Capítulo 2
Oi, pessoal! Voltei trazendo mais um Capítulo dessa fanfic que se tornou meu xuxuzinho! 💘💘💘
Obrigada pelo apoio inicial! Fico super feliz de saber que vocês gostaram! ❤💞
Enfim, eu amo muito esse capítulo! Espero que gostem também!
Bjs
Eu estava sentada sobre minhas próprias pernas, no meio de uma verdadeira bagunça de roupas e malas, bem no centro do quarto. Ruffles estava deitado, todo largado, perto da janela.
Fury tinha recomendado que levássemos apenas o essencial, pois lá teríamos tudo que era necessidade. Mas eu não sabia o que seria essencial.
Então, escolhi a maior mala e enfiei tudo que deu nela, o que continha até o ursinho de pelúcia do Ruffles. Enfiei a guia na coleira do meu dog, arrastando ele apartamento à fora e entrei no carro que foi disponibilizado para mim.
Fui em silêncio até a Shield, mandando mensagem para alguns amigos que tinham me procurado perguntando porquê eu ia para Nova Iorque. Suspirei, irritada, quando um deles comentou que foi Samuel Wilson quem contou.
O resto do caminho eu fui pensando em procurar dicas de meditação, yoga, pilates, incenso, chá... Qualquer coisa que me fizesse controlar o impulso de matar ele.
No final, eu conseguia entender Bucky Barnes. Com a diferença de que, no fundo, Bucky gostava de Sam. E eu não.
Trabalhei com Bucky algumas vezes e, apesar de ser calado e fechado, era uma pessoa legal.
E foi quando ele me mandou uma mensagem me desejando sorte pelos próximos dois meses e dizendo que sabia esconder um corpo, caso eu precisasse, que percebi que tinha chegado na Shield.
Claro que muitos agentes levaram um verdadeiro susto com Ruffles. Mas se eles soubessem o bobão que esse bicho era...
Bati na porta de Fury e entrei com Ruffles, o que o deixou sem reação, enquanto eu pedia para acabarmos logo com aquilo.
-Isso é seu cachorro?
-Esse é o Ruffles. - Apresentei, coçando atrás das orelhas dele. - Eu teria deixado no carro, mas o motorista se recusu a ficar sozinho com ele.
-Eu nem imagino o porquê! - Fury respondeu, com ironia.
Franzi os olhos mas me controlei. Ruffles era um filhotinho de cerca de três semanas quando o achei perdido na neve da Sibéria, no meio de uma missão. Ele era um Husky Siberiano, mas talvez, tivesse algum traço de um lobo no sangue. Afinal, ele era totalmente preto e tinha olhos azuis claros, além de um porte gigante para um Husky e uma cara de poucos amigos.
Mas é claro que só tinha a cara.
Eu não tive coragem de deixar ele para trás e trouxe escondido comigo. Fiz quase o papel de mãe dele, já que até o leite eu tinha que dar porquê ele não tinha dentes ainda. E era o amor da minha vida.
Fury parou de enrolar e pegou uma pasta com meus novos documentos. Ao menos, não tive que mudar meu primeiro nome, mas me incomodava muito ter uma certidão de casamento com Samuel.
Nathalie Everdeen. Vinte e sete anos. Professora. Natural de Portland. Casada há seis meses com Samuel Everdeen. Trinta e sete anos. Engenheiro (Ah, tá bom que alguém vai acreditar!), ex-fuzileiro naval. Natural de Washington. Mereço...
-Isso é um urso?
Ah, não...
Ignorei a presença de Samuel e voltei a me concentrar nas informações na minha mão. Fury fez um sinal para que ele entrasse. Sam não moveu um músculo na porta e só depois eu vi porquê: Ruffles não parava de o encarar.
Esse é o bebê da mamãe!
-Quando você disse cachorro, achei que estava se referindo a um poodle...
-Ela tem cara de quem tem um poodle?
Encarei Fury, seriamente, por cima do papel. Ele respirou fundo e voltou a encarar Samuel.
-Você quer entrar, Samuel?
