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Capítulo 52

- Desculpe. - Joseph diz. - Mas quem é você?

- Não se lembra de mim querido? - Teresa pergunta com inocência fingida.

- Não. - Ele olha para ela confuso, em seguida para mim.

- O que pensa que está fazendo aqui Teresa? - Pergunto com a voz ameaçadoramante baixa.

Ela dá de ombros, coloca um sorriso cínico nos lábios e pergunta.

- Nada de mamãe Emi?

- Você não é minha mãe, então pode parando com esse fingimento. - Digo ríspida.

- O que está acontecendo Emília? - Joseph pergunta. - Quem é essa mulher?

Tantas coisas aconteceram que ninguém se lembrou de contar a meu pai sobre Teresa e suas armações.

- Te explico depois pai. - Falo. - Depois que Teresa ir embora.

- Acho melhor se retirar Teresa. - Mark diz. - Você não é bem vinda.

- Que falta de educação. - Ela estala a língua.

- Vá embora. - Aponto para a porta.

Ela joga a cabeça para trás e gargalha alto.

- Por que eu iria embora? - Ela retruca. - A festa só está começando meu bem.

Mark caminha até ela, a encara frente a frente e diz:

- Se não quiser que eu chame a polícia, é melhor cair fora.

Teresa continua com as feições passíveis e não demonstra estar com medo.

- Você escolheu mal Emi. - Ela encara Mark com um sorriso cínico. - Que genro mais mal educado você foi me dar.

Ela passa a mão pelo braço do Mark, mas ele segura firme sua mão.

- Pensando bem... - Ela o observa com malícia. - Meu genro é um pedaço de mal caminho.

Ela puxa o braço do aperto do Mark, e caminha até meu pai.

Olho para a porta dá entrada e vejo mamãe de olhos arregalados e Nina ao seu lado.

- Olha quem chegou. - Teresa olha para minha mãe com ódio. - Só estava faltando você para festa ficar completa.

- O que você está fazendo aqui? - Mamãe pergunta.

- Sou a esposa do dono dá casa. Não preciso de convite. - Teresa segura a mão do meu pai.

- O quê?! - Ele puxa sua mão do seu aperto. - Está louca?

- Não te contaram meu bem? - Ela pergunta. - Sou sua perfeita esposa.

Papai se distância dela e fica ao lado dá minha mãe.

- Era casado, mas não com você. - Ele diz.

- Está enganado meu amor. - Ela se senta em uma das poltronas e cruza as pernas. - Ainda está casado comigo.

Seu sorriso é tão diabólico, que chega faz meu corpo se arrepiar de uma forma desagradável.

- Isso é verdade Rachel? - Papai pergunta.

- Infelizmente sim. - Ela diz triste.

- Por que ninguém me falou nada sobre isso? - Ele passa a mão pelo rosto.

- Não sabíamos como te falar sobre isso. - Mamãe pega sua mão e aperta de leve. - E tantas coisas aconteceram que acabamos esquecendo.

- Então quer dizer que nunca fui casado com minha falecida esposa? - Ele a olha devastado.

Teresa começa a negar com a cabeça enquanto gargalha.

- Que loucura não? - Ela pergunta. - Ainda está preso a mim. - Aponta para si.

- Como soube que meu pai estava vivo? - A encaro com raiva.

- Emília, Emília, Emília. - Ela suspira frustrada. - Parece que você não me conhece amor. Viveu tanto tempo comigo e não aprendeu nada?

- Pode ter certeza que nunca iria querer aprender alguma coisa vindo de você. - Cuspo as palavras.

Ela só poderia estar nos vigiando esse tempo todo, e agora decidiu aparecer para infernizar nossas vidas.

- Mas alguma coisinha você aprendeu. - Ela pisca para mim e aponta para Mark. - Marido lindo e rico. É mal educado, mas isso é suportável.

- Diferente de você, eu amo meu marido. - Falo. - Você é uma doente que odeia todos porque não aceitaram seus caprichos.

- Olha como você fala com sua mãe. - Ela me repreende. - Esqueceu das surras que lhe dei?

Mark tenta avançar sobre Teresa, mas seguro seu braço.

- Não vale a pena amor. - Digo baixinho.

