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Capítulo 33

"Algumas escolhas podem nos transformar para sempre." – A Seleção

Pov Cassie

Meus dias não têm sido fáceis. Eu realmente achei que Harry e eu conseguiríamos manter uma boa convivência, mas era óbvio que isso nunca aconteceria. Passamos o quê? Dois dias bem, talvez. No entanto, passamos a maior parte do tempo discutindo e nunca conseguimos entrar em um consenso em relação a Ariel.

Ontem, estávamos procurando uma escola para ela e, como sempre, quase não chegamos a um acordo. Ele queria colocá-la em uma instituição renomada, enquanto eu preferia algo mais simples. Não gosto do ambiente da elite. Apesar de estar em uma situação financeira mais confortável agora, ainda tenho receio de deixar minha filha cercada por esse tipo de gente. Eles podem ser cruéis, e não quero isso para ela. No fim, só conseguimos nos entender quando Emma encontrou uma vaga na escola onde sua filha estuda. Como elas têm quase a mesma idade, será ótimo para Ariel.

Hoje, tenho um evento importante: a empresa foi premiada como a melhor empresa de marketing do ano, e, como representante em Londres, irei receber o prêmio. Apesar da honra, não gosto nem um pouco desse tipo de ocasião, principalmente aqui. Muitas pessoas me conhecem, e eu não quero relembrar o passado.

— Senhora Cassie, aqui estão suas credenciais para o evento desta noite.

— Muito obrigada, Pilar. Só vou terminar algumas coisas aqui, você já pode ir para casa — libero minha assistente.

Após finalizar meu discurso, vou para casa. Preciso me arrumar e colocar minha filha para dormir. Odeio ficar tanto tempo longe dela, mas esta semana tem sido uma loucura. Ainda bem que tenho Gail. Não confiaria em deixar Ariel sozinha com um desconhecido.

— Mamãe... — Ariel corre em minha direção.

— Que abraço gostoso! Eu estava morrendo de saudades, meu amor — levanto-a nos braços, mas percebo seus olhos vermelhos. — Ei... Por que está chorando?

Ela deita o rosto em meu ombro e chora ainda mais.

— Filha... Olha pra mamãe, o que aconteceu?

— Não quero dormir sozinha. O vovô disse que você vai sair, mas eu quero ir também.

— Oh, filha... A mamãe não pode te levar. E, acredite, é um evento superchato, você não iria gostar.

— Eu quero ficar com você...

— Amor, olha para mim — ela me encara com os olhinhos cheios de lágrimas. — Que tal me ajudar a escolher minha roupa? Aí eu vou buscar aquele prêmio para você colocar na sua estante, e, quando voltar, durmo com você. Amanhã passamos o dia juntinhas, o que acha?

— Posso escolher um vestido de princesa? — ela sorri entre as lágrimas.

— Você escolhe o vestido e o prêmio será seu! O prêmio da filha mais linda, perfeita e maravilhosa do mundo — coloco-a no sofá e começo a enchê-la de beijos. — Eu te amo, meu amor. Prometo compensar o tempo longe.

Ariel escolhe um vestido de cetim azul escuro com alças finas e um decote profundo. O vestido tem uma fenda alta na perna, adicionando um toque sofisticado e sensual ao look. Meu cabelo ruivo está solto, levemente ondulado, dando um ar natural e marcante e minha maquiagem é marcante, destacando meus olhos azuis com sombras escuras e um acabamento luminoso na pele.

Depois de pronta, coloco ela para dormir, e vou para o evento. Meu motorista já está esperando, o que facilita muito, pois estou atrasada." 

O local está cheio de pessoas elegantes, onde, de longe, conseguimos perceber poder e luxo. Confesso que só queria sair correndo daqui nesse momento. Vou até a mesa que está reservada para mim e fico assistindo à premiação.

— Agora, quem vem receber esse prêmio é a nossa querida Cassandra Morgan, representando a Visionary, a mais nova empresa de Marketing de Londres. — Subo ao palco para receber o prêmio, faço um pequeno discurso agradecendo a todos e volto rapidamente para minha mesa. Só quero que isso acabe logo. É incrível como estar de volta a este lugar trouxe de volta todas as minhas angústias e traumas.

