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O círculo de pedras

O vento frio passeava pelas campinas sacudindo a grama em volta do casebre. Com as mãos frias eu observava o céu azul sem nuvens. O inverno estava chegando e com ele o nervosismo de começar uma nova vida.

Vai dar tudo certo...

Disse a mim mesma caminhando pela trilha do campo. Minhas férias chegavam ao fim e logo eu voltaria para ingressar em um novo trabalho.

—Vai dar tudo certo.

Respirando fundo ergui o rosto em direção ao céu. A ideia de se mudar para uma nova cidade me angustiava. A vida no interior não era ruim, mas eu sabia que precisava desbravar novos horizontes.

Distraída, continuei andando sem prestar muita atenção no caminho até que uma forte rajada de vento me obrigou a parar. Ao olhar para baixo percebi que estava dentro de um circulo de pedras.

—Será que finalmente encontrei um que funciona?

Sorri com a lembrança de correr pelo sítio da minha avó pulando dentro de círculos parecidos, tudo na esperança de encontrar uma fada, vontade essa que surgia das histórias que a mesma me contava anod atrás.

Sinto sua falta...

Com a saudade apertando no peito respirei fundo olhando novamente para cima, no entanto, ao invés das planícies de grama verde e o vento frio do inverno meus olhos se depararam com uma floresta de cores vibrantes onde, a pouco mais de alguns metros, um homem de cabelos negros e olhos prateados me encarava com uma cesta nas mãos.

Completamente chocada abri e fechei os olhos por várias e várias vezes.

Isso é um sonho...uma alucinação...

Levei as mãos até a cabeça sentindo o ar morno aquecer meu cabelo frio.

Quando eu abrir os olhos nada disso vai existir...

Para a minha infelicidade tudo continuava igual, exceto o homem à minha frente. Tatuagens estranhas surgiram na sua pele irradiando um brilho prateado enquanto uma bola de luz rodeava sua cabeça.

—Pare com isso Nix! Não vê que aquela mulher saiu de um portal ancestral?!

A bola voou ainda mais rápido.

—Você enlouqueceu!

Com o desespero me sufocando deixei a adrenalina me levar para longe.

O que é isso?!

Correndo o máximo que pude entrei na floresta sentindo o peito ofegante e a visão turva.

Calma, calma, respira...respira...

Me escorei no tronco rugosos de uma das árvores sentindo o pulsar do coração, só depois de alguns segundos percebi que aquele não era o meu coração. Espantada, olhei para a enorme árvore e suas folhas em tons azul celeste.

Que lugar é esse...

Mal tive tempo de me recompor quando uma mão prendeu meus pulsos me jogando contra a terra humida.

—Ai!

—Quem é você?!O que veio fazer aqui?!

Reconheci a voz do homem de antes.

—Responda!

—Será que pode me soltar primeiro?! — bradei sentindo o gosto de grama na boca.

—Você não parece confiável!

—Olha quem fala! — tentei me soltar mas sem sucesso.

Enquanto me remexia vi a esfera de luz voar entorno do meu rosto. Para minha surpresa notei o que pareciam ser dois olhos minusculos piscarem para mim antes da bola sumir.

—Não atrapalhe Nix!

Senti as mãos em volta do meu pulso afrouxarem.

—Não banque a boazinha, é uma estranha!

Quando a oportunidade surgiu me livrei das suas mãos buscando agarrar a primeira coisa que visse pela frente, por sorte, um galho estava ao alcance. Sem pensar muito balancei o objeto em direção as duas figuras. A bola desviou no exato instante que os galhos acertaram o rosto do homem que cambaleou para trás. Indignado, o vi levar a mão em direção a marca vermelha enquanto me encarava com os olhos surpresa.

—Sua...

Antes que ele esboçasse alguma reação avancei erguendo minha arma o mais alto possível. O próximo golpe ia ser certeiro. Em um movimento agil ele ele levou o braço em frente ao rosto.

—Abaixe isso!

—Para você empurrar minha cara no chão outra vez?! Não mesmo!

Ia descer o golpe quando ouvi novamente sua voz.

—Ok! Prometo não fazer isso de novo, agora solte esse galho!

Receosa mative o objeto no alto da cabeça até me convencer de que ele falava sério.

Caramba — o vi endireitar a postura um tanto cambaleante — Bétula lazuli, quem diria...

Segurei o galho com mais firmeza equanto o via dar alguns passos. Ao seu redor a bola de luz flutuava freneticamente.

