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16

Estrelinhas

Do lado de fora a chuva torrencial inundava a floresta de cores com seu tom cinzento. Encolhida na minha cama eu abraçava os joelhos. Fazia três dias desde a morte de Elizabeth.

Como eu não percebi?

Trovões ecoavam no céu.

Ela estava sorrindo...

A lembrança dos olhos azuis sempre contentes invadia meus pensamentos. Largado em meu travesseiro estava uma carta, a mesma tinha sido entregue pelo homem de cabelos brancos, escrita pela própria Elizabeth para mim.
Não tinha coragem de abri-la.

Eu não percebi...

Na penumbra ouvi os passos de Gart se aproximando. Nos últimos dias ele sempre trazia uma bandeja com frutas e pães, e, a contra gosto, eu engolia algumas delas. Dessa vez porém Gart deixou a tigela sobre a mesinha e em seguida sentou-se ao pé da cama.

—Sofia...

Sua voz estava baixa, quase como um sussurro.

—Sofia, por favor...

Inconscientemente me encolhi.

—Me deixe sozinha Gart...

Apertei o travesseiro. Com o olhar distante senti sua aproximação.

—Já se passaram três dias. Você precisa sair dessa cama.

Suas palavras estavam distantes. Lá fora, a chuva continuava.

—Foi por isso que você disse para eu não me aproximar?

Um flash de luz iluminou o quarto seguido de um trovão. Gart ficou em silêncio. Eu já tinha a resposta. Me encolhendo ainda mais na cama senti o frio arrepiar minha pele, não muito tempo depois a presença de outro corpo se fez presente ao lado do meu.

Gart estava ali, conseguia sentir o seu calor e o seu perfume. Não dissemos nada, apenas o som da chuva preenchia o silêncio do quarto.

Você sabia?

Sussurrei baixinho.

Sim.

Gart respondeu no mesmo tom.

Por que não me contou?

Um curto silêncio se formou. Uma lágrima ameaçava cair dos meus olhos.

Elizabeth pediu para não dizer nada, apenas o curandeiro e eu sabíamos.

Um trovão ecoou distante.

Me desculpe...

Os ventos assobiavam pela janela, flashes de luz inundavam o quarto enquanto as lágrimas caiam pelo meu rosto mais uma vez.

Eu poderia ter feito mais — falei chorando — Poderia ter conversado mais com ela...

Lembrei dos momentos que passamos juntas tomando café da tarde e rindo de algumas histórias.

Ela passou por isso sozinha, e eu... eu...

Com a voz embargada senti Gart me puxar para perto de si. Unidos em um abraço desabei no choro sentindo o calor do seu corpo aquecer o meu.

Tive medo de você ficar assim...

Sua voz se misturava a minha.

Seu coração é bondoso Sofia...

Em meios ao soluço uma mão afagava o meu cabelo.

Está tudo bem, está tudo bem...

Aos poucos conseguia ir me acalmando.

Você esteve lá com ela, se divertiram juntas...

A chuva ficava mais forte, no entanto, o quarto se tornava mais silencioso.

Foi a amiga que ela mais precisou nesses últimos dias.

Sem que me desse conta segurava firme sua camisa afundando o rosto em seu peito. O tecido macio enxugava minhas lágrimas.

Tenho certeza que doeria na Elizabeth vê-la nesse estado.

O senti me puxar mais para perto.

Porque também dói em mim.

Seu sussurro ecoou distante, misturou-se com a chuva torrencial e se perdeu no silêncio, no entanto, suas palavras alçaram a mim, alcançaram algum lugar dentro de mim. Mais calma, deixei meu corpo relaxar sentindo o cansaço das noites em claro vir de uma vez.

Gart está aqui...

Inspiriei o perfume da sua roupa me sentindo acolhida.

Ele está aqui...

A imagem de Elizabeth surgiu em minha mente, seu sorriso doce e os olhos azuis que pareciam estar sempre sorrindo.

"Sofia!"

Ela estava bela, o rosto corado, a pele viçosa e os cabelos brilhando.

"Obrigada por tudo!"

Sem que eu me desse conta adormeci com a visão de Elizabeth e o calor aconchegante de Gart.

...

Acordei no dia seguinte com o cheiro de café e biscoitos, assim que olhei para o lado vi, sobre a mesa de canto, uma bandeja com um copo e uma tigela com biscoitos de manteiga. Meu estômago imediatamente roncou.

Quem fez isso?

—Quem mais seria?

Olhei um tanto assustada para Gart que estava sentado em frente a minha escrivaninha. Suas mãos passavam agilmente sobre uma folha de papel segurando uma caneta tinteiro.

—O que está fazendo aqui?

—Garantindo que você se recupere.

Imediatamente me joguei de volta na cama. Minha vontade era de continuar ali, no entanto, Gart largou o que estava fazendo e veio até mim, pegou a tigela de biscoitos e se sentou ao meu lado.

—Vamos, coma.

—Não quero.

—Já faz três dias que você só saí desse quarto para ir ao banheiro, vamos, a vida continua.

Eu não tinha argumentos para rebate-lo e, mesmo que me sentisse bem melhor do que ontem, eu ainda não estava cem por cento, muito menos com vontade de sair.

—Eu não estou com fome...

No mesmo instante meu estômago roncou.

—Pelo visto sua barriga tem mais noção de sobrevivência do que sua cabeça.

O vi estender a tigela para mim.

—Vamos.

A contra gosto me sentei na cama, encarei os olhos prata e peguei um biscoitinho em formato de estrela.

—Você que fez?

—Nix ajudou.

Respirei fundo.

—Acho que não posso recusar então...

Sob seu olhar atento comi alguns dos biscoitos sentindo meu estômago agradecer. Estavam deliciosos.

—Você está atrasado — peguei outra estrelinha — Não devia estar aqui.

Deixando a tigela na cama Gart foi até a escrivaninha.

—Não vou abrir a loja por uns dias.

—Porquê?

—Férias.

Encarei suas costas. Tenho certeza que aquilo estava ligado a mim. Inconscientemente me senti culpada.

—Pare com isso.

Sua voz alcançou meus ouvidos me arrancando dos pensamentos.

—Eu também preciso descansar, e existem outros boticarios de alquimia na cidade — suas mãos continuaram deslizando pelas folhas de papel — Agora termine de comer.

Ainda encarei suas costas por um tempo, em seguida, deixei meus olhos vagarem pela tigela com os biscoitos em formato de estrelas.

Nix não seria capaz de fazer isso sem as mãos.

Com um sorriso tímido mordi outra estrelinha antes de voltar a me deitar.

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