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1:Escolhas

Gente eu iria postar a meia noite,mas foi mudado o local da festa e pra onde mudaram não tem internet, então voltei em casa só pra posta o primeiro capítulo amanhã postarei o último capítulo e o epílogo beijos minhas Deusas.

Capítulo 1

Eloisa

Às seis horas da manhã já estou de pé. Faço o café com o que sobrou da água que compramos semana passada, logo, meus pais se juntam a mim para o saborearmos com prazer — já que não sabemos quando será a próxima vez que compraremos água. Isso também significa que ficaremos dias sem tomar banho.

Moramos em um barraco perto do lixão da grande São Paulo. Me chamo Eloisa, sou filha de Mariléia e José, nossos sobrenomes? Isso não importa, já que não vale nada mesmo, afinal, para a maioria das pessoas, nós não somos nada. Meus pais são catadores de lixo, ganham a vida catando detritos no lixão, e fora dele também, viveram toda a vida disso, o que para muitos é descartável, para nós, é nosso sustento e sobrevivência.

Se eu disser que gosto da vida que levo, estarei mentindo, pois sonho com algo melhor para mim, meus pais, meu irmão Gustavo e sua esposa, que está grávida. Fico pensando no futuro dessa criança, não sabemos o sexo ainda, porque Marceli está esperando ser chamada, já que o seu ultrassom pelo SUS é agendado e, pelo o que a moça do posto de saúde disse, vai demorar alguns meses, talvez quando nascer eles a chamem!

Às vezes, me pergunto: "O que os governantes do nosso país pensam que fazem pelo povo? Para onde vai todo o dinheiro dos impostos cobrados? Por que há tanta desigualdade?". Meus pais se sacrificaram a vida toda para que eu tivesse estudo, eles ficaram sem comer por muitas vezes, para que tivéssemos o que comer, e eu como estudar, já que não conseguiram fazer o mesmo por meu irmão; eles queriam que eu tivesse um destino diferente do deles. Sofri muito preconceito e humilhação na escola por ser filha de catadores, mas nunca me envergonhei. Nossas esperanças eram que, se eu estudasse teria oportunidades de emprego melhores, mas, não foi assim que aconteceu... a vida sabia ser uma verdadeira filha da puta quando queria. Existem pessoas muito cruéis, egoístas e sem coração, que te julgam e te humilham sem ao menos te dar uma oportunidade.

Assim que terminei os estudos, bati em várias portas pedindo uma chance para ingressar num emprego, mas, sempre o fato de não ter experiência com nada e ser filha de catadores, fez com que todos me negassem e fechassem as portas em minha cara, sem dó nem piedade. Alguns diziam um:

"Desculpe, mas não precisamos de uma catadora aqui."

E outros?

"Quando sua pele clarear você volta."

O preconceito ia além da minha classe social, fazendo da minha cor mais um alvo, e isso me levava a pensar que não existem mais seres humanos com humildade ou com bom coração. Então, resolvi me entregar a meu destino e comecei a trabalhar lá no lixão, junto a meus pais e meu irmão.

Faz três anos que trabalho lá e não me arrependo, pois foi lá que conheci Gean, meu namorado, há exatamente seis meses. Ele trabalha lá também, mas eu nunca o tinha visto, porque muitas pessoas vivem nas mesmas situações que eu, ou até mesmo pior que isso, então prestamos pouca atenção nas pessoas a nossa volta, nos voltando ao trabalho. Aqui você tem que ser rápido para catar as melhores coisas, porque quem chega primeiro, leva.

— Filha, vamos indo?! Senão chegaremos depois dos caminhões de lixo e não conseguiremos pegar nada. — Minha mãe me tira de meus devaneios.

— Claro, mãe. — Digo, e saio seguindo meus pais.

Mais um dia começava, chegamos ao lixão e já havia muita gente alí, à espera da chegada dos caminhões, o cheiro para os novatos era insuportável, mas, para quem trabalha aqui há anos ou a vida toda, como meus pais, o cheiro não é nada, eles nem o sentem mais; para quem precisa disso para sobreviver, o cheiro e a sujeira se tornam a menor das preocupações, porque a maior delas com certeza é ter o que comer a noite. Muitos aqui, às vezes, conseguem 20 reais por dia e ainda pagam condução, ou, dependendo de onde moram, gastam até quinze reais de passagem e sobram apenas cinco reais para sobreviver. Temos sorte de morar aqui pertinho.

