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48_ Você é forte!

Naquele momento vi em Luke o mesmo brilho que eu via nos olhos da minha mãe quando ela conversava comigo.

Eu sabia que Luke era especial. Ele estava comigo sempre, se importava comigo mais do que consigo mesmo, era amigo nos momentos bons e ruins, era meu amigo de infância, mas isso não bastaria para o que eu sentia naquele momento olhando o homem à minha frente.

Homem. Pela primeira vez em todos esses anos que o conheço, aquela foi a primeira vez que olhei para Luke como um homem, e não como um garotinho que me fazia rir.

O que eu estava sentindo e por que minha visão por ele estava mudando?

- O que foi? - Luke perguntou parecendo confuso e eu me desviei dos meus pensamentos.

- Hm?

- Por que está me olhando assim? - O mesmo soltou meus ombros e recuou um passo para trás.

- Nada. - Balancei a cabeça e me virei para a frente novamente. Cruzei meus braços ainda me sentindo confusa quando me lembrei o motivo por eu estar ali: Henry. - Aquelas doações que você me dava era o dinheiro da sua faculdade?

- Aham. - Luke respondeu como se aquilo não tivesse importância nenhuma. Como se seu sonho de ir para a faculdade não fosse nada demais comparado ao fato de que eu poderia perder minha livraria.

- Luke...

- Eu não me arrependo, Anne. - Ele me interrompeu. - E não começa com papo de que vai me devolver porque... - Eu o interrompi.

- É claro que vou te devolver!

- Não precisa, Anne. Aquilo foi... - O interrompi novamente.

- Você não precisa cuidar de tudo, Luke. - O encarei e ele abriu a boca para falar, mas nada saiu. Luke voltou a olhar para frente com as mãos nos bolsos.

- Cuidar de você já basta para mim. - Sua voz soou calma fazendo meu coração papitar.

Abaixei minha cabeça. Eu estava cheia. Aquele havia sido um dia cheio e ainda era manhã. Era manhã de natal e eu estava cheia! Estava exausta. Já havia chorado, me irritado, discutido e me sentindo um nada. Eu estava péssima e era natal!

Deixei mais uma lágrima escorrer pelo meu olho e me senti mal por isso. Eu queria ser forte como minha mãe era, como Júlia era, como Meredith era. Se eu fosse ameaçada, tenho certeza que choraria como um bebê igual sempre.

Senti o braço de Luke rodear-me e apoiei minha cabeça em seu ombro. Eu estava mal. Me sentia tão mal que tinha vergonha da minha própria presença. Parecia que tudo aquilo havia acontecido para provar para mim mesma o quão fraca eu era.

Comecei a chorar mais quando Luke se virou totalmente para mim e me puxou para um abraço apertado. Abraço que não só abraçou a mim, como também todas as minhas frustrações e angústias. Seu abraço se transformou num abrigo.

- Eu sou fraca, Luke. Em todos os problemas que tive, eu chorei como uma fraca. Eu acreditei em um mentiroso como uma fraca. Deixei vocês sofrerem como uma fraca. Estraguei o natal de todo mundo como uma fraca. - Falei contra seu peito.

- Sabe Anne... as pessoas reagem de maneiras diferentes em momentos difíceis. Algumas choram, outras se irritam, outras perder o controle, outras culpam outras pessoas..  mas você se preocupa com seus amigos. - Ele começou a falar. - Quando éramos pequenos e caímos da minha bicicleta, você se machucou mais que eu mas mesmo assim ficou triste por eu ter me machucado. Quando correu o risco de perder sua livraria, você ficou preocupada em perder o legado de seus pais. Quando um idiota apareceu e bagunçou com as nossas vidas, mesmo você tendo sido a mais afetada, você ainda está se preocupando com seus amigos e com o natal deles. - Luke afastou o corpo de mim e segurou meu rosto. - Isso não é sinal de fraqueza, você só se preocupa. Chorar não é sinal de fraqueza, é só resultado do que você está sentindo. De todas as pessoas que conheço, você é a mais generosa. Não se torture assim, estrelinha. - Luke aproximou o rosto devagar de mim e me deu um beijo na testa.

- Você acha isso mesmo?

- Todos acham. Não se sinta fraca. Uma garota fraca sustentaria por tantos anos uma livraria sozinha? Uma garota fraca teria restituído as vendas e salvo o local que era tão importante para seus pais? Uma garota fraca me aguentaria assim? - Luke se pendurou em mim de repente, o que obviamente me fez ir de encontro a neve junto com ele.

- Luke! - Lhe dei um tapa no braço enquanto ele gargalhava. - Você é maluco. - Encarei o mesmo que ainda gargalhava, o que também me fez rir.

- Você é forte, Anne. Mais do que pode imaginar. - Luke se levantou e estendeu a mão para mim. - Agora vamos! O natal ainda não acabou. - Me levantei com sua ajuda e logo corremos pela neve em direção à cidade ainda com as mãos dadas.

Chegamos perto da minha livraria e pude avistar Júlia, Meredith, Jojo e Steven sentados ali na frente.

