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20

Margarida e olhos coloridos

...

Quando Gart disse que eu iria ao palácio com ele achei que tudo não passava de uma brincadeira, no entanto, depois que seus olhos me encararam por longos segundos percebi que as palavras eram sérias. Por algumas vezes tentei recusar, no entanto, ouvi a seguinte frase:

Não é você que gosta de ir para todo canto e se enfiar em confusão? Está aí uma oportunidade perfeita!

Tive dúvidas se aquilo era para alimentar minha curiosidade ou apenas para me ver presa. De qualquer forma, não havia como recusar. Depois de uma longa semana a noite da festa finalmente chegou.

—Nix! Socorro! Eu não consigo arrumar isso!

A fada de luz levantou o tecido da minha roupa até que eu finalmente conseguisse arruma-la no corpo.

Finalmente...

Suspirei enquanto me olhava no espelho. O caimento do vestido era justo e a saia se abria como uma cascata até os pés. Cada moeda gasta havia valido a pena.

Até que ficou bom...

Rodopiei vendo o tecido acompanhar o movimento como se tivesse vida própria.

—O que acha Nix?

A pequena bola de luz voou ao meu redor contornando a roupa de cima a baixo. Conforme fazia isso pontos de luz dourada começaram a surgir no tecido como pequenas estrelas feitas de ouro.

—Incrível! Obrigada Nix!

Apreciei os pontinhos brilhantes por mais alguns minutos antes de prender o cabelo em uma trança. Assim que terminei Gart bateu na porta.

—Pode entrar!

—Espero que já esteja pronta.

Seus olhos pararam junto dos pés logo na entrada.

—E então? O que achou?

Balancei a saia fazendo os pontos de luz cintilarem. Gart continuou imóvel, os olhos vidrados, quase como uma estátua.

—Gart?

—Você está ótima...

—Obrigada, Nix me ajudou — senti minhas bochechas queimarem — Você também está muito bonito...

Gart vestia algo que lembrava muito um terno, no entanto, o mesmo tinha uma mistura de tecidos leves que saia das suas costas como asas. Nas mangas e na gola do terno alguns adorno lembravam pequenas flores e folhas. Ele estava incrível. Um verdadeiro ser mágico digno das histórias feéricas e suas cortes. Inconscientemente senti uma enorme vontade de toca-lo, apenas para ter certeza de que era real, mas assim que meus pés se moverem para mais perto imediatamente parei.

Percebendo minha aproximação Gart se afastou indo para o centro do quarto. Não cosegui deixar de me sentir um pouco mal com aquilo, mas decidi ignorar, afinal de contas, a atitude inapropriada partiu de mim.

—Então? Vamos? Não quero chegar atrasada...

—Antes, coloque isso.

O vi retirar alguma coisa de dentro do casaco e estender para mim. Quando o objeto caiu nas minhas mãos percebi que era um colar com pingente em forma de flor. A corrente fina e dourada era quase tão brilhante quanto os pontos de luz do meu vestido.

Uau...

—Não seria bem visto chegar ao Palácio sem nenhum adorno.

Virei a pequena margarida sentindo o material frio. A cada movimento as pétalas que pareciam feitas de diamante brilhavam com as cores do arco iris.

—É lindo Gart, posso mesmo usar?

O vi dar um passo adiante.

—Permita-me.

Distraída com o adereço demorei um pouco para perceber que ele havia estendido a mão curvando-se levemente. Dentro do meu peito algo se contorcia. Assim que entreguei o colar seus dedos afastaram minha trança prendendo a fina corrente em volta do meu pescoço.

—Então — sentia meu rosto quente — Como ficou?

Os olhos prata me observavam com atenção parando por longos segundos na pequena flor até se encontrarem com meus olhos.

Minha pérola...

Seu sussurro foi tão baixo que mal escutei

O que disse?

—Nada — o vi ir em direção à porta — É melhor nos apressarmos ou chegaremos atrasados.

...

Tomamos o caminho do comércio seguindo em frente pelas ruas cada vez mais retas até alcançarmos a enorme fachada onde um gigantesco portão de grades surgiu. Do outro lado, um labirinto de flores criava formas na paisagem seguidos de um castelo com torres coloridas.

—Uau...

Gart foi na frente guiando o caminho até a entrada do castelo onde alguns homens de armadura faziam guarda. Por um instante fiquei receosa se me deixariam passar mas assim que Gart atravessou segui seus passos sem nenhum problema.