O sol está forte, e já posso sentir as primeiras gotas de suor em minha pele morena, assim que avisto o caminhão fico em alerta, ele vem se aproximado e conforme eles vão depositando o lixo, todos saímos em disparada, rasgando os sacos à procura de algo reciclável, me concentro e faço tudo com muita agilidade e cuidado, logo, a água acabou, preciso ter dinheiro para comprá-la, pelo menos, e torcer para que meus pais consigam o dinheiro da comida; de vez em quando, temos sorte de encontrar algumas peças de roupas que jogaram fora e ainda tinham utilidade, e com certeza, depois de lavadas, poderiam ser usadas. Algumas vezes, até sapatos encontrávamos.

Assim era meu dia a dia, lutando para sobreviver, não que não fosse digno meu trabalho, pois, eu acho muito digno e não me envergonho, apenas sonho com uma vida melhor; ter um trabalho onde não preciso conviver com este cheiro; possa estar sempre limpa e longe dessa sujeira, onde corro riscos maiores de ficar doente. Um trabalho fixo e garantido e todo mês, um salário para sustentar a mim e minha família. Não quero muito, quero o suficiente para viver mais tranquilamente, sem tanto sofrimento. Queria ter dinheiro o suficiente para poder pagar um médico para minha cunhada, e dar uma vida digna ao meu sobrinho, e quem sabe um dia, poder me casar com Gean e ter meus próprios filhos.

Levanto a cabeça e o vejo vindo em minha direção. Já fim do dia e não o vi o dia todo por aqui. Estranho, porque ele não perde um dia, deve ter acontecido alguma coisa!
Ele vem sorrindo em minha direção e meu coração palpita — Deus, como eu amo esse homem!

Lembro-me do dia em que nos conhecemos: eu estava me abaixando para pegar uma garrafa pet, quando senti minha cabeça latejar e logo caí de bunda no chão, estava muito calor e eu suava muito, além de estar toda suja. Minha felicidade naquele dia era que, eu iria ganhar um bom dinheiro com as coisas que já tinha conseguido, e daria para comprar água e então tomaria um banho! Quando olhei para frente, lá estava o homem mais lindo que meus olhos já tinham visto, ele estava tão sujo quanto eu, e como estávamos tão concentrados na sobrevivência, nem notamos que pegávamos a mesma coisa ao mesmo tempo. Gean pediu desculpas e logo me devolveu a garrafa, mas eu olhei para sua bolsa e vi que estava vazia e a minha, graças a Deus, aquele dia estava bem cheia de recicláveis, então eu deixei que ficasse.

"Por que está me dando?", ele perguntou e eu o respondi dizendo que eu tinha o bastante para meu dia e que minha consciência iria pesar ao saber que talvez ele não tivesse o que comer porque fui egoísta.

Lembro que ele me deu um sorriso tão lindo, que penso que foi naquele momento que me apaixonei. Gean era o tipo de cara carinhoso, compreensível e de quebra, era lindo de morrer, mesmo debaixo de tanta sujeira, ele se destacava, não sei como nunca o tinha notado antes. Depois disso, ele sempre me acompanhava até minha casa, conversávamos muito, até que um dia ele roubou um beijo e eu, lógico que não sou burra nem nada, deixei que ele roubasse, senti meu estômago revirar e meu coração acelerar, era meu primeiro beijo. Não me julguem tá bem? Tenho apenas dezenove anos e sei que nunca ter beijado, na minha idade é anormal, mas é que nunca mesmo tinha encontrado ninguém para fazer isso. No colégio, todos me repudiavam, e aqui no lixão, nunca tinha encontrado ninguém interessante, até Gean aparecer.

Ele se preocupa muito com meu futuro, um dia, em meu barraco, ele encontrou um caderno velho com algumas histórias e alguns poemas que costuma escrever por hobbie, e começou a me perguntar se nunca tentei mandar minhas histórias para uma editora, e eu comecei a rir, jamais eles dariam oportunidades para uma pessoa como eu. Lembro que naquele dia, ele ficou muito estranho. Depois foi embora, mas antes de ir, insistiu para que eu mandasse minhas histórias a uma editora, que talvez minha mudança de vida estivesse alí. Claro que dei ouvidos, eu queria mudar de vida, então finalizei algumas histórias e mandei pelo correio sem ninguém saber, mandei histórias diferentes para editoras diferentes. Não queria criar falsas esperanças.

Alguns meses depois ele apareceu com um celular velho, estava bem acabado, mas ainda funcionava, esses celulares de rico que tem de tudo, até internet e dá para botar aplicativos, ele disse que encontrou no lixão e levou para casa, e um vizinho dele tinha um carregador velho, e deu a ele. E para sua surpresa o celular ainda funcionava, a primeira coisa que ele fez, foi pedir ao vizinho para deixa-lo usar a internet para baixar uns aplicativos, e ele baixou um tal de Wattpad — já ouviram falar? — Então, ele disse que eu poderia ler algumas histórias que ele tinha colocado na biblioteca e também poderia escrever minhas próprias alí e publicá-las para outras pessoas lerem, e quando eu quisesse publicar os capítulos, ele levaria o celular para casa e usaria a internet do vizinho para publicá-las.

Eu amei a idéia de outras pessoas poderem conhecer meu trabalho e concordei com ele, e assim tenho feito há três meses, e talvez você se pergunte se não recebi nenhuma resposta das editoras? Sim, algumas, e todas elas com respostas negativas. Perdi as esperanças? Não, lógico que não! Deixe-me explicar, eu escrevo desde meus quatorze anos, e sempre fui apaixonada pela escrita, desde o tempo do colégio, então tenho muitas histórias e poemas escritos. Como recebi a resposta de apenas algumas editoras, tenho esperança de as outras ainda responderem e me darem notícias boas. Sinto braços rodearem minha cintura e sei que são de Gean.

— Oi, amor! Estava com saudades. — Ele diz, enquanto me beija.

— Também estava! O que aconteceu? Seus pais pioraram? Por que você não veio trabalhar? — Perguntei preocupada, já que tinha dias que ele não vinha porque seus pais eram doentes e só tinham a ele para cuidar. Pais esses, que eu nunca conheci, na verdade, eu nem sabia onde meu namorado morava.

Ele dizia que o local onde ele e seus pais moravam era longe, e com a doença de seus pais, era muito difícil para irem até ali, mas que um dia ele me levaria para conhecê-los. Eu sempre acreditei em tudo que me dizia, afinal, eu era completamente apaixonada por ele. Queria que ele fosse meu primeiro homem, e o último, visto que ainda não tinha acontecido nada entre a gente. Não tínhamos privacidade para isso lá em casa, era sempre cheio, e no lixão nem pensar! Ele sempre diz que a hora certa vai chegar. Às vezes, acho ele calmo demais e se não fosse por já ter sentindo seu membro rígidos algumas vezes enquanto namorávamos, diria que eu não o atraia. Mas sei que isso é exagero meu, sei que na hora certa vai acontecer.

— Não, amor! Estava preparando uma surpresa para você. — Ele responde nervoso, mas ao mesmo tempo, com aquele sorriso de fazer as calotas polares derreterem.

— Ah é? E o que seria? — perguntei, levantando as sobrancelhas.

— Se eu te contar vai deixar de ser surpresa, vida! — fala rindo.

— Vem comigo. — Eu saio sendo praticamente arrastada por ele, e com dificuldade, carregando meus sacos cheios.

No caminho, encontro meus pais que já estão de saída para irem vender os recicláveis que conseguiram, então entrego os meus e peço para eles os venderem também e comprarem água, quando sou surpreendida por Gean.

— Não precisa! Eu trouxe água. — Gean diz e fico surpresa, de onde ele tirou dinheiro pra comprar água se não veio trabalhar? Ergo uma sobrancelha.

— Não me olhem assim, eu consegui, e além do mais, hoje é um dia especial, vou te levar para conhecer meus pais. — Meu sorriso se expande. Até que enfim vou conhecer meus futuros sogros!

Saio dali e vou para casa tomar um banho e vestir uma roupa limpa. Quando estou pronta, encontro Gean na frente do meu barraco, encostado em um carro. Franzo a testa sem entender nada.

— Elo, você está linda! — Meu namorado se aproxima depositando um beijo em minha testa.

— Esse é Carlos, um amigo de meus pais, ele se ofereceu para vim te buscar e eu aceitei, porque não queria você andando horas de ônibus.

