia que ele tinha uma quedinha "inocente" por mim. O que, óbvio, eu correspondia.
Não faço idéia mesmo de como ainda não tínhamos ido para a cama. Talvez, fosse apenas por ele e os medos.
Mas o principal motivo de eu ter ligado para Bucky era que eu estava com ele quando achamos o projeto Reing em uma base abandonada da Hydra. E se esse caso não estivesse com a Natasha, estava com ele.
-Barnes.
-Oi, Bucky! - Exclamei, sorrindo. - Ainda lembra de mim?
-Mas já vai precisar ocultar o cadáver, Nathalie? Eu jurava que você ia aguentar até semana que vem, ao menos...
Dei uma pequena risada.
-Não, bobo! Não vou precisar ocultar o cadáver! Ele está bem vivo e acabando com a comida da cozinha.
-Ah, que pena!
Revirei os olhos e troquei de posição na cama.
-Bucky!
-Hey, não pode me culpar quando você tem os mesmos pensamentos assassinos que os meus, Jones! - Uma risada grave. - Mas fala... Me ligou para cobrar que favor?
Bufei.
-Como sabe que eu ia pedir um favor, Barnes?
-Para quê mais você me ligaria?
-Posso listar um milhão de motivos. - Suspirei. - Mas tudo bem. É um favor. Já aprendeu a usar o computador, dinossauro?
Ele bufou e eu gargalhei.
-Eu estou percebendo que a convivência com o Samuel está te deixando engraçadinha... Acertei?
Fechei os olhos, tentando não mandar ele ir à merda.
-Aprendeu?
-Mais ou menos.
-É um e-mail.
-Fácil.
-Com um arquivo.
Pausa.
-Vou pagar alguém para fazer. - Controlei a risada. - Qual arquivo você precisa, Nathalie?
-Projeto Reing. Lembra dele?
-Claro que sim! Mexo nessa porcaria toda semana...
-Ótimo! Me manda tudo que você puder, okay?
Uma batida na porta me interrompeu. Gritei um "pode entrar!" enquanto confirmava meu endereço de email e todos os arquivos que eu queria.
Sam entrou metade do corpo no quarto, depois que Ruffles abriu a porta e veio deitar na cama.
-Bucky, se você não sabe nem ligar o computador, não é melhor...?
-Já achei o cabo, Nathalie! - Bucky exclamou irritado. - Me dá alguns minutos e eu vou mandar para você.
-Ótimo! Estou aguardando!
-Nat?
-Sim, Bucky?
-Agora, eu só te devo três favores, está bem?
Dei uma pequena risada.
-Vai a merda, Soldado!
Desliguei o telefone e encarei Samuel, parado na porta. Ele tinha uma expressão fechada e os braços cruzados. Franzi a testa.
-O que foi?
Ele pareceu voltar a realidade e só balançou a cabeça, como se não fosse nada. No fim, suspirou.
-Só pergunta se você se importa que eu saía hoje. Eu... Acho que tenho um encontro.
Meu celular vibrou e vi uma mensagem de Bucky.
"Agrupando os arquivos. Dentro de cinco minutos está com você. Beijo."
Dei um pequeno sorriso e ouvi Sam bufar. Ergui a cabeça. A expressão dele estava irritada.
-É o Bucky de novo?
-Pode sair, Samuel. -Informei, ignorando a pergunta. - Eu vou ficar o dia inteiro só analisando e fazendo comparações. Qualquer coisa, eu te aviso.
Ele suspirou e ia sair do quarto, mas voltou.
-Nat?
-Que é?
-Quer que eu traga um lanche para você?
Ergui os olhos do computador e o encarei, incrédula. Ele tinha perguntado o que eu achava que tinha?
-Como é?
-Lanche, Princesa.
-Quer parar de me chamar assim?!
-Vai querer ou não?
Cruzei os braços.
-Que tipo de lanche?
-O que você quer comer?
Ponderei. Ele estava de brincadeira? Só podia. Voltei a olhar para o laptop. O email de Bucky chegou e comecei a fazer download.
-Qualquer coisa comestível e que não tenha veneno. - Comentei.
Sam deu uma risada.
-Pode deixar. Minha intenção é te matar de prazer, não envenenada.
Levei exatos dois segundos para raciocinar e tacar um travesseiro na porta, já que ele levou os mesmo dois segundos para sair correndo.
Como dito, fiquei a tarde inteira e o início da noite controlando, verificando, analisando, anotando, comparando, e todos os outros "andos" que eu podia.
Só parei duas vezes: Uma para atender a ligação de Natasha e outra para atender a de Steve. Expliquei o que eu queria e Natasha ainda me mandou mais algumas páginas que faltavam.
Quando a noite já tinha vindo, o céu estava escuro e uma lua brilhava, é que me permiti relaxar e desligar o laptop. Fui tomar um banho, botei comida para Ruffles, arrumei algumas coisas que tinha bagunçado e fui assistir televisão.
Minha cabeça rodava e doía, latejando. Meus olhos ardiam e meu pulso estava completamente dolorido.
Meus olhos bateram no relógio. Já era meia noite e nada de Samuel.
Levantei do sofá e fui até meu Telefone. Nenhuma mensagem, nem um telefonema sequer. Ponderei se deveria ligar durante alguns segundos, mas não precisei. Ouvi Ruffles descendo as escadas que nem um doido e latindo, ao mesmo tempo que abanava o rabo e se sacudia, feliz.
Ouvi a voz dele.
-Nathalie?! Cheguei!
Bufei e fui até a entrada. Cruzei os braços e o encarei.
-Custava ter avisado que ia chegar tarde, Samuel?
Ele tirou o casaco e me encarou, sorrindo.
-Ficou preocupada?
-É claro que não, imbecil! Só que ...
Ele parou de fazer cócegas em Ruffles e levantou do chão. Bufei.
-Só que...?
-Não tenho que te dar satisfações, Samuel.
Ele riu e me esticou uma sacola. Franzi a testa, enquanto ele rolava os olhos e mandava eu pegar. Obedeci.
Havia duas barras de chocolate e um hambúrguer com batatas fritas.
-Você já deve ter jantado, mas eu disse que ia trazer, de qualquer forma. - Ele começou a subir as escadas. - Demorei porque eu e o Steve nos encontramos por acaso e acabamos perdendo a hora, já que ajudei ele com um treco. Prometo que da próxima vez, aviso!
E sumiu na escada, me deixando levemente envergonhada para trás. Eu só não sabia de quê, exatamente, que eu estava com vergonha.
Gente... O Barnes e a Jones, hein...
E o Sam é um amorzinho para aturar a Nat, hein... KKKKKKKKKKK Até eu me estresso com essa menina, gente! Na boa 🤦🏻♀️🤦🏻♀️🤦🏻♀️
Espero que tenham gostado! ❤❤❤
Bjs 💋💋
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