Assim como o lado de fora o interior também era imponente. Um enorme tapete vermelho se estendia pelos corredores e pinturas de paisagens decoravam as paredes juntos de alguns arranjos de plantas. Volta e meia enormes vitrais surgiam com cortinas de veludo azul. Do lado de fora, a floresta de era tingida com as cores do pôr do sol.

—Espere Gart...

Parei em frente a uma das janelas.

—Só um minuto...

Gart não retrucou. Pacientemente ficou ao meu lado esperando enquanto eu observava a paisagem.

A cidade parecia um amontoado de casinhas de brinquedo rodeada pela floresta. Os telhados brilhando com a luz quente do final de tarde e as janelas cintilando como estrelas. Depois de longos minutos apreciando aquela visão ouvi a voz de Gart quase como um sussuro.

—Vamos?

Concordei em silêncio seguindo-o de volta pelos corredores até uma enorme porta de madeira. Do outro lado, um amplo salão surgiu enquanto uma massa de tecidos coloridos rodopiavam pelos mosaicos do chão. Aquele lugar era enorme, todas as barracas do centro da cidade caberiam facilmente ali dentro. Olhando para cima senti minha cabeça girar com as longas colunas que sustentavam um teto também colorido e cheio de pinturas.

—Tome cuidado para não cair.

Gart me segurou trazendo minha atenção volta. Por um momento eu havia esquecido de que as coisas ali eram reais.

—Precisamos cumprimentar o rei e a rainha.

—Cumprimentar?

—Vamos, quanto antes fazermos isso melhor.

Sem opções deixei que Gart me levassem até os monarcas que se encontravam em dois tronos na parte mais afastada do salão.

—Majestade.

Imitei tudo o que Gart fazia me inclinando perante as duas figuras.

—Gart!

O rei era um homem de meia idade, tinha cabelos cinzentos, vestia roupas de tecidos nobres e brilhantes. A rainha não era muito diferente, seu vestido rosa parecia cintilar com as cores do arco iris enquanto o cabelo cacheado estava preso por uma tiara. Olhando com mais mais atenção percebi que uma flor, identica a uma rosa, adornava sua tiara. No entanto, o mais surpreendende naqueles dois eram os olhos, suas iris pareciam com quatro caleidoscópios cheio de cores, identicas as que tingiam a copa da floresta.

—Que bom que veio! E vejo que trouxe uma companhia.

—Pelo visto aprendeu a rejeitar sua vida solitária.

Senti os olhos da rainha sobre mim.

—Como você se chama, querida?

—Sofia, senhora.

—Sofia, que belo nome.

—Você não me parece ser das redondezas Sofia.

Dessa vez os olhos do rei estavam sobre mim. Diferente da rainha, sua presença era um tanto intimidadora.

—Sofia vêm das terras do sul vossa alteza.

Deixei Gart falar.

—Não é um lugar muito conhecido.

—Entendo, e o que a trouxe até aqui?

—O comércio.

Falei antes da minha companhia pensar em algo.

—O comércio aqui é tão vasto e rico que eu precisava conhecer, acabei me apaixonando pela cidade e tenho certeza que, em toda a minha vida, nunca tinha me sentido tão maravailhada com algo...

Mesmo que a história tivesse começado com uma mentira aquilo era a mais pura verdade. Sem que eu me desse conta havia me apaixonado pela floresta, pela cidade, pela loja de poções e pelas pessoas.

—Consigo ver a sinceridade em suas palavras.

A voz da rainha alcançou meus ouvidos.

—E é apaixonante o brilho em seus olhos Sofia.

Deixei um sorriso tímido escapar dos lábios. Mesmo sendo rainha, ela parecia alguém de alma simples e bondosa.

—Aproveite a festa Sofia, e Gart, gostaria de conversar com você.

—É claro alteza, estou à disposição.

Sob um olhar discreto me afastei de Gart procurando me juntar à alguns dos grupos que dançavam pelo salão, no entanto, era nítido que todos se afastavam, mesmo que de forma discreta. Sem muitas opções fiquei perto da mesa de doces observando a mistura de cores e texturas do ambiente. Tudo era muito atrativo aos olhos, mas depois de longos e intermináveis minutos as figuras deixaram de ser interessantes. E sem que eu me desse conta estava observando Gart. Ele ainda conversava com o rei, ao seu lado, Igradum se juntou ao debate que parecia agradável já que todos sorriam. Pela primeira vez, percebi que Gart se tornava ainda mais belo quando sorria.

O que deu em mim?

Com aquela sensação estranha no peito me virei para pegar um dos doces quando fui surpreendida por um par de olhos coloridos.

—Sofia, podemos conversar?

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