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47_ Não mude quem você é.

- Então até sobre o dormitório ele mentiu? Henry não morava no dormitório da faculdade?

- Não. Henry ficava num apartamento que eu aluguei para ele assim que o matriculei na faculdade.

- Posso... posso perguntar uma coisa? - Olhei para o Sr Lincoln que deixava notório em seu rosto a decepção para com seu próprio filho.

- Claro. - Ele assentiu.

- Por que ficou feliz quando eu chamei o Henry de Lin, ao invés de Lincoln lá na livraria? - Por um breve momento ele deu um sorriso fraco.

- Por mais que Henry tenha usado " Lin " para esconder sua verdadeira identidade, essa abreviação só é usada por uma pessoa para se referir a mim. - Ele falou com cautela. Parecia que aquele assunto de alguma forma lhe aquecia. - Minha mulher. A mãe do Henry. - Ele novamente deu seu breve sorriso sem mostrar os dentes. - A mãe do Henry sempre foi a única a me chamar de Lin, em toda a minha vida. Henry sabia disso. Quando você disse que era assim que ele pediu para chama-la, pensei que Henry finalmente estava gostando de verdade de alguém. Por isso fiquei feliz.

- Eu sinto muito pelo senhor e pela sua esposa. Nenhum dos dois merecia um filho como ele. Espero que um dia ele possa ver o quanto seus atos machucam quem está ao redor dele e que a vida lhe cobre todo esse mal. - Me levantei do banco. - Obrigada por esclarecer as coisas para mim. Te desejo o melhor e... - Suspirei tentando não chorar de novo. - Feliz natal, Senhor Lincoln. - Me afastei dele.

Enquanto caminhava por aquelas ruas sentindo o ar gélido sufocar minha pele, eu não conseguia entender. Não conseguia ver lógica. Por que uma pessoa faria isso? Por que uma pessoa dedicaria seu tempo a tantas mentiras? A enganar tantas pessoas? A machucar tantos sentimentos? Por que Henry fez aquilo comigo?

Aquele havia sido meu primeiro coração partido.

Por mais que eu não amasse o Henry, e agora eu agradecia por isso, eu ainda havia gostado dele. Havia me iludido por ele. Havia sido uma verdadeira trouxa.

[...]

Estava num lugar mais afastado da cidade. O lugar por onde eu e Júlia corremos naquela outra manhã. Lugar que tinha um rio congelado e uma vista tão incrível que tirava o fôlego.

Observei aquilo me castigando por ter sido tão boba. Eu era tão iludida com os romances que eu lia que a primeira pessoa que me causou borboletas eu já me iludi facilmente.

Eu idealizava um romance clichê perfeito igual aos que eu lia, me iludia com filmes e novelas, mas agora que a realidade me deu um tapa, eu percebo que a vida não é um clichê.

Senti novamente meu celular vibrar em meu bolso e o peguei certa de que eram algum dos meus amigos querendo saber onde eu estava, mas não era. Era Henry.

Eu fiquei desacreditada na hora. Ele estava me ligando? Na maior cara de pau?

Pensei trinta e quatro vezes antes de atender a chamada e ouvir sua voz malandra e perversa. O som de fundo era alto, o que me fez crer que ele estava em público.

Henry- E aí, Anne? Saudades, meu amor.

Seu tom era sarcástico e ele estava a ponto de gargalhar.

Anne- Isso é engraçado para você?

Henry- Um pouquinho. - Ele soltou sua gargalhada. - Eu nem tive tempo de me despedir, meu voo foi muito em cima da hora.

Anne- É sério isso, Henry? Depois de tantas mentiras e fingimentos você ainda me liga para zombar da minha cara? Qual o seu problema?

Henry- Problema nenhum Ruiva. - Ele falou com deboche. - Só é divertido.

Anne- Sua ideia de diversão é bem diferente da minha.

