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16_ Tintas.

Eu não era egoísta.

Eu reconhecia que aquela nova loja seria um avanço e tanto para minha cidade, e eu ficava contente por isso. Mas ao mesmo tempo... isso me preocupava.

- O que foi, Anne? - Júlia perguntou chamando minha atenção.

- Isso não é muito bom pros negócios, Júlia. - Luke respondeu com um olhar preocupado.

- Oh... - Júlia parou de sorrir.

- Eu... eu preciso voltar pra livraria. - Dei um passo para trás.

- Quer que voltemos com você? - Luke se aproximou.

- Não precisa. Sei que... sei que a Júlia é super ligada nessas coisas de tecnologia. Podem ver a loja, eu vejo vocês mais tarde. - Virei as costas para eles.

- Tem certeza? Você não parece mu... - Júlia perguntou e eu forcei um sorriso me virando para eles de novo.

- Tenho sim! Eu só preciso... achar meu brinco! - Gritei de volta e voltei a andar.

Por um momento eu tive vontade de rir de mim mesma por ter usado aquela desculpa ridícula de novo.

- Ai graças a Deus! Não aguentava mais... - Uma garota que passou acompanhada de outras duas fez uma careta enquanto caminhava.

- Nem eu! Tomara que esse boato de que a escola vai disponibilizar notebook para todos os alunos seja verdade. Já estava mais do que na hora!

- Realmente! Minha prima de quinze anos que está no primeiro ano do ensino médio tem o próprio notebook na escola. Ela mora em Chicago. E eu estou no último ano e não tenho.

- Disseram que graças a essa loja nova finalmente teremos! Adeus livros chatos e empoeirados! - Elas comemoraram.

Aquilo me fez temer.

Meu medo era realmente esse. Eu não estava tão preocupada com as pessoas que passariam a ler mais pelo celular e essas coisas, mas sim com as instituições de ensino.

Meu maior lucro mensal vinha de escolas e faculdades que encomendavam livros didáticos, além dos alunos que precisavam de clássicos de literários para trabalhos. Se o que elas disseram sobre as escolas disponilizarem computadores para os alunos for verdade, quase 60% do meu lucro vai por água abaixo.

Comecei a ter palpitações e minha respiração começou a se acelerar.

Eu não era uma pessoa que sabia reagir bem à pressão. Eu entrava em pânico. Quando eu tinha provas importantes na escola ou quando precisava apresentar algum trabalho em público, eu suava frio.

Pensar que meu lucro diminuiría me fazia entrar em pânico. O que eu faria?? Como sustentaria a livraria? Como pagaria o aluguel? Como iria repor ou encomendar inéditos?

- Arg... - Passei as mãos nos meus cabelos e fechei meus olhos tentando respirar fundo.

- Dia ruim? - Abri meus olhos novamente  e encontrei os de Henry olhando para mim. Devo admitir que eu não estava surpresa com o número de vezes que nos esbarrávamos. Na verdade, seria estranho se isso não acontecesse em uma cidade tão pequena quanto Deadwood.

- Talvez. - Respondi tocando minhas bochechas com minhas mãos.

- O que aconteceu? Por que está com essa carinha? - Henry deu um passo a frente e tocou em uma das minhas mãos que ainda estava na minha bochecha.

Por um momento, com a sua proximidade, eu me esqueci o motivo pela qual eu estava tão nervosa e me senti tímida por seus olhos estarem me fitando preocupadamente.

- Eu... - Travei olhando pra ele.

Meu coração acelerou de novo enquanto eu encarava ( provavelmente assustada ) o seu rosto.

- Tudo bem, não precisa dizer se for algo muito pessoal. - Henry se afastou me fazendo voltar a mim. - Mas... Tem um lugar aqui que eu costumo ir quando tenho um dia ruim. - Ele abriu um sorriso ladino.

- O que? Não, não precisa Henry. Juro. Eu tenho que ir pra livraria e... - Parei de falar quando Henry pegou em minha mão.

- Vai gostar. Eu só... não gosto de te ver com essa carinha. - Henry falou olhando para mim e aguardou parado que eu respondesse.

Olhei para nossas mãos unidas e acabei assentindo, mesmo ainda estando preocupada, eu fui.

Henry caminhou comigo pelas ruas de Deadwood enquanto eu notava muitos olhares em nós dois. E quando digo muitos, são muitos mesmo. Praticamente TODAS as garotas que passavam por nós, olhavam para nós e murmuravam algo entre si.

- Parece que você continua fazendo sucesso. - Comentei fazendo Henry olhar para mim.

- Eu não ligo pra isso. - Henry respondeu.

Henry caminho comigo até chegarmos na Universidade.

Eu raramente ia lá, só quando precisava levar alguma encomenda, mas na maioria das vezes eles mandavam alguém ir buscar.

- O que fazemos aqui? - Perguntei notando algumas garotas no campos me encarando.

Henry olhou para mim de novo, abriu um sorriso e continuo andando.

Eu gostava da vibe da faculdade. Gostava do jeito que as pessoas lá eram descontraídas e, por mais que estivessem sobre pressão a maior parte do tempo, pareciam felizes por estarem cursando algo que gostavam.

Eu nunca tive a oportunidade de fazer faculdade ou a prova para entrar. Meus pais diziam que eu faria faculdade assim como eles quando fizesse 18 e me formasse, mas quando eu fiquei responsável pela livraria, essa meta se distanciou.

