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Capítulo 26

Pov Cassie

Um dia para o torneio...

Eu realmente achei que iria dar certo, que ninguém iria descobrir. No dia estaríamos lá, para participar, ganharíamos e eu iria embora, depois de uma triste despedida. Mas tudo acabou nos últimos tempos. Não sei como, ela descobriu, mas agora é tarde demais...

⛸️

O luto atravessa diversas fases. As mais difíceis, aquelas em que a dor parece, quando a vida se torna um vazio imenso, sem sentido. Há também as fases de superação, nas quais começamos a aprender a lidar com a ausência, embora ainda sejamos profundamente tocados por ela. E, por fim, existem aquelas fases em que tentamos, de todas as formas, fingir que nada aconteceu, como se fosse possível retomar a vida de antes, como se tudo estivesse em seu devido lugar.

Talvez eu tenha me encontrado em uma dessas fases. Hoje, enquanto refletia sobre a vida e o que me restou dela, percebi que talvez tenha me estagnado em algum desses momentos.

Por mais que fosse óbvio desde o início que nossa participação no torneio não poderia passar despercebida, e que nenhum segredo permaneceria oculto para sempre, a dor de saber que nunca mais veria Harry é insuportável.

Lembro-me claramente de todas as qualidades que Henry destacava em relação ao seu irmão. Ele o admirava profundamente, e hoje, entendo o porquê. Harry é tudo o que Henry dizia e muito mais. Mesmo sem me conhecer, ele me ajudou, e após descobrir a verdade, continuou ao meu lado, me apoiando. Saber que não o verei mais é uma dor avassaladora.

Acredito que algumas pessoas simplesmente não foram feitas para serem felizes, pelo menos não de maneira constante. Quando era mais jovem, eu acreditava que a minha vez de ser feliz chegaria. No entanto, parece que, sempre que estou perto de encontrar a felicidade, algo muito ruim acontece e tudo piora.

Estou literalmente cansada de tudo isso.

Hoje, Emma nos liberou dos ensaios, dizendo que estávamos prontos. Ela sugeriu que descansássemos, então mandei uma mensagem para Harry dizendo que precisava de um tempo sozinha. Fui até seu apartamento para me despedir, mas não tive coragem, eu jamais conseguiria dizer adeus. Não quero mais vê-lo, vai ser mais fácil assim. Amanhã cedo, pegarei o primeiro ônibus para Boston. Preciso recomeçar minha vida longe de Londres. 

Depois de arrumar tudo, peguei meu casaco e saí para dar uma volta. Resolvi ir para o nosso lugar favorito, a pista de patinação. Provavelmente, será a última vez que usarei aquele lugar.

Coloquei meus patins, conectei o fone de ouvido e comecei a repassar toda a coreografia que iríamos apresentar amanhã.

Mas não consegui me concentrar. Os pensamentos de Harry e de Henry invadiram minha mente. Tentei entender onde as coisas começaram a dar errado. Se eu tivesse ouvido minha mãe, se nunca tivesse saído de casa, talvez Henry ainda estivesse vivo, mesmo que eu não estivesse.

Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, e a vontade de desistir da vida se tornou cada vez mais forte.

Tentei dar um salto triplo, mas acabei caindo e batendo a cabeça no chão. O corte na cabeça não me doía tanto quanto a dor no meu coração. A dor de ter que deixar o homem que amo novamente. Saber que nunca mais o veria.

— Cassie, querida — Harry me tirou de meus pensamentos com seu toque frio e arrepiante. Suas mãos me transmitiam um conforto, mas também medo. Não por medo de que ele me machucasse, mas por medo de nunca mais sentir seu toque. — Você está sangrando, vem — ele tentou me ajudar, mas eu afastei suas mãos. — O que aconteceu? Te machuquei? — ele perguntou, confuso.

Neguei, tentando me levantar, mas minha cabeça começou a rodar e eu acabei caindo novamente.

Imagens do acidente invadiram minha mente. Lembrei-me da minha mãe no estádio, mas logo percebi que provavelmente era apenas uma ilusão, pois não me lembrava de nada daquela noite.

Quando estava na prisão, consultei uma psicóloga algumas vezes, e ela me explicou que era normal não lembrar dos traumas vividos.

— Cassie...

— Me deixe, Harry. Não preciso da sua ajuda — fui grosseira de propósito. Queria que ele fosse embora. Não conseguia me despedir.

Mas ele ignorou meu pedido e me pegou nos braços, me levando para seu carro.

— Eu sei que você está nervosa, e isso é normal, considerando tudo o que já passou. Mas vai ficar tudo bem. Eu estarei ao seu lado para tudo. Nada vai acontecer com você — ele me confortou, e eu queria poder contar tudo para ele. Mas eu jamais o colocaria entre mim e sua família.

— Você não deveria ser tão bom comigo — sussurrei. — Eu matei seu irmão.

— Eu não acredito nisso, Cassie — ele disse, olhando profundamente nos meus olhos. — Eu confio em você. Sei que você não faria mal a meu irmão de propósito. Foi uma fatalidade, um acidente, que afetou duas vítimas, ele e você. — Suas palavras foram as mais reconfortantes que eu poderia ouvir. Não precisava que mais ninguém acreditasse em mim. Ele já era suficiente.

E amanhã, eu sabia que poderia ir embora com o coração mais tranquilo, porque a única pessoa que eu amo no mundo acredita em mim.

— Achei que iríamos para o apartamento de Emma.

Ele não respondeu, apenas me levou para seu apartamento, subindo comigo em seus braços.

— Eu ainda sei andar, príncipe Harry — brinquei.

— Uma dama como você deveria sempre ser carregada. Uma joia precisa ser bem cuidada — ele disse, sorrindo.

Ficamos em silêncio no elevador, comunicando-nos apenas com olhares. As portas se abriram e ele me levou até o banheiro, onde me colocou sentada na bancada e começou a fazer um curativo no meu rosto.

— Sua camisa — eu indiquei, percebendo que estava suja. Sem hesitar, ele a tirou e jogou no cesto de roupas ao lado.

Meus olhos se fixaram involuntariamente em seu peito, os braços fortes dele tiraram completamente minha atenção.

— Se continuar me olhando assim, vou ficar sem graça — ele disse, e eu me senti desconfortável. Não podia perder o controle agora, faltava apenas mais uma noite.

— Agora é só colocar isso aqui — ele disse, aplicando o curativo. — E pronto — seus olhos se fixaram nos meus lábios.

Estar tão perto dele, sem a presença de Emma, era torturante. Como ele poderia ser tão bonito, alto, forte? Meu olhar desceu novamente para seu peito, desejando que suas mãos me tocassem outra vez.

— Cassie... Eu vou te beijar — ele disse, e dessa vez, eu não consegui negar. Eu precisava dos seus lábios agora.

Coloquei minhas mãos em seu pescoço e o puxei para um beijo ardente. Era algo que eu nunca tinha experimentado. Eu o puxei com o mesmo desespero que ele me puxava. Suas mãos agarraram minhas coxas, me aproximando ainda mais dele, e, com apenas um braço, ele me levantou e me levou até sua cama.

Ele segurou minhas mãos. Eu achei que nunca mais sentiria algo tão intenso assim. Que o amor que eu sentia por Henry jamais seria substituído, mas a maneira como me sentia agora, com Harry, era única. Sabia que, quando fosse embora, nunca mais passaria por isso.

Ele deitou sobre mim e começou a desabotoar minha blusa.

— Temos que parar, Harry — disse, ofegante, com ele beijando meu pescoço. Ele entrelaçou nossas mãos e um leve gemido escapou de meus lábios.

— Eu sei... — ele respondeu, me beijando novamente. — Você é perfeita, Cassandra Morgan — ele sussurrou em meu ouvido. — Eu amo cada parte de você — ele desceu os beijos pelo meu corpo. — Seu sorriso... Suas sardas, que você odeia, mas que te deixam ainda mais linda. — Eu estremeci com seu toque. — Seu cabelo... — ele olhou nos meus olhos, e naquele momento, percebi que não sei como vou viver sem ele. — Eu estou completamente apaixonado por você. — Suas palavras me quebraram em pedaços.

— Nunca vou te esquecer, Harry... — Sua expressão se encheu de tristeza, mesmo que indiretamente ele soubesse que isso era uma despedida. Ele só não sabia que seria a última vez que me veria.

— Não quero que passe o resto da sua vida pensando em mim, no meu irmão, neste lugar. Quero que você seja feliz, Cassie. Mesmo odiando o fato de que você precisará ser feliz longe de mim, com outra pessoa, você merece ser feliz.

Ele beijou delicadamente minha testa. Seus olhos se encontraram com os meus, e eu nunca vi tanta sinceridade neles.

A cama estava silenciosa, exceto pelos sons suaves da noite lá fora e o ritmo calmo de nossas respirações. Era como se o mundo tivesse parado por um momento, permitindo-nos apenas existir um para o outro. Eu podia sentir o calor de Harry ao meu lado, o jeito como ele me envolvia com seus braços, como se fosse uma proteção contra tudo o que estava fora daquele quarto.

Era a primeira vez que dormíamos juntos, e não no sentido físico, mas no mais profundo de nossa conexão. Cada toque seu, cada movimento seu, parecia me dizer algo que palavras não podiam expressar. Eu me sentia segura de uma maneira que nunca imaginei ser possível, mesmo sabendo que, no fundo, a dor ainda estava lá, ameaçando surgir a qualquer momento. A dor da perda, a dor de não saber como as coisas acabariam, mas, por algum motivo, com Harry, eu conseguia deixar de lado, nem que fosse por um momento.

— Cassie... — Harry murmurou baixinho, quebrando o silêncio, sua voz suave como uma brisa. Ele se afastou um pouco, apenas o suficiente para me olhar nos olhos. — Eu quero que você saiba que isso, tudo isso... não é só uma noite. Não é só um momento. Isso é real, Cassie. Você é real.

Suas palavras penetraram em mim como uma verdade inegável. Eu nunca fui boa em confiar nas pessoas, especialmente nos homens. Mas com Harry, havia algo diferente. Algo que me fazia sentir que ele realmente me via, não apenas a minha dor, mas tudo o que eu era.

Eu olhei para ele, procurando alguma confirmação de que ele realmente sentia o que eu sentia. Ele tinha o olhar mais honesto, mais puro, que eu já vi em toda a minha vida. E, naquele instante, sabia que, de alguma forma, ele também estava sentindo o peso de tudo o que havia acontecido entre nós.

— Eu nunca soube o que era ser amada assim — disse, minha voz trêmula, revelando mais do que eu queria. — Sempre achei que o amor fosse algo passageiro, algo que você experimenta e depois perde. Mas com você, parece que é diferente. Eu... não sei o que fazer com isso.

Harry sorriu suavemente, passando os dedos pelo meu cabelo. Seus olhos estavam cheios de carinho, mas também de uma dor silenciosa, como se ele também temesse que este momento e passageiro. Mas, em vez de dizer algo sobre isso, ele apenas me abraçou mais forte, como se isso fosse a única resposta necessária.

— A gente vai descobrir isso juntos — ele respondeu, a voz cheia de determinação. — Não precisa ter pressa, Cassie. Vamos dar tempo ao tempo. Só não me deixe, por favor. Não me deixe, por mais que você tenha medo. Eu vou estar aqui, com você, a cada passo.

Aquelas palavras... era tudo o que eu precisava ouvir. Porque, no fundo, eu também sabia que não poderia mais viver sem ele, mas eu preciso, então quero esquecer tudo por hoje e apenas curtir aquele momento único em minha vida.