Henry- Olha, Anne, foi legal o tempo que passei com você. Você me divertiu, me fez rir e eu até me sentia bem com você, na verdade muito bem. Você é muito bonita e de longe uma das melhores garotas que já conheci, mas eu não sou de compromisso. Eu estava em Deadwood só temporariamente. Eu só precisava provar pro meu pai que eu era um bom menino e estaria de volta a minha zona de conforto. Ontem a ligação que recebi era do meu empresário. Fui chamado por uma agência para ser modelo de novo e vou estrelar num filme de Hollywood. Eu não tinha mais porque perder meu tempo aí.

Eu não o respondi. Eu não consegui. Henry conseguiu me fazer sentir um nada. Afinal, para ele eu era isso mesmo.

Henry- Eu precisava me passar por bom menino e você apareceu numa boa hora. Me ajudou a enganar o meu pai e ainda me proporcionou uns momentos legais. Obrigado.

Anne- Obrigado? Henry você enganou pessoas que se importavam com você! Seu pai estava tão decepcionado hoje que parecia até que tinha perdido um filho. É isso que você tem a dizer? Obrigado?

Henry- Eu não dou a mínima pro meu pai, Anne. Ele que me mandou para essa cidade sem graça que não tem nada além de cassinos. Por noites eu dizia que ia pra casa quando na verdade passava noites lá jogando. Por culpa dele eu tinha que ficar pintando quadros para essa faculdade de quinta e fingir gostar de tudo.

Anne- Você...

Eu estava com raiva. Com muita raiva. Queria poder gritar com ele e xinga-lo! Mas essa não era eu.

Henry- Eu sou ator, Anne. Esse é meu forte. Até fingir que te amava eu consegui fazer bem.

Anne- Henry... eu espero muito mesmo... - Eu ia dizer coisas como " que você se arrependa antes que a vida te cobre " mas eu não consegui. - Que você vá para o inferno.

Desliguei a chamada me sentindo uma idiota e chutei a neve que estava sobre meus pés.

Por que eu era tão ingênua?? Por que eu acreditava nas pessoas?? Por que eu confiava facilmente??

Chorei de raiva. Estava com ódio e aquilo me consumia. Me consumia como fogo e eu sentia o quanto aquele sentimento me fazia mal. Eu não gostava.

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- Querida, nunca se esqueça. - Minha mãe afagou meus cabelos enquanto cobria-me para dormir. - Tenha sempre seu coração puro e limpo. Não deixe as pessoas te mudarem. O mundo lá fora é cheio de pessoas más que vão tentar tirar sua bondade, mas priorize sua felicidade. Sempre sorria. Seja forte. Não deseje o mal de ninguém e absorva só energias boas. - Ela acariciou minha testa e em seguida meus cabelos. - Num mundo tão cruel, seu coração pode iluminar e fazer tudo ficar melhor. Nunca se esqueça disso.

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Respirei fundo me lembrando de minha mãe e tentei me acalmar. Aquilo tudo ra muito ruim, mas eu não queria explodir e fazer algo que eu vá me arrepender.

Abracei meus próprios braços e ouvi uns passos perto de mim. Virei-me encontrando Luke.

- Como sabia onde me encontrar? - Olhei para o rio a minha frente e ele parou ao meu lado.

- Eu conheço você. - Olhei para ele. - E eu te segui. Fiquei com medo que fizesse alguma coisa impensada.

- Eu errei, Luke? - Voltei a olhar para frente. - Errei em confiar no Henry e deixar com que todos vocês sofressem por isso?

- Não foi sua culpa, Anne. Você não sabia de nada. Foi o um erro sim ter confiado naquele... naquele cara, mas todos nós cometemos esse erro antes de descobrir quem ele realmente era. Foi um inconsciente.

- Mas por minha ingenuidade todos nós sofremos.

- Não, Anne... - Luke se virou para mim. - Não fala... não fala isso. O fato de você sempre ver o melhor das pessoas é o que te torna tão especial. Henry é apenas mais um dos caras idiotas que existe nesse mundo. Pessoas com o coração iguala ao seu são raras. Não... - Luke segurou meus ombros e olhou em meus olhos. - Não mude quem você é.

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Continua...

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