-Não, obrigado. Vai que o cachorro é tão louco quanto a dona? Dizem que eles refletem a personalidade do dono, não é?
-Olha, ele tem juízo! - Desdenhei.
Fury esfregou o rosto. Me distraí por um segundo e quando percebi, Ruffles tinha andado até Samuel, o que o fez ficar parado, igual a uma estátua. Sorri internamente.
Mas no segundo seguinte, fui traída. Ruffles latiu feliz e se agitou, derrubando uma cadeira com o rabo, enquanto pedia carinho a Sam. Ele deu uma risada, soltando o ar dos ppulmões e até Fury teve que reprimir a vontade de rir.
-Olha só! É um emburrado por fora, mas um neném por dentro! - Samuel me encarou, sorrindo desafiadoramente. - Será que a dona também é?
Fechei a mão, tentando controlar o impulso de esganar ele. E o cachorro.
-Vai descobrir que nem todos os ditos populares são verdade, Wilson.
Ele teve a audácia de rir de novo, enquanto sentava ao meu lado com...
Meu queixo caiu.
Ruffles pulou no colo dele e ficou abanando o rabo. Esse cachorro traidor vai para a adoção assim que voltarmos de Nova Iorque!
Fechei a cara o que fez Samuel rir tanto que quase caiu da cadeira. Tudo bem, Ruffles era um bobão, mas nunca gostou tanto assim de ninguém gratuitamente.
Não sei quanto tempo fiquei encarando os dois, mas foi tempo suficiente para Samuel falar que tinha entendido a missão e para começar a tirar pequenas dúvidas.
Desviei o olhar, constrangida, enquanto tirava algumas dúvidas também.
Dez minutos depois, fomos liberados. E já estávamos saindo da sala quando Fury exclamou:
-Ah, eu já ia esqucendo...
Samuel olhou para mim e dei de ombros. Sei lá o que ele estava esquecendo, pombas!
Voltamos e sentamos. Ruffles aguardou também, observando Fury.
Fury pegou uma caixinha de veludo vermelha e eu murchei na cadeira, sentindo que ia odiar o que tinha alí dentro. Fury abriu e nos entregou.
-Antes que reclamem, não existe um único casal na face dessa terra que não use alianças.
Fechei os olhos, prevendo a piadinha. Mas ela não veio. Samuel só pegou a caixinha e pôs no bolso.
-Como sabe o tamanho dos nossos dedos, Senhor?
Fury o encarou e deu de ombros.
-Ela é ajustável.
-Ah... Bem esperto.
-Diferente de você. - Reclamei.
Samuel franziu a testa e me encarou.
-Que?
-Tá surdo?
-Para os dois! - Fury exclamou, se levantando e abrindo a porta para a gente.- Vão logo! E tentem não se matar, vai dar trabalho para refazer tudo!
Saí da sala soltando fogo pelas ventas e mal andamos dois passos, empurrei Samuel até uma parede, o segurando pela gola da blusa. É claro que isso atraiu atenção, até porquê, eu tinha que quase ficar na ponta dos pés para o encarar com uma distância menor.
Ele pareceu surpreso, mas se recuperou rapidamente, me encarando com as sombrancelhas erguidas e sorrindo de lado.
-Sabe, achei que você ia esperar até Nova Iorque para me jogar na parede... Confesso que não sou tímido, mas acho que aqui não é o melhor lugar para...
-Cala a boca! - Exclamei, irritada. - Eu só quero deixar algumas coisinhas bem claras entre nós, Wilson.
-E precisa me segurar com tanta força e tão perto? - Ele me olhou de cima. - Quero dizer... Não tão perto. Como que está aí embaixo?
Dei um chute no joelho dele, o que o fez cair sentado no chão e me olhar surpreso.
-Não sei, me diz você.
Samuel semicerrou os olhos para mim, mas suspirou e riu. Se levantou em seguida e acariciou Ruffles, que tinha ido conferir se ele estava bem. O andar inteiro nos olhava.
-Está bem, Princesa. Sou todo ouvidos!
