Capítulo 50
- Joseph? - Mamãe arregala os olhos.
- Mãe...
- Acho que... Acho que vou des... - Ela cambaleia.
Corro para seu lado e seguro seu braço.
- Venha se sentar. - Falo.
Ela me segue tropeçando nas pernas, mas acaba se sentando no sofá.
- Acho que estou louca. - Ela passa a mão pelo rosto.
Ela está pálida e trêmula, em choque por se deparar com o homem que pensou estar morto.
- Me desculpe. - Ela pede para Joseph. - Você se parece demais com o pai dá Emi.
Sua voz soa embargada, e seus olhos se enchem de lágrimas.
- Mãe. - Me sento ao seu lado. - Estava tentando achar a melhor forma de te dizer isso...
- O que foi Emi? - Ele me corta. - Não vai me dizer que...
- Sim mãe. - Pego sua mão que está sobre o colo. - Esse é meu pai.
Ela arregala ainda mais os olhos, em seguida olha para Joseph boquiaberta.
- Isso é impossível. - Ela sorri incrédula. - Seu pai morreu.
- Não mãe. - Suspiro frustrada. - Ele não morreu.
- Isso é alguma brincadeira de mal gosto? - Ela pergunta.
- Jamais brincaria com algo tão sério. - Falo.
Ela me encara desconfiada, me estudando para saber se estou mentindo.
- Mas como...?
- Joseph foi encontrado quase morto, ficou em coma por um tempo, e quando acordou não se lembrava do seu passado. - Aperto sua mão de leve.
- Como... como o encontrou? - Ela pergunta.
- Ele é o dono de uma pizzaria que fomos. - Digo.
Ela coloca uma mecha de cabelo atrás dá orelha, e passa a mão pelo rosto em seguida.
- Por que não me contou isso antes?
- Estava esperando sair o resultado do DNA. - Falo. - Quis confirmar o que eu já sabia.
Eu poderia estar errada, e não queria dar falsas esperanças para minha mãe, sobre o amor da sua vida estar vivo, então decidi esparar pelo resultado do DNA.
- Estava tentando achar a melhor forma de te contar. - Falo.
De qualquer forma seria um choque, mas pelo menos estaria se preparando para a notícia. Mas acabou que não deu em nada meus planos.
- Quer conhecer meu filho Harry? - Mark pergunta.
- Quero. - Ele bate as mãos com animação.
Mark vem até mim, me dá um beijo no rosto, e parte rumo ao quarto com Harry segurando sua mão.
- Tem certeza que não estou ficando louca? - Mamãe pergunta.
- Tenho mãe. - Sorrio abertamente.
Ela encara Joseph novamente, se levanta e caminha até ele em passos lentos.
- Você não deve se lembrar de mim. - Ela diz com a voz triste.
- Infelizmente não lembro de ninguém do meu passado. - Joseph suspira frustrado.
Mamãe leva as mãos lentamente ao rosto de Joseph.
- Você não mudou nada. - Ela sorri abertamente.
- Fiquei mais velho. - Ele lhe oferece um largo sorriso.
Mamãe passa a mão por seu rosto com delicadeza. Ela parece querer alguma prova de que ele realmente está parado em sua frente.
- Você é real. - Ela fala.
Ela o puxa para si e o abraça fortemente. Em seguida começa a chorar descontroladamente. Percebo que Joseph fica tenso com a atitude dela, mas do nada ele retribui o abraço, lhe consolando enquanto ela chora em seu peito.
Enxugo as minhas lágrimas, enquanto observo os dois em um momento tão íntimo.
Foi emocionante para mim saber que meu pai está vivo. Para Rachel deve ser ainda mais. Do nada descobre que o homem que sempre amou está muito bem e vivo.
Acho que não tem como comparar a dor de uma perda. Tenho certeza que sofri dá mesma forma que minha mãe.
Não gosto nem de pensar na possibilidade de perder Mark. O amo demais para viver minha vida sem ele ao meu lado. Sei que se acontecer algo, devo seguir em frente porque seria o que ele desejaria para mim, mas não seria nada fácil. A perda do meu amor abalaria minha vida de uma forma tão intensa, que não tenho certeza se me acostumaria viver sem ele.