—Não estou vendo graça alguma Nix... meus olhos estão ardendo...droga.

—Quem é você? E que lugar é esse?!

—Primeiro — ele levantou o indicador enquanto a outra mão esfregava os olhos — Me dê um minuto... cadê minha garrafa de água Nix?

A bola de luz começou a flutuar em torno da cesta que estava caída no chão mas parecia que ele não conseguia ver.

—Nix?

A bola continuou, dessa vez próximo de mim. Um pouco mais calma consegui apreciar seu brilho cintilante enquanto os dois olhinhos brancos me encaravam em meio ao brilho dourado.

—Quer que eu pegue?

Como se concordasse a vi ir até a cesta. Receosa apertei o galho enquanto pegava o frasco de vidro sem tirar os olhos do homem.

—Você quer isso?

Ergui a garrafa fazendo com que ele olhasse para mim. Seus olhos estavam vermelhos assim como as bochechas, no entanto, quando ele se aproximou afastei a garrafa e ergui novamente o galho.

—Primeiro minhas perguntas, depois eu te dou isso.

—Não brinque comigo...

Quando ele deu um passo me afastei com outro.

—Me dê a garrafa.

—Quem é você?

Outro passo.

—A garrafa.

—Que lugar é esse?

—Nix!

A bola de luz flutuou entre nós se acomodando em um dos arbustos. Ela não parecia muito disposta em ajuda-lo.

Obrigado Nix...

O ouvi suspirar.

—Certo! Meu nome é Gart e esse e o reino das fadas, satisfeita?

—Fadas não existem...

—Ah sim, sim, a mesma ladainha de sempre... fadas não existem, isso não é real... agora, minha água.

Um tanto atônita deixei que ele pegasse a garrafa jogando o líquido no rosto.

Fadas...

Olhei novamente ao redor sentindo o desespero tomar conta de mim.

Fadas...

Sufoquei um grito quando o homem chamado Gart arrancou o galho da minha mão o jogando longe. Sem minha arma não pude fazer muito se não recuar até minhas costas baterem no tronco da árvore pulsante.

—Fique longe!

—Com todo prazer.

Ele já estava indo embora quando a luz flutuante disparou em sua direção acertando sua cabeça.

—Ai! O que foi agora?

A luz parou em frente aos seus olhos.

—De forma alguma. É uma estranha, provavelmente humana, não vou fazer isso!

O vi afastar a bola de luz com a mão mas sem sucesso.

—Esquece Nix! Não vou ajudar!

Antes que ele se afastasse ainda mais tomei coragem para sair da minha postura de defensiva.

—Como eu faço para voltar?

Perguntei com a ansiedade martelando no peito. Gart e a bola pararam.

—Isso não é um problema meu.

Ele voltou a caminhar, mas insisti.

—Por favor! Deve ter algum jeito! É só eu entrar de novo no círculo de pedras?

Gart não respondeu.

—Por favor!

Fui atrás dele segurando sua camisa.

—Eu só quero voltar para casa...

A bola de luz começou a nos rodear, dessa vez de forma mais lenta. Ansiosa e com o peito doendo encarei os fios negros como a noite na esperança de conseguir uma resposta. E por sorte, ela veio.

—Deve ter algo escrito nos livros...

Ouvir aquilo fez um sorriso abrir em meu rosto.

—Ótimo! E onde eu acho esses livros?

Ele respirou fundo. Dessa vez a bola de luz flutuava acima da sua cabeça.

Se acontecer alguma coisa...

O ouvi murmurar.

Isso foi ideia sua Nix.

Depois de resmungar mais alguma coisa Gart finalmente se virou. Alguns dos fios negros estavam grudado no seu rosto,  mas os olhos antes vermelhos tinham voltado ao normal exceto é claro pelas iris prateadas.

—Me siga, e não ouse fazer nada idiota.

No mesmo instante as mesma tatuagens que vi minutos atrás voltaram a surgir em seu corpo.

—Ou vai se arrepender amargamente.

Senti meu corpo paralisar diante daquele aviso.

—Certo...

Quando as marcas de luz sumiram Gart estava prestes a me dar as costas quando ouvi sua voz novamente.

—Leve isso.

Olhei para o galho de folhas azuis e depois para ele.

—E sem perguntas.

Dessa vez fui eu que respirei fundo.

Francamente... onde eu fui me meter?

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