Cumprimentei o senhor de uns quarenta anos e de cabelos já um pouco grisalhos. O senhor parecia ser muito simpático, ao menos seu sorriso era acolhedor, porém, ele não disse muita coisa, apenas um "boa noite". Foi aí que notei que já estava escurecendo, então entrei no carro junto com meu namorado, me sentando no banco de trás, nem sei dizer que carro era, porque eu não entendo nada disso, essa é a primeira vez na minha vida que entro em um.

Seguimos viagem e como Gean disse, era muito longe mesmo. Fazia muito tempo que estávamos dentro desse carro, e eu suspeitava que se tivesse ido de ônibus já teria chegado. Voltei meu olhar para meu namorado que estava muito nervoso, mas por que será?

— Elo, eu preciso te falar algo antes de chegarmos. Quero que saiba que se menti, foi porque sabia que se eu não mentisse você jamais teria me dado uma chance, nem sequer teria me notado. — Ele aperta minhas mãos e sinto que as suas estão suadas. Meu coração começa a pular, pressentindo que não vou gostar nada do que irei ouvir. — A primeira vez que te vi foi em frente à uma de minhas lojas, você olhava a vitrine com muita vontade, e eu olhava para você admirado com sua beleza, mesmo estando suja, eu conseguia enxergar você. Tinha algo em ti que despertou algo em mim e que eu nunca tinha sentindo, você virou as costas, pegou um saco do chão e seguiu seu caminho, mas eu não consegui deixar você ir, tinha algo que me atraia para você, mas eu te perdi no meio da multidão. E eu pensei que jamais iria te ver novamente, mas graças a Deus, uma semana depois, eu te vi andando novamente na mesma rua da minha loja e tentei falar com você, então lembro que você me ignorou e nem ouviu, sequer me olhou; isso doeu muito, porque fazia uma semana que eu não conseguia dormir direito, e quando conseguia, sonhava com seus lindos olhos. — Ele ia falando e minhas lágrimas iam rolando pela minha face.

— Gean, como assim uma de suas lojas? O que você quer dizer? — Digo o encarando e vejo que ele engole em seco.

— Amor... — Pega em minha mão, mas eu afasto na mesma hora.

— Diga Gean. — Digo, com dificuldade.

— Eu comecei a reparar que você passava alí a cada uma ou duas semanas, com os sacos de lixo, e depois voltava pelo mesmo caminho com alguns galões de água. Isso me intrigava, então eu te segui, foi quando descobri onde morava. Eu precisava chegar até você, te conhecer, pois tu era o motivo de minhas noites mal dormidas, então resolvi fingir que era catador também, para ver se você me notava. E naquele dia que supostamente nos conhecemos, eu já tinha te visto antes, mas, conversar com você e ver que me dava atenção, fez meu dia ganhar cor, e quanto mais eu te conhecia, mais queria te ter. Queria você para mim, queria te tirar dali, queria te mostrar que existem pessoas que se importam sim, e eu sou uma delas, eu me importo com você, eu quero te ver bem! Eu acredito que tu tens potencial para chegar longe, mas não sabia como fazer isso, e fui deixando as coisas irem longe demais. — Ele faz uma pausa. — Não chorar, por favor! — implora.

— Você mentiu para mim! — Digo soluçando.

— Eu fiquei com medo, Elo, você vivia falando que as pessoas que tem dinheiro não ligam para pessoas de sua classe, mas nunca se deu conta que por causa de alguns, você generalizava, amor, e ignorava o restante. Eu fui um que você nem deu chance de se aproximar de você. Em pouco tempo eu me apaixonei por você, e fui adiando essa conversa, mas chegou a hora da verdade, Elo: eu sou dono de uma rede de lojas de roupa feminina e também alguns outros negócios, e sou herdeiro de uns dos maiores empresários do Estado de São Paulo. Por favor, sei que talvez você fique chateada por minha mentira, mas foi necessário para você me enxergar! Sei que você também me ama, amor, não pode ignorar isso.
Eu quero fazer parte de sua vida, te ajudar, mas você precisa me aceitar como eu realmente sou, precisa aceita quem eu sou. — Ele termina de falar e eu estou atônita. Na mesma hora, o carro para na frente de uma casa, ou melhor dizendo, uma mansão, e só então me dei conta que seu Carlos não era um amigo de seus pais, era o motorista.