Ele fica por cima de mim, seus lábios deslizam até o meu queixo, depositando alguns beijos suaves. Com cuidado, ele desfaz o botão da minha calça, retirando-a lentamente. Seus dedos percorrem o interior das minhas pernas, subindo suavemente, enquanto ele mantém o olhar fixo nos meus. Curvando-se sobre mim, ele beija minha barriga com delicadeza, enquanto suas mãos continuam a explorar cada parte do meu corpo, de forma lenta e intencional.

— Oh, Harry... — meus dedos se apertam no edredom enquanto me entrego completamente a ele.

E foi assim, naquele momento de vulnerabilidade e confiança mútua, que nossas almas se entrelaçaram de uma maneira que nada mais poderia desfazer. Eu me deixei adormecer nos braços dele, sabendo que, seria a última vez.  

Ficamos em silêncio por alguns minutos, a respiração ainda desacelerando enquanto a noite parece nos envolver em uma paz rara. O rosto de Harry está relaxado, e um sorriso tranquilo dança nos lábios dele, como se estivéssemos compartilhando um segredo que só nós dois entendemos. Ele ainda segura minha mão, os dedos entrelaçados nos meus, e sinto o calor de seu toque me tranquilizar.

Olho para o teto, tentando assimilar tudo o que aconteceu, mas a realidade de que isso é mais do que eu poderia imaginar me atinge com força. O que vivemos aqui foi muito mais do que uma conexão física. Foi como se tivéssemos deixado para trás todos os medos, todas as dúvidas, e finalmente nos permitido existir um para o outro, sem as sombras do passado.

Harry vira para o meu lado, apoiando a cabeça em seu braço, e me observa com um olhar que derrete qualquer defesa que eu ainda pudesse ter. Sinto minhas bochechas esquentarem, mas sorrio de volta, incapaz de disfarçar o quanto me sinto vulnerável e, ao mesmo tempo, tão segura ao lado dele.

— Cassie... — ele começa, a voz baixa, como se não quisesse quebrar a delicadeza do momento. — Eu não sei como explicar o que estou sentindo agora, mas sei que nunca senti isso antes.

Fecho os olhos por um segundo, tentando absorver cada palavra. O coração bate um pouco mais rápido, e quando olho para ele, vejo a sinceridade e o cuidado no rosto dele, como se estivesse me mostrando partes de si que guardou por muito tempo.

— Também não sei explicar, Harry... mas é como se, por um instante, tudo finalmente fizesse sentido.

Ele sorri, e vejo seus olhos brilharem um pouco mais, como se soubesse exatamente o que quero dizer. Ele me puxa para mais perto, e fico aninhada em seus braços, o calor do corpo dele me envolvendo completamente.

Permanecemos assim, em um silêncio confortável, nossas respirações em sintonia. Lá fora, a cidade parece distante, como se estivéssemos em nosso próprio mundo. Fecho os olhos, absorvendo a sensação de paz, de pertencimento. E, enquanto o cansaço vai se instalando aos poucos, sinto que, pela primeira vez em muito tempo, estou exatamente onde deveria estar.

Harry beija o topo da minha cabeça, sussurrando um boa-noite que ecoa suavemente. Nos deixamos levar pelo sono, e, enquanto adormeço em seus braços, uma certeza me envolve, essa noite vai ficar marcada para sempre.

Pov Harry

Acordo com a claridade do luz do sol batendo em meu rosto. As lembranças de melhor noite da minha vida me fazem acordar sorrir, mas logo ele é desfeito quando não encontro o motivo do meu sorriso ao meu lado.

- Cassie... Tudo bem? - levanto para procurar ela, mas paro ao encontrar um papel com meu nome escrito.

Querido Harry, eu espero que me entenda o que fiz, me desculpe por ter ido embora sem me despedir. Fui egoísta e fraca, e não queria te machucar, mas ao fazer isso, acabei te ferindo ainda mais.

Eu te amo, Harry. Mais do que consegui expressar. E é por isso que sei que a melhor escolha é me afastar. Você merece ser feliz, e espero que encontre alguém que te faça sorrir como você me fez.

Não posso mais estar na sua vida, mas saiba que você sempre terá um lugar no meu coração.

Com amor,
Cassie...

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