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Capítulo 27

"Assim seguimos, como barcos contra a corrente, impelidos incessantemente de volta ao passado." - F. Scott Fitzgerald:

Pov Cassie

Três anos depois...

Três anos se passaram desde a última vez que estive aqui. É estranho retornar após tanto tempo. O nervosismo toma conta de mim assim que desço do avião. Meu passado em Londres transformou o lugar que um dia sonhei morar durante a infância em algo que aprendi a odiar.

— Mamãe, estamos em Londres! — exclama minha filha, com um sorriso radiante no rosto.

— Sim, meu amor, estamos em Londres. — Abaixo-me para ficar na altura dela, afastando delicadamente alguns fios de cabelo que caem sobre sua face. — Está ansiosa para conhecer o vovô Gail? — Ela assente com entusiasmo, antes de pular nos meus braços.

Após pegar nossas malas na área de desembarque, encontramos um táxi disponível. Dou as instruções ao motorista, pedindo que nos leve ao bar mais famoso da cidade. Pode parecer exagero, mas o bar do Gail é incrível e merece a reputação.

Assim que cheguei a Boston, há três anos, conheci Alexander Reid, dono de uma renomada empresa de marketing. Ele me ofereceu um emprego após me encontrar em uma situação extremamente difícil, sem dinheiro, sem casa e sem qualquer perspectiva em uma cidade desconhecida. Aceitei o trabalho, que parecia simples e temporário, mas acabou transformando minha vida. Hoje, tenho um cargo sólido em uma das agências mais respeitadas de Boston.

Alexander foi um homem generoso, alguém que salvou minha vida, e sou imensamente grata a ele. Até ele decidiu me enviar para Londres a trabalho. Estamos abrindo uma filial aqui, então preciso visitar algumas empresas antes de fechar parcerias importantes, mas minha intenção é resolver tudo rapidamente e voltar para Boston. Ninguém pode me ver aqui.

Ao chegarmos, Gail já está na porta, aguardando ansioso. Ele só viu Ariel uma vez, quando ela tinha alguns meses. Convencê-lo a nos visitar em Boston foi difícil, ele sempre justificava se justifica alegando que viagens longas não eram mais adequadas para sua idade.

— Vovô! — Eli corre até ele, abraçando-o com entusiasmo.

— Quero um abraço também! — brinco, juntando-me ao dois.

Gail nos levar até nosso quarto e após nos acomodarmos, vou para cozinha, atraída pelo aroma irresistível da comida do Gail. Boston tem uma ótima culinária, mas quanta falta eu sentir desse cheiro. 

— Assim o senhor vai me convencer a ficar aqui para sempre! — digo em tom brincalhão, acariciando minha barriga, Eli já está sentada, saboreando sua comida. Gail foi uma das pessoas que mais me ajudou na vida. Quando soube que eu estava grávida, tentou inúmeras vezes me convencer a voltar para Londres, mas eu resisti, temendo o que poderia acontecer.

— Mamãe, está uma delícia! — exclama Eli.

Vou até ela e deposito um beijo no topo de sua cabeça.

— Que bom, meu amor. Coma tudo, está bem?

Gail e eu comemos em silêncio por alguns minutos. A comida caseira é reconfortante, apesar de tentar ao máximo preparar esse tipo de refeição em Boston, a maioria das vezes me alimentava na rua devido ao trabalho. 

— Que bom que veio. Estava com saudades. — Ele me encara com uma expressão que conheço bem.

— Também senti saudades. — Encosto minha cabeça em seu ombro, na tentativa de evitar o assunto que sei que ele trará.

— Não faz sentido continuar fugindo, Cassie. Você não fez nada de errado.

Suspiro profundamente.

— Eu precisava ir. Foi o melhor para mim e para Eli. — Ele me observa em silêncio, seus olhos refletindo uma tristeza contida.

— Não vou insistir, mas lembre-se, não dá para fugir para sempre.

Coloco minha filha para dormir, lendo uma história enquanto ela adormece em meus braços. A lua ilumina suavemente o quarto, e, por um breve momento, sinto paz. Londres é tão diferente de Boston, onde a cidade nunca para. Aqui, o vento frio da noite e o brilho das estrelas me reconectam com algo que nem consigo explicar.

No dia seguinte, acordo cedo e me arrumo, tenho muitos compromisso e se eu conseguir resolver tudo hoje, amanhã já posso voltar para Boston. Minha primeira reunião é com uma empresa de tecnologia, foi rápida e conseguir finalizar com o contrato fechado, mas ne tudo são mil maravilhas, acabei de receber uma mensagem do meu chefe informando que terei que realizar entrevistas para a nova filial em Londres. Isso significa que minha estadia será prolongada.

Após mais uma reunião, decido fazer uma pausa para almoçar, no caminho passo por uma livraria e resolvo entrar para comprar alguns livros para Eli. É uma livraria charmosa, daquelas com vitrines antigas e o aroma inconfundível de papel envelhecido. Ariel ama livros, e prometi trazer um novo para ela. Enquanto escolho um título, o livro escorrega da minha mão. Ao me abaixar para pegá-lo, outra mão toca o mesmo tempo. O impacto é instantâneo.

Levanto os olhos, e o tempo parece congelar.

— Harry... — sussurro, quase sem voz.

Ele está ali, a poucos centímetros de mim, com o mesmo olhar intenso que permanece em minha memória. Sua expressão é um misto de surpresa, mágoa e algo mais que não consigo decifrar. Quero explicar, mas as palavras desaparecem. 

Ele está ali, a poucos centímetros de mim, com o mesmo olhar intenso que lembro tão bem. Seus olhos castanhos me perfuram, cheios de perguntas e, talvez, mágoa. O mundo ao nosso redor desaparece. É como se só existíssemos nós dois, presos nesse instante.

— Harry... — sussurro, minha voz quase inaudível.

Ele não responde. Não há uma palavra, apenas o silêncio e o peso de tudo que ficou por dizer nesses anos. Seu olhar é um misto de surpresa e algo que não consigo decifrar completamente. Talvez raiva, talvez saudade.

Minha mente se enche de lembranças, noites felizes, sonhos compartilhados e o que destruiu tudo que poderíamos ter sido. Ele nunca soube o motivo da minha partida, nunca soube que Ariel existe. Nossa filha. Esse segredo que guardei para protegê-la agora pesa como uma corrente em meu peito.

Quero explicar, mas minha garganta parece presa. Suas mãos ainda seguram o livro, mas ele não olha mais para ele. Está focado em mim, tentando entender se sou real ou apenas um fantasma do passado.

Então, como se o peso fosse insuportável, ele desvia o olhar. Lentamente, se levanta e coloca o livro de volta na prateleira. Sem dizer nada.

— Harry, eu... — tento, mas minha voz falha.

Ele não espera. Dá alguns passos para trás e, antes que eu possa fazer algo, se vira e caminha em direção à porta. Cada passo dele é um soco no meu coração, uma distância que parece impossível de atravessar.

— Espere! — minha voz finalmente encontra força, mas ele já abriu a porta e desapareceu na rua movimentada.

Fico ali, parada, tentando absorver o que acabou de acontecer. Tudo o que planejei, todas as palavras que ensaiei, se perderam no instante em que nossos olhares se cruzaram.

Pego o livro e caminho até o caixa, minhas mãos estão trêmulas. Saio da livraria, mas não consigo evitar olhar em todas as direções, na esperança de vê-lo novamente. Ele já se foi.

E agora, mais do que nunca, sei que não poderei fugir desse confronto por muito mais tempo. O passado não fica enterrado para sempre, especialmente quando o que você deixou para trás é alguém como Harry.

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