Gean abre a porta e me estende a mão, eu ainda estou sem ação depois de tudo que ele me contou e parece que as coisas aconteceram automaticamente ao meu redor, pois nem percebo que estou dentro da grande casa, em frente a um casal que eu suspeito que sejam os pais dele, eles falam comigo, mas parece que eu estou em outra dimensão, estou me sentindo enganada.
Ele fez eu me apaixonar por ele, e agora joga essa bomba em minhas costas. Sempre reclamei de que não tinha oportunidades na vida, mas não era esse tipo de oportunidade que eu queria. Eu não queria conseguir algo na minha vida, só porque meu namorado tinha o poder de abrir as portas para mim. Eu queria a oportunidade de um emprego digno, para poder sobreviver disso, e não chegar ao topo como ele diz, por ser beneficiada por ele. Não quero usar seu nome e o prestígio que ele e sua família têm na sociedade, para crescer. Quero crescer com meus próprios esforços, e não preciso de muito, apenas o necessário.

— Querida, você está bem? — A senhora em minha frente pergunta.

— Quero ir para minha casa! — É a única coisa que consigo dizer.

— Querido, você não tinha contado ainda para ela? Meu Deus, Gean, ela está pálida. — Ela disse desesperada.

— Contei no caminho, mãe. — Gean diz.

— Nossa, ela deve estar em choque, leva ela para cima e conversa com ela com mais calma, depois vocês descem para nos conhecermos. — Diz, enquanto passava as mãos em meus cabelos, e eu não conseguia reagir. Tudo que eu queria era sair correndo dali, sei que eles não estavam me maltratando, nem me julgando, mas eu estava machucada com sua mentira, e meu orgulho estava falando mais auto, no mesmo nível do meu desespero ao pensar em deixá-lo.

Eu me encontrava em um impasse, que era perdoá-lo e aceitar tudo que ele tinha a me oferecer ou simplesmente acabar tudo por alí e continuar lutando por minha vida. — Melhor sem sua ajuda. — Me entendam, não quero levar o título de que subi na vida apenas porque tive ajuda de um homem. Apesar de isso ser lindo em histórias de romance, nunca foi o que eu quis para mim. Queria ser reconhecida por meu esforço e trabalho. Mas me doía ter que deixá-lo, eu o amava de verdade, não pelo seu dinheiro, porque eu nunca soube que ele tinha. Eu o amo, porque ele é especial, ele é diferente, sempre me respeitou, e isso me doía mais, pois eu sonhava com o dia que teríamos nossa primeira noite de amor, e agora vejo que isso nunca vai acontecer. Ou talvez sim...

— Entra. — Ele diz assim que chegamos à frente de uma porta, que me pareceu ser a do seu quarto.

Entro e fico em choque com o tamanho do quarto, tudo aqui é tão elegante e espaçoso, além de lindo, que dá até medo de chegar perto.

— Linda, por favor, diga alguma coisa, está me deixando desesperado. — Sua voz demonstra sua aflição.

— Eu te amo. — Digo, e ele sorri, mas seu sorriso desaparece assim que continuo a falar. — Mas não quero você em minha vida, não quero ter alguém do meu lado com essa bagagem toda na sociedade, onde eu não poderei acompanhá-lo.

— Não diga isso! Você pode aprender amor, eu irei te ajudar! Por favor, não diga mais que não me quer em sua vida, isso dói. — diz, e vejo as lágrimas em sua face.

— Desculpe, mas eu não posso fazer isso, eu sempre pensei que você seria meu primeiro homem, e o último, achei que teríamos uma família e seríamos felizes da nossa maneira. — Ele me interrompe, e me puxa para perto de seu corpo e eu sinto minhas pernas ficaram bambas.

— Não fale como se isso fosse impossível, pois não é. Eu quero me casar com você e te tornar minha por completo.

— Não... — Eu começo a falar, mas ele não deixa e me puxa para um beijo desesperado, urgente... nos beijamos como se fosse o último beijo e eu podia sentir o gosto de nossas lágrimas se juntando ao nossos lábios, era difícil, uma parte de mim queria muito ele, mas a outra parte que falava mais auto, o meu orgulho, gritava para eu sair correndo dali e esquecer que um dia o conheci.

