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6

Flores no amanhã

Os dias passaram calmamente. Depois do pedido de Gart comecei a ficar boa parte do tempo na cozinha preparando as receitas que recordavam meu mundo. De certa forma, isso ajudava a aliviar os receios de viver em um lugar novo. Nix sempre estava por perto se certificando de que não faltasse nenhum ingrediente, já Gart sumia pela manhã aparecendo apenas no almoço. Sem que eu me desse conta havia criado uma rotina. Com um sentimento de conquista eu me esforçava em cada prato, em retribuição Gart se tornava mais receptivel para conversar, mesmo que, as vezes, trocassemos poucas palavras. Pelo menos as ameaças haviam sido deixadas de lado.

Pela janela o sol alcançava seu ápice no céu quando eu terminava de colocar a última tigela com ensopado de legumes sobre a mesa. Não muito tempo depois Gart apareceu na cozinha, o cabelo molhado, a camisa de linho suja e um ramalhete de flores e folhas na mão.

Curiosa, deixei meus olhos irem da sua figura até as plantas que foram colocadas de qualquer jeito sobre um dos barris de grãos proximos à parede. As flores tinham um aspecto viçoso, cores vibrantes em tons de azul, amarelo e laranja, já as outras ervas lembravam algumas plantas do meu mundo utilizadas para chás.

—Aconselho não tocar nelas.

Levei um susto com a voz repentina de Gart. Estava tão concentrada nas plantas que nao percebi que ele me encarava.

—São venenosas?

—Não.

—Vai me dizer que elas mordem?

—Como se tivessem boca para isso.

—Então qual é o problema?

Depois de tomar dois copos de água ele se aproximou pegando a maior flor amarela.

—Elas pode causar alergia ou outras reações.

—Isso não parece um grande problema.

Sem dizer nada vi quando ele esticou sua mão para mim.

—O que você vai fazer?

—Ver se não é um grande problema.

Arqueei uma das sobrancelhas.

—Sabe que sou eu que preparo sua comida né?

—Isso é uma ameaça?

—Talvez.

Vi um sorriso contido em seus lábios. Como sua mão continuava estendida decidi retribuir o gesto, mesmo receosa.

—Se minha mão cair a culpa vai ser sua.

—Não seja tão dramática.

—Uma hora você fala para eu não tocar nelas e agora quer fazer o oposto.

—Vai conseguir lidar com a curiosidade então?

Ele estava certo. Mesmo com as provocações eu estava curiosa com as tais plantas. Suas cores vibrantes eram atrativas de mais para recusar tocá-las.

—Minha mão não vai cair né?

Vi os olhos prateados me encarem por alguns segundos podendo jurar ter visto divertimento atrás deles.

—Se ficar muito incômodo é só lavar, não vou enconstar muito.

Confiando nele deixei que Gart tocasse com uma das petalas sobre o dorso da minha mão. Com o coração acelerado esperei ansiosa por algum tipo de reação, meus pés ja estavam prontos para correr até a pia mas os segundos passaram e nada aconteceu.

—É, pelo visto eu sou imune ao que quer que seja a reaçãodelas...

Gart continuou observando minha pele, por um instante procurei por alguma coisa que pudesse chamar tanto sua atenção mas não havia nada ali.

—Gart?

—Ah...sinto muito.

Um pouco sem jeito ele soltou minha mão juntando a flor amarela com as outras plantas.

—Vou tirar isso daqui, não quero correr o risco de você temperar minha comida com nada estranho.

Não contive um revirar de olhos.

—O tempero verde que Nix me traz também é mato, sabia?

—Eu confio na Nix.

—Muito engraçado, por falar nisso, você a viu por ai? Faz um tempo que ela saiu.

—Ela deve estar lá em cima — Gart voltou lavando a mão e sentando-se a mesa — Logo ela aparece por aqui.

—Entendi...

Deixei que ele se servisse primeiro, em seguida peguei meu prato pronta para ir ao meu aposento quando sua voz me impediu.

—Que tal comermos lá?

O encarei confusa.

—Lá?

—Na varanda, com a Nix.

Continuei o encarando, aquela havia sido a primeira vez que Gart me chamava para comer com ele. Algo que normalmente faziamos sozinhos.

—Tudo bem...

—Vou levar uma tigela menor para ela.

Deixei que ele enchesse um pequeno potinho com o ensopado antes de seguirmos até a varanda, Nix repousava em um dos galhos da árvore, seu brilho irradiava pelas folhas verdes como uma joia. Assim que nos viu ela voou na nossa direção.

—Trouxemos sua parte.

Gart foi até baulastrada deixando o potinho. No mesmo instante Nix repousou na borda da tigela. De início achava estranho uma bola de luz comer, ficava seriamente em dúvida se aquilo era possível, mas depois que vi os alimentos irem sumindo aos poucos eu simplesmente aceitei o fato. Gart e eu nos acomodamos no chão escorados na parede rugosa. Do outro lado da varanda, em meios as centanas de galhos e milhares de folhas, alguns pontinhos brancos surgiam em meio ao verde.

—O que é isso?

Gart me seguiu com os olhos, levou uma colher de ensopado até a boca e depois respondeu.

—Flores, amanhã estarão completamente abertas.

—Pelo visto vão ser muitas.

—Sempre é, elas marcam o ápice da primavera.

Deixei meus olhos se perderem nos incontáveis pontinhos brancos.

—Deve ser uma visão deslumbrante.

A ideia me fez sorrir.

—São só flores, todos os anos acontece a mesma coisa.

—Isso não muda o fato de ser algo incrível — as palavras sairam da minha boca sem que eu percebesse — Mal posso esperar para chegar amanhã!

Pude sentir o olhar atento de Gart sobre mim. Segundos depois ouvi novamente sua voz.

—A cidade vai estar cheia de flores, se quiser ir...

—Cidade? Tem uma cidade aqui?

—Tem.

Gart voltou a comer o ensopado enquanto eu o encarava abismada.

—Porque não me disse antes?

—Você nunca perguntou.

—Eu não tenho uma bola de cristal para adivinhar essas coisas.

—Bom, vai querer ir ou não?

Seus olhos prateados fixaram-se aos meus, impacientes.

—Vou!

Respondi sem pensar duas vezes.

—Saímos amanhã de manhã, e já adianto para não sair de perto de mim — o vi apontar a colher ma minha direção com um olhar sério — Não vou te procurar caso se perca.

Mesmo com seu aviso eu não conseguia conter o entusiasmo.

—Certo!

Agarrei minha tigela levando uma colher de ensopado até a boca.

Mal posso esperar por amanhã!






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