BRUNNA NARRANDO:

Depois de passar a noite inteira pensando, tomei uma decisão.

Acabei de acordar, são 15 horas, afinal só consegui pegar no sono às oito. Me sinto bem acordada, pelo menos.

Minha decisão é a seguinte: não posso namorar com Ludmilla, de jeito nenhum. Eu sei que amo ela e quero ficar com ela, mas não posso.

Então, vou falar com Marta para namorarmos, pois acho que ela gosta de mim. Marta é uma mulher legal, não gosto dela como namorada, mas é o que preciso fazer.

Parece que eu estou usando ela... Talvez esteja, mas ela gosta de mim, então acho que não faz mal.

Eu me arrumo, coloco uma roupa simples e arrumo meu cabelo.

Saio do quarto e vou em direção a cozinha, onde só está sentando Marta, conversando com Nora.

Eu cumprimento os dois e falo que preciso conversar com Marta.

Nós vamos até o jardim da sua casa e eu começo:

- Então Marta, eu queria falar que acho você uma ótima pessoa e... Bom vou direto ao ponto. Eu gosto de você e você de mim, que tal se a gente... Namorar?

Ela me olha e dá um sorriso acolhedor.

- Olha Brunna, eu te acho uma pessoa incrível, divertida, animada, querida... Mas, não posso e nem você pode. Tanto o seu quanto o meu coração pertencem a outra pessoa. Não posso namorar com você sabendo que você ama a Ludmilla, não posso te ver presa a qualquer outra pessoa que não seja ela!

- Como assim? Você gosta de quem?

- Bom, desde que Juliana chegou eu percebi alguma coisa nela, ela é... sei lá, perfeita. Ontem quando eu trouxe ela para casa, ela me disse que me amava e eu também disse que amo ela. Nós estamos juntos, Brunna.

- Sério? Não acredito! - eu fico muito feliz por minha amiga e me sinto meio mal por tentar namorar a mulher que ela gostava, mas não sabia.

- Estamos muito felizes, mas você não. Vai atrás dela, Brunna. Para de pensar no passado, você não merece mais sofrer. Eu acredito que vocês possam ficar juntos, vocês nasceram um para o outro.

- Não posso, Marta. Eu vou... dar uma volta.

- Onde você vai?

- Eu vou ao Parc Monceau, estou muito feliz por você e a Juliana! Você está certo em tudo o que disse. Obrigada.

- Brunna, vem cá. - ela me abraça - Eu quero o melhor para você, você é a melhor amiga que já tive!

Eu agradeço e vou embora.

Ao chegar no parque, eu sento no chão e choro.

Choro muito. Eu quero ficar com Ludmilla, mas não sei o que fazer. Estou confusa e perdida.

Depois de uns 20 minutos escuto uma voz:

- Brunna...

É Ludmilla.

- Ei, vem aqui. - ela me ajuda a levantar. - Eu ser que eu fui uma babaca, uma idiota, e me arrependo disso todos os dias. Eu não aguento mais viver sem você. Eu te amo.

- Eu... Também te........ Amo! - eu falo devagar.

Ela beija e eu me sinto finalmente feliz. Meu final feliz aconteceu, aqui, nos braços de Ludmilla eu percebo: ela é o meu amor verdadeiro.