Nunca se sabe o que pode acontecer, nossa vida pode ter fim a qualquer momento, então tenho em mente que irei aproveitar cada segundo ao lado de quem amo. Para que não tenha nenhum arrependimento no amanhã.
- Me perdoe. - Mamãe pede ao se distanciarem um do outro.
- Não precisa se desculpar. - Joseph enxuga suas lágrimas.
- Isso tudo é tão louco que não consigo acreditar. - Ela diz.
- É louco para todos nós. - Joseph fala.
Mamãe volta a se sentar ao meu lado, e Joseph se senta em uma das poltronas de frente para nós.
- Aquele garotinho é seu filho? - Mamãe pergunta.
- Sim. - Ele diz orgulhoso.
- Se parece muito com você. - Ela sorri abertamente.
- Acho que meus filhos tem a tendência de puxarem para mim. - Ele aponta para mim.
Sou complemente diferente dá minha mãe. A única coisa que temos parecido são os olhos claros. Meu pai também tem a tonalidade dos olhos igual aos nossos. De resto sou a cópia feminina do meu pai.
- Você está casado? - Ela pergunta olhando para sua mão.
- Não. - Ele diz. - Perdi minha mulher há alguns anos atrás.
- Sinto muito. - Ela diz sincera.
- Ela não me deixou só. - Joseph sorri abertamente. - Me deu um filho incrível para amar.
Eles se encaram por um tempo, enquanto um sorriso bobo se forma no meu rosto.
- Então... - Mamãe pigarreia. - Você gostou de saber que tem uma filha? O que achou de tudo o que está acontecendo?
Uma pergunta que gostaria muito de ter a resposta.
- Com toda certeza estou amando a idéia de ter uma filha. Apesar de não me lembrar. - Ele olha para mim e sorri. - Foi um choque para mim tanto quanto para vocês, mas tenho fé que tudo se acertará no fim das contas. - Ele fala. - Acho que será estranho no começo, mas me acostumo rápido, e espero que vocês também.
- Concordo com você. - Mamãe sorri fraco.
- Gostaria de te conhecer melhor. - Joseph encara Rachel. - Queria poder me lembrar de tudo o que aconteceu.
- Você me conhece melhor do que ninguém. - Ela deixa os ombros cair. - Apenas não lembra disso.
Ela aperta as mão sobre o colo, demonstrando nervosismo por estar sendo estudada por Joseph.
- Sempre morou aqui em Nova York? - Ela muda de assunto.
- Não. - Ele diz. - Vivi por quatro anos em Chicago, depois da morte dá minha esposa me mudei para Nova.
- Quantos anos tem que você morou em Chicago? - Ela pergunta curiosa.
- Todo o ocorrido onde perdi a memória aconteceu em Chicago. - Joseph fala. - Isso há nove anos atrás.
Mamãe se levanta, e começa a andar de um lado para o outro com nervosismo.
- O que foi mãe? - Pergunto preocupada.
- Acho que tem o dedo do meu falecido marido nisso. - Ela fala.
- Por que diz isso? - A encaro supresa.
- Há nove anos pedi o divórcio para ele. - Ela fala. - Ele me bateu, então tentei fugir com a Nina, mas ele me pegou antes que eu conseguisse. - Ela faz uma careta com as lembranças. - Estávamos em Chicago naquela época.
- Meu Deus. - Digo horrorizada.
- Ele me falou que iria me machucar dá pior forma possível, então achei que faria algo com você. - Ela me olha com desespero. - Então uma semana depois descobri que seu pai havia morrido. - Mamãe fala. - Naquela época não imaginei que ele poderia ter sido o culpado, mas agora tudo se encaixa perfeitamente.
Já havia imaginado que ele era o culpado, agora tenho certeza que ele armou tudo isso. Basta saber se ele teve ajuda de Teresa, ou fez tudo isso sozinho.
🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻
Bom dia meninas.
Tudo bem com vocês?
Desejo a todas um bom final de semana, com as bênçãos de Deus. ❤👐
Até segunda feira com o próximo capítulo. ❤😍❤
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro