Dois meses depois

- Amor estamos atrasados. - Mark fala pela milésima vez.

- Já estou quase pronta. - Digo colocando minhas roupa.

- Mulheres. - Ele bufa frustrado.

Reviro os olhos e continuo me arrumando. Quanto mais Mark me coloca sob pressão, mais eu demoro para me arrumar.

- Amarre por favor. - Viro as costas para Mark amarrar uma fita atrás da blusinha.

Ele passa a mão por minhas costas, e me dá um beijo demorado na parte nua.

- Estamos atrasados. - Falo quando Mark continua a beijar minhas costas.

- Não posso beijar minha mulher? - Ele pergunta.

- Pode sim. - Sorrio abertamente. - Mas agora estamos atrasados.

Mark da o nó na fita, em seguida coloca meu cabelo para trás.

- Agora estou pronta. - Falo.

- Vou pegar Hugo. - Ele diz indo em direção ao berço.

Pego o presente do Harry e minha bolsa que estão sobre a cama, e saio do quarto com Mark em meu encalço, com Hugo nos braços.

Hoje é o aniversário do Harry. Ele está completando seis anos de idade, com muita saúde graças a Deus. Meu pai decidiu fazer uma festinha para ele, para comemorar seu dia.

Estamos cada vez mais próximos, e isso está me deixando imensamente feliz. É óbvio que foi meio estranho no começo, mas já me acostumei com a idéia do meu pai estar vivo, e eu ter um irmão.

Ainda fico esperando o momento em que vou acordar, e descobrir que tudo não passou de um sonho. Mas tenho medo do que Teresa fará. Ela está muito quieta, e quando ela fica assim, quer dizer que está tramando alguma coisa.

Ela provavelmente está nos observando a espreita, e com toda certeza já deve saber que meu pai está vivo, então ela fará o possível para infernizar a vida de todos.

- Você está bem amor? - Mark pergunta.

- Só estou pensando. - Sorrio fraco.

- Não pense muito. - Ele me dá um beijo no rosto. - Teresa não merece que você fique se preocupando com ela.

É impressionante como sou tão transparente para Mark. Ele sempre sabe no que estou pesando, sem eu abrir a boca.

- Só tenho medo do que ela fará. - Abro a porta do carro e me sento no banco.

Mark abre a porta traseira, e coloca Hugo em sua cadeirinha, e fecha a porta. Dá a volta no carro, abre a porta do motorista e se senta fechando-a em seguida.

- Vai ficar tudo bem amor. - Ele tenta me tranquilizar.

- Só estou com uma sensação ruim. - Passo as mãos por meu rosto.

- Nada de pensamentos pessimistas. - Ele fala. - Hoje é dia de comemoração. Então esqueça aquele mulher.

- Você tem razão. - Sorrio fraco.

Mark deixa um rápido beijo em minha mão, em seguida dá a partida no carro.

A sensação ruim continua persistindo, mas não digo nada para Mark. Não quero preocupa-lo, então me mantenho em silêncio, observando as ruas movimentadas de Nova York.

🌻

- Amor? - Mark me chama.

- Oi?

- Chegamos. - Ele diz.

Passo a mão por meu rosto, em seguida arrumo meu cabelo. Acabei adormecendo enquanto Mark dirigia.

Abro a porta do carro e pulo para fora. Mark está com Hugo em um braço, e o presente do Harry no outro.

- Me dá o Hugo. - Peço.

- Ok. - Ele diz apenas.

Hugo joga os bracinhos para mim, enquanto exibe um lindo sorriso.

- Que garoto mais lindo. - Lhe dou um beijo no rosto.

Falta apenas um mês para meu garotinho completar um aninho. Está crescendo tão rápido, que chega assustar.

- Vamos. - Mark fala.

Ele começa a andar em direção a casa, enquanto o sigo com Hugo nos braços.

