Capítulo 8
- Vovó? - Encaro de olhos arregalados a cena em minha frente.
- Emi? - Diz assutada ajeitando as roupas no lugar.
Vovó estava aos beijos com Enrico no meio da nossa sala de estar. Não é uma cena agradável de se ver, mas tenho que admitir que Enrico sem camisa é um pedaço de mal caminho.
- Uau. - Cochico para Mark. - Que corpão seu pai tem. - Sorrio maliciosa.
Mark me puxa para junto de si e esconde meu rosto em seu peitoral.
- Me solte Mark. - Peço.
Tento me soltar de seu aperto mas é impossível.
- Pare de se mexer Emília. - Resmunga.
Lhe dou um beliscão na costela, só assim Mark me libera.
- Ai. - Ele reclama.
- Idiota. - Resmungo.
Enrico já está vestido. O imbecil do Mark me fez perder essa incrível visão do corpo forte de Enrico.
- Que pouca vergonha é essa? - Pergunta Mark encarando o pai.
- Quer mesmo que te explique? - Enrico sorri com malícia.
Nunca vi minha vó corada, mas nesse momento ela está tão vermelha quanto o vestido que está usando.
- Ainda bem que não vimos coisa pior. - Reviro os olhos.
Ver minha vó beijando um homem já foi o suficiente para mexer com meu cérebro. Não tenho nenhuma intenção em ter cenas mais ousadas em minha mente.
- Esqueceu o rumo do seu quarto vó? - Pergunto sorrindo.
- Cale a boca. - Revira os olhos.
Mark está emburrado encarando o pai.
- Que grosseria dona Carnem. - Pisco para ela.
- Desde quando estão fazendo essa coisa? - Pergunta Mark sem jeito.
Minha vó e Enrico se entre olham com um sorriso malicioso nos lábios.
- Por que quer saber da minha vida particular? - Enrico pergunta. - Não te faço perguntas sobre suas noitadas.
- Só responda a droga da pergunta. - Resmunga.
- Ei. - Entro no meio da conversa. - Acho que seu pai não precisa lhe dar explicações sobre a vida dele.
Mark me encara com raiva contida, e suspira alto.
- Está do lado deles? - Pergunta.
- Por que não? - Respondo dando de ombros. - São adultos, e sabem muito bem o que faz.
- Obrigada meu bem. - Vovó beija meu rosto.
Enrico sorri para mim, me agradecendo por estar ao lado deles.
Mark está parecendo um adolescente com ciúmes do pai. Ele tem que colocar na cabeça que seu pai não é criança, e faz da vida o que bem entende.
- Agora me conte. - Peço. - Estão namorando?
- Estamos. - Enrico puxa vovó para junto de si.
- Estamos? - Minha vó o encara de olhos arregalados.
- Sim meu bem. - Beija seu rosto. - Iria lhe pedir em namoro hoje, mas pessoas chegaram para nos interromper.
Enrico olha para mim e Mark que ainda está emburrado.
- Fico feliz por vocês. - Caminho até eles e os abraço. - Mas se machucar minha vó, não me importo que tenha um corpo de tirar o fôlego. Eu te mato.
- Eu tenho? - Sorri com malícia.
- Você sabe que tem. - Reviro os olhos.
Deixa eu parar de elogiar o corpo do namorado da minha vó. Mas tenho que admitir que foi uma surpresa e tanto.
- É sério isso? - Pergunta Mark. - Não estão velhos para esse negócio de namoro?
- Você não está muito velho para ficar com ciúmes do seu pai? - Retruco. - Está parecendo uma criança birrenta Mark. - Digo já me irritando com ele.
- Não sou uma criança birrenta. - Diz bravo.
- Mas é o que está parecendo. - Digo. - Quer que seu pai passe o resto da vida dele sozinho? - Pergunto. - Você pode ter escolhido isso para você, mas tenho certeza que ele não. Acha que minha vó não é mulher o suficiente para ele?
Mark cora envergonhado, ele sabe que está sendo infantil.