Controlei a vontade de dar mais um chute nele e comecei a contar nos dedos.
-Primeiro e mais importante: Eu não vou admitir que você me atrapalhe de provar que o prefeito desvia verbas! Não vou!
-Parece que alguém não esquece o passado...
-Não, não esqueço! - Falei, me irritando. - Então, vamos a algumas regrinhas que vão garantir sua sobrevivência perto de mim, está bem?
-Claro, Princesa.
-Não me chama de Princesa! - Exclamei, irritada.
Samuel sorriu de lado e cruzou os braços.
-Pode deixar... Princesa.
Respirei fundo. Eu ia acabar com o meu réu primário.
-Segundo, vamos morar juntos, mas eu tenho o meu espaço e eu odeio que ele seja invadido.
-Tudo bem.
-Não vamos nos beijar!
-Prefiro beijar a lata de Lixo, Nathalie!
-Ótimo! - Sorri. - Nosso contato vai ser extremamente profissional... Não que você saiba o que é isso, mas faça um esforço para fingir que sabe.
Samuel suspirou e me encarou. Depois, olhou o relógio no pulso e me encarou de novo.
-Por mais que eu odeie interromper...
-Você não odeia. ,- Acusei.
Ele riu.
-Você me conhece tão bem! - Dei um tapa nele, o fazendo rir mais. - Enfim... Nosso vôo...
Ele não precisou falar duas vezes. Saí arrastando Ruffles pela coleira corredor a dentro. Samuel veio até nós, nos seguindo de longe. Ele era insuportável. E o fato de falar com meia Shield também era.
Abri a porta do carro e deixei Ruffles entrar primeiro. Depois entrei e, na hora em que ia fechar a porta, Sam a segurou e entrou junto. Encarei ele, incrédula.
-Você enlouqueceu, Samuel?
-Caso não tenha percebido, meu amor, somos casados. Vamos juntos para o aeroporto. Pegar um avião juntos. Chegar em Nova Iorque juntos. E na Vila. Juntos.
Me deixei escorregar pelo banco e revirei os olhos. Ruffles apoiou o queixo no meu ombro e fiz um carinho no pescoço dele.
-Eu taquei pedra na cruz e acertei na testa de Cristo. Não é possível!
Samuel deu uma risada Tão alta que eu me estremeci. Mas ignorei e foquei minha atenção em Ruffles.
-Admite que me ama, Nathalie...
-É feio mentir, Wilson.
Ele riu e se encostou na porta do carro. Nunca torci tanto para uma porta abrir na minha vida.
-Você ainda vai gostar de mim. Estou sentindo!
-Nem que minha vida dependesse disso!
Samuel deu um sorriso irritante e esticou a mão. Ruffles deu a pata para ele, abanando o rabo. Ele me olhou, de lado.
-Seu cachorro gosta.
-Ele é um traíra e vai para a adoção assim que voltarmos.
Ruffles ergueu as sombrancelhas e me encarou. Parecia que ele tinha entendido.
Ficamos em silêncio até o aeroporto, onde Samuel começou a cantar para passar o tempo até o nosso avião chegar. Quando eu achei que não dava para ele ficar mais insuportável, ele simplesmente me tacou uma notinha de papel na testa.
O encarei. Seriamente.
-O que você e o Barnes tem?
Engasguei com o ar e tossi que nem uma doida. Sam ergueu as sombrancelhas, enquanto eu bebia minha garrafa de água. Ele esperou.
-Te interessa, Wilson?
-Na verdade... Sim. - Pausa. Ele cruzou os braços e me encarou. - Vocês parecem próximos.
Franzi a testa.
-Não somos.
-Mas parecem.
-Só porquê tivemos algumas missões juntos. - Rolei os olhos. - Ele não é exatamente um amigo, mas ele é mais responsável e legal que você! E não me fez perder de vista um fugitivo!
Sam bufou.
-Então, vocês não tem nada?
Bati o pé, impaciente e olhando para o relógio. Ele estava invadindo meu espaço pessoal.