- Uma coisa você pode ter certeza. - Mark aponta o dedo para ela. - Você nunca mais vai encostar suas mãos imundas na Emi, ou eu te mato me ouviu bem?

- Nossa. - Ela morde o lábio inferior. - Adoro homens valentes e quentes.

- Vai embora daqui. - Mamãe avança sobre ela e lhe puxa dá poltrona. - Já ouvimos demais suas merdas.

- Se você não quiser que eu grite, e estrague uma linda festa infantil, sugiro que tire sua mão do meu braço.  - Teresa diz séria.

Mamãe ainda segura seu braço por um tempo, mas por fim acaba soltando-a.

- Sabia escolha. - Seu sorriso cínico volta aos lábios.

Teresa se senta novamente, e coloca uma mexa do cabelo atrás dá orelha.

- Você era o amor dá minha vida Joseph. - Ela fala. - Então um lindo dia, descubro que se casou comigo apenas para dar uma mãe a sua filha bastarda. - Ela começa a balançar a cabeça em negação. - Você não imagina o quanto isso me magoou. Então comecei a descontar minha raiva e frustração na sua linda filhinha. - Ela aponta o dedo para mim. - Tenho que admitir que nunca senti uma sensação tão boa, quando quebrei o braço dá sua garotinha. Foi... Foi... - Ela diz em êxtase. - Não tenho nem palavras para descrever.

- Essa mulher precisa ir para um hospício. - Nina fala.

- É claro que não. - Ela olha para Nina incrédula. - Eu só queria ser amada, mas isso não aconteceu. - Teresa estala a língua. - Então um belo dia, seu pai apareceu em casa, e me fez uma proposta tentadora.

- Cale a boca Teresa! - Grito.

Nina não sabe o que o pai fez, estávamos mantendo em segredo. Ela já está sofrendo demais, não precisa saber que o pai é um assassino.

- O que meu pai fez? - Nina pergunta.

- Não foi nada amor. - Mamãe fala. - Ela só está querendo causar mais problemas.

- Sua mãe não te contou? - Teresa finge supresa.

- Me contou o quê? - Nina pergunta.

- Seu preciso papai foi o mandante dá morte do querido Joseph. - Ela gargalha sombriamente. - Isso não é incrível?

- Isso... Isso é verdade mãe? - Nina a olha devastada.

- Meu bem...

Antes que ela confirme, Nina sai em disparada para fora dá casa.

- Nina...

- Ela precisa de um tempo sozinha mãe. - Falo.

- Que drama. - Teresa faz uma careta. - Tudo isso só por saber que o pai era um assassino?

Já desconfiava que Teresa também tinha o dedo nessa história, agora ela acabou de confinar minhas suspeitas.

- Não quis aceitar no começo. - Teresa continua sua história doentia. - Mas ele me ofereceu uma bela quantia em dinheiro, então não pude recusar tamanha generosidade. - Ela sorri de canto. - Aquele avião que caiu, acabou ajudando na armação. É claro que você nunca esteve nele querido, mas foi fácil subornar algumas pessoas para que todos pensassem que sim. - Ela se levanta e caminha até meu pai. - Imagina a minha supresa, ao vê-lo bem e vivo? Os planos do Bernard não deram muito certo.

- Você é doente. - Papai diz.

- Sim. - Ela confirma com a cabeça. - Ainda sou doente de amor.

Teresa leva a mão em direção ao rosto do meu pai, mas é impedida de tocá-lo quando minha mãe a empurra.

- Não ouse chegar perto dele! - A voz dá Rachel soa baixa e ameaçadora.

- Se não o quê? - Teresa retruca.

Mamãe voa em cima dela, e começa a distribuir vários tapas no seu rosto. Teresa se desequilibra e cai no chão. Mamãe monta sobre ela e continua com a sessão de tapas.

- Me solte sua louca! - Teresa se debate debaixo dela.

- Isso é por toda desgraça que vivemos por sua causa! E por todas as vezes que agrediu minha filha! - Rachel grita. - Sua... vaca... nojenta!

Fico boquiaberta ao ver a surra que Teresa está levando dá minha mãe. Olho para o lado e Mark e meu pai estão do mesmo jeito.