Olho para o lado e percebo que um carro estaciona atrás de outro. Os vidros escuros não permite ver quem está dentro, e não sei o motivo mas isso me deixa nervosa.

Começo a andar mais rápido para acompanhar Mark, que já está um pouco distante de mim.

- Você está bem amor? - Ele pergunta.

- Sim. - Minto.

Ele sabe que estou mentindo, mas não diz nada.

Só posso estar ficando louca pois ultimamente tudo me assusta, e fico morrendo de medo do que Teresa possa fazer.

- Ate que enfim chegaram. - Papai diz vindo em nossa direção. - Sejam bem vindos.

- Obrigada. - Mark e eu agradecemos.

Joseph beija meu rosto, em seguida o de Hugo.

- Cadê o aniversáriante? - Pergunto.

- Deve estar no jardim com os amiguinhos. - Ele diz.

Papai pega Hugo dos meus braços e beija seu rosto repetidas vezes.

- Emi! - Harry grita e corre em minha direção.

- Oi pequeno. - Digo.

- Já sou grandão. - Ele diz emburrado.

Harry abraça Mark, e logo em seguida vem até mim.

- Achei que você não viria. - Ele diz.

- Acha que eu não estaria presente no aniversário do meu irmãozinho? - Bagunço seu cabelo.

- Você demorou. - Ele fala.

- Desculpe. - Peço. - Prometo não me atrasar dá próxima vez.

Harry se volta para Mark, e pelo que parece, só agora percebe o presente.

- É meu? - Ele pergunta para Mark.

- Sim. - Mark lhe entrega o embrulho.

- Obrigada. - Ele agradece com animação.

Harry corre até uma pilha de embrulhos, e coloca meu presente por cima.

- As meninas já chegaram? - Pergunto.

- Sim. - Joseph fala. - Estão todos no jardim.

Meu pai já fez amizade com todas as minhas amigas, e está cada dia mais próximo dá minha mãe.

Mamãe não contou para Nina, sobre a suspeita do seu pai estar envolvido na tentativa de assassinato do meu pai. Já foi um baque enorme para ela saber que o pai não era um bom homem.

Não deve estar sendo nada fácil para ela, saber que o pai era um crápula. Nina viveu toda sua vida achando que os pais eram felizes no casamento, e do nada descobre que viveu uma grande mentira.

Menos mal que o pai não era ruim para ela, mas em compensação era um marido horrível, e saber disso não deve ser muito agradável.

Rachel já me falou que seu falecido marido era um pai quase perfeito para Nina.

Fico me perguntando, como um homem tão ruim seria capaz de amar?

- Mamãe também já chegou? - Pergunto.

- Ainda não. - Ele diz. - Também está atrasada.

- Vocês estão se dando bem em sogrinho? - Mark sorri com malícia.

Meu pai arregala os olhos, e cora envergonhado.

- So... Somos só amigos. - Ele gagueja.

- Vou fingir que acredito. - Mark fala.

Pode até ser amizade por agora, mas algo me diz que isso mudará muito em breve.

Os dois são livres e desimpedidos, não tem porque se envergonhar de algo. Dou o maior apoio para que os dois voltam a ter um relacionamento.

- Esses jovens de hoje em dia são tão intrometidos. - Ele revira os olhos.

- Que absurdo pai. - Gargalho alto.

- Assuma que está caidinho pela Rachel. - Mark continua lhe provocando.

- Não sei do que você está falando. - Ele finge inocência.

Ele não desmentir e apenas desconversar, já é uma prova de que ele realmente está interessado na minha mãe.

- Dou o maior apoio pai. - Pisco para ele.

Ele sorri sem graça e cora novamente.

- Mais que família mais linda. - Escuto uma voz desagradável e sarcástica atrás de mim.

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Bom dia lindezas.

Tudo bem com vocês?
Como foi seu fim de semana?

Desejo a todas uma semana abençoada, com a proteção de Deus.

Até amanhã com o próximo capítulo. ❤❤