Em Boston, tive em três anos tudo o que não consegui durante toda a minha vida aqui: amigos, um lar saudável, pessoas que realmente se preocupavam comigo. Agora estou de volta, completamente diferente — bem-sucedida, vestindo roupas elegantes — mas, ainda assim, parece que há um vazio. Nada disso parece realmente fazer parte de mim, porque o que mais preciso, eu não tenho. Só queria poder pegar minha filha e ir embora o mais rápido possível, mas Harry e sua família nunca permitiriam. Estou presa aqui para sempre.

O salão está cheio, e o som de vozes misturadas cria um ruído abafado, distante, enquanto me movo entre as pessoas, distraída, quase no piloto automático. Então, ao virar o rosto, meus olhos o encontram — ele, sentado a alguns metros de mim. Mas ele não está sozinho.

Meu coração para por um segundo, como se o mundo tivesse ficado mudo. Vejo-o ali, rindo de algo que ela disse, os dois tão próximos, como se nada mais existisse ao redor deles. Ela toca seu braço, e ele não se afasta, apenas sorri de volta. A intimidade no olhar deles me atinge como um golpe direto.

Ele me vê e vem até mim.

— Para alguém que acabou de ganhar um prêmio, você não parece nem um pouco animada — ele diz, e tudo o que consigo enxergar é sua mão agarrada à cintura da mulher ao seu lado.

— Amor — a mulher se aproxima e coloca as mãos no pescoço dele. — Vamos? Quero aproveitar bastante essa noite ainda.

Ela desliza a mão pela camisa dele, desabotoando um dos botões.

— Claro, mas antes... você não quer mostrar seu anel para ela? — Ele sorri, e a mulher levanta a mão, exibindo um anel enorme no dedo. — Estamos apenas finalizando o quarto da Ariel para nos casarmos.

Perco completamente o foco da conversa quando ele menciona o nome da minha filha. O que ele quer dizer com isso? Ele realmente acha que vou permitir que minha filha more na mesma casa que essa mulher?

— Com licença — murmuro, pegando minhas coisas e saindo.

Antes que consiga chegar à porta, uma dor familiar ataca meu peito.

— Agora não, por favor... — sussurro para mim mesma.

A dor é aguda, profunda, e me deixa sem ar. O chão parece sumir sob meus pés, e tudo ao redor fica embaçado, distorcido. Tento me mover, sair dali antes que alguém perceba, mas minha visão começa a escurecer, minhas pernas fraquejam, e tudo o que consigo pensar é em escapar.

Saio apressada, empurrando a porta e sentindo o ar fresco bater no rosto, mas o nó na garganta não alivia. As lágrimas já estão caindo, e minha respiração fica cada vez mais pesada, como se meu corpo estivesse desistindo de lutar contra essa tristeza. Encosto-me na parede, tentando me recompor, mas a dor me consome por dentro, intensa e devastadora. Sinto que tudo está desmoronando. Fecho os olhos e tento controlar a respiração, mas a imagem dos dois juntos continua me assombrando, gravada na minha mente.

Ali, sozinha e sem forças, percebo que algo dentro de mim se quebrou naquele instante. Algo que talvez eu nunca consiga juntar novamente.

— Cassie... — uma voz masculina me chama. — Você está bem?

Olho para o homem à minha frente. Minha visão está embaçada, mas consigo reconhecer. É Christian, marido de Emma. Ele também ganhou um dos prêmios esta noite.

— Vem comigo — diz ele, me guiando até uma sala reservada. Ele me entrega uma garrafa de água.

— Obrigada, já estou melhor — tento me levantar, mas minha cabeça ainda está girando.

— O que aconteceu?

Lanço um olhar na direção de Harry, que ainda está agarrado à mulher que estava com ele.

— Já entendi — ele diz. — Eu já estou indo embora. Vem, te dou uma carona.

Entro no carro e tento esconder as lágrimas que insistem em cair.

Eu preciso sair de Londres.

Christian me deixa em casa me troco e vou para o quarto da minha bebê, ela é a única pessoa que consegue me acalmar nesse momento. Deito ao seu lado e fico acariciando seus lindos cabelos ruivos.

Era madrugada quando ouvi alguém batendo com força na porta. O som cortou o silêncio da noite, e, mesmo com a minha cabeça pesada de sono, eu sabia exatamente quem era. Harry. Não demorou muito para que ele começasse a bater de novo, cada soco na madeira mais impaciente que o anterior. Eu queria ignorá-lo, mas sabia que não ia conseguir dormir enquanto ele estivesse ali.

Levantei da cama, passei a mão nos cabelos desarrumados e fui até a porta. Não estava com paciência, mas abri mesmo assim. Ele me encarou com aqueles olhos intensos, ainda respirando pesadamente, como se tivesse corrido até ali.

