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Um ano 

Caminhei por longos minutos por uma trilha quase invisível em meios às árvores que iam se tornavam cada vez mais densas. Por algumas vezes encarava as costas de Gart pensando se aquilo não era uma armadilha.

Se ele fosse me matar já teria feito...

A memória das tatuagens de luz em seu corpo me causaram arrepios. Ele era perigoso e eu precisava tomar cuidado. Mesmo que o estivesse seguindo pelo meio de uma floresta estranha de árvores coloridas.

Como isso foi acontecer comigo?

Deixei um suspiro escapar, meu corpo e mente estavam exaustos, já cogitava me sentar no meio do caminho e ficar por ali quando a bola de luz que chamava Nix se aproximou. Seu brilho era algo que eu nunca havia visto antes, milhares de partículas douradas pareciam se juntar em volta dos dois olhinhos brancos que também brilhavam, e com os ânimos mais calmos, percebi que ela emitia um leve som ao se mover semelhantes aos acordes de uma harpa.

—Oi, seu nome deve ser Nix, certo?

Ela flutuou mais próximo de mim.

—Nunca vi nada como você antes.

Em um movimento impensado estendi minha mão para toca-la quando Gart avançou em minha direção.

—Nunca mais faça isso.

Seu rosto estava sério e o semblante sombrio.

—Me desculpe...

Ainda fiquei sob seu olhar por longos segundos até ele retomar o caminho.

Pelos céus!

Levei uma das mãos ao peito. Meu coração parecia subir pela garganta.

Que susto...

Nix ainda voava próximo de mim. Por precaução dei alguns passos para trás toda vez que ela chegava perto. Depois de mais alguns minutos a bola de luz disparou em direção a Gart rodeando-o freneticamente. Se aquilo fosse uma pessoa, poderia jurar que ela estava irritada com ele.

...

Passamos muito tempo caminhando, tanto que eu havia perdido as contas. As horas pareciam correr de forma diferente naquele lugar e a copa densa e coloridas das arvores me impediam de ver o céu. Quando achei que aquela caminhada não teria mais fim Gart finalmente parou.

—Chegamos.

Por todo caminho pensei estarmos caminhando em direção à sua casa, ou qualquer outro lugar que pudéssemos encontrar os tais livros, no entanto, assim que ergui os olhos me deparei com uma imensa árvores de galhos que se retorciam entre si em direção ao céu onde uma copa majestosa de folhas verde esmeralda a coroavam como rainha daquela floresta.

—Uau.

—Lembre-se do aviso que te dei, não tente fazer nada ou vai pagar por isso.

Estava tão maravilhada com a visão que apenas concordei sem me atentar ao que ele disse. Definitivamente aquela árvore só podia ser algo tirado de um conto de fadas.

—Vamos.

—Para onde?

Gart não respondeu, apenas foi em direção as gigantes raízes até sumir em uma fenda entre elas. Com medo de ficar para trás o segui me deparando com um estreito lance de escadas que levava cada vez mais para o alto. Ao redor, as paredes irregulares iam se expandindo aos poucos até que cômodos espaçosos surgiram. O primeiro deles parecia uma sala, móveis de madeira se encontravam perfeitamente alinhados enquanto janelas irregulares formadas pelos vãos dos gigantescos troncos davam vista a imagem do céu azul.

—Incrível...

Deixei as palavras escaparem da minha boca enquanto Gart apontou para uma das poltronas.

—Espere aqui e não mexa em nada.

—Tudo bem...

Fazendo como ele falou deixei o galho sob uma mesinha de centro me acomodando na poltrona de madeira. O estofado era macio, quase como se fosse inteiramente feito de algodão, mas alguma cosia me dizia que aquilo estava longe de ser algodão. Depois que Gart desapareceu das minhas vistas o silêncio tomou conta do ambiente fazendo minha cabeça ser inundada com inúmeros pensamentos.

Fadas...

Sussurrei escondendo o rosto com as mãos.

Um mundo mágico com fadas...

A ideia era, no mínimo, inacreditavél, mas cá estava eu, sentada em uma poltrona de madeira em uma sala dentro de uma árvore gigante.

Isso é demais para assimilar...

Quando ergui novamente o rosto me surpreendi ao ver Nix flutuando calmamente acima dos meus olhos. Contendo o impulso de toca-la deixei que um sorriso escapasse dos meus lábios sentindo meus olhos pesarem.