- Tudo bem. - Diz por fim. - Espero de coração que sejam felizes.
- Obrigada. - Enrico caminha até ele e o abraça. - Mas mesmo que você não desse seu apoio, continuaria com Carnem. - Diz. - Depois de anos após a morte de sua mãe, encontrei uma mulher tão boa quanto ela.
Eu que sou uma manteiga derretida estou quase chorando. Fico tão feliz em ver minha vida seguindo com sua vida, e encontrando um cara decente.
Sei que está tudo tão recente, mas algo me diz que ela será feliz ao lado do Enrico.
- Você não tinha saído com Victor? - Pergunta vovó. - Por que voltou com Mark?
- Esse troglodita me levou embora do restaurante. - O acuso.
- Você iria passar a noite com aquele idiota. - Diz. - Não iria permitir isso.
- Por isso me levou embora? - Pergunta brava. - Por que pensou que eu iria para cama com Victor?
Mark dá de ombros e continua sério.
- Você é mais idiota que pensei. - Enterro meu dedo em seu ombro.
- Não sou idiota. - Retruca. - Só estava cuidando de você.
- Pedi isso para você? - Pergunto irritada. - E que direito você tem sobre mim para fazer aquela cena ridícula?
Ficamos ambos nos encarando com irritação. Enquanto vovó e Enrico nos observam em silêncio.
- Você acha que eu iria deixar você sair com ele? - Pergunta. - Acha que deixaria ele tocar em você?
- Victor é muito mais homem do que você jamais será Mark. - Digo com desprezo. - Ele não brinca com os sentimentos alheios, ele não é o tipo de homem que usa uma mulher e depois descarta como você faz.
Mark voa em cima de mim e me puxa para junto de si com brusquidão.
- Nunca mais diga que não sou homem! - Rugi furioso.
Sei que exagerei em meu comentários, mas sei que tenho razão. A verdade dói quando a pessoa não quer aceita-lá.
- Me solte. - O empurro para longe de mim. - Digo isso porque é a verdade, e você sabe que estou certa.
Mark caminha até mim novamente, cola nossos corpos, abaixa seus lábios nos meus e me beija.
Me debato entre seus braços e não retribuo o beijo. Sei que ele está fazendo isso para me punir, e assumir para si mesmo que é o machão.
Mordo seus lábios até sentir gosto de sangue em minha boca. Só assim ele me libera.
Seus lábios então vermelhos pelo sangue. Então ele passa a mão para limpa-los.
- Nunca mais faça isso! - Grito irritada.
Mark sorri cínico enquanto me observa.
Dessa vez fui forte e resisti aos seus beijos. Ele que não pense que deixarei ele brincar com meus sentimentos.
- Acho que já está na hora de entrarmos no meio da discussão. - Diz Enrico.
- Victor não namora Emi? - Vovó pergunta curiosa.
- Sim. - Digo apenas.
- Está saindo com um homem comprometido? - Mark me olha com desdém.
Lhe dou um olhar mortal. Minha vontade é de esgana-lo, mas me controlo o máximo que consigo.
- Você é mesmo tão burro ou finje Mark? - Pergunto irritada. - Depois de tudo que te falei, acha mesmo que sou o tipo de uma mulher que saíria com um homem comprometido?
- Por que nunca me disse que Victor é comprometido?
- Porque você nunca perguntou idiota. - Resmungo. - Apenas tirou conclusões precipitadas a respeito de nós dois.
Fecho os olhos e suspiro irritada. Mark sabe me tirar completamente do sério. Ao mesmo tempo que quero matá-lo, também quero beija-lo até me cansar. Só posso estar ficando louca.
- Acho que teremos casamento duplo em breve. - Diz Enrico olhando para nos dois com um sorriso zombeteiro nos lábios.
- Jamais! - Mark e eu dizemos em uníssono.
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Bom dia meninas.
Tudo bem com vocês?
Desejo a todas um bom final, com as bênçãos de Deus. 👐
Até segunda-feira com o próximo capítulo. ❤😗
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