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Capítulo 15

“Eu sempre te amei, desde o momento em que te vi.” – Lisa Kleypas, “Desejo à Meia-Noite

  Pov Cassie

Estamos fazendo compras, Luke e eu. Lembro que a última vez que estive neste mercado foi há quase quatro anos, com Henry. Naquela ocasião, eu precisava comprar alguns suplementos para ganhar mais força. Pode não parecer, mas a patinação artística individual e em dupla são bem diferentes, exigindo muito mais força e equilíbrio na segunda modalidade. Como nunca tive uma alimentação saudável nem uma preparação física adequada, eu não estava suficientemente pronta para os desafios. Nosso treinador então me prescreveu uma dieta rigorosa, e Henry fez questão de me ajudar a segui-la.

Estou me esforçando para deixar o passado para trás e tentar recomeçar a vida, mas isso não é fácil, especialmente depois de ter pausado tudo por três anos e, ao retornar, me deparar com uma avalanche de acontecimentos. E, para complicar ainda mais, há o Harry.

Faz quase duas semanas que não o vejo. Pedi para ele me deixar com o Luke depois que acordei e percebi o erro que cometi ao beijá-lo de novo. Mal o conheço, mas, por algum motivo, ele mexeu comigo de uma forma que ninguém mais conseguia desde Henry. Mesmo sem conhecê-lo profundamente, os sentimentos que surgem quando penso nele ou quando estou por perto continuam presentes, apesar dos meus esforços para afastá-lo.

E, como sempre, o destino parece gostar de brincar com a minha vida. Esta, sem dúvida, é a pior de todas as piadas.

Harry está me encarando com uma expressão confusa. Seguro o carrinho com força e tento passar por ele, mas, quando nossos caminhos se cruzam, nenhum de nós se move. Ficamos apenas nos olhando, e sinto o peso do seu olhar. Dói perceber o que sinto. Por que o destino é tão cruel, colocando em minha vida a única pessoa com quem eu jamais poderia ficar?

Harry sorri, e eu me desmorono por dentro.

— Achei! — seu amigo coloca uma caixa de cereais no carrinho. — Moranguinho. — Só então percebo que ele estava falando comigo.

— Oi — respondo, envergonhada. — Eu preciso ir. — Empurro o carrinho em direção aos outros corredores, tentando encontrar Luke. Preciso sair daqui agora.

Pagamos as compras, e ele me ajuda a colocá-las no carro. Vamos diretamente para o meu apartamento, onde guardo tudo e, em seguida, desço para o bar. Hoje vai ser uma loucura, então quero adiantar algumas tarefas.

— Você não vai acreditar! — Luke diz animado, escondendo algo atrás dele. Ele me entrega um folheto com algo sobre patinação artística, deixo em cima da mesa e volto ao trabalho.

Ignoro sua animação enquanto continuo limpando as mesas. É sexta-feira, o que significa que o bar vai ficar lotado, já que parece que todo mundo decide afogar suas mágoas nesse dia.

A noite costuma passar mais rápido nessas ocasiões, mas o cansaço é bem maior, já que trabalho muito mais que o habitual. Por isso, tento adiantar o máximo de tarefas antes dos clientes chegarem.

Luke me entrega outro papel dobrado em quatro partes. Quando abro, percebo que é outro panfleto sobre patinação. Nem me dou ao trabalho de ler; apenas devolvo e começo a cortar os limões que usaremos nos drinks da noite.

— Você nem leu — insiste ele. Desde que descobriu quem eu sou de verdade, Luke tenta me convencer a voltar a patinar. Para minha surpresa, ele nunca me julgou nem me chamou de assassina, apenas sugeriu que eu largasse tudo e voltasse para as pistas.

— Eu já disse que não patino mais, e estou muito ocupada — respondo, tentando encerrar o assunto.

— É um concurso de patinação que vai acontecer aqui.

— Que ótimo. Aposto que será lindo. Agora me dá licença — corto o diálogo. Afinal, foi a patinação que destruiu minha vida.

— É sua chance, e você ainda pode ganhar uma boa quantia. Olhe o prêmio, 10 mil dólares.

— Você está ouvindo o que está dizendo? Primeiro, eles nem me deixariam participar. Segundo, faz anos que não patino; mesmo que eu quisesse, não conseguiria passar da seleção.

— Se tem tanta certeza, por que não tenta? Aliás, você não passaria mesmo, né?

— Exatamente por isso. Não vou perder meu tempo com isso. Meu plano é arranjar outro emprego, juntar dinheiro mais rápido e sair desta cidade.

— Vai, por favor! São 10 mil dólares. Você conseguiria sair daqui no mesmo dia!

— Está querendo me ver longe, é? — brinco, voltando ao trabalho. A noite foi exatamente como imaginei, caótica, insuportável. E, por mais que eu tentasse, o que Luke me disse não saía da minha cabeça.

Não sei exatamente o que estou fazendo aqui. Parece que meus pés me trouxeram por conta própria. Quando Luke foi embora ontem, deixou o cartaz dentro da minha bolsa. Passei a noite em claro, rolando de um lado para o outro, pensando no prêmio em dinheiro e em tudo o que poderia fazer com ele. Não é uma quantia grande, mas seria suficiente para as passagens e alguns meses de aluguel, até eu conseguir um novo emprego em Boston.

No entanto, a maioria das pessoas que participa desses torneios de patinação conhece a trágica história do jovem talento que foi brutalmente assassinado por sua parceira.

Sei que todos me odeiam, e com razão. O que aconteceu não é algo fácil de esquecer ou perdoar. Não parti apenas o coração dele, causei uma tragédia da qual vou me arrepender pelo resto da vida. E sei que provavelmente jamais serei perdoada, embora deseje profundamente o perdão de duas pessoas, os pais dele, pelo que fiz ao seu filho.

Eles eram pais maravilhosos, amorosos, os pais perfeitos. Lembro-me do dia em que ele me levou para conhecê-los. Era um almoço de domingo, e eu estava nervosa, mas, assim que entrei, sua mãe me acolheu com um abraço que eu sempre sonhei que minha própria mãe me desse. Almoçamos, brincamos, ele me mostrou a casa, seu quarto... Nunca me senti tão bem na vida. Eu queria aquilo para mim. O amor que eles sentiam um pelo outro era palpável, e sei que jamais poderão ser felizes de novo, sabendo que seu filho nunca mais atravessará aquela porta.

Agora, faltam apenas quatro minutos para eu descobrir se serei expulsa daqui, como já fui muitas vezes, ou se terei uma última chance. Estou na fila, aguardando minha vez para a inscrição. Apenas um casal está na minha frente.

Estou nervosa. Poucas pessoas sabem que voltei à cidade, mas logo todos saberão. E, se já eram cruéis comigo antes, pelo simples fato de eu não ter a mesma condição financeira que eles, imagina agora.

Decido tentar a competição solo. Posso treinar na pista onde Harry me levou. Provavelmente não haverá ninguém por lá, e não tenho nada a perder.

— Olá, gostaria de me inscrever na competição individual — digo.

— Desculpe, mas só estamos aceitando inscrições para a competição em dupla. O prazo para o individual já se encerrou.

É Cassie, parece que não vai ser dessa vez...

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