Henry me fez passar pelo campos até chegarmos a um dos prédios da faculdade. Esse era menor e não tinham tantas pessoas.

Nós dois entramos no prédio e depois de pouco tempo ele parou na frente de uma porta.

- Não repare a bagunça. Eu não sou nada organizado quando de arte. - Ele tocou a maçaneta e eu deixei transparecer totalmente em meu rosto a minha surpresa e empolgação.

- Artes? - Perguntei olhando para ele e Henry sorriu abrindo a porta.

Diferente de tudo que eu poderia ter imaginado, o lugar para onde Henry me levou era uma sala, na verdade, um estúdio de artes.

Haviam quadros no chão, quadros em tripés de madeiras claras, tintas por toda parte, pincéis, aventais sujos e muita cor. Eu olhei para tudo aquilo e senti uma energia tão boa.

- Isso... - Comecei a falar enquanto olhava pela sala. - Isso é incrível. - Olhei para Henry que sorria para mim perto da porta. - É a primeira vez que entro num estúdio de arte de verdade. Esses quadros são seus? - Perguntei me aproximando de umas pinturas de praias.

- São. - Henry respondeu começando a andar pela sala. - Eu os fiz a uns dias, mas são grande coisa.

- Não? - Me virei para ele. - O que exatamente seria grande coisa? Porque eu teria que treinar uns 27 anos para conseguir 10% disso. - Henry riu.

- Eles não me passam nada, entende? Podem ser quadros bonitos ou bem pintados, mas eu não consigo olha-los e sentir algo. Quando um quadro realmente vem de uma inspiração, ele me passa algo depois de pronto. Eu consigo olhar e sentir exatamente a emoção que senti quando estava pintando. - Eu fiquei meio hipnotizada quando vi Henry falando com tanta paixão sobre a arte. Eu nunca havia visto alguém falar daquele jeito. - Eu to falando demais? - Ele riu de si mesmo.

- Não. - Balancei a cabeça com um sorriso. - Eu admiro o modo como você vê a arte. É tão... único.

- Eu era zuado quando falava assim pros meus " amigos " na escola. - Henry riu de novo. - Segundo eles, isso era " coisa de gay ".

- Pessoas com mentes limitadas tentam limitar outras pessoas com esses tipos de comentários desnecessários. Fico feliz que tenha seguido seu sonho sem se importar com eles.

Sorri para Henry e acabei notando um quadro que não estava pronto.

- O que é esse? - Perguntei curiosa indo na direção dele, porém Henry correu na minha frente e pegou o mesmo o virando para que eu não visse. - Ei! O que foi? - Ri de sua reação.

- Eu ainda não terminei esse. - Henry respondeu de forma rápida e eu cruzei meus braços.

- Deixa eu ver. - Tentei virar o quadro, mas Henry o colocou atrás de si.

- Não. - Ele sorriu convencido.

- Ah Henry, deixa vai? - Tentei ver novamente, mas Henry se esquivou.

Cruzei meus braços insatisfeita e ele se virou indo até a parede. Henry colocou o quadro de costas ali e voltou até mim.

- Quando estiver pronto você vê, não gosto que vejam minhas obras pela metade. - Ele abriu um sorriso debochado.

Acabei direcionando minha mão até sua bochecha para aperta-la e assim o fiz fazendo Henry rir, contudo minha mão estava suja de tinta vermelha.

Eu arregalei meus olhos quando vi que havia sujado o rosto dele de vermelho e encarei minha mão me perguntando onde diabos eu havia sujado ela.

Ele não demorou a notar que minha mão estava suja, o que o fez tocar o rosto e também notar que seu rosto estava sujo.

- Desculpinha... - Sorri mostrando os dentes e ele fez uma careta pra mim.

- Desculpinha? - Henry me encarou. - Desculpinha... - Ele foi na direção de um dos baldes de tinta e pegou um pincel cheio de tinta amarela.

- Não, Henry... - Dei pequenos passos para trás e acabei vendo um tubo de tinta azul e a peguei. Estendi para ele para que o mesmo não se aproximasse e Henry riu.

- É guerra que você quer, Ruiva? - Ele abriu um sorriso e logo veio na minha direção.

O que se passava em nossas cabeças? Não sabíamos. Mas eu não me arrependia. Eu e Henry brincamos e nos sujamos completamente de tinta como se fôssemos crianças do primário.

Nossas roupas ficaram completamente coloridas assim como nossos rostos e cabelos.

Quando vi, estávamos deitados no chão lado a lado rindo de nós mesmos e da bagunça que fizemos.

- Acho que enlouquecemos. - Falei rindo.

- Eu nunca bati bem da cabeça mesmo. Pelo menos segundo o meu pai. - Henry falou nos fazendo rir de novo.

- Eu acabei com seu estoque de tintas. - Virei meu rosto de lado para olha-lo.

- Mas não está mais triste. - Ele falou olhando para o teto e naquele momento olhou para mim. - Então valeu a pena para mim.

Meu coração se aqueceu. O sorriso de Henry me fazia sentir uma sensação tão boa que eu não podia explicar.

Também não soube explicar o motivo pela qual fiquei paralisada quando notei Henry aproximar o rosto do meu.

●●●
Continua...

Annyeong! Eu sumi? Sim, por dias. Mas o motivo é que eu fiquei doente e não conseguia escrever de jeito nenhum. Isso acabou atrasando muito, mas aí está.

Eu estou melhor agora e sempre que puder tentarei escrever. Aproveitem♡

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