Suas mãos fortes me seguravam firmemente e ele me beijava como se sua vida dependesse daquilo, então fui envolvida por um calor que tomou conta de todo meu corpo, e eu já não me comandava mais, nossas respirações estavam pesadas, suas mãos passeavam pelo meu corpo como nunca ele tinha feito antes, e em nossos olhos não havia mais lágrimas. Neste momento estamos nos encarando, sei o que ele está me pedindo em silêncio, e eu também quero, mesmo que isso vá me doer amanhã, eu quero me lembrar dele como o meu primeiro homem. Passo minhas mãos pelo seu rosto e ele fecha os olhos, absorvendo meu toque e quando afasto as mãos, ele os abre novamente e eu digo:

— Faça-me sua! — digo, olhando em seus olhos, tenho certeza de que quero isso. Eu preciso disso.

— Tem certeza? — Pergunta incerto.

— Sim. — Respondo

— Vai me perdoar? — ele pergunta, parece que sabe o que pretendo fazer.

— Neste momento não quero pensar nisso, apenas quero ser sua, depois falamos sobre isso. — ele me olha incrédulo, mas não contesta, ele parece com medo.

Então ele faz o que eu peço. Me toma em seu braços, beijando-me com carinho, dizendo várias vezes em meu ouvido que me ama e que precisa de mim na vida dele, e quando dou por mim, já estava em sua cama sem minha roupa e ele por cima de mim, também nu, estava tão perdida que nem percebi quando isso aconteceu, ele já estava posicionado em minha entrada.

— Amor, olha para mim. — fiz o que ele pediu, estava nervosa, eu sempre quis que isso acontecesse, mas não dessa maneira, não sabendo que logo em seguida eu iria embora sem olhar para trás. — Vai doer um pouco, mas te prometo que as próximas vezes serão melhores. — Ele diz e isso me dói, porque sei que não haverá próxima vez.

Logo sinto ele me invadindo e a dor que ele disse que eu iria sentir, não chega nem perto da que estou sentindo em meu peito, fecho meus olhos e me entrego ao momento, me entrego ao homem que eu amo, e que sei que vou amar para sempre. Gean me ama, me venera, me faz sentir nas nuvens.
Me senti a mulher mais amada em seus braços, e depois de estarmos saciados daquilo que há meses vinha nos consumindo, acabamos pegando no sono.

Acordo sentindo seus braços fortes. Tento sair, mas ele me puxa para mais perto dele.

— Bom dia, flor. — Diz com um sorriso de matar e uma voz sonolenta.

— Bom dia. Preciso ir para casa, Gean. — Minha voz faz com que ele salte da cama.

— Céus! Achei que estava sonhando, aconteceu mesmo? — ele parecia assustado.

— Sim, aconteceu, agora quero ir para minha casa. — digo, friamente.

Ele me analisa e depois de alguns minutos me pergunta.

— Vai me deixar, não é? Não vai me perdoar por ter mentido, não é mesmo? — diz, e eu me levanto também, me aproximando dele sem me importar por estar nua. Seco suas lágrimas e ele as minhas, sabemos o que vai acontecer agora.

— Sim eu te perdoo, mas não quero continua com você, preciso trilhar meu próprio caminho, sem atalhos, tenho que seguir meu próprio rumo. — Ele acaricia meu rosto como se quisesse gravar cada parte dele em sua memória.

— Tem certeza? — Sua pergunta sai em um fio de voz.

— Sim. — Digo apenas.

— Se um dia você conseguir tudo o que sonhou, e olhar para o lado e não me ver lá, me chama por pensamento que eu irei correndo para você.
Me promete que jamais irá me esquecer? — apenas aceno com a cabeça, concordando. — Vou pedir para o motorista te levar de volta. Saiba que não irei mais te procurar, eu irei respeitar sua decisão. Mas isso não significa que irei te esquecer.
Não pense que eu não entendo sua escolha, porque eu entendo e me orgulho de você, e estarei aqui torcendo por você. Mas, lembre-se: quando tiver conquistado tudo o que sonha, volte correndo para mim, pois estarei esperando por você.

Abraço-o bem forte, e agradeço por ele me entender e não ficar com raiva de mim, depois visto minha roupa com seu olhar em cima de mim. Depois de pronta vou em direção a ele e o beijo pela última vez, viro as costas e saio daquela casa, com minha escolha feita e com a certeza de que eu iria dar meu sangue se fosse necessário, para conquistar meus sonhos e me orgulhar dessa escolha um dia, porque essa escolha custou o amor da minha vida.

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Feliz Ano novo. Todos(a)

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