Você é incrivelmente bonita, sabia?

Minha voz ecoou no silêncio.

É o mais próximo do que eu imaginei das fada...

Com os olhos cada vez mais pesados senti a sala ao meu redor ir se alongando para longe.

Pequenininha e brilhante.

Com o cansaço tomando conta de mim, me escorei o melhor que pude na poltrona puxando os pés para o estofado macio, por sorte, ela era grande o suficiente para que eu coubesse mesmo que espremida.

Só vou fechar os olhos um pouco...

A escuridão me rodeava de forma aconchegante me embalando cada vez mais. Ao longe, tinha a impressão de que mais orbes de luz se aproximavam junto da uma melodia de arpas e sinos.

Fadas...

Deixando um sorriso involuntário escapar dos meus labios adormeci em um sono profundo no qual eu não desejava acordar tão cedo.

...

—Ei! Humana!

Acordei com um pulo. O peito ofegante e a visão turva.

Onde eu estou?

Olhei ao redor me deparando com a imagem de um homem com olhos prateados.

—Não é adequado dormir na casa de um estranho, sabia?

Levei a mão até o rosto esfregando os olhos.

—Sinto muito, eu estava tão cansada que nem percebi...

Vi seu corpo rodear a pequena mesa de centro acomodando-se no sofá de frente à mim. Suas mãos seguravam livro de capa azul e folhas amareladas.

—É esse o livro?

Perguntei ansiosa.

—É.

—Que bom!

Rapidamente me arrumei.

—E o que diz aí?!

—Para voltar ao seu mundo é só pular de volta no portal.

—Perfeito!

—Daqui um ano.

Por um momento meu cérebro não processou o que ele havia dito.

—Oi?

—Um ano, e o portal estará funcionando de novo.

Levou um minuto até a ficha cair.

—Um ano?!

—Você já tem sua resposta, a saída é logo ali.

Senti o sangue fugir do meu rosto.

—Um ano é tempo de mais!

Gart já estava se levantando quando me coloquei na sua frente.

—Tem que haver outro jeito!

—Isso não é um problema meu, agora saía da nossa casa.

Me ignorando completamente ele passou por mim até que Nix apareceu flutuando na sua direção.

—Pare com essas tolices Nix.

A bola de luz continuou com seu zigue-zague.

—Não vou aceitar isso!

Em um movimento inesperado Nix flutuou até mim parando acima da minha cabeça. Gart nos olhou com espanto.

—Você não pode estar falando serio!

Olhei para Nix que parecia irradiar um brilho cada vez mais forte. Já Gart nos observava completamente incrédulo.

Você só pode estar brincando...

Nix permaneceu imóvel, Gart por sua vez começou a andar de um lado para o outro com dois dedos na ponte até que, depois de uma longa maratona, ele se virou na nossa direção com um semblante severo.

—Um ano! — ele apontou o indicador, só não sabia se para mim ou para Nix — Você vai poder ficar aqui apenas até o portal se abrir de novo, entendeu?

Com uma centena de informações me atingindo apenas concordei sem ao menos pensar direito.

—Caso perca o portal é melhor ir pensando em outro lugar para ficar.

Petrifiquei assim que ele avançou na minha direção com um olhar ameaçador.

—E se tentar fazer alguma coisa estranha eu te jogo do último galho.

O tom de suas palavras era sério, tão serio que precisei engolir em seco por algumas vezes antes de assentir com o gesto mais sutil possível. 

Sem mais nada a dizer a dizer Gart passou por mim sumindo em direção ao corredor. Assim que fiquei sozinha me sentei sobre os calcanhares enfiando o rosto nos joelhos.

Um ano? Um ano até conseguir voltar para casa...

A ideia era desesperadora, ainda mais quando me lembrava dos avisos de Gart. 

E quem disse que eu quero ficar aqui?!

Em um movimento rapido ergui os olhos me deparando com Nix que flutuava na minha altura, por algum motivo, sua presença conseguiu me acalmar um pouco.

—Não sei ao certo o que acabou de acontecer...

Ia estender a mão para toca-la mas rapidamente me contive.

—Mas acho que estou te devendo um obrigada.

Por alguns segundos poderia ter jurado ouvir uma risada sutil pouco antes de Nix flutuar em direção ao mesmo corredor Gart desapareceu.

—Onde eu fui me meter...

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