— Harry, o que diabos você está fazendo aqui a essa hora? — minha voz saiu rouca, um pouco irritada por ter sido acordada no meio da noite.

— Eu preciso falar com você! — ele respondeu, os olhos fixos nos meus, com aquele tom que eu reconhecia muito bem: o de alguém que estava completamente bêbado. — Você não pode simplesmente desaparecer e me deixar no escuro, Cassie!

Eu respirei fundo e me encostei na porta, cruzando os braços. Não estava disposta a ceder.

— Você estar bêbado, podemos conversar amanhã e cadê sua noiva?

Ele deu um passo à frente, sem pensar nas consequências. O que ele queria? Invadir a minha casa agora, no meio da madrugada, e me forçar a dar uma resposta que não estava pronta para dar?

— Eu vou casar e levar minha filha pra morar comigo — A raiva na voz dele ficou clara, e o tom agressivo só aumentava.

Eu não aguentei mais. Já estava no limite.

— Você é tão egocêntrico, Harry! — gritei, tentando empurrar a porta para fechá-la, mas ele não se moveu. — Você acha que o mundo gira em torno de você, que tudo tem que ser do seu jeito! 

O silêncio entre nós ficou pesado. Eu o vi tentar entender o que eu estava dizendo, mas ele não parecia capaz de captar a mensagem. Nesse estado nem sei se ele é capaz de captar alguma coisa. 

— Então, me diga porque, Cassie! — ele quase implorou, mas não parecia sincero. Só estava frustrado, e eu não sabia se isso era porque ele ainda se importava ou se estava apenas irritado por não ter o controle.

Eu olhei para ele, me sentindo mais exausta a cada palavra que ele falava. 

— Porque eu confiaria em você novamente. 

— Você é um idiota! — bato nele. — Eu te odeio, te odeio! Queria nunca ter te conhecido! — começo a socá-lo enquanto as lágrimas escorrem descontroladamente. — Eu não aguento mais isso... não aguento... — minhas forças me abandonam, e eu caio no chão.

— Cassie... — ele tenta me levantar.

— Não encoste em mim! — apoio-me no pouco de energia que me resta para finalmente dizer tudo o que sempre quis. Não tenho nada a perder. — Nenhum de vocês merecem me tocar! Vocês se acham bons o suficiente para julgar os outros sem saber de nada! Mas, no final, vocês não passam dos verdadeiros vilões do meu conto de fadas! Julgam, maltratam, se acham no direito de destruir a vida de alguém sem ao menos tentar entender o outro lado!

— Cassie... — ele tenta me interromper.

— CALA A BOCA! — grito. — Eu estou falando e você vai me escutar. Vai me escutar atentamente, porque esta é a última vez que você vai me ver! Desde que me conheceram, você e sua família fizeram da minha vida um inferno! Vocês não mereciam Henry. Ele era bom... Ele me ajudou.

— E O QUE VOCÊ FEZ EM TROCA? MATOU ELE? —

A raiva me consome. Dou um tapa forte no rosto dele.

— Saia da minha casa.

— Eu só saio daqui com a minha filha.

— Ela não é sua filha! Ela é minha, somente minha! Eu cuidei dela sozinha quando sua mãe me expulsou de Londres! — cuspo as palavras sem pensar.

— Como é que é? — só então percebo a grande besteira que fiz.

— Não é o que você está pensando... Eu só preciso ficar sozinha... — tento empurrar ele para fora, mas ele é mais forte do que eu.

— Eu não vou embora! Eu sou o pai dela, e você vai me contar tudo o que acontec...

— Mamãe...

Olho para trás e Ariel estar nos olhando assustada. Enxugo minhas lagrimas e tento me recompor, vou até ela e a seguro no colo.

— Oi meu amor, porque estar acordada? 

— Vocês estavam brigando?

— Não, claro que não, o papai estava com saudades e veio te ver, eu só estava falando para ele voltar amanhã, porque você já estava dormindo. 

— Isso filhinha, vem cá da um beijo no papai e pode voltar a dormir — ela fez o que ele pede a volta para seu quarto. — Precisamos conversar. 

— Hoje não, agora vai embora. 

Dei um passo para trás e, antes que ele pudesse responder, bati a porta com força, deixando-o ali, na calçada, com a mão estendida, sem mais nada a dizer. Eu sabia que ele não entenderia agora, mas talvez um dia ele compreendesse. 



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