- Espero que você nunca mais ouse aparecer novamente. - Mamãe diz com a voz ofegante. - Ou dá próxima vez a surra será bem pior.

Ela se levanta com uma mexa de cabelo na mão, deixando Teresa caída no chão com o rosto todo vermelho e um pouco de sangue no canto dos lábios.

- Isso ainda foi pouco pelo que você merece. - Mamãe cospe sobre ela.

Teresa se levanta com dificuldade, limpa o canto dá boca, e passa a mão pelos cabelos bagunçados.

- Achou mesmo que iria deixa-los em paz? - Ela gargalha alto, enquanto coloca a mão na barriga. - Tão inocentes.

Teresa leva a mão as costas, em seguida aponta uma arma para minha mãe.

- Mãe! - Grito.

Tento correr até ela, mas Mark me segura.

Teresa aponta a arma para meu pai, em seguida para Mark e eu.

- Tenho tantas opções. - Ela fala. - Não sei ao certo em quem atirar primeiro.

Lágrimas de desespero banham meu rosto, enquanto Teresa aponta a arma para cada um de nós.

- Não faça isso por favor. - Peço. - Você não precisa fazer isso.

- Eu não preciso. - Ela sorri abertamente. - Mas eu quero.

Teresa aponta a arma para mim novamente e diz:

- Escolha um Rachel.

- O quê?! - Mamãe pergunta.

- Sua filha ou Joseph.

- Não vou escolher ninguém. - Mamãe diz com ríspidez.

- Então terei que escolher por você. - Ela cemicerra os olhos. - Quem você sentiria mais falta? - Ela pergunta. - A filha que acabou de encontrar, ou seu grande amor que pensou estar morto?

Teresa aponta a arma para meu pai, em seguida para mim, e repete esse processo diversas vezes.

- Abaixa essa arma Teresa. - Mark pede.

- Acho melhor você calar a boca, antes que eu estrague seu lindo rosto! - Ela grita.

Ficamos todos em silêncio por um tempo, enquanto ela continua apontando a arma para meu pai e eu.

- Acho que já fiz minha escolha. - Ela diz interronpendo o silêncio. - Adeus meu amor.

Teresa aponta a arma para meu pai, e quando penso que ela vai atirar nele, ela se vira para mim. Em seguida escuto o barulho dá arma explodir no ambiente fechado disparando dois tiros.

- Emília! - Mark se joga em minha frente.

Logo após os disparados, minha mãe pula sobre Teresa, e de longe escuto a arma disparar novamente. 

- Mark! - Grito desesperada.

Mark cambaleia para trás, mas antes que ele possa cair eu o amparo. Mas não é o suficiente para mante-lo de pé, e nós dois acabamos caindo no chão. Mark geme de dor.

- Mark! - Me desespero ao vê-lo cheio de sangue. - Oh meu Deus! Não! Não!

- Estanque o sangue Emi. - Papai diz se joelhando ao meu lado.

Não tenho nada para estancar o sangue, então tiro minha blusa e coloco sobre seu ferimento que sangra sem parar.

- Chame uma ambulância pai! - Peço em meios as lágrimas.

Papai sai de perto de mim e corre até o telefone.

- Vai demorar muito até uma ambulância chegar aqui. - Phil surge do meu lado.

- Por favor. - Peço. - Não deixe ele morrer.

- Eu não vou. - Ele diz.

Matt e Enrico ajudam Philip a levantar Mark, em seguida praticamente correm para fora de casa.

- Aperte firme Emília. - Matt diz ao entramos no carro.

Apenas aceno com a cabeça, enquanto Phil liga o carro e sai em disparada.

- Por favor não me deixe. - Lágrimas banham meu rosto.

- Eu te... Eu te amo meu amor. - Mark diz com a voz fraca, enquanto seus olhos se fecham lentamente.

Entro em desespero com a possibilidade de perder meu grande amor.

- Por favor não me deixe Mark. - Peço entre soluços. - Abra os olhos.

- Ele vai ficar bem Emi. - Matt me ampara.

🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻

Bom dia meninas.
Tudo bem com vocês?

Tive alguns imprevistos, mas graças a Deus não perdi o livro. Obrigada pela compreensão de todas. ❤

Até amanhã com o próximo capítulo.
❤❤

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