-Ele é bonitão... Todo mundo quer namorar ele...
-Ele é traumatizado, Samuel. - Respondi o encarando. - E sim, é bonitão. Não vou mentir, se ele quisesse, eu não ia recusar. Mas não acho que um namoro caiba na vida dele, muito menos na minha! Já matei sua curiosidade, seu idiota?
Ele sorriu.
-Sim, Princesa.
-Para de me chamar de Princesa!
-Tá bem, Princesa.
Oh, Deus... Eu ainda vou assassinar ele.
O avião particular alugado chegou e arrastei Ruffles até ele, seguindo Samuel pelo caminho. Subimos as escadas. E fiz questão de sentar na cadeira mais distante dele.
O trajeto todo durou cerca de três horas e meia e levamos mais uma hora e vinte para chegarmos ao condomínio enorme em Manhattam Village.
-Sabe que vai ter qur fingir ter classe, não sabe, Samuel? - Comentei, finalmente, depois que calei a boca em Washington.
Samuel chegou a levar um susto com a minha voz e eu tive que reprimir a risada. Ele me encarou e assentiu, abrindo a mochila no carro alugado que eu estava dirigindo.
Ele tirou a própria camisa e eu desviei o olhar, enquanto ele puxava uma outra de dentro da mochila e me olhava.
-Eu achei que você só dirigia motos.
-Eu dirijo os dois.
Ele jogou a mochila para trás e percebi que tinha trocado a blusa com o emblema de uma faculdade qualquer por uma branca, de botões, mais formal.
-Nathalie...
-Que?
-Não era melhor você trocar suas roupas? - Samuel questionou, com um sorriso idiota.- Quero dizer, blusa decotada e calça jeans rasgada e apertada dessa forma não é muito "acadêmico", sabe?
Respirei fundo, manobrando o carro para estacionar em frente a casa enorme e moderna que tinha sido assinalada como nosso endereço.
-O dia que sua opinião for dinheiro, você me dá, Wilson!
Eu ia sair do carro, mas ele pulou por cima de mim e puxou a porta, fechando. Me recostei contra o banco e dando um tapa na orelha dele.
-Ai, Jones!
-Tá maluco?!
-Eu só ia dizer que você esqueceu um detalhe importante! - Samuel recostou no banco e me encarou. -Eu não quero seu corpo, não, maluca...
Franzi os olhos, pronta para dar outro tapa na fuça dele quando Samuel segurou meu pulso, fazendo uma careta e esticou a outra mão.
Vi a aliança dourada refletindo na mão dele e suspirei, abaixando a minha própria mão.
-Não tem possibilidade de não usarmos isso?
Ele rolou os olhos e puxou minha mão, enfiando a aliança no meu dedo, enquanto ajustava ela.
-Isso é só uma porcaria de um anel, Nathalie. Não se emociona, não!
Revirei os olhos, acertando outro tapa na orelha dele. Samuel deu uma risada, segurando o local do tapa.
-Sabe que essa agressividade toda me deixa excitado, né?
Bati a porta do carro com força. Ruffles levou um pequeno susto, mas abanou o rabo com entusiasmo assim que soltei a coleira dele.
Samuel deu a volta no carro e pegou minha mala, puxando a minha mão. Puxei ela de volta e me soltei do aperto dele. Samuel me encarou com uma careta e forçou um sorriso.
-Tem gente vindo para cá!- Falou entredentes. - Finge que me ama!
-Nunca!
-Finge que não me odeia, Então! - Ele continuou fingindo um sorriso e perdeu a cor. - Ótimo!
-Quem é?
Ele não respondeu, mas a mulher que soltou uma exclamação empolgada perguntando se éramos os novos vizinhos respondeu a pergunta e identifiquei Mary Tobey, a mãe do Prefeito.
Hzjs
Gente, o tanto que a Nathalie é agresssiva 😂😂😂😂
E mais alguém sentiu um certo cheiro... De ciúmes? 😏
Espero que tenham gostado! 💘
Nos vemos no próximo!
Bjs 💋
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