Júlia foi a primeira a me ver, o que a fez se levantar do banco e vir na minha direção.

- GAROTA! Eu fiquei preocupada. - Júlia segurou meus ombros. Seu olhar de bronca mudou pouco a pouco para um preocupado. - Você Está bem?

Encarei a garota a minha frente e todos eles que estavam ali. Eu ainda estava triste, muito triste. Havia sido enganada, feita de boba, confiei em alguém que não via, mas como Luke disse... pessoas como Henry existiam em todo lugar, mas meu coração devia continuar sendo o mesmo.

A tristeza ainda existia, mas era natal.

- Estou. - Sorri para ela.

- Mesmo? Depois de tudo que descobrimos?

- Não vou deixar isso me fazer mais mal do que já fez, Júlia. Eu fiquei bem triste e decepcionada. Tive vontade de viajar até Los Angeles só para dar um soco na cara do Henry. - Júlia sorriu. - Mas eu vou superar isso. Acredite.

- Eu acredito, amiga. - Júlia me puxou para um abraço e eu sorri enquanto sentia os braços de minha amiga me rodearem.

- Mim estar muito feliz por você estar bem, Anne. Nenhum homem merecer sua tristeza. - Jojo falou com sua fofura de sempre.

- Nenhum homem merecer você, Jojo. - Sorri para ela e ela me deu um abraço. - Acho que vou me casar com a Jojo e dane-se homens. - Apertei o rosto dela e ela riu.

Luke tossiu duas vezes chamando nossa atenção para ele.

- Hmmmmmmm.... - Júlia e Steven falaram juntos com sorrisos marotos para Luke que apenas sorriu cruzando os braços.

Encarei Luke tentando encontrar a ironia em seu rosto, mas ele parecia bem sincero com seu sorriso de canto de boca.

- Por que demoraram tanto? - Meredith perguntou.

- Eu tive uma longa conversa com o Sr Lincoln. - Respondi. - Se soubessem o tanto de mentiras que descobri sobre o Henry.

- Não estou surpresa. Tem certeza que o nome dele é Henry? - Júlia arqueou as sobrancelhas.

- Quem sabe? - Balancei a cabeça sarcasticanente e eles riram. - Obrigada pessoal. Vocês sempre estiveram do meu lado.

- E sempre estaremos. - Luke sorriu e repentinamente o Sr Lincoln apareceu perto de nós ainda vestido como papai noel.

- Ho ho ho, Feliz Natal! - O homem forçou uma voz mais temática e tirou o enorme saco vermelho que carregava das costas. - Vocês foram bons meninos esse ano? - Ele mexeu na bolsa.

- Acho tão legal o que está fazendo pela nossa cidade. - Falei chamando a atenção dele. - Todos esses presentes que está dando às crianças tem feito muito bem a elas.

- A mim também. - Ele sorriu e tirou umas caixas embrulhadas de dentro do saco. - Mocinha bonita. - Ele entregou o primeiro para Meredith. - Mocinha bonita. - Ele entregou para Jojo. - Moci... - Ele olhou para Júlia que era bem mais alta que nós garotas que estávamos ali. - Moça bonita. - Ele corrigiu fazendo Júlia rir. - Rapaz. - O homem entregou à Steven e logo também a Luke. - E... Anne. - Ele olhou para mim e tirou uma caixa diferente para mim. Ela era menor e mais achatada que as outras. O laço que a fechava era dourado e brilhante. - Feliz Natal.

- Feliz Natal. - Todos falaram juntos.

- Queria poder te dar algo também. - Falei fazendo ele parar de fechar a bolsa. - Eu não tenho nenhum presente, mas isso ajuda as vezes. - Fui na direção do Sr Lincoln e lhe dei um abraço sincero.

Ele estava sofrendo tanto quanto eu, e o abraço dos meus amigos me ajudaram.

Me surpreendo, todos eles se juntaram a nós dando um grande abraço de urso no homem que soltou um sorriso tão sincero que fez valer a pena.

- Obrigado à todos vocês. Feliz natal! - Ele acenou com um sorriso e foi em direção às crianças que brincavam na rua.

- Isso foi lindo. - Júlia passou o dedo em baixo do olho fingindo chorar. Rimos dela e eu abri a caixa decorada que eu segurava.

Dentro dela tinha um papel. Mas especificamente, um contrato. Li e reli aquele texto sem acreditar que aquilo era real. Eu nunca havia feito aquilo, mas seria de ENORME ajuda para a livraria.

- Que cara é essa, Anne? - Steven perguntou e todos me olharam.

- É um contrato.

- Você ganhou um contrato de presente de natal? - Luke perguntou e Júlia lhe deu um tapa no braço.

- É um contrato de parceria! O Sr Lincoln, quer dizer, a loja do Sr Lincoln, quer ter uma parceria com a minha livraria. Ele me ajuda no marketing e nas dispesas, e eu só preciso passar a divulgar e-books para aumentar suas vendas do kindle! Isso... isso vai aumentar demais o meu lucro mensal!

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Continua...

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